domingo, 30 de outubro de 2022

CONTRA O EMPOBRECIMENTO DOS TRABALHADORES!

 Desde que começou a guerra no leste europeu que assistimos a um aumento generalizado de preços de produtos que levam ao empobrecimento dos Povos Europeus, em especial dos trabalhadores.

A grande burguesia nacional vê os seus representantes no parlamento e nos órgãos de comunicação social apelar aos sacrificios como se eles fossem uma necessidade, o que é falso!

Durante este periodo não houve escassez de produtos nem a procura aumentou, condição que levam ao aumento de preço pelo que os aumentos verificados se devem à artificialidade do sistema e à ganância de especuladores sem escrupulos e que encontram no Poder politico  uma valente e interessada ajuda.

Um produto que, por exemplo, antes custava dois euros e passou a custar quatro, faz com que a receita fiscal, em sede de IVA, duplique; mas também faz aumentar a receita em sede de IRC; nos combustiveis verifica-se que já tivemos o petróleo mais caro e os combustiveis mais baratos e lá vemos o IVA e o ISP a subir.

Mas temos também as rendas de casas tão altas que as pessoas não têm condições para as pagar, mas mais uma vez o Estado engorda, cobrando 28% sobre a renda.

Estas politicas de aumento das receitas fiscais, permitem ao governo reduzir a divida publica e anular o défice orçamental.

Enquanto isso, para que fosse possivel o aumento do salario minimo nacional, o governo deu ao patronato a redução da Taxa Social Unica, que desde a sua criação esteve indexada aos salários. Depois de anos a fio virem justificar a péssima gestão dos dinheiros da segurança social com o factor de sustentabilidade, a redução da TSU já não põe em causa aquele factor, embora ponha em causa as reformas futuras.

Mas não se ficam por aqui os ataques da burguesia nacional e europeia aos trabalhadores. Através do Banco Central Europeu, decidem aumentar a taxa de juros com a justificação da inflação, uma inflação a que eu chamaria antes de especulação.

O aumento de preços dos bens aparece associado à subida artificial dos custos energéticos, mais uma questão falsa. É que agora são as proprias autoridades europeias a dizer que a Europa tem gaz mais que suficiente para os próximos tempos, como se pode ler em https://eco.sapo.pt/2022/03/16/preco-do-gas-natural-cai-quase-10-na-europa-para-um-minimo-de-fevereiro/.

Ora o gaz é a principal fonte da produção de electricidade representando 48% do total. Se não havia razão para o aumento do gaz, não havia também razão para o aumento da energia.



Enquanto isso, o governo e os seus chamados opositores no parlamento, entendem dar às empresas apoios para fazer face aos custos energéticos. Então e aos trabalhadores? 125 euros? Aos reformados, meia pensão?

Os trabalhadores, reformados e pensionistas têm de se organizar e gritar bem alto que a representatividade dada ao Poder politico não pode ou não deve servir para escravizar o Povo enquanto aumenta o fosso entre as classes. Eles têm o Parlamento e o Povo tem as ruas. Acabemos com isto!

domingo, 16 de outubro de 2022

OLHÃO: QUEM VEM VISITAR A CIDADE?

 No portal Base do Governo foi publicado um contrato para alojamento, com o prazo de setenta e nove dias e no montante de 7.980,00 euros, o que pode ser confirmado em https://www.base.gov.pt/Base4/pt/detalhe/?type=contratos&id=9495285.

Não está em causa o montante que até poderia ser bem maior, mas não se realizando o Poesia a Sul, o evento que poderia necessitar do alojamento de poetas estrangeiros, não se vê que outros ilustres visitantes careçam de tal.

Curiosamente, o presidente da câmara vai casar novamente, no final do mês e não havendo justificação para este alojamento, até poderiamos pensar que se tratava de passar uma lua de mel ao pé da porta.

Não sendo para a lua de mel, quem será o titular de cargo politico, ou ex, que vem passear até Olhão à custa dos otários? Será para a noite da missa do galo?

As condições de vida da população são cada vez piores; a redução do salario real está à vista, ou seja com o mesmo dinheiro cada vez se compra menos, mas a autarquia parece viver acima das suas posses, sacando aos residentes tudo quanto sejam taxas, taxinhas e impostos municipais, para alimentar as excentricidades e vaidades do presidente.

