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quinta-feira, 30 de junho de 2022

OLHÃO: CACA SECA VOADORA!

 1 - A maioria das pessoas que vivem em Olhão nunca terão visto a ETAR Poente de Olhão, desactivada há poucos anos, seja no tempo em que estava activa e menos agora.

Era suposto, e assim mandavam as regras, que as lamas fossem retiradas e tratadas em local próprio, requisito que só no inicio foi cumprido, para ser abandonado algum tempo depois.

As lamas são compostas por matéria organica, caca, que decanta, ficando no fundo e por isso mesmo teria de ser retirada, mas como é habitual o nosso Estado é um mau cumpridor das regras que ele próprio produz. A empresa que explora as ETAR é de capitais publicos. logo do Estado.

Acontece que aquando da desactivação da ETAR as lamas deveriam ter sido retiradas, mas não foram porque tinha alguns custos. Então as lamas, caca, ficaram ali à espera que o tempo tratasse delas.

Nos ultimos dias tem feito algum vento e se virar dos quadrantes ligados a oeste, as lamas secas, caca seca, acabam por voar até à cidade, particularmente para a zona prime da cidade. Talvez que o presidente se dê ao trabalho de ir verificar no local, porque aquilo dá um interessante cartaz turistico para a frente ribeirinha. 

CACA SECA VOADORA, ATRAI TURISMO!

2 - Por outro lado, o aumento do numero de pessoas também faz com aumente o caudal de aguas residuais não tratadas que são jogadas directamente na Ria Formosa.

E é de tal forma que nem o sistema de comportas aplicados na rede de aguas pluviais, com que quiseram enganar o Povo de Olhão, consegue evitar que em determinados momentos sejam obrigados a proceder a descargas e lá vem mais caca, esta então não estará seca.

Segundo nos informaram, nalgumas zonas sente-se o cheiro porque a rede não comporta tanta agua e caca, daí os cheiros.

Batam mais palmas que estamos no caminho certo!

terça-feira, 28 de junho de 2022

OLHÃO: SECA A CAMINHO? QUE MEDIDAS?

 O ministro do ambiente já veio dizer que serão aplicadas restrições na utilização da agua sem especificar que tipo mas apontando desde logo o dedo à agricultura.

A agricultura é feita com agua e através dela que se faz o ciclo da agua; condenar a agricultura é apostar na desertificação dos solos com as culturas a desaparecerem e pior ainda porque é da terra que vêm a generalidade dos nossos alimentos. Já nos bastam os efeitos das decisões europeias em relação à nossa agricultura.

Para o ministro é preciso salvaguardar o consumo doméstico esquecendo que nesse consumo é excessos, que em tempos de escassez deviam ser restringidos, como as piscinas.

Também se deve colocar a questão da rega dos jardins e dos repuxos de agua que existem um pouco por todo o lado.

A agua é um bem essencial, escasso que deve ser utilizado com alguma ponderação, mas não parece ser o designio para as autoridades locais.

Desde a construção da nova ETAR Faro/Olhão que, o presidente da câmara municipal de Olhão, iria reutilizar as aguas residuais tratadas para a rega dos jardins mas nada fez para que tal fosse possivel. E essa era uma obra que já deveria ter estar feita, mas como não dá no olho de quem nos visita, ficou para mais tarde. E agora que vamos ser confrontados com restrições pergunta-se como vai ser por parte da autarquia que não se preparou para o futuro.

Os repuxos são muito bonitos mas se escassear a agua que vai fazer a autarquia em relação a isso?

Mas temos também as piscinas publicas ou particulares que no concelho de Olhão são em quantidade enrme. Não basta que a tabela seja mais onerosa para quem mais consome, mas utilizar a agua para lazer quando ela falta para o alimento ou para o consumo humano, torna-se imperioso medidas mais restritivas. Não pode ser o dinheiro a permitir o uso e abuso do consumo excessivo de um bem tão essencial como a agua. Para os senhores das piscinas, deem um salto à praia!

Enquanto anda divertido com o turismo, o presidente deveria preocupar-se com o futuro breve. É que para desculpa de todas as desgraças já temos a pandemia e a guerra; só nos faltava a seca e essa não é efeito de um virus ou de uns tiros numa guerra para a qual não fomos tidos ou achados.

Se os alimentos já estão demasiado caros, o que vai acontecer quando restringirem a agua para a agricultura? Onde vão as pessoas arranjar dinheiro para se alimentarem?

Quem se preocupa com os mais desfavorecidos?

domingo, 26 de junho de 2022

OLHÃO: AUMENTO DE PREÇOS E FALTA DE ESTACIONAMENTO COM CAUSAS COMUNS

Com a desculpa da guerra, os preços de bens e serviços têm vindo a aumentar. Mas só é verdade em parte, sendo na maioria dos casos provocada pelo aumento exagerado dos combustiveis, como procuraremos demonstrar a seguir, conforme imagens que reproduzimos e extraídas de publicação da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).


A imagem que se segue é ampliação do gráfico apresentado na imagem acima para permitir uma melhor leitura do histórico do preço do petroleo bruto ou crude.
O máximo histórico do custo do barril de crude remonta ao ano de 2008 e aconteceu pela falência de um banco americano que veio provocar a crise financeira mundial. Mas uma leitura mais atenta do gráfico mostra que os aumentos do crude são provocados artificialmente, não tendo a ver com a produção.

 

