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quarta-feira, 31 de março de 2021

OLHÃO: QUE HAJA ELEIÇÕES TODOS OS ANOS

 Infelizmente a triste realidade neste Portugal dos pequeninos leva a concluir que deveriam haver eleições autarquicas todos os anos, por forma a que os eleitos mostrassem serviço permanente e não apenas no ano da eleição.
A situação dos espaços verdes e dos caminhos tomados pelo mato tem sido tema de desabafo nas redes sociais por parte dos moradores ou de quem deles precisam, desabafos esses que têm sido sistematicamente ignorados. Mas como este ano, é ano de eleições há que ter em conta os votos que se ganham ou perdem.
Issso tem merecido de parte significativa da população da freguesia de Moncarapacho/Fuzeta um especial indignação, agravada quando se sabe ser fruto da guerra que o presidente da câmara declarou ao presidente da Junta.
Tal como diziamos ontem, entre Novembro/Dezembro foram contratados por dez meses, dez trabalhadores para esses serviços; seguiu-se a contratação até ao final do ano de uma empresa por 65.000,00 euros, mais IVA mas ontem e já depois de termos publicado o texto, a câmara faz publicar no portal Base mais um contrato, com a duração de 275 dias, ou seja até ao final do ano, como se pode ver em https://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/1008349.
O serviço de limpeza urbana, jardinagem e ou desmatação deve ser feito todo o ano e todos os anos, razão pela qual não se compreende que todos estes contratos se cinjam ao ano eleitoral, deixando para depois das eleições uma decisão em função dos resultados eleitorais.
As populações têm de ser servidas sempre e não pode ficar dependente de uma qualquer eleição. Esta história de "ou votam em mim ou não têm direito a nada" é antidemocrática, própria de um pequeno ditador. Mas se a população de Moncarapacho e de Fuzeta votarem massivamente o actual executivo camarário pode ruir. E no fundo o presidente socialista sabe disso, estando com medo dos resultados, não vá ter alguma surpresa.
Mal por mal, que se façam eleições todos os anos, pelo menos teremos o concelho mais cuidado!  

terça-feira, 30 de março de 2021

MONCARAPACHO/ FUZETA: PROSSEGUE A GUERRA ENTRE AUTARQUIAS

 Desde que a agregação de Juntas de Moncarapacho/Fuzeta pediu mais dinheiro à Câmara Municipal de Olhão para manter os serviços de limpeza urbana e jardinagem  que se tem verificado uma guerra entre as duas entidades, com prejuizos obvios para as populações. 
Ainda que não nos caiba arvorarmos-nos em defensores da Junta, a verdade é que a ideia da câmara é mesmo a de diminuir a imagem do presidente da Junta, mesmo que isso se reflicta na qualidade do serviço prestado.
Entre Novembro e Dezembro, tambem não se percebe bem porquê, a câmara contratou dez pessoas para o serviço de limpeza urbana, desmatação e jardinagem, como se pode ver no portal Base do Governo em https://www.base.gov.pt/Base4/pt/pesquisa/?type=contratos&adjudicanteid=610 .
Estes trabalhadores têm um vinculo precário apesar de os postos de trabalho serem efectivos, remunerados com um salario miseravel de 9.000 euros anuais, sobre os quais vão ter de pagar os respectivos descontos para a Segurança Social. Os contratos, deve referir-se, têm a duração de dez meses!
Mas como a qualidade do serviço não corresponde à satisfação das necessidades da população de ambas as vilas, a câmara, procedeu a mais uma contratação, abrindo os cordões à bolsa, desta vez por 65.000 euros mais IVA, quase oitenta mil euros no total, como se pode ver na imagem que se segue

Este contrato tem a sua duração até ao final do corrente ano e foi nomeado gestor do procedimento o Rambo do Sultão, Sergio Viana.
No conjunto destes contratos, a câmara despende cerca de cento e setenta mil euros, mas não é de capaz de os dar à Junta para fazer o serviço.
Curioso é verificar que temos duas formas de encarar a gestão ambiental no concelho. Por um lado criou-se uma empresa municipal de ambiente que trata, para alem dos assuntos da limpeza urbana e da agua e esgotos, trata dos espaços verdes nas demais freguesias do concelho mas que em relação a Moncarapacho e Fuzeta é a câmara quem se chega à frente, arcando com os custos que seriam da Ambiolhão.
Será que o protocolo estabelecido entre a câmara e a empresa municipal apenas abrange as freguesias em que o partido no poder, é o mesmo da câmara? Pelos vistos, sim!
E assim, a câmara declara guerra a uma Junta apenas porque tem uma outra forma de pensar e agir. E dizem estes gajos que são socialistas!

segunda-feira, 29 de março de 2021

OLHÃO: MENTIRA COM PERNA CURTA!

 

O presidente da câmara de Olhão está transformado num mentiroso compulsivo, avançando com mentiras umas atrás de outras.
Na imagem acima pode ver-se como o presidente apresenta a nova ETAR como obra sua quando ela na realidade foi da autoria da Aguas do Algarve para substituir não só a ETAR Poente de Olhão como a de Faro Nascente e receber ainda os esgotos de S. Braz de Alportel.  E também não foi de 21 mas sim de 26 milhões de euros.
O que o senhor presidente deveria dizer é porque razão depois da entrada em funcionamento da nova ETAR, a zona de produção de bivalves Olhão 3 foi completamente desclassificada, sendo agora proibida a manutenção e apanha de ameijoa, algo que nunca acontecera antes.
Por outro lado está por apurar as consequências da nova ETAR no futuro, porque é muito provavel que venha degradar ainda mais a produção de ameijoa.
Ainda o senhor presidente era vereador sem pelouro e já nós defendiamos a reutilização das aguas residuais para fins agricolas (ver histórico do blogue em Março de 2009), razão porque nos pronunciámos contra a construção da nova ETAR na localização actual. Não faz sentido falar-se na reutilização das aguas residuais tratadas para fins agricolas e depois ir construi-la dentro da Ria e longe das zonas de produção agricola.
Qualquer ETAR, como todas as infraestruturas, têm o seu prazo de eficácia, a partir do qual deixam de cumprir a sua função, sendo que o prazo das ETAR não é tão grande quanto isso tudo.
Por outro lado, a nova ETAR concentra um maior volume de agua residual podendo dizer-se que são três ETAR numa só, a qual é composta por nutrientes e matéria orgânica (caca) a que dão o pomposo nome de Solidos Suspensos Totais.
A titulo de exemplo, se um litro de agua contiver dez gramas de matéria orgânica, imagine-se o que não conterão cinco, dez, vinte ou trinta mil metros cubicos diários; cada metro cubico são mil litros. Façam as contas!
Essa matéria orgânica vai sedimentar em cima dos viveiros, incorporando o substrato onde vivem os bivalves enterrados, contaminando-os. Claro que quanto mais tempo passar, pior será, até serem proibidas novas areas de produção de ameijoa. 
Claro que ao presidente isso não o incomoda porque ele se dedica à produção de ostras em cima de estruturas poluentes, as chamadas mesas em ferro, pelo que a contaminação microbiológica não se faz sentir como a que se verifica no substrato.
Com o Plano de Recuperação e Resiliência, o presidente veio apontar baterias à reutilização das aguas residuais para fins agricolas, algo que já havia prometido antes da inauguração da nova ETAR mas que nunca as reutilizou para rega dos jardins.
Se mente tão mal como pode governar bem? 

