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domingo, 12 de janeiro de 2014

RIA FORMOSA: AUDIÇÃO INTEGRAL DO PRESIDENTE DO IPMA

Carregando no link acima poderão aceder à audição integral da audição parlamentar ao presidente do IPMA e fazer os juízos que entenderem por bem, chamando desde já para a duração do vídeo de cerca de 01:08.
Quanto a nós, da audição, resulta claro uma incompatibilidade entre zonas de produção de bivalves e águas residuais, clandestinas ou não, costeiras, estuarinas ou lagunares, algo que há muito defendemos.
Desta vez, o presidente do IPMA não enveredou pelo desculpa fácil e aberrante das escorrências superficiais como principal foco da contaminação microbiologica e não só e foi directo ao apontar o dedo às ETAR e aos esgotos sem qualquer tratamento como factor determinante da contaminação.
Porem não podemos concordar com ele num aspecto que é o acabar com algumas zonas de produção de bivalves por causa dos pontos de descarga pontuais ou difusas, porque a Ria Formosa e a produção de bivalves já existia antes dos esgotos e mais ainda das ETAR. E ainda mais discordamos quando sabemos que a produção ou apanha de bivalves gera uma riqueza anual muito superior aos custos de uma ETAR, por mais sofisticada que seja. Sendo assim o que tem de mudar de localização são as ETAR e não as zonas de produção de bivalves, como se depreende das suas palavras.
Na parte final e procurando fugir à questão sobre o passado recente das classificações das zonas de produção, acaba admitindo que nem sempre os critérios foram técnicos mas sim políticos.
Achamos também ser oportuno questionar como se gastaram dinheiros públicos numa farsa chamada Quasus, que apenas serviu para desculpabilizar as entidades publicas envolvidas na poluição da Ria Formosa.
Registamos ainda, que a culpa mais uma vez morre solteira não se apurando responsabilidades pelos crimes cometidos contra a Ria Formosa:
O IGAMAOT de mãos dadas com a Agência Portuguesa do Ambiente arquivaram uma queixa apesar de reconhecerem o incumprimento dos normativos de descarga;
A administração da Águas do Algarve reconheceu ao jornal Publico não cumprir com os normativos de descarga e nada acontece;
as Câmara Municipais de faro e especialmente a de Olhão não são penalizadas por manterem esgotos directos sem qualquer tratamento;
o secretario de estado do mar por mentir no despacho de 7 de Fevereiro
Há muito que defendemos a reutilização para fins agrícolas das águas residuais urbanas com vantagens para os produtores e protegendo as massas de agua, doce ou salgadas, interiores ou costeiras. A construção de emissários teria custos muito mais elevados para alem de as águas residuais irem contaminar a zona costeira.
NEM MAIS UMA GOTA DE ÁGUAS RESIDUAIS PARA A RIA FORMOSA!
REVOLTEM-SE, PORRA!



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