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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

OLHÃO: AGENDA ELEITORAL EM EXECUÇÃO NO ANO QUE TERMINA

 As eleições autárquicas realizam-se em Outubro do novo ano, mas tudo foi maximizado para a continuação no Poder daqueles que muito mal têm gerido os destinos do concelho.
Quando se condiciona a politica autárquica à agenda eleitoral, é o mesmo que dizer que as populações durante o mandato são relegadas para plano secundário e só no seu final se procura ir de encontro aos desejos do eleitor.
Os mandatos autárquicos têm a duração de quatro anos no entanto e só no ultimo semestre, o Município de Olhão de acordo com as publicações no portal Base do governo, entre ajustes directos, consultas prévias ou concursos públicos, assinou contratos de obras num valor superior a sete milhões de euros que claro não serão pagos no ano em curso mas no decorrer do próximo. Porque as obras são uma forma de conquistar votos e os eleitores tenham conhecimento delas então torna-se necessário publicita-las e a autarquia gastou, no mesmo período de tempo, em meios publicitários qualquer coisa como perto de trezentos mil euros.
Quando se fala em igualdade de condições perante as diversas candidaturas e assistimos à utilização de dinheiros públicos para auto promoção de uma lista concorrente, ainda que indirectamente, então estamos perante uma tremenda desigualdade.  
Os apoiantes do Pina e do falso partido socialista batem palmas esquecendo que um dia poderão vir a provar do mesmo veneno!
Na ultima assembleia municipal, o presidente da câmara, com o apoio de toda a bancada de vermes, usou e abusou do achincalhamento de publico e opositores sem que da parte da mesa da assembleia se sentisse qualquer reprimenda ou aconselhamento à utilização de melhores modos.
Por diversas vezes chamámos a atenção para a necessidade de exibição das gravações das assembleias para que as pessoas percebam as atitudes do pequeno ditador, até porque podem estar do lado dele enquanto tiverem alguma forma de beneficio mas se um dia deixar de terem essa benesse, poderão virar-se contra.
Os partidos têm alguma "alergia" a pedir o acesso ás gravações e publicita-las, mas depois queixam-se do tratamento dado aos seus representantes na assembleia. Mais do que lamentar-se, devem agir.
E se não querem pedir o acesso para não serem denunciados pela publicitação, então munam-se de câmeras ocultas e filmem. De seguida, passam para um computador de alguem que não esteja relacionado e dele para uma pen. A seguir já podem publicar, porque encontraram uma pen na caixa do correio e entenderam que o direito a informar se sobrepõe à ditadura do Pina.
Não podem ou não devem deixar que o pequeno ditador continue maltratando o publico e os eleitos. Divulguem as suas atitudes manhosas.
ABAIXO A DITADURA! 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

RIA FORMOSA: CRISE E CRIME AMBIENTAL

 A Ria Formosa já viveu melhores dias tanto do ponto de vista económico como social e ambiental. É o resultado de politicas que se mostraram destruidoras de um património invejável.
No passado, em que eram utilizadas toda a espécie de artes, havia riqueza de tudo. Já haviam arrastos de varas, tapasteiros, redinhas, covos, merjonas e outras, mas sempre houve com fartura desde a ameijoa boa, à ameijoa de cão, ameijoa macha, carcanhol, longueirão, douradas, robalos, chocos e polvos, mas também o cavalo marinho e a seba, entre outras; hoje com tanta proibição não há nada.
Há dez anos atrás, a Polis descobriu uma mancha de caulerpa, uma espécie exótica, infestante e invasora, que apesar de ser proibida pelo Regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, nenhuma entidade fez o quer que fosse para acabar com ela. A caulerpa vem ocupando o espaço que era da seba, entretanto transposta para o Portinho da Arrábida por uns senhores que vivem à pala de subsídios governamentais e bolsas, mas que apontam  dedo a quem trabalha e vive da Ria. Esta alga não serve de abrigo a nenhuma espécie que via na seba o refugio contra os predadores. Hoje temos predadores diferentes e muito piores, engravatados que nunca puseram os pés na lama!
Antes de aparecer a caulerpa, já a Ria vivia dias de amargura com a poluição provocada pelas descargas das ETAR e dos esgotos directos que matam a ameijoa, que degradam os fundos, que não asseguram a qualidade ecológica que as aguas da Ria deviam ter e que estão na origem do desaparecimento da seba e do cavalo marinho. Bem inventam, atribuindo culpas a terceiros, apontando soluções como a criação de santuários como se fosse possível desenvolver uma espécie sem lhe oferecer um habitat próprio.
Porque uma peste nunca vem só, temos a ostra giga, uma espécie exótica, que consta da lista de espécies proibidas pela Comunidade Europeia e que não podia ser produzida em todo o território português. A matéria orgânica segregada pela ostra degrada os fundos apodrecendo-os sendo motivo de forte preocupação sem se falar que sem ser feito o estudo para a capacidade de carga para a sua produção nem sequer devia ser autorizada, sem falar no consumo de oxigénio e de alimento que depois falta às outras espécies. Mas outros valores, interesses mais elevados, se sobrepõem. Que se produza a ostra e mate-se a ameijoa!
Quando temos um presidente de câmara, que utiliza todo o seu poder de influenciar, capaz de ocupar ilegalmente terrenos do Domínio Publico Marítimo, que se transforma num dos maiores produtores de ostras exóticas, não é de admirar que não queira acabar com a poluição na Ria. O mesmo presidente que em 2013 afirmava ir transformar a Ilha da Armona na Quinta do Lago de Olhão, ou que mais recentemente dizia que a Ria era a Auto Europa do Algarve, é aquele que mais contribui directa e indirectamente para a degradação ambiental da Ria.
A Ria Formosa vive uma crise, provocada por crimes ambientais! Essa é a verdade!

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

ALGARVE: APOSTA TURISTICA CONDENA POPULAÇÃO ALGARVIA

 Ao longo dos anos tem sido prosseguida uma politica quase que em exclusividade no sector turistico, condenando quase todas as outras actividades e população a bolsas de miséria. Mas nem por isso estamos contra o turismo mas entendemos que os dinheiros publicos devem diversificar mais e melhor actividades como a pesca, a agricultura, a extracção mineira e a industria, sectores que geram mais empregabilidade e menos sazonais.
Para que se perceba melhor as implicações da politica de exclusividade turistica vamos fornecer alguns numeros que podem ser confirmados em https://www.portalmunicipal.gov.pt/municipio?locale=pt .
Castro Marim - 15,75%  -  38,04%
Faro                - 13,24%  -  44,14%
Lagoa             - 17,07%  -  39,51%
Lagos             - 15,75%  -  38,04%
Loulé             - 15,07%  -  26,7%
Portimão       - 17,23%  -  66,04%
Vila Real      -  19,86%  -  52,09%
Para efeitos estatisticos, a população é dividida entre população activa e população não activa, em função da idade, já que como não activos se encontram os jovens até à idade de entrar no mercado de trabalho e também os pensionistas ou reformados, o que representa cerca de 40% da população total.
As percentagens expostas incidem sobre a população em idade activa, pelo que será necessário multiplicar as percentagens pelos 60% da população total.
Porque já escrevemos sobre a situação em Olhão, que vem apostando todas as cartas no turismo, escolhemos mais sete concelhos, também eles com forte aposta no turismo e que perfazem 50% da totalidade dos concelhos, mas que pela sua localização geográfica são mais apeteciveis para este tipo de apostas.
Vila de Sº António e Portimão são os dois exemplos mais negativos do que vem sendo a aposta politica embora Faro se aproxime muito deles. A situação no interior da região melhora, mas é no litoral que se concentra a maioria da população algarvia.
Sempre defendemos o principio de quem não trabalha não come mas ao mesmo tempo também dizemos que é preciso criar condições de trabalho e de vida apara que as pessoas tenham vergonha de estar sem trabalho. E quando se trabalha deve-se ser remunerado.
A classe politica não quer resolver este problema porque assim tem um exercito de pessoas que a qualquer momento podem ser chamadas a trabalhar por salários de miséria.
Nos concelhos de forte pendor turistico, esta reserva de mão de obra barata é a forma de maximizar o lucro, mantendo os trabalhadores na miséria, mesmo trabalhando.
Mostra também a falta de estofo empresarial da maioria dos nossos empregadores. Mas não só. porque também se percebe um desconhecimento generalizado a respeito do que é a gestão empresarial.
O lucro que é a riqueza crida pela conjugação do investimento e da força de trabalho é pessimamente repartido. Do lado do investidor ele recupera o investimento através do mecanismo das depreciações ou amortizações fiscais, como lhe queiram chamar, não porque recebam qualquer dinheiro mas porque o fazem reflectir no valor do produto acabado. Mas em regra e por falta de conhecimentos, o empresario limita-se a fixar o preço em função da concorrência sem ter em conta os reais custos de funcionamento e investimento.
Assim, quando as coisas correm menos bem e porque não há uma previsão, o mais prático é deixar o trabalhador sem salário ou pagar-lhe o menos possivel para manter o lucro, a riqueza criada, em alta de tal forma que quem a cria, o trabalhador, não pode consumir aquilo que produz.
Se não for alterado este paradigma, o Povo algarvio, na sua maioria está condenado à fome e miséria por força da aposta exclusiva no turismo.
TRABALHO COM SALÁRIO JUSTO! NÃO À ESCRAVATURA!   

domingo, 27 de dezembro de 2020

OLHÃO: QUE FUTURO PARA OS NOSSOS FILHOS E NETOS?

