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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

COVID VEIO PARA FICAR

 As estações do ano:
É do banco da escola que se aprende que são quatro as estações do ano, Primavera, Verão, Outono e Inverno.
A Primavera é uma estação amena, que faz a transição entre o frio e o calor, enquanto o Verão é a do calor, de as pessoas visitarem as praias, o Outono volta ao clima ameno e faz a transição do calor para o frio e finalmente temos o Inverno, altura em que o frio se faz acompanhar de chuva.
Estas alterações ambientais, que são normais, estão associadas às chamadas doenças sazonais, caracteristicas de uma determinada época mas que podem surgir em qualquer altura do ano. 
Doenças sazonais:
Como acima se diz, são doenças caracteristicas de certas épocas. Assim na Primavera, a subida das temperaturas, o aumento da exposição solar e algumas chuvas no inicio da estação, são propicias à polinização das plantas e daí as rinites; as mudanças bruscas de temperatura, a escarlatina; o aumento das temperaturas pode dar origem à varicela ou ao sarampo.
No Verão, a conjugação das altas temperaturas e a agua, o contacto entre pessoas são fonte de disseminação de doenças, das quais destacamos a conjuntivite, as doenças associadas aos mosquitos, as intoxicações alimentares e as micoses.
No Outono, coma instabilidade dos dias e uma grande variação de temperaturas conjugadas com o declinio da humidade relativa do ar, o nosso organismo tende a ficar debilitado, o que facilita a contaminação por virus e bacterias. Assim, é natural que surjam a sinusite, os resfriados, a amigdalite.
No Inverno baixam as temperaturas e a chuva aparece com muita regularidade. Por isso é a campeã das doenças respiratorias, porque os agentes patogenicos ficam mais tempo no ar e as pessoas tendem a fechar-se em casa por causa do frio o que impede a circulação e renovação do ar. O elevado numero de pessoas num mesmo lugar acelera a propagação de virus e bacterias. O sistema imunologico das pessoas fica debilitado pelo esforço das adaptações às mudanças climaticas. São caracteristicas desta estação a gripe, que quando associada a outras doenças pode provocar a morte, a asma, e as pneumonias.
Deste modo e de forma muito sintetica, tentamos fazer perceber aos nossos leitores, como o ambiente pode ser determinante em algumas doenças, num momento em que vivemos uma pandemia e a comunidade cientifica não se entende quanto ao caminho a seguir.
O SARS-COV-2, pelas suas caracteristicas, não se podendo dizer que é uma doença sazonal tem tudo para se desenvolver muito especialmente no Outono/Inverno e abrandar na Primavera/Verão, tal como vem sucedendo.
Testes e Vacinas
Já fez algum tempo que o governo anunciou a distribuição de testes rapidos mas ficou-se pela declaração de intenção, quando esses testes eram essenciais onde não pode deixar de haver um maior numero de pessoas, como são os casos das escolas e lares. Estes testes têm a vantagem de ser economicos, rapidos, não intrusivos e permitia fazê-los tantas vezes quanto as necessarias para evitar os surtos. 
Como qualquer medicamento, as vacinas para serem aprovadas a sua utilização, têm os seus timings próprios que duram anos, mas desta vez bastaram poucos meses para ser aprovadas, apesar de ainda estarem em fase de estudo os efeitos secundarios ou colaterais a medio longo/prazo, tendo-se registado casos de reacções negativas após a sua utilização.
Devemos lembrar que, ainda não estavam aprovadas e já as farmaceuticas anunciavam um presumivel lucro de 600 milhões para depois pedirem a isenção da responsabilidade civil.  Quer dizer, primeiro o lucro e se matarem as pessoas ficam livres de qualquer indemnização!
Há muitos anos atrás surgiu um medicamento que receitado a gravidas, viria a provocar deformações nos fetos. Era  a talidomida, hoje um medicamento de eleição no cancro mas não em gravidas. A farmaceutica foi obrigada a pagar muitos milhões de indemnização, aquilo que hoje os novos senhores não querem pagar.
O Sars Cov é da familia dos coronavirus, só que mais agressivo que os anteriores, apresentando mutações, à semelhança do virus da gripe, o que com as diferenças climaticas entre paíse, pode dizer-se que veio para ficar, mudando de país consoante o clima.  
O nosso país é procurado por muitos estrangeiros (turistas) precisamente pelo clima, mas com a vinda deles vamos também ter a presença do virus, se se mantiverem  os mesmos procedimentos nas fronteiras, com ausencia de testes aos visitantes. É a importação do virus!
Confinamento e isolamento
O confinamento não é mais do que manter as pessoas em casa, respirando o mesmo ar e favorecendo a contaminação do grupo agregado, tal como acontece nos lares.
Já o isolamento requer outras condições. O doente deve estar num espaço próprio, sem contacto com outras pessoas para alem dos tecnicos de saude preparados para evitar o contagio. O isolamento não deve ser feito em espaço familar porque isso serve apenas para contaminar o agregado familiar.
Se o governo estivesse preocupado com as pessoas, no Verão passado, sabendo que no Outono/Inverno a situação se agravaria, tinha criado as condições para evitar a situação presente. O que não falta são edificios do Estado sem utilização que podiam ser transformados  em unidades de isolamento. Os serviços de engenharia das forças armadas tinham condições para o fazer em tempo record.
Mas não! Aquilo que se passou com os ventiladores dados pelas autarquias ao Hospital de Faro ficaram nos caixotes e só agora é que os foram desenterrar para descobrir que afinal não funcionam; não tivessem feito falta e ficariam amontoados eternamente!
Mas também para que queriam os ventiladores se não tinham tecnicos para os operar?
Vamos levar mais uns anos a conviver com o Sars Cov, à espera que apareça um medicamento que o torne mais sociavel.

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