domingo, 21 de maio de 2023

RIA FORMOSA: A RAPOSA QUE TOMA CONTA DO GALINHEIRO

 É já no próximo dia 24 que na Biblioteca Municipal se vai realizar uma consulta, dita publica, da comissão de cogestão do Parque Natural da Ria Formosa.

Desde logo importa saber para que foram criados os Parques Naturais. Tratam-se de áreas protegidas com o objectivo de preservar o património natural e cultural, o mais próximo possivel daquilo que a natureza criou.

Obviamente que, por vezes, se torna necessário alguma artificialização, a qual deve ser acompanhada de medidas compensatórias se tiverem impactos negativos para os objectivos de um Parque Natural.

No caso do Parque Natural da  Ria Formosa, cuja delimitação a sul são as ilhas barreira e a norte uma faixa de proteção com mais de quinhentos metros contados a partir da linha de preia-mar de marés equinociais, a artificialização tem trazido impactos negativos, raramente acompanhados de medidas compensatórias. Mas alguma artificialização deve pura e simplesmente ser banida, por desnecessária no seu espaço e violar os objectivos do Parque Natural, como o são a instalação de estufas, da introdução ou de produção de espécies exóticas como o são os abacates ou a ostra giga. 


  Quando a esmola é farta, o pobre desconfia! Uma consulta deste tipo, promovida por quem finge não ver, servirá apenas para as raposas (autarquias) que estão a guardar o galinheiro (areas protegidas) levarem a cabo a acções que vão degradar ainda mais a descaracterização do património presente.

Basta atentar na imagem acima retirada, hoje, do site da CCDR, onde apenas delimitámos uma parte da Quinta de Marim, sendo que a zona a verde na parte de baixo se situa o Parque Natural da Ria Formosa. Dentro do espaço delimitado a amarelo está a surgir uma plantação de abacates, uma espécie exótica que ninguém do Parque vê, tal o grau de miopia dos guardiões da natureza.

SE a isso, juntarmos a enorme quantidade de mesas de ferro e sacos de plástico onde produzem a ostra giga, outra espécie exótica, mesmo ali perto da sede do Parque, então estamos em crer que a miopia dos guardiões da Ria está a dar lugar à cegueira.

Por ouro lado temos ainda o problema das Barras da Armona e de Cacela. A Barra da Armona durante muitos anos foi a principal barra do sistema, até que a construção da Barra de Faro/Olhao, necessária, veio desequilibrar o eco-sistema. No passado as autoridades tinham uma draga para tratar de compensar o impacto negativo. As novas autoridades, a partir de 2009, condenaram a Barra da Armona ao encerramento!  Em Cacela, decorria o ano de 2010, quando alguem se lembrou de satisfazer um pedido e abrir artificialmente uma barra na Peninsula fragilizando-a e contribuindo para que no vendaval seguinte o mar se encarregasse de destrui-la por completo. 

Vir agora consultar as populações sem tratar de resolver os problemas que já vem de traz, serve apenas para validar a continuação da destruição do património natural.

Desaparece a maternidade de espécies piscicolas, a ameijoa boa, substituindo-as por espécies exóticas e até as populações são corridas e substituidas por estranhos!

Que rica conservação!

terça-feira, 16 de maio de 2023

OLHAO: A LUTA CONTINUA!

 Se razoes de ordem pessoal tem impedido de alguma forma o regular funcionamento, no inicio da semana passada os nossos computadores foram objecto de uma apreensao judicial.

Se quem pensou que nos calaria através desta apreensao, desengane-se porque novo computador vai permitir a continuaçao da luta com motivaçao acrescida. Pode até acontecer que o tiro saia pela culatra e atinja quem pretende abater o mensageiro.

Quando se usa a justiça como forma de amordaçar as vozes independentes, esquecem alguns senhores que o que estao fazendo é degradar a já debilitada democracia, neste momento reduzida ao acto de votar, ignorando por completo as correntes de opiniao contrárias à dominante.

Voltaremos em breve, até porque se aproxima a discussao publica sobre o Parque Natural da Ria Formosa, para além de outras peripécias cá do burgo.

Contem conosco porque nao vamos desistir com a facilidade que pensam!

A luta vai continuar dentro de momentos!

sexta-feira, 5 de maio de 2023

OLHÃO: SE NÃO ÉS POR MIM, ÉS CONTRA MIM!

 

A imagem acima foi-nos enviada por um amigo de João Evaristo, o qual procedeu à sua divulgação nas redes sociais.
João Evaristo é vereador eleito pelo partido dito socialista e era amigo do presidente Pina. Era mas não sabemos se continua... porque um comentário põe em causa a continuidade.