Contratos para refeições, contratos para alojamentos, sem que se saiba quem são os felizardos da "bondade" presidencial. Tudo à farta para eles enquanto o Zé Povinho passa mal, sem poder de compra!

Enquanto o Povo trabalhador não se organizar e sair à rua para lutar contra a carestia de vida, em nome  de uma guerra para a qual não foi tido nem achado mas que o governo e o partido no Poder entenderam dar-lhe o apoio, enquanto não filtrarem a desinformação dos midia, é a miséria que os espreita.

Tudo não passa de uma forma de empobrecimento da população; gastos superfluos do Poder, preços a aumentar sem justificação real. Que mais precisam para lutar?

sábado, 15 de outubro de 2022

OLHÃO: MAIS SETE POLICIAS MUNICIPAIS

 A câmara veio anunciar a abertura de um concurso publico para estagio e admissão de sete policias municipais, como sendo a oferta de propostas de trabalho, como se pode ver em https://cm-olhao.pt/upload_files/1/8/Municipio/Documentos/RH/ProcedimentosConcursais/7-agentes-policia-municipal-bep.pdf.

Começamos por lembrar que oi salrio minimo nacional está nos 705,00 euros e aquilo que a autarquia propõe pagar é precisamente aquele valor durante o estagio que depois de admitido passa a 709,46.

A remuneração da policia municipal tem vindo a ser contestada, não só por não dá condições de vida digna aos agentes, como ainda não paga as chatices e inimizades resultantes da sua acção.

Aquilo que não se diz, é que na assinatura do contrato se prevê que caso os agentes queiram desistir da carreira, estão obrigados a devolver o equivalente ao custo da sua formação, uma forma simples de se verem obrigados a cumprir o tempo minimo exigido. E não se pense que se trata de brincadeira, pois sabemos de que alguns agentes quiseram sair e foram confrontados com o pagamento dos gastos com a formação.

Outra questão é a de saber qual a necessidade de mais policia, porque daqui a pouco teremos policias municipais do que de segurança publica.

A policia municipal é o braço armado do presidente da câmara, para reprimir todos os cidadãos que se oponham aos seus regulamentos, nomeadamente no que concerne ao estacionamento. Os agentes vão ser obrigados a cumprir objectivos, leia-se multas, para garantir que aquele departamento tem mais receitas que despesas.

Uma autarquia que não promove o estacionamento, pelo contrário, com uma visão distorcida do regulamento municipal que manda que nas operações de loteamento sejam criados um lugar de estacionamento por cada 100m2 de construção, mas que a câmara dispensa de os fazer, transformando-os em areas de compensações pelas quais vai receber uma verba avultada.

Se em cada operação de loteamento fossem criados os lugares de estacionamento previstos, não teriamos o caos que é estacionar, caos esse criado e promovido pela autarquia.

É para fazer cumprir isso que servem os agentes da policia municipal, os quais devem ter uma atitude mais consentânea com a situação económica, bastante degradada, da população. São os agentes na rua que mal tratados pelas medidas de um presidente que em tudo vê uma oportunidade de negócio, dinheiro e só dinheiro.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

OLHÃO: A CULTURA DA INCULTURA

O evento Poesia a Sul começou por se realizar numa galeria como iniciativa particular, mas cedo a câmara se apercebeu do valor de tal, daí que tenha procurado e conseguiu patrocinar o evento nos anos seguintes.

Por principio, a poesia dirige-se a um publico algo restrito, até por razões de falta de publicidade. Diga-se que não sou um apreciador de poesia, mas isso não significa que não reconheça o valor do evento. Aliás, o Poesia a Sul é o unico evento de nivel internacional, reconhecido, e que conta com a participação de muitos poetas espalhados pelo mundo.

O mentor do Poesia a Sul é o Dr. Fernando Cabrita, cuja poesia tem sido reconhecida a nivel internacional, com publicações em diversos países, pelo que dispensa outros comentários abonatórios. O reconhecimento fala por si!

Mas este ano, as coisas correram mal e a câmara não cuidou atempadamente do calendario da organização, deixando-se dormir sobre o assunto. Ou talvez não!

O vereador da cultura, já tinha visto o seu orçamento de alguma forma reduzido, o que não acontece por acaso. Veja-se por exemplo como acabaram as sessões de cinema.

A questão é politica, uma politica definida por quem manda, o presidente da câmara que, estou em crer não se apercebeu das consequências para o Poesia a Sul. 