domingo, 28 de março de 2021

OLHÃO: O CANIL MUNICIPAL, UM CRIME

O canil municipal, se é que assim se pode chamar, não reúne o minimo de condições para funcionar como tal. Já o actual presidente, á epoca vereador sem pelouro, sabia do que se passava no canil, nomeadamente do abate a tiro de cães que estavam ao cuidado da autarquia.
Entretanto, muitas foram as pessoas que aderiram à causa animal, recolhendo alimentos, criando uma rede de cuidadores de animais errantes, procurando dar-lhes uma vida melhor. A câmara, presidida por António Pina, é que não vai muito à bola com a causa animal, sacudindo a agua do capote, prometendo mas não cumprindo, pouco contribuindo para o esforço dos cuidadores.  
Para alem de um contributo menor para a alimentação dos animais errantes, cães e gatos, abandonou o projecto de esterilização dos mesmos, razão pela qual são cada vez em maior numero. Vale o empenho dos cuidadores e do veterinario municipal que tem ajudado as associações no tratamento dos animais doentes.
O actual canil, situado no estaleiro municipal, não reune o minimo de condições, até porque que quando chove um pouco mais todo o estaleiro mete agua. Se vai mudar, lá isso vai, mas por outras razões!
Embora o projecto de arquitetura para o novo canil tenha sido encomendado há anos. o mesmo não sai da gaveta porque o presidente nunca teve a intenção de o fazer, e se agora é anunciado, prende-se com outras razões. Certo é que ainda não está calendarizada a sua construção, pelo menos não se vê nenhum contrato para a construção.
António Pina acabará por resolver o problema porque quer vender o terreno do estaleiro, uma pequena lixeira em pleno Parque Natural da Ria Formosa. Mas para o fazer, vai ter de retirar todos os serviços que ali vem fazendo e com eles o canil.
Ou será que vai fazer o mesmo que o seu antecessor em 2008/2009, assassinando cães e gatos?

sábado, 27 de março de 2021

OLHÃO: A CALENDARIZAÇÃO OPORTUNISTA DAS OBRAS

 O presidente da câmara municipal de Olhão tem bons mestres na arte da propaganda e como calendarizar as suas intervenções, não de acordo com as necessidades do municipio mas de acordo com a sua agenda eleitoral.
A formula é simples e foi usada a outro nivel e ele aprendeu de pressa e bem a fazer as cativações, ou seja, faz integrar as verbas necessárias nos orçamentos mas não as utiliza logo, reservando-as para o ano de eleições.
Foi assim com o projecto de construção a custos controlados, que foi encomendado em Novembro de 2018, com um prazo de sessenta dias, acrescidos de outras funções que o prolongavam por três anos. Por outras palavras, o projecto de arquitetura há muito que foi aprovado, no inicio de 2019.

Obviamente que a obra teria de ser submetida a concurso publico e que tal leva o seu tempo mas nada que justifique cerca de dois anos para o submeter ao respectivo procedimento.
Aliás, premeditadamente faz-se constar a duração do contrato por três anos ou seja parase manter valido até 2021, ano de eleições autarquicas. Curioso, só!
O concurso acabou por ditar como vencedor o Grupo Lena de má memória, mas ainda assim o contrato viria a ser assinado a 10 de Outubro de 2020, conforme imagem que reproduzimos a seguir

 Com contrato assinado e dada a carência habitacional da cidade. era expectavel que se desse de imediato o inico das obras, que foram proteladas por alguns meses  por forma a coincidirem com a pré campanha eleitoral e que levou à afixação do cartaz, não no local da obra mas perto, num local de maior visibilidade.
Diga-se também que o dinheiro para este tipo de intervenções vem na sua maioria do IHRU, que subsidia  as autarquias no que concerne a este tipo de construções.
Desde a utilização de cativações, ao planeamento da obra, tudo em obediência ao calendario eleitoral.  Bem podem vir os culambistas do costume procurar justificar as intervenções do presidente, mas devem lembrar-se que existem documentos que fazem cair por terra aquilo que dizem. E como perceberão, foi preciso pesquisar ao longo dos ultimos anos para os encontrar. Dessa pesquisa não se encontra o projecto do novo quartel dos bombeiros ou do canil-gatil.
Não importa, fica a promessa para a proxima campanha eleitoral, daqui a quatro anos!    

sexta-feira, 26 de março de 2021

ALGARVE: AGUA AO PREÇO DO VINHO?

 António Pina, na qualidade de presidente da AMAL, em articulação com o incompetente ministro do ambiente, vieram defender que a agua na região vai ter um aumento do preço.
A decisão do aumento vem na sequência da utilização do Plano de Recuperação e Resiliência para dotar o Algarve de meios que assegurem o fornecimento daquele bem essencial e indispensavel à vida aos diversos sectores.
E porque se trata de vida, não podemos deixar de chamar a atenção para o facto de agricultura, o parente pobre como é encarado pelo poder politico, dar vida às plantas, precisando para isso do precioso liquido. Ou será que devemos transformar o Algarve num imenso deserto cheio de oasis turisticos?
Numa acção de campanha eleitoral partidária, o ministro do ambiente deslocou-se à região começando pela visita à barragem de Odeleite, e ao abrir a boca, deve ter-lhe entrado alguma mosca perante as aneiras que disse, como se pode ver em https://www.sulinformacao.pt/2021/03/fatura-aumenta-no-algarve-porque-agua-e-um-bem-economico-diz-ministro/   .
A primeira é a de transformar a agua num bem económico, para justificar o seu aumento da agua, ao dizer que Um sistema que é desequilibrado do ponto de vista economico e financeiro, é, necessariamente, desequilibrado do ponto de vista ambiental. Isto é: se não houver um preço justo para a agua, não há forma de poder garantir, no tempo, a qualidade desses sistemas.
No fundo o que desequilibrado ministro vem defender é o principio do utilizador/pagador aplicado a um bem essencial, com uma enorme carga social. O Pina não diria melhor porque vai de encontro ao que ele pratica na Ambiolhão. 
Este governo que se auto-intitula de socialista não deixa de ser curioso quando vem praticar um principio em que coloca pobres e ricos no mesmo patamar, sem ter em conta as reais dificuldades de quem menos rendimentos tem. Colocar um reformado ao nivel do antigo explorador, no que toca a pagar bens essenciais! Pode um partido ser socialista sem que os seus militantes o não sejam? Ou basta ter um cartão para fazer dele o socialista?
Mais caricato ainda, quando as obras são custeadas a 100% por fundos europeus, ou seja em que o financiamento não custa um chavo ao País.
Isto já faz lembrar a situação da A22,uma estrada que supostamente seria sem custos para o utilizador mas que na verdade é paga e bem paga.
E dizem eles que não há austeridade. Pudera, está camuflada!
Por este andar ainda vamos pagar a agua ao preço do vinho!

quinta-feira, 25 de março de 2021

OLHÃO: A FAZER É QUE NOS ENTENDEMOS!

 A frase do titulo consta do manancial de cartazes do municipio, estrategicamente colocados e melhor calendarizados, para surtir o maior efeito em termos eleitorais. No fundo é o falso partido socialista a usar os dinheiros publicos como se seus fossem, através dos seus eleitos para as autarquias. Para quem tenha duvidas, pergunta-se porque razão o cartaz onde se fala a obra e o dinheiro gasto no saneamento não foi colocado no locar da obra? Não convem, pois talvez se viesse a descobrir que foram numa urbanização privada!
A construção do novo quartel dos bombeiros é uma velha promessa com cabelos brancos devido aos quase vinte anos quem é apresentada. Mais uma vez, se anuncia o novo quartel como Obra à Vista mas nem uma pedra!

