quinta-feira, 30 de abril de 2020

OLHÃO: AMBIENTE DE MERDA E PERSEGUIÇÃO A QUEM TRABALHA!

1 - A Câmara Municipal de Olhão, em mais uma das muitas acções de propaganda, vem anunciar o aniversario dos seus Mercados, destacando a preocupação com o ambiente, como se alguma a tivesse tido, como se pode ler em http://www.cm-olhao.pt/destaques2/2851-mercados-assinalam-104-anos-de-historia-a-pensar-no-ambiente.
Com tanta preocupação com o ambiente e o plástico, gostaríamos de saber porque razão o presidente da câmara utiliza sacos de rede de plástico nos seus viveiros de ostras. Ou será que aqueles sacos não libertam micropartículas que entram na cadeia alimentar das espécies marinhas?
Para alem dessa questão, temos a Câmara Municipal como a maior fonte de poluição da Ria Formosa e não se vê uma única medida para lhe por termo. Será realmente o ambiente uma preocupação da autarquia? Não!
Na lengalenga da Câmara, vê-se que quer acabar com a utilização dos sacos de plástico, pelo que vai distribuir 15.000 sacos de papel pelos operadores para embalar, entre outros, carne e peixe sem no entanto referir que tipo de papel vai utilizar e qual o seu preço, apenas referindo que se trata de uma grande investimento.
Todo o mundo sabe que a carne e o peixe libertam escorrências pelo que os sacos não podem ser de um papel qualquer. Para cumprir aquela função terão de ter na sua composição poliprolineo, uma substancia que vai impermeabilizar o papel, agravando os seus custos.
A oferta dos primeiros quinze mil sacos, serve para que os operadores não contestem, de momento, a sua utilização. Mas os seguintes com toda a certeza terão de ser pagos, pelo que seria interessante saber quanto custam os ditos sacos. É que estamos numa fase em que os operadores têm uma quebra acentuada nas suas receitas e aumentar os custos só pode agravar a situação.
Mas o presidente e seus muchachos é que sabem! Quero, posso e mando! Entretanto o ambiente de merda na Ria Formosa, continua!
2 - Uma outra noticia que nos merece referência, é a apreensão de duas toneladas de berbigão pela GNR, "por ter sido apanhado fora do período legalmente estabelecido", ou seja de noite! E porque é trabalho marítimo nocturno, está proibido! Ler em https://postal.pt/sociedade/2020-04-30-GNR-apreende-duas-toneladas-de-berbigao-capturado-ilegalmente-em-Olhao.
A questão que neste caso se coloca, é que as depuradoras têm de ter o marisco em seu poder durante a manhã para o poderem reencaminhar ao destino final. Se os mariscadores, não forem durante a noite, apanhar o berbigão dificilmente o entregarão nas melhores condições às depuradoras e estas poderão nem sequer o receber, porque deixar para o outro dia pode significar um grande prejuízo.
Claro que a GNR está cumprindo a sua função mas quem toma este tipo de decisões desconhece a realidade do mercado. Aliás, José Apolinário não tem a mais pequena noção do que são estas coisas mas o cartão do partido, garante-lhe a continuidade da sua actividade de profissional da politica, e só por isso se mantem no lugar que lhe destinaram. Só precisa de não levantar ondas contra o chefe da orquestra, o Costa!
Certo é, que fruto da incompetência de alguns, são os que mais precisam os eternos prejudicados. Cabe a estes últimos desenvolverem acções que obriguem os decisores a mudarem a decisão!
Lutem se quiserem obter a vitoria!

quarta-feira, 29 de abril de 2020

OLHÃO: A CÂMARA E A POLICIA MUNICIPAL

O nosso estimado presidente da câmara vive acima das suas posses, mas não tem qualquer importância porque os munícipes estão cá para pagar as vaidades e leviandades do artista.
A policia municipal não passava do papel e já estava dotada de viatura, não sabemos para que fim. Mas se não estava em funcionamento mal se compreende que desde logo fosse equipada com uma viatura e não tivesse havido a mesma preocupação com as respectivas instalações. 
A Câmara Municipal de Olhão adquiriu uma viatura para a divisão de policia municipal a 12-06-2019, dez meses antes desta entrar em funcionamento, tendo custado 12.886,18 euros mais IVA, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/705112. Se não ia entrar ao serviço porque razão se antecipa tanto esta aquisição? Para alguém andar a passear?
Não satisfeitos com isso, os donos da autarquia compraram mais uma viatura, desta feita a 07-04-2020, com o mesmo destino, policia municipal, no valor de 18.459,70euros + IVA, o que pode ser confirmado em http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=6475499. E vão duas!
Nestas coisas não há duas sem três e eis que se segue mais uma viatura, comprada a 28-04-2020, desta vez um todo o terreno, no valor de 32.291,96 euros, acrescidos de IVA, como se pode constatar em http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=6521384.
À parte dos valores gastos aquilo que nos desperta a atenção é o facto de a policia municipal ter três viaturas para oito agentes, algo que nos parece esquisito, desde logo porque se os agentes fizerem turnos (será que não os fazem?), dois só que sejam, são demasiados carros para tão pouco. 
É que para fiscalizar o estacionamento, certamente andarão a pé, não necessitando de qualquer carro; claro que têm outras funções com as violações urbanísticas mas aí a coisa pia muito fino porque só fiscalizarão aquilo que a câmara não permite deixando para trás as autorizações em violação dos regulamentos para beneficiar os amigos.
Mas a policia municipal destina-se a fiscalizar todo o concelho e porque uma boa parte dele, a maior é rural, precisam do todo o terreno.
Nós também pensamos que continuam a faltar mais alguma viaturas até cada agente ter a sua e até se for caso disso, para que estejam de serviço permanente, levar os carros para casa, como forma de responder a alguma emergência.
Não brinquem com o dinheiro do Povo! Tenham vergonha!