Para quê gastar dinheiro com eventos de fraca participação popular, pensa o presidente. A aposta passa pela animação sem qualquer cultura associada, que essa sim, enche de alegria as pessoas. Para ele, mais vale gastar o dinheiro no "cultural" Festival Pirata do que no Poesia a Sul. E quem diz os dias de piratas, dentro e fora da câmara, diria outros eventos de indole semelhante.

Ninguem acredita que o vereador fizesse algo contrário à vontade do presidente, quando a decisão final lhe cabe a ele.

O que sugere a actual situação, é que dois vereadores estão a ser cozinhados em banho maria. Tanto João Evaristo como Ricardo Calé, não veem os seus pelouros desenvolverem-se. Se a um, o dos os eventos culturais, os vê sem dinheiro para a sua realização, ao outro, o das obras publicas, as vê todas paradas sob as mais variadas desculpas, sejam ela por falta de materiais, de vistos de um tribunal, por erros grosseiros anteriores à sua tomada de posse.

Era interessante saber onde são aplicadas verbas orçamentadas, se é que são aplicadas, porque isto sugere uma forma de cativação para alimentar a guerra.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

OLHÃO: VER NA FALTA DE VISÃO DE FUTURO UM PROGRESSO!

 Cada pessoa terá a sua visão e a nós assiste-nos o direito à nossa, razão pela qual discordamos de algumas vozes que veem os avanços do progresso na cidade.

Em primeiro lugar porque entendemos que todo esse progresso teria de trazer bem estar social para todos e não apenas para alguns. A maioria das pessoas sente na pele o agravamento do custo de vida, particularmente nas rendas de casa para além dos bens de primeira necessidade com os custos a subierem por força do aumento de pessoas em determinadas épocas.

Em segundo porque o dito progresso se verifica apenas na frente ribeirinha porque ao mais a cidade parece abandonada, faltando visão para o futuro.

Começamos pelo terminal de autocarros. Para quem passa na zona, chega a ver sete ou oito autocarros estacionados a aguardar hora de saída. Há uns anos atrás a câmara municipal de Olhão teve a oportunidade de encetar contactos com a REFER para instalar no seu espaço aquele terminal. Não o fez mas também hoje estaria desajustado.

É que se os autocarros viessem pela Avenida teriam dificuldade em virar para a estação. Por outro lado, no cruzamento da Rua dos Combatentes com a Rua 18 de Junho, os autocarros para seguirem no sentido norte têm de ir até ao passeio contrário, criando filas de trânsito.

Tanto o edificio do conhecido Peixe e Pão como da antiga Tasca do Tomé estiveram à venda e a câmara podia ou devia ter adquirido aqueles espaços se quer manter o circuito dos autocarros para Faro ou Lisboa. Não o fez como ainda autorizou obras de ampliação na Tasca do Tomé, ou seja se amanhã quiser proceder ao alinhamento definido, vai ter de pagar uma nota preta. Para já afigura-se que nos próximos cinquenta anos a situação será de manter.

Esta é a visão "progressista" da autarquia!

Para o futuro, o terminal terá de ser deslocalizado embora mantendo uma paragem, que é diferente de um terminal, numa zona central onde as pessoas possam embarcar sem os constrangimentos  para a circulação automovel que vemos junto do actual terminal.

Este exemplo é demonstrativo da visão ou da falta dela que a autarquia e o seu presidente têm para a cidade. Se aquilo que se passa ali fosse na frente ribeirinha já teriam tomado uma atitude, mas como são os residentes que se deslocam nos autocarros, é-lhes indiferente. Progresso para o turismo, abandono para quem cá vive!

terça-feira, 11 de outubro de 2022

OLHÃO: A ARTE DE MENTIR EM CERTOS POLITICOS

 Ainda que jovem nas andanças politicas, a arte de mentir parece fazer escola. Aqui na cidade de Olhão também temos disso, como iremos ver mais adiante.

Na pretensa sessão de esclarecimento levada a cabo por causa da substituição do tabuleiro da ponte da Rua 18 de Junho, convocada pela empresa responsavel pela obra, fizeram representar-se a Infraestruturas de Portugal e a câmara municipal de Olhão pelo vereador do trânsito e das obras publicas. 

Por alguma razão não foi anunciada a presença do representante da autarquia, talvez para não serem levantadas questões incomodas, como viria a acontecer.