 
De acordo com o gráfico, o maximo histórico foi de 141 dolares por barril enquanto o custo actual, tendo em conta a média dos ultimos meses, já que o resultado anual só se saberá no próximo ano, é de 121 dolares. De notar o registo no anos de 2011/2012, bem perto do preço actual.
Convem agora ver a evolução do preço dos combustiveis nos postos de abastecimento, pelo que daremos uma nova imagem
Lendo o gráfico, verificamos que o preço dos combustiveis, no ano do máximo histórico do preço do crude, eram para a gasolina sem chumbo de 95,  1,139 euros/l e para o gasoleo rodoviário de 1,26 euro/l.
Embora ainda distante do máximo e mais perto do actual do preço do crude, o preço dos combustiveis nos anos 2011/2012, situou-se para os mesmos em 1,64 na gasolina 95 e 1,45 no gasoleo, fruto da alteração da formula de calculo introduzida pela então ministra Ferreira Leite.
Esta manhã a gasolina sem chumbo 95 custava 2,154 e o gasoleo 2,169, valores muito acima de qualquer previsão. Bem sabemos que se deve ter em conta a inflação mas mesmo assim, a disparidade dos preços é mito grande, o que tem consequências na economia, em geral, e atingindo os mais desfavorecidos em particular.
A verdade é que apesar do preço do crude ter vindo a baixar, o preço dos combustiveis sobe, sendo neste momento para a gasolina 95 de mais 0,46 euros/L e para o gasoleo de mais 0,61 euros/L.
Com estes preços dos combustiveis, encarece o aumento do transportes de pessoas, bens e serviços e por arrastamento o preço dos bens e serviços.
Tem ainda uma outra consequência para as pessoas com menos posses e detentoras de uma viatura que as vão deixar paradas na rua por não terem como suportar os custos de uma deslocação, reduzindo-as ao estritamente necessário. E com isto a falta de estacionamento cresce!
Não é pois pela guerra que os preços sobem mas sim pela artificialidade do sistema e de um governo que não é capaz de pôr um travão à ganância das petroliferas.
Mas o problema não é apenas do português. Trata-se um problema mais vasto em obediência e subserviência politica da União Europeia ao neo-liberalismo americano como forma de empobrecimento dos Povos da Europa.
Quanto mais pobres melhor porque assim teremos os novos escravos, pensam eles!
CANALHAS!

sábado, 25 de junho de 2022

OLHÃO: NOVAS OBRAS SEM CONCLUIR AS ANTERIORES?

 

Presidente da câmara, vereadores e todos os acólitos, têm vindo a apontar a guerra como a principal causadora do atraso nas obras, o que não corresponde à verdade.
Mas ainda assim vale a pena lembrar que recentemente foi o próprio presidente reconheceu que um terço da construção dos fogos a custos controlados estava embargada com os trabalhos parados; na Estrada de Quelfes não diz que se esqueceu da expropriação e do pagamento da indemnização ao proprietário de umas casas e que deu origem ao embargo da obra; na Avenida 16 de Junho há problemas com as obras porque foram feitas alterações ao projecto inicial o que determina não só o respectivo pagamento como também o alargamento dos prazos.
Mas nada disso impede que sejam contradas novas obras que para essas não há guerra que as impeça. Ou será que já se joga com o calendario eleitoral?
Depois do concurso para atribuição de 27 casas de renda social, celebra-se mais um contrato para a manutenção de 26 outras casas . Mas não se ficam por aí o cenario de mais casas ou promessas delas.
É que de acordo com a imagem acima, foi encomendado o projecto de arquitectura e especialidades para as casas para o realojamento do Bairro 16 de Junho.
Resta saber em que se situação vão ficar os moradores daquele Bairro, já que até lá são proprietários e passam a inquilinos e claro, como nao podia deixar de ser, candidatam-se a pagar uma renda, não se sabe de quanto.
Nada temos contra a manutenção das casas, bem pelo contrário. Se a autarquia tivesse acompanhado a utilização das casas e verificado do estado de vestustez talvez não precisassem de tanta manutenção. Mais com tanta carência habitacional manter aquelas casas devolutas é mesmo de quem não quer saber do mal estar das populações.
Já quanto ao realojamento dos moradores do Bairro 16 de Junho pode dar-lhes o oportunidade de ter uma casa com melhores condições, mas é preciso não esquecer que em troca desse realojamento vão desocupar um terreno em sitio com valor acrescido. Aquilo que a autarquia vai gastar na construção desses fogos é compensada com a venda dos terrenos.
Falara com as pessoas? Explicaram-lhes as vantagens e inconvenientes da mudança?
A perspectiva de tantas obras depois de anunciarem a paragem das que estão em concurso com o factor da guerra é um acto contraditório das declarações de quem nos governa localmente. 

sexta-feira, 24 de junho de 2022

RIA FORMOSA: EM NOME DO AMBIENTE DEGRADAM-SE AS ACTIVIDADES ECONÓMICAS TRADICIONAIS!

 Aqueles que nos acompanham sabem que levamos há anos a criticar a ausência de um plano de erradicação da Caulerpa Prolifera, que algumas vozes dizem ter sido transposta para a Ria Formosa pelo CCMAR. Verdade ou não, e por mais que digam que não, a certeza é de que a Caulerpa invadiu parte significativa desta zona da Ria Formosa.

Há dias atrás foi noticiado que a Ria Formosa seria o exemplo para a retenção de carbono num projecto em que tem como parceiros a Fundação Glubenkian e o CCMAR. Projecto esse que vai ser alargado a outras reservas naturais, como se pode ler em https://www.sulinformacao.pt/2022/06/ria-formosa-sera-o-modelo-para-projeto-da-gulbenkian-na-area-do-carbono-azul/.

Ainda que seja desejavel a retenção de carbono a verdade é que é mais uma oportunidade de negócio que permite às empresas que procedem à retenção a venda de créditos de carbono a empresas poluidoras, através de um mecanismo de cotas. Dito de oura forma, os poluidores continuam a poluir e outros vendem-lhes as cotas de carbono que de que dispõem. Veja-se este artigo da EDP https://www.edp.pt/empresas/empresas-com-energia/creditos-de-carbono/ que vem dourar o negócio.

Pois bem, o projecto agora delineado vai, a concretizar-se, permitir a venda de cotas de carbono por parte do Estado a outros Países onde nada ou pouco fazem nesta matéria.

O curioso é verificar que as zonas a serem abrangidas por este projecto são reservas naturais onde são praticadas actividades económicas tradicionais não poluentes, como a pesca ou a moluscicultura.

Num evento sobre a situação da Caulerpa na Ria Formosa, o responsavel pelo projecto, apresentou os grandes beneficios da Caulerpa na retenção de carbono. Quando confrontado com o declinio de espécies acabou por confirmar que a presença da "erva" infestante, invasora e exótica. Mas nada se fez contra a presença da "bendita erva".

Estamos em crer que a Caulerpa vai aparecer nos outros santuários marinhos da costa portuguesa, aliás se lerem o artigo do Sulinformação, terão a confirmação disso. Apenas não se diz é o impacto negativo que isso vai ter para as populações que exercem as suas actividades nessas reservas, porque primeiro estão os negócios e só depois as pessoas.