Sen é um grafitter dedicado á arte urbana. Claro que nem todos gostarão daquele tipo de arte mas muitos gostavam, de entre eles o presidente de tal forma que pagou pela pintura feita no chalé Vivenda Vitória.
Acontece que passados uns tempos, desentenderam-se e o SEN passou a ser um proscrito para o Pina. Daí que, na sua ingenuidade politica, ao publicar a foto com o SEN, João Evaristo tenha sido vidado pelo presidente, como se pode ver no comentário do analfabeto: "Com quem te vi com quem compari".
À parte a falta de conhecimento da lingua portuguesa por parte de quem se sente ministeriavel, já era de mau tom que o Pina se dirigisse ao seu camarada das lides politicas nos termos em que o faz muito pior é vir fazê-lo publicamente.
O caso ajuda a perceber, para aqueles que ainda aplaudem o analfabeto, a forma como ele trata todos os que não acompanham a sua forma de pensar e de estar na politica, tentando impedir ou condicionar amizades por mais antigas que sejam apenas e só por se incompatibilizar com alguem.
Se não és por mim, és contra mim! Parece querer dizer, repetindo um slogan tipico do anterior regime!
Sendo Pina o todo poderoso da comissão politica concelhia dita socialista, João Evaristo parece ter caído em desgraça pelo que será natural que aquando da apresentação de candidaturas para as próximas autarquicas, o apoio presidencial recaia sobre um candidato que levará ao colo.
Só o que faltava ao João Evaristo para ser despedido era publicar uma imagem com os autores deste blogue!
Que rica democracia a deste analfabeto!

segunda-feira, 1 de maio de 2023

OLHÃO: SOBRE A VENDA DA BELA OLHÃO

Ainda está longe mas parece que já se prepara a campanha eleitoral autárquica, isto a fazer fé na comunicação do ainda presidente da Câmara de Olhão e eventual candidato à Câmara de Faro, António Pina. Veja-se a noticia que foi avançada para a imprensa regional como é divulgado em  https://barlavento.sapo.pt/destaque/belaolhao-vendida-por-95-milhoes-a-investidores-do-reino-unido .
Como se tornou hábito, apresenta-se apenas a versão oficial, sem que se faça a mais pequena analise ao que é dito, o que não contribui em nada para levar o conhecimento às pessoas.
Tal como o presidente da câmara diz, a Bela Olhão foi vendida, e não estão em causa os milhões conseguidos mas sim aquilo que não é competência de uma autarquia, comprar para vender, com o objectivo de conseguir mais valias, como se de um promotor imobiliário se tratasse. E mais, usando do poder politico para alterar o uso do solo, para beneficiar a instituição que dirige. Imaginem então que o Estado procedia assim de forma regular, participando numa actividade económica quando a sua função é a de regular e não a de participar!
É bom que se esclareça as pessoas, dizendo-lhes que as autarquias têm o direito de preferência quando se trata de salvaguardar o interesse publico, mas nunca para exercer uma actividade económica.
Pelo meio do arrazoado ficam por explicar algumas situações. É que pela conversa, o dinheiro assim obtido vai servir para a construção de casas e escolas. Mais de cinco anos depois de anunciar a compra, para a qual foi pedido um empréstimo e que teve ou tem de ser pago, por mais avantajada que seja a verba conseguida, não se consegue perceber quantas casas virão a ser construídas.
Mas o nosso presidente mistura naquilo a compra das antigas instalações da Litografia, o que levanta outras duvidas. A Litografia já foi comprada ou ainda está em negociação? Se ainda não foi, será que o dinheiro agora conseguido vai ser aplicado na sua compra?
Esta duvida tem alguma razão de ser, na medida em que se a câmara já é a proprietária daquelas instalações, não se percebe porque razão ainda não as demoliu, procedendo ao alargamento da Rua do Caminho de Ferro, em cumprimento do alinhamento estabelecido, o que teria permitido que a paragem dos autocarros se mudasse para ali, provisoriamente, enquanto decorriam as obras na ponte da passagem de nivel superior.
Por outro lado, a noticia vem mostrar o que vai ser o futuro da envolvência do ainda porto de pesca. Se na Bela Olhão vão construir um hotel; se o lado poente do porto é dotado de espreguiçadeiras; se a requalificação da Avenida 16 de Junho, não só na parte de infraestruturas mas em todo o edificado, então se pode dizer que o sector da pesca está condenado a desaparecer!
Claro que no meio disto há sempre quem defenda este tipo de desenvolvimento, esquecendo que ele põe em causa o futuro das pessoas, nomeadamente daqueles que vivem do mar.
Cada vez mais, a cidade a ser descaracterizada, com o caminho de ferro a servir de fronteira separativa de pobres e ricos!