 Na sequência do texto de ontem, vamos tentar fazer uma pequena radiografia da situação da população residente que como se viu é de 45216 pessoas.
Daquele numero, já se percebeu que pouco menos de trinta por cento, 13245, integram a força de trabalho, faltando saber onde a utilizam, sendo que metade delas trabalham fora do concelho. A outra metade, se analisarmos bem, a empregabilidade no concelho depende muito do estado, o que é muito mau, porque condiciona a alternância no Poder, criando-se sindicatos de voto.
Autarquias e empresas municipais, forças de segurança, autoridade tributaria, segurança social e centro de emprego, centros de saúde e extensões, tribunal e cartórios, agrupamentos escolares e as IPSS como centros de dia, lares, ocupação de tempos livres, com a ACASO com o maior numero de trabalhadores, as Misericórdias ou a Cruz Vermelha, todas elas a viverem dos dinheiros do Estado, conseguem absorver metade dos seis mil e seiscentos trabalhadores restantes, ou seja, três mil e trezentos.
A outra metade são comerciantes e alguns trabalhadores, profissões liberais, prestadores de serviços, duas fabricas de transformação de pescado e duas de sal e o maior "empregador" é, sem sobra de duvidas, a Ria Formosa com produtores de ameijoa, da apanha do berbigão ou da pequena pesca artesanal e alguns, não tanto quanto apregoam, andam de avental a servir copos de aguardente.
Qualquer fabrica tem tantos trabalhadores quanto todos os que trabalham na 5 de Outubro, o que nos dá a ideia que a opção turística não tem sido a melhor para o desenvolvimento social da população olhanense e que apenas serve determinados interesses.
Obviamente que a autarquia não vai instalar fabricas, porque não tem dinheiro nem vocação para tal. Mas pode contribuir e muito para reverter a situação. Como?
Os dinheiros gastos na promoção turística, no arranjo paisagístico a pensar nos forasteiros, poderiam servir para criar um loteamento industrial, cedendo o espaço de forma gratuita ou por um preço simbólico, com a obrigatoriedade de funcionar pelo menos durante dez anos, atraindo investimento para a criação de trabalho. Quanto custam as obras na 5 de Outubro com o arranjo da estrada, dos passeios e dos jardins?
Se a autarquia tivesse preocupações com a condição de vida dos residentes, podia criar um gabinete de apoio a pequenos industriais para transformação de produtos da Ria, como uma pequena unidade para desmiolar berbigão e recolher as cascas para deitar nos viveiros, a titulo de exemplo; como poderia ajudar a criar uma unidade de tratamento da casca das ostras mortas, triturando-as para as jogar na Ria; ajudando na instalação de uma unidade de congelação para o polvo ou uma unidade de desidratação para secagem de peixe. Valorizar o produto do mar e aumentar o ganho de quem dele vive.
Claro que o presidente da câmara não tem qualquer preocupação com a população residente e essa população acaba por não se rever nas opções politicas dos detentores do Poder autárquico, abstendo-se da sua participação no acto de votar, o que ajuda a explicar a elevada taxa de abstenção de 58%.
São as opções de quem exerce o Poder e está no seu direito. Mas e as opções do cidadão eleitor será a mesma? Cabe aos eleitores olhanenses dizerem de sua justiça nas próximas eleições autárquicas. Se mantiverem o mesmo sentido de voto, hipotecam o futuro de filos e netos, ou mudam e exigem também a mudança de opções.
Para isso será necessário uma votação maciça capaz de esmagar a pequena ditadura de quarenta anos!

sábado, 26 de dezembro de 2020

OLHÃO: NATAL DE MISÉRIA E FOME

 Os nossos autarcas, e particularmente o presidente da câmara, gostam muito de exibir as suas habilidades politicas, através das redes socias e da imprensa regional, socorrendo-se de especialistas de comunicação, de publicidade e marketing, transformando a dura realidade da população olhanense, dourando-a! Mas os numeros estão aí para os desmentir, como poderão ver a seguir.
A imagem acima foi retirada, hoje do Portal da Transparência Municipal, apresentada num site do governo de António Costa e revela-nos alguns indicadores muito interessantes e sobre os quais todos deveriam reflectir e perceber a triste realidade do concelho.
Porque na imagem não dá para visualizar convenientemente os numeros, fizemos um extracto do quadro exposto no lado direito e que apresentamos de seguida.

 Temos então uma população total de 45.216, a qual se divide entre população em idade activa e não activa: os primeiros integram desde os jovens à procura do primeiro emprego até aos que têm idade para se reformar e que representam cerca de 60% e os segundos, os jovens em idade escolar e os reformados ou pensionistas que representam cerca de 40%.
Por exclusão de partes, os não activos totalizam cerca de 18086 enquanto os que estão em condições de trabalhar representam cerca de 27130.
Do lado dos activos, temos uma taxa de desempregados de 17,27 e 33,91 de beneficiários do RSI da Segurança Social, perfazendo um total de 51,18 da população activa, ou seja cerca de 13885 pessoas sem trabalho, que juntando aos 18086, perfaz um total de 31971 pessoas sem produzir, pelo que restam cerca de 13245 pessoas no mercado inseridas no mercado de trabalho, cerca de 30% da população total.
De grupo que está efectivamente activo, a trabalhar, a maioria deles trabalham fora do concelho, nomeadamente no Hospital de Faro, na UALG, no aeroporto ou na administração publica e forças de segurança e ainda na prestação de serviços ou comercio.
Olhão passou a ser um dormitório e um mau dormitório quando no seu passado era um grande centro produtivo, com a pesca e a industria que lhe estava associada a terem um papel determinante, ocupando uma parte substantiva da população que hoje só terá direito a trabalho se se sujeitar a um salário de miséria. 
Até mesmo o indicador do salário médio apresentado na infogravura de 905,00 euros mensais, bem abaixo da média nacional, diz bem o que são os salários praticados no concelho.
Curioso é verificar que a renda de casa está nos 310,26 euros e as despesas com o ambiente em cerca de 22,50 euros. a que falta acrescentar as despesas com electricidade e gaz.
As perspectivas de desenvolvimento delineadas são uma fraude, destinando-se a promover o crescimento de algumas actividades sem que tal seja acompanhado do desejado desenvolvimento social.
A visão de que o turismo em Olhão vai resolver estes problemas é completamente errada, não só pela sua sazonalidade como pelos gastos dos recursos na sua promoção que deveriam ser canalizados para o desenvolvimento da população residente.
Muito alcatrão, muito betão, muito passeio, mas criação de riqueza muito pouca, valendo-nos ainda a Ria cada vez menos Formosa.
E ainda há quem defenda este tipo de desenvolvimento, os calhaus com olhos do costume! 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

OLHÃO: MENSAGEM DE NATAL OU CAMPANHA PUBLICITÁRIA?