Sempre que há uma campanha eleitoral, é ressuscitado o novo quartel dos bombeiros. Esquecem de dizer há quanto tempo foram encomendados os projectos e porque continua tudo na mesma. 
Digam lá que não é pura campanha eleitoral?
Tentando fazer crer que as obras da construção a custos controlados estão a decorrer a bom ritmo, o municipio, por ordem do presidente. fez anunciar que não estão no estado que ontem de divulgámos, como se pode concluir pela noticia que reproduzimos de seguida:

Afinal, a unica coisa que fizeram, segundo os dois ultimos paragrafos, foi a relocalização da colónia de gatos e a desmobilização de viaturas estacionadas. Quanto ao mais é ZERO!
Tanto tentaram desmentir que acabam por confirmar o denunciado. Mais, a instalação do estaleiro e a vedação não significa que se inicie a obra. Há quatro anos atrás, quando o Pina se deslocou ao local para anunciar a obra, já existia uma vedação da qual resistem alguns pedaços. Já se passaram quatro anos, não tantos quantos o anuncio da construção do novo quartel dos bombeiros.
Mas mesmo que tudo estivesse a decorrer dentro da normalidade, lembramos que é para isso que foram eleitos e não para andar aos gambuzinos! E tudo oque mais prometeram e não cumpriram?
Quem pode acreditar nesta cambada?

quarta-feira, 24 de março de 2021

OLHÃO: CANTINHO DO MENTIROSO MUDA DE LUGAR

 Muitos não saberão onde era o Cantinho do Mentiroso, mas ficam a saber que ficava na Rua que segue a Rua do Comercio em direcção aos Mercados. E tem direito a placa! Só que agora parece que se transferiu para o Largo Sebastião Martins Mestre.
Depois de mentir a respeito da plantação de 3000 arvores seguem-se novas mentiras. Algumas das arvores plantadas não foram mais do que substituir outras tantas que já existiam, espalhadas pelo concelho. Trata-se pois de uma mera operação de propaganda, com os obvios fins eleitorais.
Poi8s bem, ontem foi colocado o cartaz que reproduzimos de seguida:
Diz o cartaz "OBRA À VISTA" e mais "AQUI ESTÃO A SER CONSTRUIDAS 54 CASAS A CUSTOS CONTROLADOS". Nada disto é verdade, o que não quer dizer que dentro em breve comecem as obras. Não se pode ou não se deve é, primeiro colocar o cartaz a dizer que já deram inicio quando no terreno nada acontece. 
Para aqueles que possam pensar que se trata apenas de maledicência, os lambe cus do costume deixamos a imagem do terreno tirada à poucos minutos:
 
Nada disto espanta, o que espanta é a oposição não se pronunciar, o que também já vai sendo habito. Assiste-se à proliferação de cartazes, anunciando obras a realizar ou já realizadas, algumas delas muito duvidosas e outras que não são mais do que uma obrigação da autarquia.
Substituir a cobertura de amianto nos prédios da Horta do Pádua, é uma obrigação da autarquia, enquanto proprietária dos prédios, porque o amianto contem celulas cancerigenas, e já foi proibida a sua utilização; do mesmo modo, a substituição das coberturas de amianto em diversas escolas não é mais que uma obrigação da autarquia, até por na delegação de competências nessa area, a autarquia também recebe contrapartidas financeiras do Estado central.
Já os quatro milhões gastos em esgotos, o presidente da autarquia devia dizer em que zona foram utilizados, porque segundo reza a história, foram investidos numa urbanização privada. Claro que o cartaz é colocado junto ao porto de pesca para, mais uma vez, enganar as pessoas que dependem da Ria, poluida por contaminação microbiológica.
Ainda assim, é curioso como se só agora se anunciam algumas desta obras sendo que parte delas foram executadas ao longo do mandato, que finda em Outubro.
Preparar a calendarização das obras por forma a que as mesmas estejam em curso ou prontas a serem inauguradas em periodo de campanha eleitoral, não é de mestre, mas sim de um trapalhão politico. 
As pessoas devem reflectir nestas coisas até porque todos nós somos municipes, e os órgãos autarquicos são compostos por diversos partidos e não apenas pelo partido do presidente. Se assim fosse estariamos a viver num regime de partido unico, como aquele que foi deposto em Abril de 74! Acreditar neste tipo de propaganda, é o mesmo que estarem a enganar-se!
Já alguem se questionou quanto custa toda esta publicidade? São centenas de milhares de euros que fariam melhor proveito a muito boa gente em tempos de vacas magras. De facto o municipio vive acima das suas possibilidades que os municipes pagam nas taxas e impostos municipais.

terça-feira, 23 de março de 2021

OLHÃO: GRÃO A GRÃO, A GALINHA ENCHE O PAPO

 

Já era de esperar! A policia municipal vem crescendo, não porque tenha mais agentes mas pelo recurso à contratação de prestação de serviços de funcionários que não sendo policias, exercem funções paralelas.
Claro que a policia municipal precisa de serviços administrativos e daí a contratação de alguem. Da mesma forma que agora é contratado um motorista para o serviço de reboque daquela policia, como se pode ver na imagem acima.
Em qualquer dos casos, os postos existem de forma permanente  e devem ser ocupados de forma permanente, sejam para a policia como para os demais serviços da autarquia, como os de limpeza ou auxiliares para as escolas.
A segurança e estabilidade no emprego é essencial par as familias mas o poder politico não o entende assim; para ele as pessoas devem estar inseguras, instaveis, incutir o medo de que possam perder o emprego e tudo o que têm. É com base no medo das pessoas que os obrigam a ir ao beija mão, a deixar-se subjugar pelo conjunto de prepotentes que acham que só eles têm direito à vida. Com isso vão criando sindicatos de voto.
A contratação de um motorista para o reboque da policia municipal obedece à mesma logica, isto é, ou faz o que eu quero ou quando chegar ao final do contrato "vai endando". E se tiver o azar de deixar escapar algum descontentamento pela forma como se gere os destinos do municipio, é arrumado na prateleira até ao final do contrato.
Isto sem esquecer que funcionários com muitos anos de casa, foram e ou continuam a ser perseguidos por pensarem de forma diferente ou apenas porque decidiram apoiar candidatos a listas diferentes da que exerce a maioria. 
É este o tipo de democracia que se vive na câmara municipal de Olhão. Qualquer funcionário que ouse integrar uma lista  que não seja do partido no poder autárquico, mesmo que a Constituição da Republica Portuguesa garanta a igualdade de direitos.
Certo é que grão a grão a galinha da policia municipal vai enchendo o papo! 

domingo, 21 de março de 2021

OLHÃO: FALTA DE ESTACIONAMENTO PENALIZA MERCADOS!