Será que vão todos ficar calados? 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

OLHÃO: MUITA PARRA E POUCA UVA

O papel da comunicação é essencial para o desenvolvimento de qualquer projecto, seja pela positiva ou pela negativa. Os milhões gastos em publicidade nos órgão de comunicação social têm como objectivo aumentar as vendas de bens e serviços pela capacidade daqueles órgãos em influenciar as pessoas.

Desde o inicio dos seus mandatos que o presidente da câmara tem usado e abusado da comunicação para construir uma imagem que não corresponde à realidade, mas que os menos atentos acreditam. Aquilo que vem na comunicação é apresentada como uma verdade sem se fazer o uso do contraditório.

Enquanto o primeiro-ministro encontra algumas dificuldades na aplicação dos dinheiros da "bazuca" europeia, ou seja do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). o nosso presidente não vê qualquer obstaculo e anuncia obras que a serem executadas teriam como financiamento o dito PRR.

É assim que o executivo camarário, pelo menos por parte daqueles que têm pelouros atribuidos, como se pode ver em https://www.algarveprimeiro.com/d/olhao-projeto-de-280-fogos-habitacionais-vai-custar-35-milhoes-de-euros/45298-4 . Se clicarem em cima do link, ele redireciona-os para a noticia que vem acompanhada de video a condizer.

Para as demais obras não há dinheiro por causa da guerra mas para estas haverá? É que por causa da guerra o primeiro-ministro vê dificuldades na aplicação da tal "bazuca", com os portugueses indirectamente a custearem o esforço de uma guerra para a qual não foram tidos nem achados. É preciso ter em conta as mais recentes declarações dos responsaveis pela guerra em que nos envolveram de que ela estava aí para durar.

Por outro lado, ainda que anunciado em vesperas de eleições e agora reforçado, o calendário aponta para o fim das obras nas vésperas do próximo acto eleitoral autárquico. Promover um concurso agora com a incerteza na escassez e e aumento do custo das matérias primas previsiveis como consequência da guerra, é sinal de que vamos ter mais uma obra parada e a precisar de rectificações ao contrato. Será que foi feita essa previsão? Ou será apenas mais uma manobra para dar uma imagem irreal do presidente. Quando é que o cavalheiro se deixa destes filmes?

Ou a guerra é apenas a desculpa para não fazer obras que já foram contratadas? Como se avança para outras obras quando se diz tal desculpa para as que já deviam estar concluidas?

Mas notamos também que pela primeira vez, o presidente vem reconhecer publicamente que um terço da construção dos 54 fogos está embargada, não por causa da guerra mas por causa da forma prepotente como foi elaborado o projecto.

BATAM MAIS PALMAS! 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

OLHÃO: A PANDEMIA E GUERRA COMO DESCULPA PARA NÃO CUMPRIR AS PROMESSAS!

 1 - Nos ultimos tempos tem havido alguma contestação pela falta de conclusão das obras na Urbanização Custódia Mendes, com o presidente a ser questionado por isso.
A resposta não se fez esperar: é a guerra a culpada!
Com data de 12/07/2021 foi publicado o contrato celebrado pela câmara municipal de Olhão para a Requalificação do Largo Dona Benedita Tavares Oliveira na Fuzeta. O prazo fixado para a conclusão da obra era de 180 dias, ou seja, deveriam estar concluidas pelo menos a 12/01/2022. 
O problema é que foram céleres a privar as pessoas a desfrutar do espaço, vedando-o, mas continua tudo na mesma e pelos vistos assim continuará! Diga-se que a obra estava orçada em 238.276,50 acrescido de IVA e se os prazos tivessem sido cumpridos, não haveria agora a desculpa da guerra e menos ainda para uma revisão de preços!
Entretanto, tal como dissemos há dias atrás, o vereador com o respectivo pelouro veio a terreiro desculpar-se com a guerra para não concluir as obras no Centro de Recolha Animal, vulgo canil municipal.
Pelo meio ficaram outros contratos para trabalhos complementares nos jardins.
2- Em nome da pandemia não se realiza o Festival de Marisco, mas organizaram-se no dia da cidade, dois concertos musicais e na Fuzeta o Pé na Terra, com uma descriminação entre forasteiros e residentes.
Se algumas pessoas comentaram de forma desagradavel a situação criada pela maneira como tiveram que justificar a situação da residência, com a exigência da apresentação do IMI ou formas semelhantes, outras entenderam que estavam a ser descriminadas.
Em qualquer dos casos, concertos musicais deste tipo são pontos de concentração de muitas pessoas, que sem o uso de meios de protecção, são forma de transmissão do virus. tal como seriam no Festival de Marisco.
Justificar a ausência de um evento com outros de cariz semelhante tendo por base a pandemia, é de rir, embora se compreenda que o poder politico local viva de e para a imagem, e as festas servem para isso.
3 - Mas porque gente chegada á presidência soube vir a terreiro justificar o atraso nas obras da Urbanização Custódia Mendes com o facto de aquilo ser de uma entidade privada, quando na realidade se trata de uma area de cedência de utilização colectiva, somos obrigados a esclarecer. Mais, se fosse realmente uma area de utilização privativa, por carga de agua é que o municipio tratou de celebrar o contrato?
Ou será que estas promessas, feitas nas vésperas das eleições autárquicas não são para cumprir, ou para adiar até ao próximo acto eleitoral autárquico?
4 - Se alguma coisa se pode dizer da pandemia e da guerra, é que ambas caem como mel na sopa para empobrecer o Zé Povinho, com aumentos de preços de tudo. É o aumento das rendas, dos bens de consumo , com as reformas e salários de miséria. O Povo, esse, está a cada dia que passa cada vez mais pobre e os nossos governantes vivem na maior!
Quem está de barriga cheia não contesta e os pobres vão-se sujeitando a uma vida miseravel. Até quando?

domingo, 19 de junho de 2022

OLHÃO:ALGUEM SABE DA INFLUÊNCIA DOS ESGOTOS NA ZONA RIBEIRINHA?