Um cidadão presente questionando sobre que garantia davam da execução dos prazos para a conclusão das obras, apresentou como exemplo a intervenção desastrosa na Estrada de Quelfes, tendo o vereador Ricardo Calé respondido que as mesmas estavam dentro do calendário, o que não corresponde à verdade.

A requalificação da Estrada de Quelfes, no troço entre a Patinha e o entroncamento para Brancanes, foi objecto de concurso publico, o que levou à celebração do contrato assinado em 3-08-2021 prevendo-se o prazo de 365 dias para a conclusão das obras após a consignação.

Esta intervenção resulta de uma parceria da câmara e da Ambiolhão no valor de 1.329.453, 48 euros acrescidos do IVA.

As obras tiveram inicio em Janeiro deste ano e a sua duração prolongar-se-ia até meados de Dezembro, se não houvessem contratempos, como aconteceu.

É que a câmara "esqueceu-se" de elaborar o plano de expropriações, e como vai sendo habito neste concelho, os donos disto tudo pensando que tudo podem fazer devido à impunidade reinante, mesmo assim avançaram até que alguem tivesse pedido o embargo da obra.

Se ainda não sairam da Patinha, como vão cumprir com os prazos para chegar até ao entroncamento para Brancanes? Pode dizer-se que está dentro do prazo, quando todos nós sabemos que não corresponde à verdade?

Ora o vereador Calé, que já disse sobre as obras do canil estavam paradas por falta de materiais, outra trapalhada e que tem no concelho um conjunto de outras obras publicas paradas e que estão na alçada do seu pelouro, devia ser mais comedido quando presta tais declarações.

Deste modo, o vereador Calé parece ter aprendido bem e depressa a arte da mentira. Quando se tem bons mestres a aprendizagem é rápida!

domingo, 9 de outubro de 2022

OLHÃO/ALGARVE: EM PREPARAÇÃO O AUMENTO DO PREÇO DA AGUA

 Nos ultimos dias, o presidente da câmara municipal de Olhão e da AMAL, veio pronunciar-se sobre o tema da agua. Cada vez que abre a boca sobre esta matéria, é apenas para degradar ainda mais as condições de vida das pessoas.

No verão concedeu uma entrevista ao jornal SOL, onde defendia que até as aguas subterraneas deviam ser consideradas como publicas para obrigar os agricultores a pagar a agua que consomem. Agora vem dizer que é preciso aplicar restrições ao uso da agua na agricultura, numa altura em que anuncia a abertura das piscinas. Afinal uns podem consumir e outros não!

Quanto à reutilização das aguas residuais para fins agricolas, dizia que tal não era possivel por causa da intrusão salina nas ETAR. Mas como se dá essa intrusão? Se a reutilização das aguas residuais fosse encarada a sério, as ETAR seriam construídas junto das zonas de produção agricola, longe das aguas do mar, e com um tratamento adequado para a sua reutilização. Mas a aposta continua a ser a mesma. Lembramos que em 2015, num evento sobre o assunto realizado no auditório da CCDR o que não impediu a construção de uma nova ETAR na Ria Formosa, anos depois. Portanto ninguem está preocupado com a necessidade de se reutilizar as aguas residuais, nem dar-lhes o tratamento adequado.

Mas porque falou da intrusão salina, o presidente deveria saber que as aguas subterrâneas também estão em risco de isso vir a acontecer tornando-as impróprias para a agricultura.

De um modo geral, aquilo que o presidente vem propor é a penalização das pessoas, não porque aumentem os custos do tratamento, mas argumentando com a escassez de agua. Isto já faz lembrar o periodo da troika e de Passos Coelho porque é o mesmo que estar a dizer que as pessoas estão a consumir acima das suas possibilidades, embota todos os consumos de bens essenciais estejam em queda.

Parece que só os mais abastados tem direito à vida, os pobres que morram à fome! Se as pessoas pensassem bem no assunto veriam que a classe dominante, ainda que minoritária, só nos deixa viver porque ainda precisam de nós.

Numa altura em que se dispõem a gastar milhões no processo de dessalinização da agua do mar, não pensar na transferência das ETAR para junto das zonas de produção agricola, um processo mais rápido e menos oneroso, é de quem não quer mesmo resolver o assunto, mas somente empobrecer as populações.

Já a redução de perdas de agua na rede é para fazer a conta-gotas! 