O comercio da  baixa de Olhão, sempre teve nos Mercados a sua ancora, e nessa altura a Avenida 5 de Outubro tinha estacionamento, assim como a restante zona histórica.
Nos ultimos dias ressurgiu a polémica da falta de estacionamento e algumas vozes se pronunciaram no sentido de que teria sido o estacionamento que "matara" o comércio da baixa, Nada de mais errado!
Aquilo que destroi o comercio tradicional são as grandes superficies que secam todo o comercio à sua volta, deixando na cidade o valor residual dos salarios que pagam. Normalmente não compram produtos da região e quando o fazem, é com pagamentos a perder de vista.
A primeira grande superficie a instalar-se em Olhão, foi o Modelo, onde hoje está o Pingo Doce, na Rua Manuel Tomé Viegas Vaz. Foi-lhe concessionado o espaço para parque de estacionamento por um periodo de vinte anos, findo os quais regressou à posse da câmara. 
Por essa altura ainda o nosso País não tinha aderido à UE.
Passados alguns anos e com a entrada na UE, a câmara de Olhão, candidatou-se a fundos comunitários para construir o Parque do Levante, Como de costume, nunca se preocuparam em saber o que pensavam as pessoas e o resultado depressa ficou à vista, um Parque vazio, sem clientes, Dizendo de outra forma, um elefante branco, cujos custos operacionais e de manutenção são muito superiores aos proveitos.
Para tornar o Parque do Levante menos oneroso para o municipio tornava-se necessario obrigar as pessoas a nele estacionarem e nada melhor do que restringir o estacionamento na chamada zona histórica, que o deveria ser mas tem sido claramente descaracterizada.
Se uma grande superficie já fazia mossa no comercio local, o que dizer do crescente numero delas? Nos  dias de hoje, contamos já com dois Pingo Doce, um LIDL, um Modelo e um Continente, um Jumbo, um Aldi, um Intermarchê, um Minipreço; na calha estão para surgir mais três, um novo LIDL a nascente, um Intermarchê em Moncarapacho e um Aldi na Fuzeta.
Alguns deles vendem de tudo, dos generos alimentares aos electrodomésticos, do material escolar à roupa. E com isso assistimos à decadência de todo o comercio tradicional, Como se isso não bastasse, para dar a machadada final surgiram as lojas chinesas.
Quem tem o poder de licenciar todas essas lojas são, como não podia deixar de ser, as câmaras, que deveriam ter em conta o impacto negativo que o excesso dessas superficies comporta. Dirão alguns que é o preço da modernidade, mas esses não viram o negocio familiar fechar portas, lançando no desemprego muitos trabalhadores e comerciantes, cujas perdas nunca foram compensadas pelos postos de trabalho criados pelas novas unidades.
Para todos os efeitos, os Mercados são grandes superficies e deviam ter estacionamento para os clientes poderem com mais facilidade a eles aceder.
O que se verifica, é que em nome da restauração, a modernidade, se condicionam todas as outras actividades, mas com isso estão matando a galinha dos ovos de ouro. O tempo o dirá.
Certo é que foram as grandes superficies que, quais eucaliptos, secaram o comercio tradicional, como acabarão por secar os Mercados!

sexta-feira, 19 de março de 2021

OLHÃO: ESTUDOS PARA CONTINUAR TUDO NA MESMA

 Nos ultimos dias, a cidade foi confrontada com algumas roturas bem significativas, para não se falar naquelas de menor dimensão mas de muita frequência, algo que vimos denunciando há anos mas que os nossos responsaveis autárquicos fazem questão de ignorar.
Sob a batuta de António Pina à frente da AMAL é aprovado o Plano de Recuperação e Resiliência que destina alguns milhões para a eficiência hidrica, algo que o artista em causa pretende aproveitar, não para resolver o problema mas para o minorar.
Assim, no dia 16 fez publicar o contrato para a Elaboração de Projecto de Execução de Medidas de Redução de Perdas do Sistema de Abastecimento de Agua (SAA) do Concelho de Olhão, conforme a imagem seguinte:

A maior parte da rede de SAA tem mais de setenta anos, está podre e a necessitar de renovação. É certo que não é obra para um ano ou mesmo um mandato. Não é menos certo que as perdas ou fugas de agua se devem ao mau estado da rede.
Por outro lado, fazer um estudo não é ainda executar as emanações que ele contiver. No entanto parece que a motivação da decisão se prende mais com o facto do PRR apontar para a eficiência hidrica do que para a satisfação da necessidade da população. Ainda assim, mais vale tarde do que nunca.
Por outro lado, mas dentro da mesma perspectiva, um outro contrato publicado no dia 18, vai de encontro àquilo que já denunciámos mas sempre omitida, o estado dos reservatórios de agua, os chamados depósitos. Este contrato visa a Elaboração de estudo, projecto de execução e processo de concurso para a empreitada "Reabilitação, reforço e ampliação de estruturas - reservatórios da Zona Baixa e Zona Alta de Olhão e Pechão".
Com IVA, estes dois contratos custam cerca de cento e trinta mil euros pelo que esperamos que deem alguns frutos.
Para quem acompanha estas questões sabe que os três reservatórios apresentam fissuras e manchas de humidade que evidenciam perdas de agua. E nem as intervenções feitas deram uma resposta cabal como até as pinturas feitas para disfarçar conseguem o efeito a que se destinavam. Qualquer destes reservatórios já tem idade suficiente para ser reformado. Será desta?
Em ano de eleições autárquicas, o Pina não vai deixar de aproveitar a oportunidade para fazer a propaganda e promessa para obra futura como tem sido seu habito muitas vezes incumprido.
Certo é que nos próximos tempos e apesar dos estudos vai continuar tudo na mesma, bastando para isso que os eleitores continuem a acreditar no pai natal. 

quinta-feira, 18 de março de 2021

OLHÃO: DESINVESTIMENTO COM GRAVES CUSTOS NA AGUA

 Na noite passada houve uma grande rotura na principal conduta de fornecimento de agua à cidade, registada em imagem por José Pimenta, para que as pessoas vejam como são mal tratadas as infraestruturas da cidade em https://www.facebook.com/jose.m.pimenta/videos/10224451846624361/.
Quando as roturas surgem de forma sistemática em determinados sitios, não se trata de um mero acidente mas antes é o fruto do desinvestimento feito na conservação de uma rede degradada pelo tempo, com mais de setenta anos, a pedir a sua renovação. 
Naquela zona, nos ultimos anos, vimos que uma valvula deu o berro e a agua que se perdeu, ameaçou invadir as casas dos moradores do Bairro 8 de Outubro; no ano passado, um carro quase foi engolido por uma rotura; agora temos nova rotura com a perda de agua que as imagens documentam.  
De há muito que vimos denunciando a falta de investimento e de renovação das infraestruturas de agua e saneamento, mas como ficam debaixo do solo e não dá para exibir, a câmara municipal presidida por António Pina não se resolve. 
Claro que quem vai pagar a factura da agua perdida, por falta de investimento negligente da autarquia, é o consumidor.
Num momento em que o presidente da câmara anuncia investimentos de milhões em obras futuras, com promessas eleitorais muitas das vezes incumpridas, é a altura para ser questionado sobre as prioridades do municipio. É que uma coisa são as prioridades pessoais dele e outras são as prioridades dos municipes. As infraestruturas são essenciais em qualquer cidade que se queira moderna e evoluida; a falta delas é propria do terceiro mundo, bastando as descargas de caca no topo norte do porto de pesca, junto ao cais T ou no porto de recreio. Que o presidente queira chafurdar na merda, ainda vá que não vá; que ele prefira as roturas a uma distribuição de agua eficiente, não espanta, embora entre em contradição com a aposta no PRR no que diz respeito ao combate às perdas de agua nas redes urbanas como se por ler no site da Ambiolhão em http://www.ambiolhao.pt/site/index.php/ambiolhao-inicio/publicacoes/publicacoes-noticias/item/498-algarve-tera-200-milhoes-de-euros-para-aumento-da-eficiencia-hidrica .
Que rica eficiência hidrica esta em Olhão! 

quarta-feira, 17 de março de 2021

MONCARAPACHO/FUZETA: FALTA DE CULTURA POLITICA ABRE PORTAS À DITADURA!

