O PS Olhão enviou uma nota para a comunicação social regional, dando conta da expulsão de onze militantes seus, como se pode ler em https://regiao-sul.pt/2018/10/29/sociedade/psolhao-expulsa-11-militantes-por-traicao-aos-principios-do-partido/449935.
Ficamos desde logo a saber que os expulsos "traíram os principios do partido", sendo certo que na sua maioria não se reviam nos indícios de crimes de corrupção ou conexos. Talvez que o principio traído tivesse sido esse, tanto mais que se avolumam processos onde existem esses indícios.
A nota põe em destaque os nomes dos expulsos, a denotar o clima de perseguição que se vive nas hostes socialistas em Olhão. E se isto é com ex ou actuais camaradas do partido, imagine-se o que não será contra os opositores.
Dos nomes publicados, há dois que nos merecem um particular destaque, embora todos os outros o mereçam também.
Carlos Manso, é economista, foi director financeiro da Infralobo e atualmente exerce o cargo de administrador daquela empresa; integra também os órgãos sociais da delegação da Ordem dos Economistas do Algarve. Publicou uma série de artigos na imprensa regional onde mostrava a sua forma de pensar, a de um social democrata convicto, que defendia o sistema publico de saúde, a protecção social dos trabalhadores, um ambiente melhor tratado como parte da sustentabilidade dos recursos naturais.
João Estrela, tido como um funcionário exemplar, contra ventos e marés ganhou a direcção do Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Olhão, tendo pedido à autarquia para que fosse efectuada uma auditoria à anterior gestão daquele Centro, o que foi recusado. Ainda que com indícios com alguma fragilidade, apresentou queixa junto dos serviços do Ministério Publico, por estar ciente de que existiam irregularidades e ilegalidades varias na gestão. Após as eleições foi afastado do seu posto de trabalho, para bem longe do convívio dos seus camaradas, até à chegada da reforma.
Pelo meio ficou um conjunto de traidores, oportunistas de meia tigela, que diziam apoiar a Comissão Concelhia Socialista, mas que não tiveram escrúpulos em apunhalar os seus camaradas pelas costas. Diziam cobras e lagartos do clã Pina mas depois foram lamber-lhe o cu.
Chegou-se ao ponto de alguém que ameaçou puxar fogo à sede da Juventude Socialista ser nomeado assessor do presidente da câmara, quando dizia que estava maluco para aturar os moços na escola.
A verdade é que para as ultimas eleições autárquicas, a Concelhia pretendia que o seu presidente figurasse como numero dois na lista, o que era prática corrente. Logo o pai Pina, equipado com avental que lhe permite grandes cozinhados, tratou de "confeccionar" a caldeirada para acabar com esta "gentinha". E se bem pensou, melhor o conseguiu, com a direcção nacional socialista a imiscuir-se num assunto local.
Obviamente que não foram só estes onze que saíram beliscados, já que muitos outros antes que fossem perseguidos, tomaram a decisão de desfiliar-se do bando de déspotas em que se tornou o PS.
O tempo se encarregará de pôr as coisas no lugar e pode muito bem acontecer que o Pina não acabe o mandato, acabando sim, a sua carreira política.
METEM NOJO!