 O presidente da câmara municipal de Olhão esconde-se atrás da empresa municipal, à qual também preside, para de forma encapotada de mensagem de natal fazer mais um pouco de publicidade barata.
Desta vez apresenta um video, suposto ser a tal mensagem natalicia, para falar dos investimentos que a empresa fez em agua e esgotos, sem nunca referir a continuação da poluição da Ria.
É verdade que gastou três milhões de euros em infraestruturas de agua e saneamento, que beneficiaram algumas zonas mas também pessoas que teriam de gastar uma boa dose de dinheiro caso suportassem os custos associados ao urbanismo que lhes era devido, como o foram os esgotos de Olhão Nascente.
Apesar do investimento feito em esgotos novos, mas deixando os antigos na mesma e por isso não corrigindo o quer que seja, e mesmo assim de forma duvidosa como foi a situação na Rua Diogo Mendonça Corte Real em que a empresa municipal, após aturada investigação, dizia ter detectado cinco ligações de esgotos à rede de aguas pluviais, que não tinham caixas de superficie, mas só resolveram o problema de três. Então e as demais?
Certo é que os as descargas de aguas residuais continuam a ser descarregadas na Ria Formosa e Olhão é o unico concelho de toda a Ria que tem uma zona proíbida o que impede o normal trabalho dos produtores de ameijoa naquela zona, contando ainda com duas zonas classificadas em classe C, e já foram quatro.
Se houvesse uma fiscalização séria, como seriam vendidas as toneladas de ameijoa de zonas de classe C se elas têm de ser transpostas para zona de classe A e ali se manter durante o tempo suficiente para passarem a classe B?
O Pina vive de e para a imagem, tendo contratado empresas e pessoas especializadas em publicidade e marketing para dourar as asneiras que faz.
De facto criou algumas redes de esgotos em Moncarapacho, e já teve que as alterar porque depois de criadas acabaram por estar na origem das inundações naquela Vila, como fez noutras zonas. Agora corrigir os que apresentam defeitos, nada.
Utilizar a mensagem de natal para publicitar obras, num contexto de pré-campanha eleitoral. Nada mau. É burro mas sabe-a toda!
 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

OLHÃO: MAIS UMA PEDRADA NOS MERCADOS

 A pouco mais de nove meses das eleições autárquicas, o presidente da câmara e o seu séquito desdobram-se no anuncio de obras e mais obras, algumas muito duvidosas.
Depois da descaracterização da 5 de Outubro, com o alargar dos passeios para dar mais espaço às esplanadas e os peões a passarem de largo, segue-se a destruição dos jardins, do qual correram com o mercado de rua que ali se fazia sem ter arranjado uma alternativa a quem ali desenvolvia a sua actividade, como se os mercados de rua não fossem, em qualquer parte do mundo, uma fonte de atracção turistica. Mas não se ficam por aqui as intervenções ou invenções autárquicas que hão de acabar com a actividade tradicional dos Mercados.
Seguem-se agora, mais umas obras no lado sul dos Mercados, razão pela qual o, também ele tradicional, mercado de rua horto-fruticola vai ser suspenso, mal se sabendo se voltará a funcionar. Este Mercado, que ao longo dos anos trazia muita gente para apreciar a qualidade dos produtos ali vendidos e que era uma fonte de rendimento para os pequenos produtores, está em vias de acabar. Para já. é a suspensão.
Desconhece-se que obras vão ser feitas, que nesse aspecto a autarquia presidida por António Pina é muita avessa em dar a conhecer à população as reais vontades, acabar com os Mercados! Mas que vão ser feitas, vão!
Como é de esperar, o que irá sair dali, é mais uma requalificação ao serviço das esplanadas  e menos para as actividades tradicionais que lhe são caracteristicas. Aos poucos a venda de peixe e horto-fruticolas vai esmorecendo até chegar o momento em que já não vale a pena levantar de madrugada para satisfazer o pouco fornecimento aos utentes dos Mercados. Diminui a oferta, diminui a procura, repetindo-se vezes sem conta até à completa extinção!
Acho bem, cada Povo tem aquilo que merece. Apenas se preocupam com a sua própria barriga e desde que não lhes bata à porta, e que se fique pela porta do vizinho, está tudo certo! Mas um dia, vai mesmo bater-lhes à porta e aí já se esqueceram que levaram anos a bater palmas a um pequeno grupo de canalhas que não vê mais nada que é o turismo, condenando todas as actividades que puseram Olhão no mapa.
Ninguem está contra o turismo, mas a pandemia veio mostrar a necessidade da diversificação das actividades económicas, particularmente as de indole produtiva, como o são a pesca, a agricultura e a industria. Que o Pina venha a criar as condições para promover o turismo, tudo bem mas quando condiciona aquelas actividades ao desmantelamento, tudo mal!
Daqui a nove meses e meio votem nesse crápula, outra vez! 

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

OLHÃO: HASTA POUCO PUBLICA!

 

Não é a primeira nem será a ultima vez que assistimos a este filme mas a culpa também é nossa por andarmos distraídos e às vezes não darmos a importância devida a algumas situações.
Vem este arrazoado a propósito da alienação das antigas instalações da Bela Olhão através de uma hasta pouco publica e se assim a rotulamos é porque ela é de facto pouco conhecida.
Porque temos uma autarquia muito poupadinha, já não dizemos para colocar um outdoor em frente às instalações, bastando uma faixa chamando a atenção para a intenção de alienar o imovel, estimulando assim o dialogo concorrencial. Mais, se a ideia era valorizar, depois da contratação de tantos especialistas em marketing e publicidade, a ganharem uma pipa de massa, porque não foi feita uma grande campanha de promoção da alienação, restringindo-a apenas à publicitação de um edital? Claro que isso não agrada ao Pina que vê neste processo uma forma de proceder a uma alienação que mais parece uma negociação directa.
É que nem sequer é do conhecimento publico o valor base fixado para a hasta publica e quem o quiser saber teria de ir à câmara consultar no serviço de contratação publica, numa altura em que só atendiam por marcação.
Para isto, o Covid já não representa qualquer perigo!
Quase que arriscaríamos a dizer quem vai ser o futuro proprietário, o tal Parente, que aterrou em Olhão, onde viu uma oportunidade de ganhar milhões. Fica-nos a duvida se não haverá mais alguém a ganhar um bom dinheiro com este negocio, quem sabe algum facilitador de negócios.
Não bastava já a forma como foi adquirido o edificio como até a venda está envolta num manto de escuridão, o que também não admira se tivermos em conta a opacidade da gestão autárquica.
Será que os munícipes que pagam as suas taxas e impostos não têm o direito de saber qual o valor base para a alienação? Porque se esconde isto do povo? E como vai ser se a hasta ficar deserta? Será negociada directamente?
Cada Povo tem a governação que merece, e o Povo de Olhão tem feito por merecer aquilo que este traste vem fazendo, batendo palmas, bajulando o pequeno ditador, sem qualquer sentido critico.
Continuem a votar nele e depois queixem-se! 
  

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

OLHÃO: CONCESSÃO DA ARMONA PENDURADA COM ARAMES!

 Uma das questões pendentes no mandato do Pina, um chico esperto, é a concessão da Ilha da Armona da qual nunca mais falou, mas nós estamos atentos e continuaremos a acompanhar este processo.
A concessão foi atribuída em Fevereiro de 1983, com direito a publicação do Decreto-Lei 92/83 no Diário da Republica e que pode ser lido em https://dre.tretas.org/dre/142417/decreto-lei-92-83-de-16-de-fevereiro.
No numero 2 da Base IX, que é parte integrante do Decreto, fixa-se o prazo da concessão por trinta anos, sendo renovavel automaticamente por períodos de dez anos e o cessa se for denunciada dois anos antes do termo do prazo ou um ano antes do fim do prazo em caso de prorrogação.
O Pina tem vindo a fazer um braço de ferro com o ministério do ambiente porque quer quer a continuidade da concessão antes de fazer os esgotos, condição indispensável, de acordo com o decreto, para a sua prorrogação ou renovação. 
Entretanto e no âmbito da Sociedade Polis, no ano de 2017, foi elaborado e aprovado o Plano de Intervenção e Requalificação da Ilha da Armona, onde constava a construção da rede de esgotos, entre outras coisas e mais alguma que o Pina inventou como se pode ver em https://www.sulinformacao.pt/2017/08/ministro-garante-pir-e-renovacao-da-concessao-da-armona-ate-final-de-2017/.
Em 2019, o Pina lançou o concurso publico para a construção da rede de esgotos por um valor tão baixo que acabou por ficar deserto e nunca mais voltou a falar no assunto. Mas agora estamos a um ano de eleições autárquicas e perante a campanha eleitoral, sente a necessidade de vir levantar a bandeira do esgotos da Ilha da Armona, para mais uma vez enganar as pessoas.
Ao fechar as portas de 2020 mas a abrir as de 2021, cada vez mais próximo do fim do prazo, procurará lançar um novo concurso, provavelmente por um valor baixo de forma a que fique deserto novamente, e desculpando-se junto do ministério com isso, se a coisa der para o torto.
Como vem sendo hábito vai empurrando, com a barriga, os problemas para a frente obedecendo a estratégia politica sem ter em conta a situação das pessoas que lá têm casa e que passa pelo seguinte: lança um concurso que fixa deserto; diz que se compromete a fazer os esgotos depois da renovação; ganha tempo e o ministro concede-lhe o beneficio da duvida, "esquecendo" do termo do prazo; prorrogação da concessão por mais dez anos garantida.
E se o ministro se apoiar na versão do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente e não renovar a concessão antes dos esgotos feitos? Acaba a concessão!  
Cabe à associações representativa dos proprietários de casas questionar e tornar públicas as declarações que o Pina venha a produzir. Só assim as pessoas perceberão a chique espertice do artista e em consciência votar. Querem mais do mesmo ou mudar de rumo?