 






Numa breve visita à Vila de Moncarapacho, encontrámos o cenário que as imagens documentam e que não se cingem a uma arvore mas a mais que como se vê, foram completamente decepadas.
As arvores agora decepadas serviam de sombreamento para as pessoas se protegerem do sol, enquanto se sentavam nos bancos e viam o desfilar de outras que se deslocavam aos Mercados.
Em tempos não muito recuados, era a Agregação de Juntas Moncarapacho/Fuzeta quem cuidava dos espaços verdes e destas arvores. Mas como o presidente da Junta pediu mais dinheiro para cumprir com os objectivos da transferência de de competências, o presidente da câmara faz-lhe a vida negra sempre que pode, mesmo que a população de Moncarapacho esteja em sintonia com o presidente da Junta.
É neste braço de ferro entre as duas autarquias que tem de ser analisado o abate de arvores, mas não só!
Da mesma forma se pode e deve analisar o Plano de Urbanização da Fuzeta, com a ideia de retirar dessa Vila, o Parque de Campismo para no seu lugar construir um eco-resort e com ele acabar com as casinhas de apetrechos de pesca dos pescadores, o marcado semanal, a feira de velharias, e qual eucalipto, secar a baixa da Fuzeta.
Nada disto é feito de forma inocente, bem pelo contrário, é premeditado!
Este tipo de situações só é possivel devido à falta de cultura politica das gerações mais novas que não sabem que podem ter formas de organização popular capazes de afrontar o poder politico quando for necessário, participando no processo de decisão, quanto mais não seja pela pressão que podem colocar nas suas reivindicações.
Estamos a falar na criação de comissões de moradores, eleitas democraticamente em assembleias de moradores em que os seus dirigentes possam ser demitidos se se desviarem das decisões tomadas pela maioria dos moradores presentes.
Eu próprio durante anos presidi a uma comissão de ocupantes que nas negociações com as entidades publicas conseguiu, sempre com o apoio das pessoas, obrigar o poder politico a realojar todas as familias.
Uma comissão de moradores de Moncarapacho, perante a situação criada pela câmara avançaria com uma providência cautelar, com efeitos suspensivos da intervenção e exigiria do poder local a manutenção das arvores de sombreamento.
Da mesma forma, é desta forma de organização e em conjunto com a Junta de Freguesia, que a população da Fuzeta pode impedir que o Pina leve por diante os seus designios de destruição da baixa da Vila.
Se bem que as novas gerações não tenham cultura politica suficiente para enfrentar o poder politico, é bom que aprendam a organizar-se democraticamente e lutar por valores e principios que andam arredados do sistema que nos vêm impondo!
DEMOCRACIA, SIM! NÃO À DITADURA!

terça-feira, 16 de março de 2021

MONCARAPACHO: UM PÉSSIMO EXEMPLO DO QUE É A PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NA GESTÃO DO TERRITÓRIO!

 

A imagem acima foi retirada do jornal on-line Região Sul e integra um texto sobre o abate de um cipreste com dezenas de anos, conforme se pode lerem https://regiao-sul.pt/2021/03/15/ambiente/moncarapacho-abate-de-cipreste-gera-criticas-a-camara-de-olhao/533041?fbclid=IwAR2LOPTit3GtcUEZTDEUxojgghgIeJcw0vEUoMkHZRpkUN9-TFkESgMOZr8.
Nada temos a opor à construção da rotunda à entrada de Moncarapacho, na qual o cipreste em causa podia integrar, conforme desejo da população.
Mas a questão que aqui se coloca é bem mais ampla, que é a de saber qual o papel das Juntas de Freguesia na gestão do seu território e mais ainda quando a própria população está em sintonia com o seu legitimo representante.
Por outro lado, temos o grau de participação das populações em matérias que lhes digam directamente respeito como é o caso, com a grande maioria da população de Moncarapacho a defender o arvoredo.
Também sabemos da alergia que o presidente da câmara nutre pelas arvores, uma vez que em tempos prestou declarações dizendo que elas só faziam lixo. o que ajuda a compreender a forma como têm sido feitas as podas.
Ninguem está a tirar a legitimidade ao presidente da câmara para dirigir o órgão mas quanto à gestão do território, entendemos que ela deve ser feita, depois de auscultadas as populações, nem que para isso sejam necessários fazer alguns referendos, até porque vivemos num regime que se diz democrático. Deixar ao critério de um pequeno ditador a faculdade de decidir à revelia daquilo que pensam os cidadãos, é abrir as portas para que se cometam toda a espécie de atropelos.
Em países onde a democracia evoluiu, fazem-se referendos até para a construção de um prédio, acto precedido da construção de uma estrutura que dê uma noção mais aproximada do que se pretende executar. Com o modelo de democracia implantado no nosso país, qualquer soba, permite a construção onde não devia. O edificio legislativo foi concebido por forma a que assim seja.
Ao Povo apenas lhes é dada a possibilidade de escolher o gatuno que o vai roubar, através de eleições. Quanto ao mais, o direito de participação, ainda que previsto na Constituição, esbarra na legislação que na prática anula esse direito.
Enquanto as pessoas não perceberem o logro que são as eleições, aceitando a falsa promessa e a mentira como forma de assegurar uma suposta alternância de poder, ou melhor dizendo, mantendo o mesmo esquema mas executado por pessoas diferentes, não vamos a lado algum. É preciso criar uma nova mentalidade se quisermos garantir algum futuro para filhos e netos.
Em Outubro terão a oportunidade de mudar alguma coisa.

segunda-feira, 15 de março de 2021

OLHÃO: ONDE ANDA A IGUALDADE DE TRATAMENTO DO CIDADÃO?

 

Há uns meses atrás, o explorador do café da Rua dos Lavadouros, procurando modernizar o estabelecimento, pensou e chegou mesmo a começar a obra para transformar uma velha porta em janela. Se houve denuncia ou não, a verdade é que logo apareceu o serviço de fiscalização que mandou jogar abaixo a meia parede.
Vamos partir do principio de que o procedimento da fiscalização foi correcto e aceita-se tal como o aceitou o explorador. Até aqui tudo bem ou tudo mal!
Como se pode ver na imagem, a porta em causa é a segunda na Rua Fabrica da Loiça. E assim continua!
Passados meses, vemos agora que no outro canto do gaveto da Rua dos Lavadouros com a da Fabrica da Loiça, são três as portas tapadas a meia parede para dar lugar a janelas, o que não nos choca como não nos chocava se o tivessem autorizado na Pastelaria Algarvia. 
O que nos choca é a dualidade de critérios para proibir a uns e autorizar ao vizinho do lado, uma atitude completamente discriminatória, tratando os cidadãos como se não tivessem os mesmos direitos assegurados na Constituição da Republica Portuguesa.
Não é de agora que o poder local de Olhão trata os seus residentes de forma diferente, olhando para o que cada um veste ou o tamanho das carteiras ou das contas bancárias.
E para que não fiquem duvidas sobre a nossa posição, não defendemos a demolição das meias paredes agora montadas mas somente que autorizem o explorador da Pastelaria Algarvia a fazer o mesmo.
É que abrir uma janela no lugar daquela porta transmite mais claridade e desafogo ao estabelecimento.
No futuro a autarquia deve ter o bom senso de pelo menos tratar as pessoas de igual forma, sem discriminações, porque isso sim, é intoleravel!  

