A seriedade de um recandidato esbarra na falta de transparência dos seus actos, que contam com a cumplicidade de um governo tão opaco como esta autarquia.
Era suposto que o portal Base do governo fosse isento e imparcial nas publicações obrigatórias como os ajustes directos, mas acontece que muitos deles são publicados não pela entidades adjudicantes mas sim pelas entidades adjudicatárias, como forma de fugir ao controlo dos cidadãos interessados na péssima gestão de muitas entidades publicas.
Tal prática obriga a recorrer a dotes de adivinhação, como se a bruxa Maya estivesse connosco, de quem é o adjudicatário. Obviamente que esconde actos pouco claros mas muito escuros.
E tanto assim é que o ajuste directo de setenta mil euros pela contratualização dos cartazes de campanha de Olhão, desapareceu enquanto adjudicante e passou para a condição de adjudicatário. E foi pesquisando tal contrato que encontrámos mais este ajuste directo celebrado com a empresa municipal de Vila Real de Santo António, para a elaboração do Plano Pormenor Noroeste de Olhão, por quarenta mil euros.
A teia de cumplicidades entre os presidentes das duas câmaras é um pouco esquisita mal se percebendo como foi feita apresentação do presidente pombalino como artista. Ele há com cada uma!
Era suposto que a existência de tal contrato fosse precedido de uma decisão camarária, mas o que aconteceu, foi que em Março deste ano, a Câmara Municipal de Olhão revogou a decisão de Agosto de 2016, tendo feito aprovar uma nova decisão, a qual vai vai dar suporte à elaboração do contrato. E das duas uma, ou a decisão anterior estava errada ou a segunda aponta para uma visão diferente do Plano de Pormenor, ou então proceder a uma alteração para fazer coícindir a elaboração do PP com o calendário eleitoral, procurando obter vantagem eleitoral.
De tal forma assim foi que o Pina veio declarar publicamente em tom de campanha que pensava ter o problema resolvido em Agosto.
Seja de que maneira for, com esta prática de esconder os contratos nas entidades adjudicatárias, é necessário ter a cumplicidade da entidade que gere a plataforma electrónica do portal Base, a qual depende de um ministério. Ou seja, mais uma vez o governo resolve dar cobertura ao seu candidato, aparando-lhe as golpadas, de forma a não permitir que os cidadãos possam exercer a sua fiscalização. Sendo assim, o actual governo do sr. Costa é tão traste quanto o executivo da Câmara Municipal de Olhão.
E que fazem os partidos da oposição em relação a isto? Calam-se? Consentem?
Acordem que o tempo escasseia!
PELA TRANSPARÊNCIA!
ABAIXO O PINA!