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terça-feira, 26 de outubro de 2021

OLHÃO: CÂMARA FORÇADA A DIVULGAR PELOUROS

 Valeu a pena a insistência sobre a distribuição de pelouros porque foi a forma de pressionar a câmara municipal de Olhão a publicar a forma como foram distribuidos. Distribuição essa que mostra algumas curiosidades, que podem ser veirificadas na imagem extraída da pagina da autarquia e que reproduzimos.


Assim temos o nosso amigo Pina, entre outros, os pelouros do Planeamento Urbanistico e Ordenamento do Território e o Grupo de Acção Local de Pesca do Sotavento (GAL).

Aquilo a que temos vindo a assistir em matéria de planeamento urbanistico é à descaraterização das zonas mais antigas das malhas urbanas das vilas ou sitios do concelho, cercando as zonas históricas por autênticos muros de betão. É evidente que o planeamento urbanistico é virado para o sector turistico e menos para a população residente, sendo esta remetida para os guetos da periferia.

O Ordenamento do Território deveria ser encarado como uma componente do Ambiente, preservando os terrenos das reserva agricolas e ecológica, mas também já percebemos que os planos de ordenamento são alterados conforme os interesses momentaneos, para satisfazer a gula de patos bravos ou de alguns sectores empresariais, estes jogando sempre com a criação com postos de trabalho, os quais ficam muito aquém daquilo que são apontados.

Deve-se dizer que quem tem o poder de alterar os planos de ordenamento, por encomenda, tem a faculade de transformar um solo de valor irrisório numa enorme fonte de enriquecimento, já que alterado o uso do solo, permitindo a edificabilidade. está a acrescentar-lhe valor. Mas antes de alterar o uso do solo, logo aparecem aqueles que têm informação previlegiada a comprar ao preço da uva mijona para depois o vender ao preço do ouro. E o Pina tem esse poder!

Quanto ao pelouro do Gal parece existir um conflito de interesses porque sendo ele um dos maiores aquacultores do concelho, já com alguns subsidios pedidos e atribuidos através do GAL, Obviamente que isso a ele não o incomoda. Quanto mais dinheiro conseguir, mais enriquece e os outros que se lixem!

Outra cruiosidade são os pelouros do vereador Ricardo Calé na area da Saúde e Defesa da Saúde Publica. É que sendo a figura da clinica internacional, no Ria Shoping, uma clinica privada, que vive virada para o lucro e à custa da degradação do Serviço Nacional de Saúde, venha agora defender aquilo que tem ajudado a degradar-se. Não haverá aqui também um conflito de interesses, num lado preside a uma entidade privada e ao mesmo tempo defender o serviço publico? Quem acredita nisto?

João Evaristo tem entre outros o pelouro do Ambiente, ele que nunca se pronunciou sobre a poluição na Ria ou sobre os esgotos. Será que o ambiente deste cavalheiro se resume ao lixo? Mas que rico ambiente e bem entregue!

À vereadora Catarina Poço resevaram-lhe pouco mais do que a um tecnico superior, sentada a uma secretária, a pronunciar-se sobre processos urbanisticos, depois dos pareceres dos serviços de planeamento e gestão urbanistica. Pouco, muito pouco, mas tinham que inventar um lugar.

Enfim, mais do mesmo senão pior!

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