domingo, 20 de dezembro de 2020

OLHÃO: OPACIDADE MUNICIPAL

 A falta de cultura politica e de democracia leva a que muitas pessoas apreciem os actos de gestão do executivo, que de socialista só tem o nome, sem ter em conta que o que se esconde é sintomatico da produção de decisões um bocado escuras.
Uma autarquia a serio, que pauta a sua actuação pela transparência de processos não está quase quatorze meses sem publicitar uma acta de sessões de câmara como se pode ver na imagem seguinte

 O que esconde Pina e companhia? O que dizem a este respeito os habituais lambe cus, sempre prontos a defender o dono sem ter em conta que vivemos numa democracia e num chamado dito de direito democrático?
Em quatorze meses muita coisa foi aprovada, sendo que muitas delas são decididas ao arrepio da vontade do cidadão eleitor.
Será que esta atitude do executivo presidido pelo Pina tem protecção legal? Vejamos o que nos diz o Regime Juridico das Autarquias Locais na imagem seguinte

Pois bem, as deliberações dos órgãos das autarquias locais ou decisões destinadas a ter eficácia externa devem ser publicadas em edital e publicadas no sitio da internet, no boletim da autarquia local e nos jornais regionais editados na area da autarquia, nos trinta dias subsequentes à sua prática. É assim que resumidamente estipula o artigo 56º, nº 1 e 2 do RJAL.
Como se vê, a prática do Pina é bem diferente, mas também sabemos que é aconselhado nesse sentido por alguns artistas de um direito retorcido. Habilidades!
Mas o artigo 158ª do Codigo de Procedimento Administrativo diz o seguinte:
  Artigo 158.º
Publicação obrigatória
1 - A publicação dos atos administrativos só é obrigatória quando exigida por lei.
2 - A falta de publicação do ato, quando legalmente exigida, implica a sua ineficácia.

  Artigo 159.º
Termos da publicação obrigatória
Quando a lei impuser a publicação do ato, mas não regular os respetivos termos, deve a mesma ser feita no Diário da República ou na publicação oficial da entidade pública, e na Internet, no sítio institucional da entidade em causa, no prazo de 30 dias, e conter todos os elementos referidos no n.º 1 do artigo 151.º

Parece assim, que as deliberações e ou decisões (despachos) destinadas a ter eficácia externa, como o são os processos de obras, têm de ser publicadas não só em edital como no site da autarquia, o que esta não faz, pelo que estão feridas de falta de eficácia.
Dia 28, vai realizar-se mais uma assembleia municipal e os assuntos que vão ser submetidos são precedidos de deliberação camarária pelo que podem estar feridos de falta de eficácia, ou seja não existirem oficialmente.
Do mesmo modo, todas as assembleias municipais efectuadas depois de 7 de Outubro de 2019, data da ultima acta da câmara publicada, podem ser impugnadas por falta de eficácia dos assuntos que lhe foram submetidos.
A Câmara Municipal de Olhão é um coito de parasitas politicos que viola a Lei a todo o tempo mas sabe exigir do cidadão o seu cumprimento. E se fossem todos à bardamerda!

sábado, 19 de dezembro de 2020

OLHÃO: DIA SOMBRIO COMO AS OBRAS DA AMBIOLHÃO

 É verdade, hoje temos um dia tão sombrio quanto as obras da Ambiolhão, e porque é fim de semana o texto vai ser um pouco maior para entreter os nossos leitores.
Comecemos então pela imagem do comunicado da Ambiolhão

Diz o comunicado que foram cinco os ramais de esgotos domésticos ligados à rede de esgotos pluviais, apesar de apresentar a imagem de um só.
Na imagem acima estão dois sem caixa à superfície faltando encontrar os restantes três;

No outro lado da rua, estão mais dois, totalizando quatro. Não sabemos onde foram descobrir o restante mas são tantos naquela zona na mesma situação que só a miopia de quem fez este levantamento não viu, ou melhor dizendo não quis ver!
Para que as pessoas percebam o tipo de canalizações que se faziam antigamente deixamos aqui uma amostra

Nem sequer eram feitas com manilhas, tal a antiguidade, mas quando a câmara fez a rede de esgotos não os substituiu. Manteve-os e se há alguma ligação mal feita a responsabilidade é da responsabilidade da autarquia, já que naquele tempo, tudo funcionava e não haviam empresas municipais, o asilo empregador do partido no poder.
Mas como se pode na imagem antecedente, primeiro puseram a conduta da agua e por cima, as condutas para aguas pluviais e para esgotos domesticos. Mas perguntamos para quê as condutas de aguas pluviais se não há sumidores? Engenharia ou pressão politica? E piuor ainda quando tem de ser encarada a possibilidade de uma rotura na conduta da agua, porque aí vão ter de partir o cano das pluviais e o da merda. Na intervenção a seguir, ao partir a conduta da caca poderão contaminar a conduta da agua. Bem apostado.
Mas temos mais:




Na sequência das imagens acima pode ver-se que a conduta da merda foi ligada ao colector de esgotos domésticos, ficando pelo meio mais uma caixa que se vê ao canto da rua.
Então e aonde vão ligar a conduta das aguas pluviais? Vão ligar ao mesmo colector ou vão ter de partir mais alcatrão? É que se fizerem uma caixa de derivação junto à dos esgotos domesticos terão de a encaminhar para a conduta de aguas pluviais. Ou será que aqui é tudo a mesma porcaria?
Regressemos agora à primeira imagem e vejamos a situação das ligações chamadas de ilegais. Vão manter-se ou vai a Ambiolhão corrigir? É que se pensa em corrigir, quer dizer que vamos ter o novo tapete de alcatrão a levar mais uma ratada, remendo quer eu dizer, que não sou engenheiro nem presidente da Ambiolhão.
Para explicar a miopia dos pesquisadores da Ambiolhão vamos mostrar mais uma imagem de algo cuja grandeza obriga ao uso de oculos especiais.

 Esta imagem mostra um edificio construído antes da construção da rede separativa de esgotos domésticos do de aguas pluviais e à semelhança dos outros não tem qualquer caixa à superficie. De quem é a responsabilidade? Das pessoas ou da autarquia? Será que vão partir o passeio, o estacionamento e o novo tapete de alcatrão? É que se sim, e devem fazê-lo, os remendos são mais que muitos. 
Antes das obras de levantamento do que restava do alcatrão, foi feita a inspecção ao local mas pelos vistos não detectaram nada, nem a ausência das caixas à superficie. Ou será que já sabiam disso, assim como sabem que os esgotos vão desaguar todos na Ria, mas as instruções que tinham iam apensa no sentido de proteger os colectores que estavam á vista?
A responsabilidade não pode nem deve ser imputada a quem executa o trabalha mas às cabecinhas pensadoras que gerem os destinos da nossa cidade, até porque eles dizem que o pessoal é para trabalhar que para pensar estão lá eles.
A partir daqui voltamos à questão de saber se não deveriam antes ter pesquisado com olhos de ver, munidos da tal cartografia que têm, e verificar a realidade dos esgotos, sejam domésticos ou pluviais e só depois, tomar a decisão sobre a obra a fazer, começando por corrigir o que está mal e depois sim tapar com um tapete novo.   
Proceder como procedem, é um acto de gestão danosa dos dinheiros extorquidos aos municípes sob a forma de taxas e impostos, para não falar já no crime ambiental que a câmara e a sua empresa cometem todos os dias.
Na sociedade encontramos muitos vigaristas, individuos bem falantes, bem aperaltados e melhor montados para terem credibilidade. Qualquer semelhança com certos politicos é simples coincidência, ou será que são mesmo vigaristas politicos?
O diabo sabe muito não por ser quem é mas por ser tão velho! Cuidem-se com esta canalha!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

OLHÃO: AMBIOLHÃO, UM COITO DE ALDRABÕES E CANALHAS!

