Nos ultimos tempos tem sido noticia a falta de agua na região algarvia mas as opiniões não são consensuais, com os defensores dos diversos sectores a chamar a sardinha à sua braza!
Uma das soluções milagrosas são as centrais de dessalinização de agua do mar, como se ela fosse a solução do presente e futuro. E por isso já se fala em duas centrais de dessalinização no Algarve, uma delas entre Portimão e Albufeira, com um custo de 45 milhões. Mas isso é um custo, o outro está nos residuos de tal processo. Ver a noticia em https://sicnoticias.pt/pais/dessalinizacao-pode-vir-a-ser-usada-para-abastecimento-publico-na-algarve/?fbclid=IwAR1gnWIUacbkYOfc7x10kGCxwWA2KseDnmbiCFqbaVMNKydqBXN88hSEvyQ
Creio que todos terão consciencia de que a agricultura é o sector com maior consumo de agua, e nem podia ser de outra maneira, porque a agricultura é agua! Mas todos devem ter a consciência de que quando se fala na agricultura estamos a falar de alimentos, tal como poderiamos falar de outros sectores ligados à produção alimentar.
O consumo humano, no fundo resume-se a sujar a agua, acabando por envia-la para as estações de tratamento de aguas residuais. E aqui começa um dos problemas, porque essa aguas não têm o tratamento adequado, porque se o tivessem, podiam ser utilizadas na agricultura.
Entretanto surgiram uns ambientalistas preocupados com a possivel contaminação dos aquiferos por acção humana, mas esqueceram-se que se não estão a contaminar os solos e aquiferos, estão a contaminar a agua do mar, outra fonte de alimento. Sobre este aspecto, os tais ambientalistas nunca se pronunciaram, talvez porque os agricultores são privados enquanto os poluidores do mar, são entidades publicas. As aguas residyuais tratadas se não têm qualidade para utilizar na agricultura também não têm qualidade para ser despejadas no mar.
Acresce a isto também a disputa entre vegetarianos e aqueles que defendem o consumo de carne, cada um a dizer que o outro consome mais agua.
Para se ter um bom ambiente é necessário que o ar, a agua e os solos tenham qualidade, cabendo às entidades responsaveis pelo ambiente definir regras para a protecção desses elementos.
No passado, as arvores eram plantadas a uma distancia de sete metros entre si, permitindo a produção mista. Com essa distancia, cada arvore ocupava 50 metros, ou seja, em 100 hectares 20.000 arvores. Mas se as dispusermos de 5 em 5 metros, o numero aumenta para 40.000 arvores e de três em três metros, o numero chega até às 100.000 arvores. Dito de outro modo, o consumo de agua, aumenta cinco vezes com a monocultura.
É certo que na actualidade os sistemas de rega permitem uma maior economia de agua que em tempo de escassez, como agora, continua a ser muito elevada, já que a produção super-intensiva obriga a consumos muito elevados. Caberia pois, aos responsaveis pelo ambiente e agricultura uma acçao conjunta no sentido de impor regras mais apertadas quanto às distancia entre arvores. A agricultura super-intensiva promove apenas a ganancia de agricultores mais preocupados com o lucro do que com a quantidade de agua ou da erosão dos solos.
Tanto mal faz a produção do abacate como qualquer outra produção nos moldes em que são feitas, e sobre disso ninguem diz ou faz nada.
A questão é falta de investimento para o aproveitamento e uso eficiente da agua, toda ela, seja a dos sistemas de tratamento de agua potavel ou de aguas residuais bem tratadas. Desde a construção dos perimetros de rega nunca mais se viu qualquer investimento nesse sector.
Quem ousa falar nos consumos dos campos de golfe? Aqui del-rei que isso mexe com o turismo, uma actividade economica que na região, tem impactos negativos de toda a ordem, mas que sósão abordados pelo lado positivo, que também tem, reconheça-se
Porque falta o pão (agua), todos ralham e ninguem tem razão!
E as piscinas? De resto estou fe acordo com tudo o que diz.
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