 Depois de quase duas décadas, a câmara municipal de Olhão, ainda não sabe da influência das descargas de esgotos  na zona ribeirinha de Olhão, apesar de um estudo da UALG com a monitorização às aguas da Ria Formosa.
Por isso, a autarquia, através da sua empresa municipal, a Ambiolhão, encomendou um novo estudo ao Laboratório de Engenharia Civil para apurar da análise e influência  das descargas na zona ribeirinha, conforme contrato publicado no portal Base do governo, cuja imagem reproduzimos.
Embora ignore, ou melhor dizendo, fingindo igfnorar as ditas influências, a empresa municipal gastou cerca de cento e cinquenta mil euros na construção de uma estação elevatória para as águas residuais no Porto de Recreio, com a qual concordamos, embora vejamos nisto duas formas de encarar a realidade.
É que o Porto de Recreio é para fins turisticos e os turistas não devem ver os cagalhões a boiar e há que elimina-los. Essa é de facto uma grande, pelo menos para o presidente, esquecendo os impactos negativos da poluição na produção de bivalves.
Há razões de sobra para duvidar dos objectivos deste estudo, não por falta de credibilidade da instituição que o vai fazer, mas pela envolvência.
Tanto a UALG em 2001/2002 E a APA em 2014 e 2015 procederam à monitorização das influência das descargas na frente ribeirinha, mas a autarquia ignorou-as. Se a UALG dizia que a poluição podia ir até uma distância de 400 metros, em documento do IPMA podia ler-se que ela podia chegar aos 2000.
Entretanto a Ambiolhão contratou uma empresa para a colocação de comportas na rede de aguas pluviais, o que permite controlar as descargas para que elas sejam feitas a horas que não sejam detectadas embora tenham o inconveniente de, cada vez que chova um pouco mais, terem de as abrir e libertar as aguas tal como aconteceu no final de Maio e inicio de Junho.
Se as pessoas que vierem fazer a colheita de amostras, o fizerem com as comportas fechadas e no Verão, certamente que os resultados não corresponderão à realidade, mas servirão para que a autarquia possa dizer que afinal as suas iniciativas neste âmbito têm funcionado, embora se continue a poluir a Ria.
Façam as descargas a que horas fizerem que a matéria em suspensão acabará por decantar em cima dos viveiros, sedimentando-os e a provocar a morte da ameijoa.
Só alguns "parolos" é que dizem que as descargas são poluentes. Esperem para ver os resultados e vão verificar que afinal a poluição da Ria é uma treta de meia duzia de pategos.
Já agora mais uma observação. É que enquanto a matéria em suspensão decanta nos fundos, as mesas das ostras mantêm-nas mais elevadas, evitando a contaminação pelo substrato. Dá muito jeito ao presidente que assim seja!
Estejam atentos!

sexta-feira, 17 de junho de 2022

OLHÃO: A MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PUBLICA.

 As obras de construção do Centro de Recolha Animal estão atrasadas por causa da guerra na Ucrania, pelo menos é que se dá a entender pelo artigo do Algarve Primeiro elaborado a partir de declarações do vereador da câmara municipal de Olhão, como se pode  ver em https://www.algarveprimeiro.com/d/crise-provocada-pela-guerra-na-ucrania-atrasa-obras-do-centro-de-recolha-oficial-de-animais-de-olhao/45220-1

Que tem havido um aumento de bens e matérias primas, mas a maior parte da matéria prima utilizada na construção civil é de origem nacional, com excepção do ferro. Tudo o mais é de produção nacional. E mesmo o ferro não escasseia como dizem e nem é importado da Ucrania ou da Russia.

Que o aumento dos combustiveis tenho provocado um aumento generalizado dos bens e matéria prima tudo bem. Mas para isso, e dado que a obra foi orçamentada antes da guerra, a câmara municipal e o empreiteiro têm de sentar-se à mesa para proceder à revisão do contrato.

Nunca por nunca, justificar o atraso com a guerra porque isso é uma forma de manipular a opinião publica num determinado sentido, estimulando o ódio a uma das partes. Uma coisa é estar contra a guerra, contra a invasão condenavel, outra é introduzir uma narrativa distorcida.

O senhor vereador pediu a suspensão das suas ligações a uma empresa de construção civil da qual era sócio, e certamente essa empresa não parou os trabalhos. Terá sim de rever os custos dos fogos e fazer incidir os aumentos no preço dos apartamentos.

Além do mais, se algum governo tem ajudado a alimentar a guerra, tem sido o governo português, para não falar nos outros governos europeus, agora transformados em neo-colónias dos interesses americanos, e tudo quanto estes disserem é sagrado para estes vendilhões.

Se a autarquia reconhece as dificuldades do empreiteiro derivada do aumento de preços da matéria prima, então deverá proceder à revisão do contrato dando condições mais justas.

Ou será que vão esperar pelo fim da guerra na esperança de um abaixamento de preços? Uma boa desculpa para não concluir a obra.

NÃO MANIPULEM AS PESSOAS!

quinta-feira, 16 de junho de 2022

OLHÃO: DRAGAGENS NAS BARRAS DA FUZETA E ARMONA

 

A câmara municipal de Olhão celebrou um contrato para elaboração do estudo prévio e projecto de execução para dragagens no canal e barra da Ilha da Armona e da Fuzeta, conforme imagem acima.
Pela própria natureza do contrato, as dragagens visam essencialmente a navegabilidade nos canais de acesso à Armona, seja no em Olhão como na Fuzeta, embora se destinem também as barras. Ainda que estejamos de acordo com a necessidade destas dragagens, sabem a muito pouco, porque deviam revelar a preocupação com a vida dentro da Ria.
Falta ainda saber qual o destino das areias a repulsar.
Se  a barra da Fuzeta é essencial para a pesca porque aquilo mais parece a estrada da Serra do Caldeirão, a barra da Armona tem outras implicações, porque ela deveria continuar a ser a principal barra do sistema.
A barra da Armona toinha mais de três mil metros de abertura, estando  hoje, no baixa-mar, reduzida a escassos duzentos metros sendo vital para a renovação das aguas dentro do espaço lagunar e claro para a produção dos bivalves.
Ainda não há muito tempo, houve uma rotura numa das condutas assentes no fundo da barra da Armona e para a sua reparação tiveram a necessidade de sugar cerca de três metros de altura de areia, o que diz bem do estado de assoreamento da mesma.
No projecto inicial para a construção das redes em alta, as condutas deveriam passar por debaixo do fundo mas tal não foi possivel porque a empresa que fazia a obra perdeu duas brocas, desistindo de o fazer.  Foi encontrada uma solução milagrosa de depositar as condutas no fundo, contribuindo assim para o assoreamento. Decorria o ano de 2009 e esta era uma intervenção provisória, mas já se passaram treze anos e continua tudo na mesma. Nesse ano haviam eleições autárquicas e era preciso dar alguma satisfação às pessoas.
Depois disso, houve o processo de demolição das casas e foram inventadas faixas de vulnerabilidade que não estavam previstas em nenhum plano de ordenamento, ma forma simpatica para demolir algumas e deixar as dos donos disto tudo de pé. Esqueceram-se que na Praia de Faro, ainda que em zona concessionada, ou não, todas elas estão incluidas no conceito inventado para as faixas de vulnerabilidade.
A verdade é que só foram demolidas casas pelo lado interior da Ria e protegidas as da costa.
O assoreamento da barra e a sua fraca abertura provocaram alteração nas correntes, aumentou a pressão e provocando a erosão acentuada no interior da Ria, que vai sendo "comida", algo que é preciso corrigir. Isto para não falar na falta de renovação de aguas, essencial à vida no interior da Ria.
Logo, as dragagens na barra da Armona devem não só visar a navegabilidade mas também a protecção das pessoas, bens e ainda a vida. Assim, na nossa opinião, a barra deve ser muito mais aberta e as areias repulsadas para os nucleos da Ilha da Culatra, especialmente dos Hangares e Farol, tanto pelo lado da costa como pelo lado da Ria.
Dragar apenas com o objectivo da navegabilidade, no caso da barra da Armona, e até tendo em conta o POOC, parece tratar-se de uma encomenda para satisfazer alguns, poucos beneficiarios. Os autarcas devem governar para a maioria e não para pequenos grupos de interesses.
Mas voltaremos a este assunto, em breve, com mais elementos, já que, embora entendendo a necessidade de dragagens, elas devem feitas de forma correcta.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