 1 - Hoje é dia de assembleia municipal, uma boa oportunidade para os partidos da oposição confrontarem o presidente da câmara e da Ambiolhão com o problema das redes de saneamento. Para alem do confronto podem e devem exigir o acesso às gravações e torna-las publicas para que todos os munícipes vejam como reage o energúmeno presidente.
Creio que já todos se aperceberam que o presidente utiliza as redes sociais e a imprensa regional para criar uma imagem que não corresponde à realidade. Utiliza os dinheiros públicos para meios publicitários mas evita gasta-los naquilo que é essencial. Sendo estes meios publicos, nada mais natural que os deputados municipais peçam o acesso e os divulguem.
Entre eles está o célebre cadastro das redes de aguas e saneamento.
2 - Nos últimos dias têm surgido imensas criticas quanto à actuação do município, e particularmente da sua empresa para o ambiente a Ambiolhão, em torno das redes de saneamento, por ocasião das cheias mas também pelo problema que arranjaram com a repavimentação da Rua Diogo Mendonça Corte Real.
Autarquia e empresa municipal não agem mas reagem, mal, às criticas que lhes são dirigidas, de que são exemplo os comunicados em que procuram descartar as responsabilidades que lhes cabem para culpar as pessoas pelos erros cometidos no passado pela autarquia.
Veja-se o comunicado de ontem da Ambiolhão

    Uma parte significativa das casas na Rua Diogo Mendonça Corte Real tem mais de setenta anos, numa altura em que havia uma carroça para recolher os baldes da merda; noutros casos haviam fossas. Quando foi construída a primeira rede de esgotos, não haviam redes separativas. Eram tudo esgotos! Pois bem parte dessas casas, viram ser feitas as ligações à tal rede de esgotos e assim se têm mantido até aos dias de hoje.
Entre 1984 e 1992, foram construídas as redes separativas de aguas residuais domesticas das aguas pluviais, mas naquela rua tudo vai desaguar na Ria Formosa, sejam pluviais os esgotos domésticos.
Durante a operação de repavimentação, destruíram um desses esgotos e como quem parte velho, paga novo, deveria ser a empresa destruidora a custear o arranjo.
É pois, falso que tivesse havido qualquer pesquisa, a não ser que a merda que vai na cabeça de certas pessoas também sirva de pesquisa, como dia o comunicado. E pior ainda quando vêm dizer que descobriram cinco casos de ligações de esgotos domésticos à rede de aguas pluviais, sem caixas de ramal á superficie apenas visiveis com trabalho de inspecção.
Esta cambada não se enxerga ou sofrem de miopia, porque o que não falta naquela rua são casas que não têm caixas de ramal à superficie, por um lado pela antiguidade das casas mas também porque competia à câmara, aquando da construção das redes separativas, ter feito as tais caixas. Portanto se não as têm a responsabilidade é da autarquia e não das pessoas como se pretende fazer crer!
Como diz, a Ambiolhão, que vai aproveitar a necessidade de abrir valas, leia-se partir o novo tapete, para proceder á remodelação da rede de agua, perguntamos nós que somos que disto nada percebemos, porque razão se havia essa necessidade e de corrigir as tais ligações ilegais de esgotos, porque não o fez antes de repavimentar a rua? Obviamente porque essa não era a sua intenção!
Na verdade a repavimentação obedece unica e exclusivamente ao calendário eleitoral, vestindo roupa nova mas com o cu cagado! 
Se a intenção fosse a que agora vêm anunciar, obviamente teriam adquirido a tempo e horas os materiais necessarios para poder executar a obra, mas tal como diz o comunicado, só agora estão a tratar do aprovisionamento de materiais e força de trabalho.
Em lugar de tentar culpar as pessoas não era melhor que fossem todos à bardamerda?
Que os deputados municipais questionem o presidente e exijam o acesso ás gravações e tornem-nas publicas!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

OLHÃO: QUALIDADE DA AGUA PARA CONSUMO DOMÉSTICO POSTA EM CAUSA

 Não somos nós mas sim a ERSAR, a entidade reguladora da agua e saneamento quem o diz no seu relatório e apresenta uma imagem muito interessante em http://www.ersar.pt/pt/consumidor/qualidade-da-agua, e que nós reproduzimos a seguir

Como se pode ver, só dois concelhos em Portugal, apresentam uma qualidade da agua segura insatisfatória e um deles é Olhão. A denuncia inicial foi prontamente criticada pelos lambe cus do Pina que vieram dizer que tal desiderato se devia à falta de análises, que por desconhecimento não as fizeram. 
Sendo factual que não fizeram as analises fica-nos a duvida face aos antecedentes da qualidade da agua, já que no ido ano de 2012 foi detectada a presença de bromatos na rede publica, segundo o Relatório da Aguas do Algarve, tal como demos a conhecer em http://olhaolivre.blogspot.com/2013/10/olhao-agua-da-rede-cancerigena.html.
Perante isto, a população de Olhão tem toda a legitimidade para questionar a qualidade da agua que nos estão vendendo, até porque da mesma forma que o consumidor está obrigado a cumprir com a empresa municipal Ambiolhão, também esta tem a obrigação de cumprir com as orientações da ERSAR, não servindo de desculpa a alegação de desconhecimento, já que tem avençados quanto baste para acompanhar aquelas orientações.
Falta saber se a dita falta de analises se deve ao desconhecimento ou se elas foram efectuadas e surgiu algum parâmetro que punha em causa a qualidade. De uma forma ou de outra, e pelo preço que pagamos a agua e o saneamento, temos o direito a exigir o minimo de qualidade da agua no respeito pela legislação em vigor. 
A agua da barragem depois de tratada na ETA de Tavira é canalisada para os diversos concelhos e só Olhão apresenta a classificação de insatisfatório. 
  

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

OLHÃO: MAIS DEPRESSA SE APANHA UM MENTIROSO QUE UM COXO!

 Sabemos que é chato a continua chamada de atenção para as obras de S.ª Engrácia na Rua Diogo Mendonça Corte Real, mas não podemos deixar de o fazer porque a cada cavadela sai minhoca.
Bem cedo, um amigo nosso que fez de repórter fotográfico captou as imagens a seguir


  Os nossos decisores, encartados ou não, decidiram que em lugar de procurar o esgoto domestico daquela rua, seria preferível encaminhar os esgotos domésticos da lado direito da rua, no sentido nascente/poente para a rua seguinte.
Para tal, traçaram no novo tapete alcatroado, com dois dias de utilização, as marcas onde deve ser aberta a vala que vai receber as novas ligações, como se pode ver na imagem de baixo. Acontece que na imagem de cima, pode ver-se que há uma caixa que fica de fora daquele traçado, o que significa que aquela caixa está ligada a uma rede qualquer, nem que seja no Cerro da Cabeça.
Esta nova versão coloca uma outra questão que é a de saber para onde vão os esgotos domésticos do lado esquerdo da rua, uma vez que só os da direita são encaminhados para o outro lado.
Se existe uma rede de esgotos domésticos naquela rua, porque lhe são ligados uns e outros não? A mentira tem perna curta, sendo mais fácil apanhar um mentiroso que um coxo! É que os restantes esgotos se juntam numa só rede com os das aguas pluviais para desaguar directamente na Ria Formosa.
Como vivemos num regime que vive de e para a imagem, a Ambiolhão vai dizer que eliminou a descarga de mais uns quantos esgotos na Ria, o que não corresponde á verdade. Mas mesmo que assim fosse, sabendo que ali existem esgotos directos para a Ria, porque não acabam com eles? Aliás, antes de deitarem o alcatrão deviam tê-lo feito logo.
Se fosse um particular a fazer uma urbanização, a câmara exigiria logo, a construção de todas as infraestruturas, como agua, rede separativa de aguas residuais, electricidade, gaz e telecomunicações, mas como é dona da obra, lava a cara das ruas, dando-lhes uma outra apresentação com vista à conquista de votos.
Como o dinheiro é dos otários, munícipes pagantes de taxas e impostos municipais, não lhes custa a sua péssima utilização. Não só não resolvem, ainda que parcialmente a eliminação dos esgotos directos para a Ria como ainda fica um tapete novo todo remendado.
Já agora referir que ontem à tarde, foram retirados baldes de lixo que estava no colector, que as inspecções e manutenção não detectaram, quando ainda antes da época das chuvas todos os colectores deviam ser limpos. 
Por outro lado, a nova obra está a ser realizada por uma empresa privada, contratada à pressa, mas ainda não publicaram o respectivo contrato. Falta de tempo!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

OLHÃO: DE MENTIRA EM MENTIRA SE ENGANAM AS PESSOAS

 Desde há muito tempo que percebemos que os nossos autarcas vivem da mentira, fazendo crer às pessoas que estão a fazer um trabalho sério quando na realidade estão a empurrar para a frente com a barriga, os problemas que envolvem a cidade.