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

OLHÃO: AINDA A PONTE DA RUA 18 DE JUNHO

 

Como dissemos antes, ainda que necessária a obra, o timing escolhido, de grandes dificuldades para as pessoas e os milhões gastos para reduzir em poucos minutos uma deslocação na região, surgem duvidas fundamentadas sobre as consequências da electrificação da linha, pelo que competia à autarquia esclarecer as pessoas.
Mas eis que somos brindados com uma sessão de esclarecimento promovida pela empresa que vai executar a obra, sessão marcada para amanhã, dia 6 de Outubro, pelas 21:00 horas na Junta de Freguesia de Olhão. Ninguem colocou em causa os aspectos técnicos da obra mas sim a falta de informação por parte da câmara sobre o futuro.
De acordo com Regulamento das Passagens de Nivel, desde que haja uma passagem desnivelada a 700 metros, as passagens de nivel podem ser suprimidas, para segurança do atravessamento. Isso pode ser visto a partir da imagem que reproduzimos

É com base neste Regulamento que surgem as preocupações ou duvidas quanto às consequências da eletrificação da linha, o que vai permitir um aumento da velocidade das composições e diminuição do ruido, duvidas essas que devem ser esclarecidas pela autarquia, até porque é muito previsivel que a passagem da Avenida venha a ser suprimida.
Aliás tanto assim é que o encantador de cobras em presidente mandou elaborar um estudo para o atravessamento da linha na Avenida com recurso a elevadores, estudo esse que não saiu da gaveta. Acresce que outras passagens de nivel poderão vir a ser suprimidas.
Não pode nem deve ser a empresa a responder a estas duvidas ou preocupações mas sim a autarquia que sabe de tudo desde o inicio.  
E já se passarem oito anos desde o inicio deste folhetim sem fim à vista!

sábado, 1 de outubro de 2022

OLHÃO/ FUZETA: PONTES A DESTRUIR?

 O alerta foi dado por uma funcionária da companhia que realiza os transportes entre Faro e Olhão Posteriormente ficámos a saber que as obras de demolição da ponte na Rua 18 de Junho começam dia 10 de Outubro.

Ainda que a obra seja necessária e seja da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal, a verdade é que a câmara municipal de Olhão sabe de todo o projecto, até porque implica o encerramento de artérias ao transito e pedonal. Porquê o silencio? Talvez se perceba agora a criação da tal comissão municipal de transito.

Se o alerta foi dado a propósito da ponte da Rua 18 de Junho não podemos esquecer que na Fuzeta, que faz parte do concelho, existem outras duas pontes com caracteristicas semelhantes, só que ali não circulam autocarros, mas nem por isso menos importante.

Queremos acreditar que as obras a efectuar sejam temporárias e no lugar das pontes a destruir, irão surgir outras novas, com mais altura. Mas mesmo sendo temporárias elas vão alterar, sabe-se por quanto tempo, a circulação automovel e pedonal, obrigando as pessoas a terem de utilizar, como alternativa a Rua Almirante Reis ou a passagem de nivel da Avenida, o que em qualquer dos casos afectará de forma significativa o comercio da Rua 18 de Junho.

Sem termos a certeza do que se vai passar na Fuzeta, a demolirem as pontes, como é que os residentes na urbanizações a norte do caminho de ferro se deslocam para a Vila? E como vai ser a deslocação dos alunos residentes na Vila para a EB Dr. João Lucio?

Quere-nos parecer que o silêncio da câmara, a qual está por dentro dos meandros do processo, significa que vão surgir alterações que já vêm detrás. É que há a possibilidade de encerramento da passagem de nivel da Rua da Feira (Barraquinhas) e até mesmo o encerramento definitivo da passagem da Avenida.

Toas estas obras vão provocar uma grande alteração na circulação viária mas também pedonal, não se vislumbrando qualquer medida de protecção para as pessoas com mobilidade reduzida, quando o presidente enche a boca a falar de mobilidade porque a unica visão dele sobre esse assunto se resume a bicicletas e trotinetas.

Talvez ele ponha de parte o Mercedes e passe a andar de skate.

Cabe às pessoas questionarem o presidente sobre o futuro do concelho, sem esquecer que a Agregação de Juntas Moncarapacho/Fuzeta também deve ser chamada ao barulho porque parte do seu território vai ser afectado.

Quem pode ficar calado perante isto?