OLHÃO: HABILIDADES URBANISTICAS

 

Como se pode ver pela imagem acima, a câmara municipal de Olhão celebrou mais um contrato para planeamento de um plano de pormenor Centro de Investigação de Olhão.
Curioso  é verificar que o promitente comprador de uma area de 6545 m2 de terreno apresente uma proposta que visa um plano que abrange uma area de 60.000 m2, o que nos diz desde logo que há uma concertação entre a autarquia e a empresa que o vai promover.
A forma como é apresentada a empresa, dizendo-se que vai ser um centro de investigação, visa facilitar a aprovação. Mas será mesmo um centro de investigação ou antes um centro de negócio?
Localizado em Brancanes, presume-se que se trata de um terreno agricola, não urbanizavel mas que desta forma o passa a ser, aumentando o valor da area abrangida pelo plano. E como estes documentos são feitos no segredo dos deuses, longe do escrutinio das pessoas, já que apesar de publicados no site da autarquia são feitos de forma a que ninguem a eles aceda. Tais práticas, abrem caminho a alguns, poucos, que depressa vão tentar adquirir os terrenos disponiveis, para depois procederem a mais uns negócios imobiliários. É isto, a autarquia funciona como uma autêntica agência imobiliária!.
Quando um governo faz legislação que permite este tipo de "alterações" aos planos de ordenamento, estamos conversados. Na prática, promove-se a criação de riqueza para patos bravos, deixando os pequenos proprietários nas mãos dos especuladores.
Importa também saber que raio de empresa é esta. Como se pode ver pela imagem, trata-se de uma empresa americana, cuja sucursal em Portugal, foi criada em Novembro do ano passado e sediada em Vila Real de Sº António. Mas será que em Vila Real não há terrenos disponiveis para o tal centro de investigação. Ou será que se trata na realidade apenas e só de mais um centro de negocio da medicina dentária?

Porquê fazer investigação aqui quando já têm um centro na America? É que estas empresas vivem do lucro, escondendo que por detrás deste centro está na realidade uma clinica dentária, mais uma, que poderá ter, isso sim, alguns serviços ainda não disponiveis no nosso concelho, como não os haverá na cidade onde está sediada.
Com este plano estamos perante mais uma alteração avulsa do plano director municipal para premiar os patos bravos do costume. Quem sabe os terrenos constante do PP não foram já comprados por alguma amigo?
O dinheiro consegue tudo mas quem não o tiver a nada tem direito! É este o tipo de sociedade que queremos para o futuro dos nossos filhos e netos?

segunda-feira, 13 de junho de 2022

OLHÃO: INCOMPETÊNCIA, EXCESSO DE ZELO, ABUSO DE PODER OU CRIME?

 Muitas têm sido as reclamações contra a Policia Municipal por causa das multas de estacionamento e não só.

 Na imagem acima, tirada ontem pelas 10:30 horas, reproduzimos o Aviso da Policia Municipal afixado numa viatura e desde logo se verifica a falta da matricula, a data da afixação do mesmo e a ausência da assinatura do agente que o colocou. Não é por acaso que tal acontece, como demonstraremos mais à frente.
Acontece que a viatura em causa está estacionada num terreno particular e não na via publica e como tal não há qualquer infracção ao Codigo de Estrada, como é dito no aviso.
Compreendemos que algum vizinho na falta de estacionamento, sinta no estacionamento prolongado de outras viaturas algum constrangimento, mas se tem de se queixar é pela ausência de acções que resolvam este problema.
A falta de estacionamento, de espaços verdes, resultam do facto de a câmara municipal de Olhão, optar por se fazer ao dinheiro das areas de cedência que deveriam ser observadas nas novas construções, transformando-as em areas de compensação pelas quais os patos bravos agradecem.
Assim constroem-se mais e mais sem se criar espaços verdes ou estacionamentos, provocando o caos nesta matéria, agravado em tempos de veraneio com um aumento substancial de visitantes.

Regressando à viatura em vias de ser rebocada e multada, como se depreende do aviso, ela está estacionada no gaveto da Rua 18 de Junho com a Rua Manuel Martins Garrocho, num terreno de particular. Pode a Policia Municipal multar ou mandar rebocar qualquer viatura naqueles espaço? Não!
Mas a PM sabe isso melhor do que nós e só a amizade ou as ligações ao poder politico local poderão estar por detrás das acções da dita policia. De qualquer das formas, se sabe que não o pode fazer, não é um acto de incompetência; excesso de zelo também não será porque onde está a viatura em causa apenas pode estar a ocupar de forma prolongada um lugar de estacionamento, o que não é proibido; abuso de poder poderá ser já que a PM está a exceder-se nas suas funções. Agora a cobrança indevida de taxas ou multas é susceptivel de configurar o crime de concussão!
Por acaso, há cerca de um mês, assistimos ao reboque de uma viatura da marca mercedes, mas não estávamos munidos de maquina para registar a imagem.
Os proprietários das viaturas multadas ou rebocadas nestas condições devem reclamar, e com muita razão e se for caso disso, comunicar ao Ministério Publico para apuramento de eventuais responsabilidades criminais.
As pessoas têm de perder o medo de reclamar. E já agora, avisamos os "nossos amigos" de que não nos calarão, apesar dos processos em tribunal!