As imagens acima, retiradas do site da Ambiolhão, mostram que o cadastro das infraestruturas de aguas e saneamento foi concluído em 2017, tendo custado, com IVA, cerca de cem mil euros.
Com este cadastro, a Ambiolhão e a Câmara Municipal de Olhão, estão na posse de uma ferramenta que lhes diz onde, para alem da rede de agua, as redes de esgotos e de aguas pluviais, não podendo por isso invocar desconhecimento da inexistência de redes separativas de aguas residuais e que vão desaguar na Ria Formosa, sem qualquer tratamento.
Da mesma forma, o cadastro deveria funcionar como uma excelente ferramenta para identificar e caracterizar as infraestruturas, função que é assumida no documento, para dotar a cidade de uma rede separativa de saneamento que permita acabar com as cheias e a poluição da Ria.
Não basta ter um documento, sendo necessário executa-lo, porque monitorizações desde há muito que vêm sendo feitas para limpar o cu.
Como consequência das cheias, e tentando limpar-se da má imagem, a Ambiolhão recolheu às redes sociais para vir dizer que havia feito algumas intervenções e ou inspecções em diversas artérias, como se pode ver na imagem seguinte

Tendo em conta as anunciadas intervenções consultámos o portal Base do Governo onde são publicados os contratos e não encontrámos nenhum que se relacionasse com as intervenções mencionadas, pelo que quando muito, teriam sido feitas pelos trabalhadores da Ambiolhão.
Significa isto, que para além de alguns desentupimentos e a visita a algumas caixas pouco mais foi feito, adiando como de costume, a resolução do problema.
O cadastro foi concluído em 2017, antes das eleições autárquicas que deram a maioria absoluta ao actual executivo que com essa maioria tinha carta branca para ultrapassar alguns obstaculos, se é que os haviam, mas preferiu nada fazer.
Diz o presidente da câmara que a Ria Formosa é a Auto Europa da região mas o que faz é degrada-la, poluindo-a com consequências como a desclassificação das zonas de produção de ameijoa, impedindo a sua comercialização, a qual tem um impacto económico e social muito elevado, para não falar na questão ambiental.
Posta a questão, entendemos que está na altura de os partidos da oposição, se é que querem alterar alguma coisa, pedirem o acesso ao cadastro das infraestruturas  e dar a conhecê-las publicamente para que todos os municipes saibam o que se passa e possam identificar para lutar pelo fim dos esgotos directos.
Não o fazer, não dar a conhecer aos municipes, é um acto de cumplicidade imperdoavel com o executivo socialista. Como querem que os produtores de ameijoa, e familias, votem de forma diferente se não fazem nada por eles? Será que vão continuar a cumplicidade com mentiras do Pina?


domingo, 13 de dezembro de 2020

FUZETA TAMBÉM FAZ PARTE DO CONCELHO DE OLHÃO

 Por aquilo a que vamos assistindo, os nossos autarcas têm uma grande preocupação com as chamadas zonas nobres, votando ao esquecimento as populações que vivem nos guetos periféricos para onde são encaminhadas. Guetos onde não há iluminação de natal, onde não há alcatrão para repavimentar, onde se faz uma recolha de lixo deficiente, onde não se cuida das infraestruturas de saneamento, sejam de esgotos domesticos ou pluviais. Mas são pessoas a quem resta uma pequena arma, o direito a votar, não que tal resolva o essencial da questão mas que pode ser uma ajudinha.
Assim resolvemos dar a conhecer a situação do sistema de aguas pluviais junto da escola da Fuzeta, que há meses que está a precisar de uma intervenção e nada fazem, ou pelo menos parece não fazerem, como se pode ver nas imagens seguintes

Nem sequer seria necessario encaminhar para a pagina de A Minha Rua, dar conhecimento à Ambiolhão ou à Câmara, porque há meses que lá estão os sinais para decorar, enfeitar a rua, porque não houve dinheiro para a iluminação de natal naquela zona.
Para os anti-criticos que acham que a critica é um simples acto de maldizer, devemos lembrar que existem varios modelos de sociedade e que aquele em que mergulhámos é um bocado pantanoso. Numa sociedade onde predomina a corrupção e os crimes que lhe são conexos, onde os interesses economicos estão acima dos das pessoas, é natural que alguns que estão de barriga cheia esqueçam os que estão de barriga vazia, sendo que os de barriga cheia vão para as zonas nobres, onde tudo é mantido nas devidas condições, e os "miseraveis" para os guetos, votados ao abandono.
Tanto faz que tenham recolha de lixo ou não; não incomoda o facto das infraestruturas estarem degradadas.
A Fuzeta também faz parte do concelho de Olhão e os seus habitantes são eleitores qua ainda não aprenderam a usar um direito conquistado com a Revolução de Abril, o Voto.
No dia em que fizerem sentir que podem ser os autores da mudança, impondo uma alteração no Poder Local desde o inicio da era democratica, os nossos autarcas passarão a ter mais cuidado, atenção e respeito pelas pessoas.
O capital mais precioso é sem duvida alguma o capital humano, mas os nossos autarcas apenas pensam no dinheiro, como ganhar mais e mais, extorquindo-o às pessoas; a ganância tomou conta do poder autarquico. Valorizar o capital financeiro em detrimento do capital humano, é a politica de quem partilha o Poder. É preciso uma mudança de mentalidades para a construção de uma sociedade mais justa, mais cuidada e que distribua melhor a riqueza criada para que os nossos sucessores tenham algum futuro.  

sábado, 12 de dezembro de 2020

OLHÃO: DESCOBERTOS OS ESGOTOS!

 Tal como haviamos dito ontem e na impossibilidade de fazer estar presente o inspetor Varatojo, fomos visitados pelo inspector Varejeira que nos acompanhou numa vistoria à rota da caca na Rua Diogo Mendonça Corte Real para descobrir onde estavam os esgotos/aguas pluviais da rua.
Foi dificil mas com o auxilio de uma lupa descortinámos a tampa do coletor e também uma da torneira da agua, debaixo do novo tapete de alcatrão, razão pela qual o pessoal da Ambiolhão não sabia do seu paradeiro, apesar dos engenheiros da autarquia terem estado presentes, munidos das respectivas plantas. 
Depois da vala aberta, no sentido nascente, uma baia protegida com a sinalização da Ambiolhão, como se pode ver na imagem
o inspector Varejenta descobriu que por debaixo do sinal estava uma tampa de colector tapada com o alcatrão, talvez para não enferrujar. Na imagem seguinte, é possivel ver o vinco da dita tampa

A partir da localização desta tampa e traçando uma linha no sentido poente até à tampa mais proxima, constatamos que o colector passa mais perto do passeio do lado esquerdo, no sentido nascente/poente, o que quer dizer que vão ter de partir mais um bocado de alcatrão.
Mas será conveniente que não se esqueçam de destapar a tampa da torneira da agua, não vá haver um rotura e depois ninguem saber onde ela está. Embora não esteja muito nitida na imagem seguinte, com um pouco de boa vontade, descobrem-na.

Assim e des já queremos agradecer ao inspector a sua preciosa colaboração sem a qual não seria descoberto a localização do colector. Um serviço publico e gratuito!
Não podemos nem devemos, no entanto, chamar a atenção para a falta ou deficiência no acompanhamento e fiscalização da obra, que sendo publica e feita à custa do sacrificio dos municipes merecia ser mais cuidada.
Não significa isto atirar as responsabilidades para cima dos tecnicos que estiveram lá. A dona da obra é a Câmara Municipal de Olhão e não a Ambiolhão pelo que o tal acompanhamento e fiscalização compete à autarquia. Até porque estamos em crer que os tecnicos da Ambiolhão preferiam ver uma obra mais profunda, que contemplasse a criação das redes separativas de esgotos domesticos e de aguas pluviais, porque aquilo que ali está, é para alimentar os peixinhos, contaminar com ecoli e desclassificar as zonas de produção de bivalves.
Vá lá amigo Pina, não desvalorize os seus tecnicos, deixe-os trabalhar não lhes impondo politicas de merda! Ganhe votos sem prejuizo para os municipes!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

OLHÃO: AGENDA ELEITORAL SOBREPÕE-SE ÀS NECESSIDADES!