sábado, 13 de março de 2021

OLHÃO: GOVERNO ENTRA NA CAMPANHA ELEITORAL AUTÁRQUICA

 Quando o presidente da câmara de Olhão fez publicar a assinatura do protocolo com o IHRU, não deixou escapar a mais pequena informação do que nele constava. No acto participou, entre outros, o ex-presidente da câmara municipal de Tavira, Jorge Coelho, na qualidade de secretário de estado.
Veio agora num órgão da imprensa regional a noticia de que a autarquia de Olhão vai receber, a fundo perdido, 26 milhões de euros dos quais vinte e um se destinam à construção 200fogos de habitação social e cinco milhões para reabilitação de fogos da autarquia ou privados, como se pode ler em https://postal.pt/sociedade/2021-03-11-Olhao-vai-construir-200-casas-e-reabilitar-habitacao-num-investimento-de-26-milhoes-de-euros .
É verdade que pelo facto de estarmos a poucos meses de um acto eleitoral autárquico, nem o governo nem as autarquias páram a sua actividade. Mas uma coisa é a paralisação da acção governativa e outra bem diferente, vir anunciar a celebração de protocolos que permitem a realização de obras, uma forma de intervir na campanha, anunciando obras futuras. Isto é colocar o governo a fazer campanha eleitoral a favor de uma autarquia gerida pelo mesmo partido. Se a autarquia fosse de outra cor partidária, certamente não o fariam!
Não podemos de deixar de manifestar o apoio à habitação social, quanto mais não seja pela necessidade de habitação para pessoas com menores recursos, ainda assim muito aquém das necessidades reais, tal o desinvestimento nesta area. Mas sempre é melhor pouco do que nada.
Aproveitarão os lambe cus do costume para, mais uma vez, elogiar mais uma obra deste presidente, esquecendo que ele foi eleito para fazer alguma coisa. É para isso que todos nós lhe pagamos o ordenado e mordomias. 
Creio que já todos perceberam que vivemos num clima de compadrio e de podridão politica, onde se beneficiam os que são da cor de quem exerce o poder, deixando escapar algumas migalhas, no processo de distribuição dos dinheiros publicos, para as autarquias de outra cor.
No texto ressaltamos duas coisas, uma a verba de vinte e um milhão para construir 200 fogos, ficando cada um a 105.000 euros, embora estejam isentos das taxas municipais e outros encargos semelhantes. É muita fruta para casas de habitação social, não que devam ter menos qualidade, mas porque os custos de construção são demasiado elevados, já que não pagam taxas municipais nem têm encargos financeiros. E quando a esmola é farta, o pobre desconfia! Aqui há gato.
Por outro lado, diz o secretário de estado, que o elevado preço das casas no mercado de arrendamento se deve à pressão turistica, promovida pelo próprios presidente da autarquia quando se desloca ao estrangeiro para promover projectos imobiliários, de segunda habitação destinados a fins turisticos.
Quando será que o presidente começa a pensar mais nos residentes, nacionais ou estrangeiros, e menos nos visitantes? Não lhes chegam os hoteis a construir? 

quinta-feira, 11 de março de 2021

OLHÃO: DEMOLIÇÃO DA ANTIGA FABRICA DO TOMATE

 Os mais novos não conheceram a Fábrica do Tomate, ao fundo da Rua das Finanças, num edificio antigo e muito degradado. Foi agora demolido!
Muito do património da industria conserveira, a que se podia juntar o da fabrica do tomate, devia ter sido recuperado para posterior exposição num museu, se a autarquia tivesse essa disponibilidade. Mas nãoa teve nem a tem! É que para alem de parte desse património ter ido parar ao museu de Portimão, no antigo Matadouro Municipal ainda se encontram lá bastantes peças, muita delas catalogadas mas relegadas ao abandono. Mas esse é apenas um aspecto da questão.
Por outro lado, o imovel em causa estava num avançado estado de degradação e já se previa a sua demolição e o consequente projecto imobiliario. De há muito tempo que chamamos a atenção para a degradação de certos edificios e para a proibição de degradação prevista no Regime Juridico da Urbanização e Edificação, o que dá à autarquia o poder de tomar a posse do edificio e tratar da sua recuperação e posterior apresentação da factura ao proprietario, tal como fez no Riasol. Mas a camara prefere deixar degradar para substituir edificios com algum valor histórico, cultural ou de outra indole por blocos de betão. Veja-se o caso da Vivenda Vitória!
No entanto e dada a falta de estacionamento na zona, a câmara municipal de Olhão bem que podia ter adquirido e fazer no seu lugar um parque de estacionamento. Mas também essa não é sua opção!
A antiga fábrica do tomate tinha uma chaminé que servia de suporte a um ninho de cegonhas, uma espécie protegida. É certo que a chaminé podia cair por si e arrastar o ninho e que por isso mesmo devia ter merecido da entidade responsavel pela protecção da natureza, o Parque Natural da Ria Formosa, uma acção preventiva de deslocalização do ninho. Também já vai sendo habitual o Parque fingir que não vê, que não sabe mas se fosse para perseguir algum pescador dentro da Ria já viam e sabiam tudo. É como a Caulerpa, que não veem como vem degradando a biodiversidade na Ria.
Como já não é o primeiro caso de destruição de ninhos de cegonha nos ultimos tempos e da ambiguidade na defesa das espécies, lembramos da atitude do presidente da câmara na defesa do camaleão ou do cavalo marinho. Claro que já percebemos que o presidente tem outro tipo de preocupações ou espécies a defender e a principal é o dinheiro!
E para aqueles que andam distraídos. lembramos que os suportes para os ninhos devem obedecer a determinadas caracteristicas, sob pena de as cegonhas os rejeitarem, como se vê onde os usaram.
Pode ser que o presidente se deixe de interesses e acorde para a protecção das espécies.   

quarta-feira, 10 de março de 2021

RIA FORMOSA: QUE PREPARAM PARA A ZONA?

 

Há anos que na costa da Ria Formosa, entre Quarteira e a Torre de Aires, classificada para efeitos da apanha de bivalves como sendo de Classe B, com o IPMA a não ter a preocupação de assinalar que tal se devia a uma classificação provisória, como o faz no comunicado de ontem e que pode ser observado em em https://api.ipma.pt/public-data/snmb_bulletins/0222021-ci_snmb-09_03_2021.pdf .
Acontece que a mesma situação se repete no interior da Ria; Olhão 1 já leva com um bom para de anos classificada como de classe C para a apanha da ameijoa, mas agora é "provisória"; Olhão 2 é de classe B, mas para a maioria dos bivalves a classificação é "provisória", apenas ficando  livre a ameijoa e a ostra, o mesmo acontecendo com Olhão 5.
A classificação "provisória" deve-se, como se pode ler na imagem, ao numero limitado de amostras. O curioso é verificar que levam anos sem ter amostras e parece que não estão interessado sem as arranjar, caso contrário pediriam a quem fornece as amostras que fornecesse também dos restantes bivalves.
Porque razão só agora o IPMA vem justificar estas classificações com a falta de amostras? Ou será que estão preparando mais alguma, como a possivel desclassificação para as espécies que não apresentem amostras? É que, com a excepção da ameijoa de Olhão 1, todas as outras que têm uma classificação provisória não são produzidas em viveiro.
Pelo pelo menos no que diz respeito à classificação da zona costeira, e isso sabemo-lo bem, não é por falta de amostras já que têm pescadores que as fazem chegar se tal lhes for pedido. 
Não será isto uma forma polida de criar dificuldades adicionais a quem trabalha na Ria? Porque não diz o IPMA onde se localiza a fonte de contaminação? É mais facil decretar uma proibição do que apontar o dedo ás fontes de contaminação, que em principio serão publicas!