terça-feira, 28 de abril de 2020

OLHÃO: QUE MARAVILHA DE CONTRATO

1 - A câmara Municipal de Olhão contratualizou com a Carclasse a aquisição de uma ambulância para o serviço de bombeiros. Até aqui tudo bem, embora hajam algumas duvidas em torno do contrato, que pode ser lido em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/801524.
A Carclasse é do empresário Domingos Nevoa, um velho conhecido de grandes negociatas das Bragaparques. Quanto a isso já lá vamos.
A dita ambulância custa 74.700,00 euros, acrescidos de IVA, pelo que perfaz o total de 91.881,00 euros. Devido ao seu valor, esta ambulanica deve conter todo o equipamento porque de outra forma não faria sentido. Mas ainda assim, quando nos deslocamos a um stand de automóveis, normalmente o IVA faz parte do preço, o que não acontece no caso das compras da nossa câmara.
Por outro lado, questiona-se o porquê de uma compra em Braga e não mais perto, como em Lisboa onde estão sediadas as maiores empresas do ramo automóvel, já para não falar nas que existem no Algarve.
O que constatamos, e poderá ser uma simples coincidência, é a "aterragem" de tantos empresários daquela cidade no planeta Olhão. Que raio de mel tem a cidade?
Ao longo dos anos, Domingos Nevoa tem-se cruzado muito com autarcas socialistas e chegou agora a vez do de Olhão fazer parte do rol.
Que cada um pense o que quiser! É o país que temos!
2 - Aproveito ainda para um pequeno apontamento que não tem nada a ver com o assunto de cima, mas sim com o que decorre da pandemia.
Parece que já todos se aperceberam que para alem da crise sanitária temos ainda uma crise económica, que convida a uma alteração ou contenção de gastos por parte das entidades publicas, já que o dinheiro que usam, e abusam, são extorquidos ao cidadão anonimo através de taxas, impostos e outros meios de extorsão por parte do Estado seja ele a nível central, regional ou local. O cidadão é chamado a pagar tudo e mais alguma coisa quando está cada vez mais pobre.
É previsível que se assista a uma acentuada redução na venda de imoveis, principal fonte de receita dos municípios através do IMT. Se os municípios recebem menos, ou cortam nos custos ou aumentam as taxas e impostos, fazendo jus às palavras do Costa quando diz que despesas de hoje são impostos de amanhã.
Sendo assim, seria recomendável que os gastos do Estado, seja qual for o seu nível, se cingissem ao essencial evitando gastos supérfluos, muito habituais em Olhão.
Estamos a um ano de eleições autárquicas e sabemos bem como são canalizados dinheiros públicos para as campanhas de quem detem o Poder. o que vai requerer uma maior atenção por parte dos munícipes.
Olho vivo e pé leve!

segunda-feira, 27 de abril de 2020

OLHÃO: DINHEIROS QUE ERAM PARA O SERVIÇO PUBLICO PASSA PARA PRIVADOS!

No inicio do ano, a Agregação de Freguesias Moncarapacho/Fuzeta, denunciou o protocolo estabelecido com a Câmara Municipal de Olhão, porque esta ultima não quis actualizar os montantes estabelecidos há anos.
Uma das competências abrangidas pelo protocolo era a da manutenção dos espaços verdes, poda de arvores e desmatação e a câmara achava que o dinheiro que dava à Junta era mais que suficiente, embora tivesse feito algumas actualizações a outras Juntas.
Vem agora, a Câmara, contratar uma empresa privada para fazer aquele trabalho, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=6510524. 41.670,00 euros mais IVA, cerca de 51.000,00 euros que são assim transferidos de serviços públicos para privados.
Para alem desse contrato, a autarquia contratou vários trabalhadores para assistentes operacionais para o serviço de limpeza urbana da agregação de Juntas.
No entanto, a autarquia que criou em tempos uma empresa municipal para o ambiente e que deveria incluir estas funções, ou melhor dizendo, que as inclui, como se pode ver na área da Junta de Freguesia de Olhão. Quem anda nas ruas da cidade, sabe que são os trabalhadores da Ambiolhão que fazem aquele trabalho.
Entretanto chegam-nos relatos de na Fuzeta se vê a aglomeração de lixo nalgumas zonas, denotando uma certa ineficiência do serviço, o que vem demonstrar que a preocupação da edilidade não abrange todo o território do concelho por igual. Uma zonas são privilegiadas em detrimento de outras. Aliás dentro da própria cidade vimos isso, com as Avenidas e particularmente a 5 de Outubro, a receberem um tratamento diferente do resto.
Mas ainda que se situando na 5 de Outubro o Jardim Patrão Joaquim Lopes está ao abandono, com lixo e mais lixo. Será que os senhores da Ambiolhão não andam nas ruas da cidade? Então o que fizeram ao pessoal das roçadeiras para cortar a erva que cresce por tudo quanto são passeios? E o tractor com o herbicida?
Será que a Ambiolhão cumpre a sua função, ou já devia ter sido extinta?