 

OLHÃO: QUE NOS TRAZ A REABILITAÇÃO URBANA?

No passado mês de Maio, conforme a imagem acima, a Câmara Municipal de Olhão, contratou um escritório de advogados para aquisição dos serviços de advocacia e assessoria  juridica para as areas de reabilitação urbana. Contrato com dois anos e meio de duração.
Esta contratação, é para nós um alerta para aquilo que se pretende fazer numa area que representa mais de metade da freguesia de Olhão, como se pode ver na imagem abaixo.
A Area de Reabilitação Urbana Centro começa entalada entre as ruas 18 de Junho e Almirante Reis, a nascente e poente, a norte pela Rua Joaquim do Ó e segue para sul, pegando com a Area de Reabilitação Da Zona Histórica e ligando à Area de Reabilitação Urbana do Levante. Como se vê, um conjunto de areas muito grande.
Mas o que vem a ser sito de Areas de Reabilitação Urbana? Como está definido no site da autarquia, por Área de Reabilitação Urbana, designa-se a área territorialmente delimitada que, em virtude da insuficiência ou obsolescência dos edificios, das infraestruturas, dos equipamentos de utilização colectiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização colectiva, designadamente no que se refere às suas condições de uso e solidez, segurança, estética ou salubridade, justifica uma intervenção integrada, através de uma operação de reabilitação aprovada em instrumento próprio ou em Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana.
Sendo assim, e porque a responsabilidade dos espaços e infraestruturas publicas é da autarquia, seria desnecessária criar estas Áreas de Reabilitação Urbana. Dos espaços verdes ou dos urbanos pouco há a dizer tal a mingua deles, o mesmo não se podendo dizer no que se refere às infraestruturas, designadamente as redes de agua e saneamento, há muito denunciadas como obsoletas.
Para isso, não necessitavam de contratar advogados. Que se pretende então com esta contratação senão atingir os proprietários dos edificios com insuficiências e obsolescências?
Dentro dos limites destas areas de reabilitação urbana, existem muitos edificios antigos, alguns deles centenários, que por via destas operações podem vir a ser descaracterizadas, tal a veia modernizadora que se pretende impor, não para satisfação dos residentes, mas sim para os visitantes.
Mais uma vez se prepara para aumentar o fenómeno da gentrificação, substituindo os velhos olhanenses por falta de condições económicas por outros com maior poder de compra.
A levar a cabo a proposta da autarquia, os olhanenses vão ser expulsos do seu habitat, e desta vez não é preciso uma guerra com armas, porque o dinheiro fere mais que as balas.


 Por mais alertas que façamos, os residentes ainda não perceberam que há sociedades diferentes daquela em que vivemos. Quando se é governado por um pequeno ditador neo-liberal dá nisto. Não pensem nos vossos filhos e netos e vão ver os que lhes vai acontecer!

domingo, 12 de junho de 2022

Com papas e bolos se enganam os tolos!

Muitas festas, muito espectáculo, mas hoje não há uma farmácia de serviço em Olhão.

Quem precisar pode ir ao concelho vizinho.

sábado, 11 de junho de 2022

OLHÃO: HABITAÇÃO, QUANTO CUSTA?

 Na semana passada, o jornal Região Sul On-Line trazia um excelente artigo sobre a habitação mas infelizmente as pessoas não leem este tipo de artigos.
A questão é que de acordo com o site de referência da IMOVIRTUAL, as rendas no Algarve aumentaram no espaço de um ano, cerca de 73,4%.
Todo o mundo olhanense sabe como são as reformas e as dificuldades para se arranjar uma casa, tanto mais que a Lei dos "Despejos", da autoria da Cristas não foi alterada. Facilitados os despejos, a cessação de contratos, é meio caminho andado para a não renovação e o inquilino que se segue vai arriscar uma renda de deixar os bolsos vazios.
Nunca mais se ouviu falar na famosa "bazuca" ou do Plano de Recuperação e Resiliência e nos beneficios daí advindos, como seria o caso da habitação. Mas eis que de repente o próprio Costa vem reconhecer dificuldades no cumprimento da "bazuca" por parte de quem a disponibilizava, a UE.
Como se pode ver na imagem acima, o dinheiro do PRR permitia a construção de cerca de 26.000 fogos no País, dos quais se destinavam a Olhão cerca de oitocentos. Convem dizer que a atribuição destas verbas eram feitas a titulo não reembolsavel, ou seja, eram uma oferta à autarquia!
Mas verificamos que os dinheiros da bazuca, afinal serão aplicados num centro tecnológico, como se isso ajudasse a resolver qualquer problema das pessoas.
As dificuldades na distribuição da bazuca europeia, prende-se com a guerra. A questão é que a UE está mais interessada em manter a guerra, enviando vezes sem conta material de guerra, que normalmente acaba destruído, e quando tal acontece, os dinheiros vão sendo canalizados no esforço de guerra, que nada tem com os Povos europeus, mas acabam no teatro da guerra,
Não nos bastava as consequências da pandemia senão ainda termos de pagar uma guerra alheia!
Tal como na pandemia, os criticos que ousavam contradizer a versão oficial logo eram apelidados de "negacionistas" agora serão apelidados de "putinistas" ou pró-russos. Isto é a utilização dos meios de comunicação para introduzir uma cultura contrária à democracia.
Se as pessoas não levarem atenção, no final do Verão vão sofrer as consequências da gestão da pandemia e da guerra, uma caldeirada de fome e miséria! Não saiam à rua, não contestem as medidas da gestão central e local e depois verão o que lhes vai surgir!

quarta-feira, 8 de junho de 2022

OLHÃO: FAZ, DESFAZ, REFAZ!