terça-feira, 9 de março de 2021

OLHÃO: CONSEQUÊNCIAS DOS EXCESSOS TURISTICOS

 Algumas pessoas, por conveniência ou por outra razão, entendem que quando nos pronunciamos pela aposta politica quase exclusiva no turismo estamos a cometer uma heresia. Claro que não somos contra o turismo mas temos uma visão diferente porque nos preocupa mais o bem estar dos nossos do que dos visitantes, embora eles nos mereçam o maior respeito.
Mas como em tudo na vida, os excessos pagam-se caro e os excessos do turismo são pagospor aqueles que menos recursos têm. Desta vez não somos nós que o dizemos. O alerta vem de Bruxelas como se pode ler em https://radioportuense.com/2019/03/04/bruxelas-deixa-aviso-turismo-em-portugal-esta-a-roubar-casas-aos-mais-pobres/?fbclid=IwAR2l1NFuWMXoHLxdQkgRT5KERM6JBiy4oR-0KWKI8pzRw_xraIbPzkkwzLk .
O texto em causa apenas identifica o caso do elevado preço das casas provocado pela procura turistica, esquecendo que os produtos alimentares, para não falar noutros, acompanham também essa evolução. E como não podia deixar de ser, são aqueles que menos recursos têm os mais atingidos.
Nunca será demais lembrar que são cerca de dois milhões de portugueses a viver abaixo do limiar de pobreza fixado pelo Poder politico e como tal não têm como pagar uma renda de casa, porque o senhorio sabe que se a mantiver devoluta durante algum tempo, logo aparecerá um turista que no Verão lhe dará mais dinheiro que o misero portuga.
É evidente que o turismo faz entrar no País muitas divisas que representam uma ajuda para o equilibrio na balança de pagamentos; também enche os bolsos de alguns hoteleiros que só pensam no lucro pagando mal e nem sempre. Mas para alimentar esses turistas também tempos de importar muito do que consomem e que os portugueses vão ter pagar o mesmo que eles embora não tenham o mesmo rendimento.
Nos ultimos anos, no concelho de Olhão, temos assistido à elaboração de projectos que têm como destinatário, quase exclusivo, o sector turistico. Recordamos alguns. O Loteamento do Porto de Recreio, a Requalificação dos Jardins, a Requalificação da Avenida 5 de Outubro, a Requalificação da Avenida 16 de Junho, o Plano de Pormenor da Bela Olhão, o Plano de Urbanização da Fuzeta e outros mais que vão nesse sentido. Esta aposta desmesurada no turismo não pode trazer nada de bom para os olhanenses com menos recursos. Pode servir aqueles que estão de barriga cheia; esses baterão palmas, tala avidez pelo dinheiro. Mas os outros vão verter muitas lagrimas quando lhes faltar um tecto ou a comida na mesa!

segunda-feira, 8 de março de 2021

Viva o Dia Internacional da MulherTrabalhadora!

DIA 8 DE MARÇO
DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA!
O dia 8 de Março celebra a violenta luta das operárias tecelãs de Nova York, que em 1857, em número de 129, fizeram greve, pelas 10 horas diárias, contra a violência das mais de 16 horas de trabalho, contra a discriminação de género (recebiam menos de 1/3 do salário dos homens) e contra as péssimas condições de salubridade no trabalho.
A sua dura e corajosa luta foi reprimida de forma violenta e intimidatória, na tentativa de dissuadir qualquer revolta futura.
Haverá que recordar que aquelas 129 operárias foram violentamente trancadas na fábrica pelos patrões e a sua polícia, que não hesitou em atear fogo à fábrica, assassinando-as barbaramente.
Foi Clara Zetkin, “quem propôs, na I Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em Basileia, na Suíça, em 1910, que o dia 8 de Março fosse adoptado como o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora....

 


 

domingo, 7 de março de 2021

OLHÃO: MERCADOS CONCEITO OU PRECONCEITO?

 Os Mercados de Olhão são a principal atracção turística da cidade não só pela arquitectura do edifício, mas muito pelas actividades ali desenvolvidas, o que, pela sua dimensão e diversidade, o equivalente a uma grande superfície comercial. 
Há uns anos atrás, os dois edifícios foram completamente demolidos e reconstruídos e embora melhorassem alguns aspectos, esqueceram-se de outros bem importantes para uma unidade renovada, como o facto de ter um tecto metálico, sem um tecto falso que isole do calor no Verão e do frio no Inverno, protegendo os bens alimentares ali vendidos. As bancas de peixe deveriam estar dotadas de frio, porque por mais fresco que o peixe ali chegue, o sobrante não tem condições de armazenamento.
Como qualquer outra grande superfície, e Olhão é o concelho do Algarve com maior numero desses estabelecimentos, para a eficiência desejada teria de ter, à semelhança dos outros um parque de estacionamento próprio. Mas até o pouco que tinha foi retirado!
A justificação encontrada para acabar com o estacionamento dos mercados centra-se nos novos conceitos urbanísticos que visam retirar dos centros da cidade o transito automóvel. Mas para nós, trata-se mais de um preconceito do que de um conceito.
É que se a ideia fosse essa, os Mercados teriam mudado para outro lugar onde pudessem ter o parque de estacionamento, tal como os serviços públicos administrativos dependentes do Poder Local ou Central, como os serviços administrativos da câmara, das empresas municipais, das finanças, da segurança social, tribunal e cartórios.
O que a justificação dada esconde é a libertação das zonas que antes ninguém queria mas que se tornaram nas mais apetecíveis para fins diferentes daqueles que sempre tiveram, o uso habitacional de quem sempre viveu nelas, estando nesse caso os bairros da Barreta, dos Sete Cotovelos, do Levante ou até mesmo do Mundo Novo. Ou seja, tudo quanto se aproxime da frente de mar, antes o habitat das conserveiras e pescadores. Outrora ninguém queria viver ali e agora querem expulsa-los e manda-los para os guetos da periferia.
No fundo a situação traduz-se no preconceito de que a "mulher" da fabrica ou do pescador, são "feios, porcos e maus" sendo indesejável a sua convivência com os visitantes.
Mas porque vivemos em democracia, com conceitos ou preconceitos, estas questões que sãp fracturantes para a sociedade olhanense, deviam ser precedidas por referendo vinculativo, até porque a audição publica sobre a zona ribeirinha não foi nada pacifica. 

sexta-feira, 5 de março de 2021

RIA FORMOSA: QUE ANALISES SÃO ESTAS?

A classificação das zonas de apanha de bivalves é feita em função dos resultados microbiológicos, podendo ser de Classe A, o que permite a venda directa, Classe B e aí os bivalves terão de ser depurados, de Classe C, que só teriam de ser objecto de transposição para zona de classe A e finalmente de Classe D sendo proíbida a sua apanha.
Toda a costa algarvia é de Classe A, com excepção da zona L8, que se situa entre Quarteira e a Torre de Aires, classificada como sendo de Classe B, o que obrigaria  à depuração dos bivalves, como a conquilha, a ameijoa branca ou o pé de burro. Estes bivalves se fossem submetidos à depuração, muito provavelmente morriam.
Mas existe uma contradição no discurso da entidade que analisa o grau de contaminação microbiológica o que levanta muitas duvidas.
É que o IPMA vem dizendo, há anos, que a contaminação microbiológica no interior da Ria Formosa não vai além dos quatrocentos metros dos pontos de descarga de esgotos ou de aguas residuais urbanas (mal) tratadas. Ora, não havendo assim tantos pontos de descarga entre as duas localidades, separadas por uma distancia de mais de trinta quilometros, mal se percebe que toda ela esteja de tal forma contaminada que leve a ter a presente classificação, a não ser que...
Posta a questão assim, ou as analises aos bivalves não traduzem a realidade ou o discurso do IPMA ao longo dos anos tem sido o de branquear a poluição microbiológica tanto no interior como no exterior da Ria. Será inocente o discurso contraditório ou esconde-se algo maios complexo?
A zona L8 é aquela onde a frota da ganchorra tem mais peso, mais barcos, particularmente em Olhão e Fuzeta. Pura coincidência?
Se pensarmos que o Barlavento quase esgotou a sua capacidade para receber novos investimentos turisticos e que o Sotavento está por desbravar, é natural que haja uma maior procura nesta zona. O Sotavento é essencialmente a Ria Formosa com as suas ilhas.
Mas também já se percebeu que para os senhores do turismo existe uma incompatibilidade de coexistência  entre os sectores da pesca e a actividade turistica. Para alguns é a pele curtida pelo sol e sal que os diferencia dos veraneantes, outros porque o barulho dos motores dos barcos incomoda o visitante.
Será por isso que as analises do IPMA apresentam estes resultados? Não será isto uma forma simpática de tentar vencer os pescadores pelo cansaço? Qual o significado das contradições no discurso do IPMA?
E se conjugarmos as analises microbiológicas com o aumento e numero de interdições pela presença de fitoplancton nocivo, as coisas ainda pioram bastante.
Que raio de politica de pesca é esta?

quarta-feira, 3 de março de 2021

OLHÃO: "APOIOS" SÓ PARA ALGUNS!

