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segunda-feira, 20 de julho de 2020

OLHÃO: A MANIPULAÇÃO DOS PINAS PARA ENRIQUECER À CUSTA DOS OTARIOS!

Na semana que findou, fomos brindados com a grande descoberta de Pina e Apolinário para salvação dos viveiristas, artigo a que já havíamos feito referência, mas que mereceu da parte de pai e filho Pina alguns comentários que merecem uma resposta, a que nós não podemos aceder por estarmos bloqueados.  Mas podem ver em https://www.facebook.com/groups/cidadedeolhao/permalink/4427380383969528/.
Pela parte que nos toca e porque já andamos nisto há muito tempo temos uma posição bem definida, que o grande problema da Ria Formosa é a poluição, na qual o Pina filho tem muitas responsabilidades, nada fazendo para acabar com os esgotos directos.
Alega o pai Pina que não há registos de casos de doenças relacionadas com a poluição, mas está enganado, ou melhor dizendo, poderão não estar registados mas que se verificam alguns casos de problemas gastrointestinais pelo consumo de bivalves. Felizmente não são tão graves quanto isso porque se o fossem acabavam de vez com a produção de ameijoa. Quem define o grau de contaminação é o IPMA, em obediência às directivas europeias sobre o assunto, conforme se pode ver em:

Na área de intervenção da Capitania do Porto de Olhão registamos cinco zonas de produção divididas em Olhão 1, Olhão 2, Olhão 3, Olhão 4 e Olhão 5:
A primeira está classificada como sendo de classe C para a ameijoa mas, inexplicavelmente de classe A para a ostra; a segunda de classe B; a terceira está interdita por ser classificada como sendo de classe D; a quarta é classe B tal como a 5 embora nalguns espécies possa ser classificada como C.
Com estes vapores de contaminação fecal, que é disso que se trata, negar a existência de poluição só de mentes doentias ou de gente tão gananciosa que é capaz de tudo para enriquecer á custa do Zé.
Repare-se que Olhão 3, a tal que está proibida, é a mesma que fornece a agua para as depuradoras, que por melhor que funcionem não podem eliminar completamente a elevada concentração de ecoli presente na agua.
Por outro lado, ao longo dos anos, a decantação daquilo a que pomposamente designam de sólidos suspensos totais (caca), vai alargando a sua integração no sedimento, e num futuro próximo teremos mais zonas desclassificadas, para a ameijoa pois claro.
E se pensarmos que a ostra é produzida em mesas de ferro, elevadas, não estando em contacto com o sedimento não sofre do mesmo grau de contaminação que a ameijoa. Pelo menos foi a explicação dada para que Olhão 1, classificado para a ameijoa como C seja de classe A para a ostra, com a curiosidade de ser a única zona de classe A em toda a Ria Formosa. Então e as outras que sendo de classe B para ameijoa se mantem como de classe B para a ostra? Algo vai errado pelas bandas do IPMA!
Mas temos ainda o problema da produção combinada de ameijoa e ostra. Desde os bancos de escola que se aprende que há competição entre espécies, com as mais fracas a sucumbirem perante as mais fortes. Neste caso temos a ostra, mais forte, compete pelo alimento e oxigénio com as demais espécies mais frágeis da Ria e são elas as que mais sofrem. Claro que o Pina filho, como produtor de ostras não entende isso como se pode ver no seu comentário na imagem abaixo:
 A ganancia é de tal ordem que pelo facto de produtores de ameijoa terem ostras serve de justificação negando as evidencias da competição entre espécies. Ele nunca terá lido o relatório sobre a ostreicultura elabora pela APA e que pode ser visto em https://apambiente.pt/_zdata/Divulgacao/Publicacoes/Guias%20e%20Manuais/Relatorio_Ria_Formosa_Ostreicultura.pdf
Neste relatório, aponta para a definição de um quadro de densidade a aplicar na produção de ostras e coloca em causa, registando relatos de incompatibilidades na produção combinada, para alem da poluição efectuada pelas mesas e sacos utilizados. O Pina não vê porque a ganancia cega-o!
No entanto se falarmos com os produtores ouvimos relatos da segregação orgânica das ostras que apodrecem os fundos, tornando-os fangos, algo de que o Pina não quer ouvir falar.
Já agora, o Pina deveria ser obrigado a justificar o que faz com as ostras que lhe morrem, porque está obrigado a trazê-las para terra, porque segundo dizem até à entrada da doca, joga ao mar as cascas para pagar o tratamento a dar às cascas.
Tal pai, tal filho, os dois a comer do mesmo pote. O pai como administrador da Ostra Formosa, a empresa do filho. Tudo o trafico politico e de influências permite. É para isso que serve a politico a esta cambada! 

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