 Seis meses, foi quanto durou o novo tapete nas ruas entaladas entre a 18 de Junho e a Almirante Reis, a Mestre Manuel Martins Garrocho e o caminho de ferro.
Mas só durou este tempo porque muito cedo começaram a aparecer buracos e o tapete a desfazer-se e as pessoas a reclamarem nas redes sociais.
Pelo meio, houve muito boa gente que recomendava que mandassem alertas para a autarquia como se eles fizessem algum caso de tal. Basta verificar o que se passa com o "A minha Rua" e o defice de resposta às situações.
Também se sabe que alguns dos denunciantes nas redes sociais só não são perseguidos porque não têm como prejudica-los. Mas isso é outro negócio!
E foi assim que fizeram, agora desfazem para depois, refazer! Lindo trabalho. Falta saber quem paga, podendo ser a empresa porque a obra estará dentro da validade.
Interessa saber as razões que levaram à degradação do tapete e segundo conseguimos apurar, foi por falta de cola, que terá ficado por metade do que devia. Assim a massa não conseguia agarrar!
Mas também achamos que a altura escolhida não terá sido a melhor, porque se houver chuva, torna-se necessário deixar secar antes de aplicar a cola. 
Certo é que, depois dos aplausos, veio a contestação! Vão bater palmas outa vez, ou vão esperar para ver?


domingo, 5 de junho de 2022

OLHÃO: HUB AZUL AO SERVIÇO DE QUÊ E DE QUEM?

 No passado dia 31, aproveitando a cerimonia dita de homenagem ao pescador olhanense, o presidente da autarquia anunciou mais um investimento, e talvez tenha sido essa a sua unica intenção, da criação de um polo Hub Azul.
Para a maioria das pessoas que leem este tipo de noticias seria conveniente saber em primeiro lugar de que  trata o Hub Azul, lendo em https://recuperarportugal.gov.pt/2022/01/14/hub-azul-87-milhoes-na-formacao-e-economia-do-mar/ .
O Polo Hub Azul é mais um polo tecnologico, à semelhança daquele da Altice, que não vai trazer valor acrescentado à pesca e actividades a ela associadas, cuja actividade, em certa medida se assemelha à do CCMAR ou do IPMA.
A economia azul pressupõe a exploração dos recursos do mar que poderão ou não colidir com a pesca. Mas se pensarmos que a aposta dos nossos politicos é no sector turistico, e havendo duas instituições ligadas à pesca e aquacultura, tudo leva a crer que o novo polo tecnologico não vai trazer qualquer riqueza à terra e menos ainda a quem vive das actividades economicas tradicionais associadas ao mar.
O Plano de Recuperação e Resiliência apontava como objectivos a retoma, o crescimento económico sustentado e a convergência com a Europa na próxima década, tal como se pode ver em https://recuperarportugal.gov.pt/plano-de-recuperacao-e-resiliencia/.
Como sempre, aqueles que trabalham, são esquecidos na aproximação à Europa, situação agravada com os gastos militares na guerra, suportados precisamente pelos esquecidos.
Percebe-se que o problema continua na definição das prioridades para as quais não interessa a regressão social, com as bolsas de miséria envergonhada que vão surgindo por todos nos lados.
Não é por termos mais um polo tecnológico que o Povo de Olhão vai ver a sua vida melhorada. Ainda que este polo crie alguns, poucos, empregos na area do conhecimento cientifico, pouco ou nada mais traz. Mas fica o anuncio de um grande investimento, mais propaganda tão vital para a manutenção do poder.
Com isto não estamos contra a criação do polo mas sim contra a definição das prioridades e à forma como se gastam os dinheiros publicos.  

sábado, 4 de junho de 2022

OLHÃO: FALTA DE PLANEAMENTO DE ESTACIONAMENTO AUTOMOVEL

 Para aqueles que têm memória curta ou que entendem que o poder politico faz o que é certo, nunca será demais lembrar-lhes que, desde que o Pina tomou posse para o primeiro mandato, tem sido preocupação ou prioridade da autarquia em reduzir os espaços de estacionamento na cidade.
A supressão de estacionamento no lado norte da Avenida 5 de Outubro bem como nos chamados largos históricos sem cuidar de arranjar uma alternativa, aliada à crescente proibição de estacionar em varias artérias da cidade tem sido uma constante.
O ultimo exemplo veio com a proibição de estacionamento na Rua das Lavadeiras o que veio pôr a nu a incompetência mas também uma intenção de mau gosto, o que gerou o protesto de alguns moradores da zona.
Na Rua das Lavadeiras havia a fábrica da familia Cristóvão Viegas, mais conhecido por Cristóvão da Rata.
Quando foi demolida para dar lugar ao prédio agora existente, este foi obrigado a recuar quer na frente dianteira como na traseira, aumentando a largura da Rua e permitindo a criação de alguns lugares de estacionamento.
Como se pode ver na imagem acima, o prédio está recuado. Por outro lado, o empedrado marca o eixo da via de circulação, nunca havendo a necessidade de suprimir qualquer estacionamento.
Mas eis que os nossos incompetentes autarquicos, entenderam proibir o estacionamento, marcado a amarelo no chão, desde as instalações da ACASO até ao cruzamento mais à frente e ainda criar dois lugares para uso exclusivo daquela instituição.
Perante a reclamação dos moradores, lá acabaram por cima da proibição, marcar três lugares de estacionamento, o que não satisfaz para quem vive naquela rua.
Entendemos que o bom senso recomendaria que na frente da entrada da instituição fosse proibido o estacionamento para permitir o acesso aos utentes idosos com dificuldades de locomoção, mas isso seria apenas um lugar porque os utentes não podem entrar ou sair mais do que um de cada vez.
Por outro lado, o acesso à garagem do hotel obrigaria à proibição de dois lugares, no máximo, o que nos permite ver o excesso de proibição.
Mas também devemos alertar para o facto da promiscuidade entre a presidência da ACASO e a presidência da autarquia tudo permitir, quando por razões de bom senso, os lugares de estacionamento para a instituição podiam ser preenchidos no Parque do Levante, cuja ocupação fora das horas de funcionamento da Acaso é quase nulo. Assim pai e filho sobrepõem os seus interesses acima do dos moradores da zona.


