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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

OLHÃO: ONDE ANDA A POLIS?

A grande maioria das pessoas pensam que a Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa já morreu mas estão enganadas; existem para algumas coisas e morreram para outras, consoante as conveniências politicas.
Tano assim é que a nova ponte para a Praia de Faro vai finalmente ser construída, se o concurso não ficar novamente deserto, mesmo depois do arranjinho para o tornar viável, como se pode ver em https://www.algarveprimeiro.com/d/polis-litoral-ria-formosa-lanca-terceiro-concurso-para-a-ponte-da-praia-de-faro/34096-4.
Mas se a ponte vai ser construída, fica por saber porque outras situações aprovadas não avançaram como o PIR da Armona. Estava aprovado desde 2015, e nessa altura estava o presidente da câmara municipal de Olhão na administração da Polis, mas só levantou objecções posteriormente, quando passou a ser gerida pela camarada Pacheco.
A partir daí, o Pina, mandou ele próprio elaborar um PIR, com que tentou iludir o ministro do ambiente, e este, comprometido que estava com o anterior PIR, remeteu para a APA a responsabilidade da aprovação ou não do projecto do Pina. Como a APA já tivesse aprovado um PIR não havia motivos para aceitar um outro que não contemplasse as orientações definidas para o inicial.
A partir daí começam a levantar-se o problema dos esgotos, que deviam ter sido feitos há mais de trinta anos, para os quais a autarquia nunca quis saber. E será que quer saber?
De acordo com o contrato de concessão, os esgotos são condição essencial para a renovação da concessão que termina em 2023 mas que tem de ser denunciada pelo menos um ano antes, podendo no entanto sê-lo no decorrer do próximo.
Mas não só dos esgotos se trata, porque em qualquer PIR, seja o inicial ou o do Pina, vão haver demolições e como isso pode ter custos eleitorais, o edil olhanense foge a divulgar o seu projecto, deixando que as pessoas acabem o período e veraneio para depois ditar a sua sentença.
Claro que vai tentar atirar a responsabilidade para cima de terceiros, esquecendo-se que foi a cabeça da contestação às demolições nos restantes núcleos da Ria Formosa, que não estavam sob sua jurisdição. É tão simples fazer a guerra na casa dos outros!
Tudo argumentou para impedir as demolições, como a presença do camaleão. Então e não há camaleões na Armona?
E porque não abriu já o novo concurso publico para a construção da rede de esgotos? Está a pensar que a APA lhe vai aprovar o PIR sem ter feito os esgotos? Ou será que tem uma carta escondida debaixo da mesa, para entregar a concessão a privados? É bom não esquecer que foi tema da sua campanha eleitoral, em 2013, de que queria transformar a Armona na Quinta do Lago de Olhão! 

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