 Como já o dissemos por diversas vezes, os titulares de cargos politicos ou de altos cargos publicos têm a tendência, sempre que se aproximam actos eleitorais, a desvalorizarem as reais necessidades das populações sobrepondo a elas a agenda eleitoral. O que importa para todos eles é ganhar sem olhar a meios, como bons bandidos que se prezam!
Assim voltamos ao assunto do alcatrão que o  presidente da câmara e o seu séquito têm na cabeça. 
A Rua Diogo Mendonça Corte Real, antiga Rua dos Murraceiros porque no seu lugar havia um esteiro que ia do Porto de Pesca até às traseiras do antigo hotel Ria Sol pelo qual eram transportados os botes com a murraça. Na altura a murraça que estava na câmara era outra mas em tudo semelhante à de hoje.
Quando fizeram os esgotos naquela rua, fizeram o dois em um, ou seja, os colectores de aguas residuais domésticas são os mesmos que o das aguas pluviais, embora não hajam sumidores para estas. Assim, quando as maquinas partiram o esgoto de uma casa, ficaram sem saber ao certo onde passa o colector, razão pela qual enviámos um pedido ao inspector Varatojo para nos ajudar a localizar os colectores, já que os serviços da Ambiolhão não conseguem, apesar dos bons oficios de quem nela trabalha. E daí o estado da obra, como se pode ver na imagem a seguir.

Um tapete novo, com menos de uma semana de uso e já está a ser preparado para um remendo. Um dinheiro mal gasto, até porque um  passarinho chegado ao Pina me segredou que os técnicos o aconselharam a tratar da rede de aguas e esgotos, para não falar noutras coisas, mas que ele recusou. Afinal o alcatrão dá mais no olho que os canos da caca. É a agenda eleitoral em curso!
Enquanto fiscais das maravilhosas obras do Pina vamos acompanhar os novos desenvolvimentos, deixando uma palavra de apreço pelos trabalhadores da Ambiolhão que mais não podem fazer.
Mas este episodio não é unico, já que na rua que vai da Caixa Geral de Depositos para nascente também estão repavimentando, e mais uma bronca. É que ao deitar o tapete de alcatrão, começou a criar uma bolha até rebentar. Uma rotura de agua e como essa não chegasse, outra logo a seguir, como se pode ver nas imagens seguintes.


Escusado será dizer que as infraestruturas de aguas e de saneamento são antigas, corroídas pelo tempo de uso e a precisarem ser substituídas, mas o Pina teima em não o fazer.
No local da imagem de baixo, não há muito tempo houve uma rotura e remendaram e agora novo remendo. A cidade que no seculo XXI aposta nos remendos!
Com o estado de apodrecimento das infraestruturas, elas não suportam o peso e a vibração das maquinas e vão rebentando. Bem podem tentar enjeitar responsabilidades mas são factos inegaveis.
Tão inegaveis como a dupla condição de dois em um, colectores de esgotos e de aguas pluviais ao mesmo tempo, conduzir toda a merda para a Ria Formosa sem qualquer tratamento.
O Pina sabe-o mas insiste até matar a galinha dos ovos de ouro. Lamentavelmente a oposição pouco ou nada diz sobre isto. 
Por isso continuem a bater palmas e a votar no novo cacique! 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

RIA FORMOSA: QUEM ACREDITA NISTO?

 Como habitualmente fomos dar uma vista de olhos ao comunicado do IPMA, datad de ontem dia 9,  onde faz o ponto da situação dos bivalves, o que pode ser visto em https://api.ipma.pt/public-data/snmb_bulletins/1612020-ci_snmb-09_12_2020.pdf. Quanto às zonas na area da Capitania de Olhão, os resultados estão na pagina 6.
Da observação dos resultados, mantêm-se em Classe C as quatro zonas de produção já assim classificadas pelo comunicado anterior.
Continuam por publicar os resultados relativos ao mês de Novembro, talvez por causa do Covid, que esse não sabe o que é teletrabalho.
Mas porque achamos estas coisas um bocado esquisitas, entendemos que deviamos aprofundar mais a questão das analises e das suas consequências. Assim fomos ver os resultados dos ultimos seis meses no que às biotoxinas diz respeito, até porque foi a falta de analises que levou à interdição da apanha de bivalves em toda a Ria Formosa, em Novembro de 2013.
É verdade que fizeram  diversas analises à ameijoa, ao mexilhão, ao berbigão e ao longueirão. Já quanto à ostra, quase que não as fizeram, pelo menos no que diz respeito às biotoxinas amnesicas e paralizantes, pelo menos nos mapas aparecem como NR (não realizadas). SE alguem tiver duvidas pode consultar o historial das analises em https://www.ipma.pt/pt/bivalves/biotox/index.jsp .
Há muito que questionavamos o facto de serem interditas pela presença de biotoxinas quase todas as especies menos a ostra. Pudera, se não há analises, não podem ser interditas. Será que isso acontece por acaso?
Não é de agora que dizemos que há controlo politico das instituições supostamente independentes e a falta de analises levam-nos a cimentar a nossa ideia, porque através deste mecanismo, as analises, apenas são penalizadas as especies que mantêm as pessoas na Ria, algo que é considerado indesejavel em termos turisticos.
Mas a ostra, tem no presidente da câmara, entre outros (poucos), grandes interesses a proteger, daí que não seja conveniente que surjam interdições da ostra. Mas se um dia houver problemas com a UE são os mais debeis, economicamente, que vão sentir na pele os inconvenientes de um grande desclassificação, até porque ela pode determinar a desclassificação para todas as especies. Com estas brincadeiras, estão a repetir a situação de 2013.
Na altura foi o berbigão. Quem diz que a ostra não vai trazer o mesmo problema? Cuidem-se! 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

OLHÃO: QUE BANCO É ESTE QUE NÃO TEM DINHEIRO?

 Esta manhã dizia-me um amigo que devia ficar calado com os assuntos em que as pessoas interessadas não mostrassem interesse em resolvê-las. Discordei e por isso hoje tenho outra novidade.
Quando me deslocava para casa encontrei um outro amigo, reformado, que se tinha deslocado aos CTT para receber a reforma, mas voltou para casa de mãos a abanar porque não havia dinheiro.
Acontece que os CTT não só têm o serviço postal, pagamento de reformas como também é um banco que por sinal partilha o espaço com os outros serviços. Por outras palavras, os CTT são um banco mas não tem dinheiro para pagar a quem acede aos seus serviços. Lindo trabalho!
Não bastava os constantes atrasos na distribuição do correio como até o pagamento das reformas fica atrasado. Uma empresa atrasada cujo unico objectivo é o lucro dos acionistas. Mas antes era uma empresa publica e funcionava bem melhor só que não tinha autorização para funcionar como banco.
No fundo, a empresa que obteve a concessão de exploração dos CTT, não tinha qualquer interesse no serviço postal ou pagamento de reformas, mas apenas na licença para funcionar como banco. E os governos fizeram a vontade dos acionistas! Maravilhas! Ganham eles, perde o Povo, como de costume!
As reformas pagas através dos CTT têm como denominador comum, serem quase sempre as mesmas pessoas, havendo poucas oscilações, excepto em duas situações que são o pagamento do decimo terceiro e decimo quarto mês, que são pagas a dobrar. Logo os CTT, com seu banco, devia ter disponivel a quanita necessaria para pagar as reformas aos desgraçados, já que quem não tem conta bancaria propria para receber as reformas, é porque as suas reformas são tão grandes que não dá para pagar uma renda de casa.
Mas ainda assim e tendo em conta a actividade do banco, os balcões dos CTT deviam facilitar e incentivar os seus utentes a abrirem conta no dito banco.
A generalidade da nossa classe politica, não toda, tem destas coisas, vender tudo, privatizando sem ter o cuidado de assegurar o regular funcionamento de um serviço que continua a ser publico. Importante mesmo é assegurar o lucro dos acionistas. E digam lá que este é um governo de esquerda, que dá aos ricos e tira aos pobres!
Onde já se viu um banco sem dinheiro? Em Olhão há de tudo um pouco!