E isto ainda se torna mais abusivo, quando nas traseiras da Acaso mais um conjunto de lugares de estacionamento lhe foram reservados, sendo certo que aí não é serventia para utentes. As traseiras da Acaso servem apenas o serviço de apoio domiciliario, com entrada e saída de mercadorias e comida, bastando um lugar para cargas e descargas, até porque já tem ali um estacionamento privado da instituição.
Será que a instituição tem uma frota de viaturas tão grande ao serviço do Centro de Dia que sejam necessários tantos lugares de estacionamento, quando as viaturas, nas hora de serviço, pouco ali param?
O presidente Pina e os seus muchachos entendem que só os mais abastados devem ter automovel e que os demais, deveriam deixar os estacionamentos livres para quem vem de fora, mas não têm coragem para o dizer publicamente.
Mas esquecem que aqueles pinos colocados nas traseiras da instituição não proibem nada e qualquer um que queira estacionar pode desloca-los; a proibir ou marcam com a tal faixa amarela ou colocam um sinal a dizer que é para uso exclusivo da instituição. De qualquer das formas, o espaço destinado ao estacionamento da ACASO é excessivo e pior ainda quando aos moradores da zona não é proporcionada uma alternativa.
Coisa de Pinas! 

quinta-feira, 2 de junho de 2022

OLHÃO: ESTRADA DE QUELFES COM OBRAS DE Stª ENGRÁCIA

 Muitas têm sido as reclamações dos moradores e comerciantes da Estrada de Quelfes por causa do atraso na concretização das obras. Mas há coisas que ainda não foram ditas.

Este é o "admiravel mundo livre" da tirania, da prepotência e abuso do Poder por parte dos autarcas eleitos e com pelouro distribuido. e que vai muito para além de incompetência.

As obras estão paradas devido a um embargo promovido por alguem que se sentiu prejudicado pelo facto de a autarquia não o ter contactado e tentar encontrar uma solução negociada. A autarquia avançou com base no "posso, quero e mando" dos nossos queridos amigos que de socialistas apenas têm um cartão.

Por cada dia de atraso na obra, o responsavel por ele está obrigado a uma penalização por incumprimento contratual, o que não acontece pela primeira vez com este executivo.

Penalização que terá de ser paga pelos municipes de forma indirecta através de taxas e impostos municipais, ainda que seja a autarquia a abrir os cordões à bolsa em primeiro lugar.

Quem questiona esta gestão camarária? Quem providencia uma acção judicial no sentido de obter a reversão, porque se houve erro da parte dos autarcas, estes devem ser responsabilizados pela forma negligente e prepotente com que governam.

É pena que não haja uma associação de cidadania que defenda os interesses dos olhanenses sempre que os autarcas metem o pé na porcaria.

Não espanta que os nossos "amigos" na assembleia municipal se tenham oposto à transmissão em directo das ditas cujas, rotulando todos aqueles que se lhes opõem de memes, Foi esse o fundamento da decisão!

No fundo, os grandes democratas, ditos socialistas, tê medo que os olhanenses saibam daquilo que se passa nas bastidores da gestão autarquica, fazendo de tudo para esconder a sua forma de governar, prepotente, autoritária e opaca.

Com o embargo decretado, não se sabe quando terminarão as obras para desespero de quem alive vive ou trabalha.

E ainda dizem que isto é o "admiravel mundo livre"!

E se fossem à bardamerda?

quarta-feira, 1 de junho de 2022

OLHÃO: A MAFIA POLITICA PROTEGE-SE BEM

 

Quase um mês depois, voltamos ás nossas publicações, encontrando a motivação em mais um despacho de arquivamento, deste vez em torno do pedido de eventual apuramento das responsabilidades dos nossos queridos autarcas que aprovaram a demolição total, com reconstrução e ampliação da casa dos famosos na Ilha da Armona.
Este despacho de arquivamento, bem elaborado diga-se, não absolve mas também não acusa apenas por insuficiência de indicios.
No entanto mostra um pouco da hipocrisia e da forma como a classe politica, ao bom estilo politico-mafioso se protege, contando com a cumplicidade de outras entidades publicas.
Gostem ou não, pelo teor do despacho, ainda que não o seja dito, a verdade é que entidades como o Parque Natural da Ria Formosa e a Agência Portuguesa do Ambiente apenas agiram para visarem o casal inglês que queria construir a casa de sonho que tanto almejavam. Quanto á autarquia nada dizem!
Como se pode concluir de parte do despacho, o que damos a conhecer, na imagem acima, o Plano de Pormenor de Ocupação Turistica-Urbana da Ilha da Armona (PPORZUTA), está ferido de nulidade se não no todo pelo menos em parte.
Ainda que aceitemos  o despacho de arquivamento como normal, face às circunstâncias, temos no entanto opinião um pouco diversa, mais de natureza politica. É que a Justiça deveria ser o pilar da defesa do Estado de Direito Democrático, fazendo cumprir a Lei sempre que detecte a sua violação. Isto para dizer que, se o Ministério Publico admite a possibilidade de o PPORZUTA estar ferido de nulidade, podia ou deveria extrair certidão e e comunicar tal facto ao Tribunal Administrativo, com o pedido de nulidade da parte susceptivel de nulidade.
Também é verdade que qualquer cdadão o pode fazer, com todos os inconvenientes daì resultantes, porque a seguir seria a autarquia e toda a sua màquina publicitária, a transferir as responsabilidades para quem denuncie a situação face aos possiveis lesados.
Mas o Parque e a Apa, tão lestos a pronunciar-se contra a nova construção, nunca pediram a nulidade no todo ou em parte, a que excede a zona concessionada, já que o PPORZUTA, de acordo com os Planos de ordenamento do parque ou do POOC, aqela zona não poderia ser objecto do plano de pormenor. Mas não o fazem!
E não o fazem, porque as suas direcções são de nomeação politica partidária, neste caso do falso partido socialista, ou seja, do mesmo partido que domina a autarquia.
É este o "admiravel mundo livre" que hoje tentam inculcar na cultura de um Povo que acredita na isenção e imparcialidade de uma comunicação social, toda ela centrada numa só forma de pensamento politico.
Um mundo livre em que a nossa função é o escolher quem nos vai assaltar logo a seguir à tomada de posse, que nos restringe direitos, liberdades e garantias.
Para aqueles que nunca estudaram nada e se limitam a tecer considerações a partir da nossa comunicação social, devem de ter em conta que tudo isso faz parte do processo de imperialismo americano e que transformou o imperialismo europeu numa nova neo-colonia daquele. Basta que defendam o mesmo que os ianques!
Se os governos cumprem as suas obrigações para com quem os elege não importa; importante é ser submisso às instruções, orientações da voz do dono.
Porca miséria. Quem nos acode!