 

A pandemia atinge todos os sectores da população, mas de forma desigual e por isso a distribuição dos apoios devia ter em conta as carências de cada um deles. Não é essa a posição do município, apontando apoios apenas ao sector empresarial, com o qual concordamos, só pecando por pouco, mas deixando a restante população sem qualquer apoio, mesmo sabendo que a quebra de rendimentos atingiu todos.
Isto partindo do principio que são apoios mas também não é essa a nossa leitura. É que os empresarios foram impedidos de trabalhar por decisões politicas e não por opção, logo a partir do momento em que foram impedidos tudo quanto fossem taxas, taxinhas e taxões deveriam ser, simplesmente suspensas, até porque no anterior, também estiveram meses sem poder trabalhar e nada lhes foi dado.
Pretender dizer-se que a suspensão de taxas de ocupação de espaço publico durante todo o ano de 2021, é um apoio, parece-nos completamente errado; os estabelecimentos não podem ter esplanadas ou outras formas de ocupação do espaço publico e se não o podem fazer como justificar o pagamento de algo que não lhes é permitido?
Bem sabemos que as licenças de ocupação do espaço publico embora o pagamento das respectivas taxas seja faseado, pelo que desde o inicio do ano que deviam estar suspensas. Mas uma coisa é suspender as licenças e a taxas e outra é vir apresenta-las como sendo um apoio.
Estamos a escassos sete meses de eleições autárquicas e sente-se a necessidade do poder local apresentar uma imagem mais próxima das pessoas, quando na realidade, os "apoios" somente se destinam a uma parte, minoritária, da população. 
Com a pandemia a atingir agregados familiares, directa ou indirectamente, porque o confinamento atinge os seus rendimentos, com os reformados a ajudarem filhos e netos, e verem assim o rendimento per capita do agregado reduzido, não se vê um unico apoio a quem passa dificuldades. Não é a propaganda do regime que lhes dá de comer  sendo necessário mais do que isso, abolindo o pagamento das taxas de disponibilidade, que não têm razão de existir, na factura da agua, por exemplo!
Gerir uma pandemia para dividendos eleitorais, é baixa politica!

terça-feira, 2 de março de 2021

OLHÃO : APOIOS DE TRETA!

 

Não há duvidas de que a Câmara Municipal de Olhão e as suas empresas municipais são umas mãos largas nos apoios à pandemia.
Na página do municipio nas redes sociais, entre alguns outros de teor semelhante, foram publicados os apoios concedidos aos empresários, como aquele que reportamos na imagem acima. Uma vergonhosa demonstração dos grandes apoios! A isenção da tarifa de disponibilidade, ou seja a tarifa fixa durante os meses de Fevereiro e Março. Não se trata de nenhuma anedota!
Durante esse periodo, os comerciantes do concelho estiveram, ou estão, impedidos de trabalhar por força das medidas impostas. E por isso não têm consumos, pelo menos no que diz respeito aos residuos sólidos, mal se percebendo porque razão, se acaso tiverem algum consumo de agua tenham de pagar igual metragem de residuos solidos, quando em boa verdade os não têm.
Mas isto são os apoios aos empresários, pouco, muito pouco mesmo! Se tivermos em conta o universo dos comerciantes do concelho, os apoios agora concedidos não ultrapassarão os setenta mil euros.
Ao mesmo tempo, assistimos à publicidade da Ambiolhão na CMTV em torno da campanha "Lixo no Lixo", uma campanha de nivel nacional para um problema local, com custos que superam os apoios concedidos. Isto claro sem falar nos demais gastos com publicidade.
Francamente, gastar à tripa forra o dinheiro dos municipes olhanenses para que os de Cabeça Gorda ponham o lixo no lixo e depois venham apresentar uma lista de apoios tão insignificantes como os que nos presenteiam. 
Por outro lado, foi a seguir ao principio do ano que os numeros da pandemia dispararam e que levaram às medidas restritivas de encerramento dos estabelecimentos de bens não essenciais mas só agora, dois meses depois, é que são anunciados os "apoios". Não será isto mais uma encenação pró-eleitoral?
Mais para eles! Porque a cena deles diz que é mais para si. Que os nossos leitores registem bem o tipo de apoios que eles dão a quem mais precisa nesta hora, uma miséria!

segunda-feira, 1 de março de 2021

RIA FORMOSA: A CAULERPA E A BIODIVERSIDADE

 Não é novidade que o CCMAR defende a preservação da alga Caulerpa prolifera como elemento de combate à descarbonização e não estariamos contra caso a alga não estivesse a pôr em causa a biodiversidade na Ria Formosa.
Sob o titulo "Ria Formosa, uma fabrica a absorver 2600 toneladas de carbono por ano", e que pode ser lido em Especialistas querem pradarias marinhas e sapais reconhecidos no combate às alterações climáticas | Alterações climáticas | PÚBLICO (publico.pt), um dos responsaveis pelo CCMAR, provavelmente questionado pelo jornalista, pronuncia-se de forma ambigua sobre o problema da alga invasora.
A primeira abordagem deveria ir para as causas do declínio das pradarias da Ria Formosa como por exemplo o excesso de trafego maritimo ou o fundear em zona de pradarias. Mas sobre isso não se pronunciam os cientistas.
Ao longo do texto, e num quadro destacado, diz-se que a Caulerpa é uma praga na Ria por ter um comportamento invasivo e pela extensão que ocupa, existindo em toda a Ria mas que é em frente à Culatra que se concentra a maior mancha. "A propagação agressiva (desta alga) pode alterar a estrutura das comunidades de peixe nativas com implicações negativas na pesca".
Claro que se tem implicações negativas, elas não serão apenas para a pesca mas tambèm para a biodiversidade e aí sim afectando a pesca.
Enjeitando responsabilidades na disseminação da alga invasora e infestante, vem agora dizer que a Caulerpa veio agarrada aos barcos provenientes do Mediterrâneo. Mas quem vive na Ria aponta o dedo a uma transposição da alga.
E vai mais longe dizendo que a biodiversidade global na Ria não será afectada drasticamente a menos que as algas marinhas ocupem os prados de ervas marinhas. Estes cavalheiros devem sofrer de miopia de tal forma que não veem que a alga já está ocupando zonas onde haviam pradarias marinhas.
Claro que a descarbonização está em primeiro lugar até porque permite ao Estado, a entidade financiadora destes cavalheiros, a venda de quotas de carbono. Já no que se refere às actividade económicas tradicionais da Ria, e que não são poluentes, nem uma palavra.
Enquanto não correrem com pescadores e outros associados à pesca não descansam!