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

RIA FORMOSA OU O REINO DOS TRAPALHÕES

 Enquanto as nossas entidades publicas se preocupam em varrer o lixo para debaixo do tapete, gastando o dinheiro em obras mais de dar no olho do que na sua utilidade, numa época em que as pessoas querem ter algum dinheiro para gastar e não o têm por culpa daquelas entidades.
Tem sido uma preocupação permanente o que se passa com a degradação da qualidade das aguas na Ria Formosa e por isso entendemos que nunca será demais trazer o assunto para a luz do dia, recuperando tempos passados mas com reflexos no presente e que mostra bem como os trapalhões nos têm governado. Atenção que são de todos os quadrantes!
Como é do conhecimento dos produtores de bivalves, a Ria Formosa foi totalmente desclassificada em Novembro de 2013, porque depois de uma queixa apresentada por nuestros hermanos deslocou-se à Ria um Comité Veterinario da UE que detectou a falta de analises.
Mas antes disso e porque nós haviamos apresentado uma queixa junto da UE por causa da poluição na Ria Formosa, os trapalhões do costume trataram de inventar algumas desculpas para livrarem a pele. A maior parte das trapalhadas foram concebidas no âmbito da Polis, durante o ano de 2013, ainda antes da desclassificação e contou com a participação de entidades como o parque Natural da Ria Formosa, do IPMA, da APA e da caca que certos cientistas têm na cabeça.

 Como se pode ver na imagem, os trapalhões do sumo de laranja da época, apresentaram e fizeram publicar em Diario da Republica de Fevereiro de 2013 um Despacho onde se indicavam um conjunto de medidas designada de Programa de Acção e Medidas para a Melhoria e Controlo da Qualidade da Agua na Ria Formosa.
Nesta altura ainda o Pina não era presidente da câmara nem o Costa primeiro ministro, mas já se estimava que a construção da nova ETAR estivesse pronta em finais de 2016, o que vem desmentir ou diminuir as declarações do Pina em torno da paternidade da nova ETAR.
Daqui a dois meses perfazem oito anos desde a publicação do chamado programa e não só a merda se manteve como se agravou com quatro em cinco zonas de produção desclassificadas. De notar que a zona que apresenta o maior grau de contaminação fecal fica exactamente em frente ao Cais T onde está aquele esgoto que muito tem sido apreciado pelos turistas que nos visitam e onde podem observar os cagalhões a passear pelas aguas da nossa Ria.
Nessa altura, também já se previa um programa de vigilância na rede de aguas pluviais e um programa de interdições da apanha de bivalves, ficando a primeira debaixo da alçada da APA, da Aguas do Algarve e das Câmaras e  a segunda do IPMA.
Pode dizer-se que oito anos depois, os governos do PSD e CDS mais os do Costa cagaram mais que a conta e arruinaram a Ria Formosa.
Se os viveiristas não se unirem, organizarem para dar luta aos trapalhões, acabam por ser corridos da Ria Formosa.
REVOLTEM-SE, PORRA!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

OLHÃO: QUE RICAS OBRAS!

 A Rua Diogo Mendonça Corte Real foi objecto de uma intervenção de repavimentação, mas teve alguns contratempos, como as fortes chuvadas e as cheias na zona.
A meio da obra, surgiu um rotura na conduta de agua devido ao envelhecimento da mesma, prontamente resolvida, mas foi preciso e natural abrir uma vala para proceder à reparação da conduta. Os funcionários da Ambiolhão fizeram e no final taparam.
Já aqui chamámos a atenção para a necessidade de uma intervenção mais profunda que permita renovar, dimensionado a propósito, as condutas de agua, da rede de esgotos domésticos e de aguas pluviais. as redes de electricidade, telecomunicações e gaz, e sempre defendemos que essas obras não são obras para um ano ou um mandato, mas que se torna urgente tomar uma decisão, dividir a cidade em zonas, tantas quantas as necessárias, para fasear as intervenções.
A fazer jus àquilo que temos defendido, aconteceu mais um acidente de percurso, como vamos ver de seguida.

Depois da Ambiolhão ter resolvido o problema da rotura, tapou a vala com terra e quando a empresa que tem a seu cargo a tarefa de repavimentar a rua, teve de tirar parte dessa terra, e enchê-la com gravilha para depois deitar o tapete.
Durante a repavimentação, as maquinas destruiram o passeio e a ligação do esgoto doméstico da casa, como se pode ver na imagem.
No passado, as ligações de esgotos eram feitas directamente sem qualquer caixa e por isso não se vê sinal de qualquer coisa que se pareça com isso, pelo que o arranjo passa pela instalação de uma caixa, para o caso de um entupimento, e reparação do cano partido. Só que agora, ninguem assume a responsabilidade dessa intervenção.
O curioso nisto, é que vão ter de partir o tapete numa altura em que o trânsito na rua ainda está condicionado. Obra inacabada e já com problemas porque o objectivo é fazer obras que deem na   vista. E tanto assim é que a amostra de passeio existente, é um ninho de ratos. Se tivessem feito uma intervenção de fundo, como desejavel, não só resolviam os problemas dos esgotos como também dos ratos. Teriam de haver eleições todos os anos para vermos a cidade ser arranjada e mesmo assim não se sabe.
E porque falamos em obras para que a cidade se apresente melhor, há que ter em conta as redes de gaz, electricidade e telecomunicações para não termos  o impacto visual negativo que dão os rolos de fios pendurados nas paredes, destiando na qualidade das casas.
Veja-se a imagem seguinte:

Por muito que digam são mesmo obras para inglês ver, o que não quer dizer que eles gostem. Uma imagem propria de uma cidade terceiro mundista!

domingo, 6 de dezembro de 2020

RIA FORMOSA: DESASTRE E CRIME AMBIENTAL

 Ontem diziamos, com base no ultimo comunicado do IPMA, que das cinco zonas de produção de bivalves, quatro estavam desclassificadas em Classe C, estando impedida a sua comercialização, embora que tendo em conta o histórico das analises não haja razões que justifiquem tais desclassificações.
Só falta mesmo a desclassificação da zona Olhão 5, Culatra, mas se o fizerem então haverá uma autentica revolução. Então não será credivel que o façam por piores que sejam as analises.
Se a poluição, contaminação microbiológica, encontra nas ETAR e nos esgotos directos os seus prinicipais agentes, temos de procurar os responsáveis políticos que respondem pela entidades e de entre eles, está António Pina, presidente da câmara municipal de Olhão.
Mas nem só a poluição ameaça a Ria Formosa, havendo ainda outras grandes ameaças que contam com o aval das criminosas entidades publicas que gerem os destinos da Ria Formosa, sejam as autarquias, o Parque Natural da Ria Formosa, o IPMA, a APA e a CCDR.
A legislação ambiental e o próprio regulamento do Plano de Ordenamento do Parque da Ria Formosa, proíbe a introdução de espécies exoticas na natureza, mas omitem-no. Assim não tomam medidas contra a produção da ostra giga, uma espécie exótica, uma praga porque é em nome dela que se tudo o que vem acontecendo na Ria tem por como pano de fundo induzir ao cansaço e abandono dos viveiristas, deixando assim livre po espaço para a produção de ostras.
Como cabeça de cartaz, temos o nosso amigo Pina, cuja ganância o leva a estar cagando para os viveiristas e para o ambiente desde que possa carregar de dinheiro. Em primeiro lugar está a riqueza dele e só depois a riqueza colectiva. A parte a subjugar o todo!
Por outro lado temos uma outra espécie exótica invasora e infestante a Caulerpa que vem conquistando todo os espaços dentro da Ria Formosa. A Caulerpa não serve de protecção a nenhuma espécie, bem pelo contrario e ainda degrada os sedimentos. Onde se instala não há bivalve que resista. Apesar disso, as entidades estão caladas, um silencio cumplice e criminoso que serve os objectivos politicos de correr com aqueles que têm uma vida de trabalho e luta dura na agua e leito da Ria Formosa.
E aqui se nota bem a diferença de posturas. O bom vigarista, é um individuo bem falante, bem vestido e bem montado, tudo para que tenham credibilidade e convencer as pessoas das suas patranhas; no caso da Ria Formosa basta que um individuo bem falante, bem vestido e com um bom carro, exercendo um cargo politico ou alto cargo publico, para convencer aqueles que vivem de e na Ria Formosa; é o vigarista politico.
Enquanto os viveiristas e pescadores da Ria Formosa fizerem questão de acreditar no vigarista politico, à semelhança daqueles que são burlados pelos normais vigaristas, correm o risco de perder todo o investimento e anos de trabalho.
Os pescadores e viveiristas da Ria Formosa, precisam com urgência de se unir, organizar e lutar contra esta cambada sob pena de perderem toda a sua riqueza!
LUTEM!