domingo, 26 de abril de 2020

OLHÃO: A PANDEMIA E O FUTURO

1 - O sistema em que vivemos tenta fazer passar a ideia que não há lugar para as ideologias, quando elas são filosofias de vida em sociedade, umas defendendo mais os interesses económicos e outras com maior propensão para a defesa das pessoas como sendo o capital mais precioso.
Se olharmos para o passado mais remoto, vemos que o primeiro modo de produção assentava no regime tribal, onde tudo o que era produzido era distribuído pela comunidade, sem haver a intenção do lucro.
Daí para cá, alguns perceberam que podiam criar riqueza sem trabalhar mas à custa do trabalho de terceiros. A riqueza dava-lhes o poder de fazer leis de mercado e assim enriquecerem cada vez mais. Como a ganancia do homem não tem limites, necessitavam acumular a riqueza criada por quem trabalhava e para isso foram fazendo a acumulação capitalista, através da propriedade.
Sim, a propriedade é a forma de acumulação capitalista da riqueza!
A sociedade nem sempre foi assim  e pode ser diferente, para melhor, se a riqueza criada, o lucro, for melhor distribuído, criando não apenas melhores condições de trabalho mas também de vida para os trabalhadores.
Vejamos o seguinte vídeo:
Ainda que não concordando com a conclusão proposta porque apenas prevê a reforma do actual modelo, não deixa de ser interessante do ponto de vista da necessidade de alterar o modo de produção vigente.
2 - A pandemia que nos vem assolando, veio para ficar por mais optimistas que sejam as perspectivas dos detentores do Poder politico, e vai alterar de forma significativa as condições de vida das pessoas se estas não lutarem por melhores condições de vida.
Enquanto as elites politicas se entretêm a dirimir argumentos em torno da paternidade do Covid 19, trocando acusações, omitem que afinal quase todos os governos, senão todos, tinham conhecimento da forte probalidade de uma eventual pandemia, razão porque tinham a obrigação de assegurar os meios necessários para a combater. Sabe-se agora, a titulo de exemplo, que o governo inglês dela tomou e negligenciou os alertas. Como o governo inglês, quase todos os outros tiveram o mesmo tipo de atitude.
Certo é que enquanto houver um infectado no mundo, haverá sempre o risco de uma nova escalada, dado que a transmissão de um continente para outro está à distancia de menos de 24 horas. Levantar as medidas de contenção é a melhor forma de eternizar o problema.
Cremos no entanto que serão de manter o distanciamento e o uso de mascaras ou viseiras como forma de evitar a transmissão. Já os ajuntamentos devem ser controlados.
Obviamente que deve ser ampliado o programa de testes, e repeti-lo quantas vezes forem necessárias, até se ter a certeza de um controlo efectivo da pandemia.
Não será com o confinamento das pessoas em casa que resolverão o problema até porque os familiares poderão eles próprios, e sem conhecimento, que infectarão os mais velhos.
3 - Prepara-se o governo para transformar o Estado de Emergência em Estado de Calamidade, o que devia ter acontecido desde o inicio. A declaração do estado de emergência mostrou que, a pretexto do combate à pandemia, o objectivo era de facto a retirada de direitos aos trabalhadores, que não podiam  ou não deviam circular mas podiam trabalhar sem quaisquer medidas de protecção.
4 - Na ansia de proteger a actividade económica, pondo em risco a saúde dos trabalhadores, anuncia-se o regresso ao trabalho de forma faseada, embora os números de infectados e mortos continuem em alta; podiam até baixar mas a situação não está controlada, dizem os especialistas que são contrários à reabertura de serviços.
Assim, será natural que a pandemia perdure, como natural será ainda uma maior redução dos rendimentos dos trabalhadores, se estes não se dispuserem a lutar pelos seus direitos.
5 - Os trabalhadores têm de sair à rua e exigir uma mudança de politicas que salvaguardem a produção nacional, o emprego, uma efectiva protecção na saúde e na velhice, nem que para isso tenham de desobedecer à Lei.
LUTEM! 

sábado, 25 de abril de 2020

PORQUE HOJE É 25 DE ABRIL

Passados quarenta e seis anos sobre o golpe de estado militar que depôs o regime de Salazar e Caetano, que o Povo aproveitou para sair à rua e reclamar por Pão, Paz, Liberdade, Democracia e Independência Nacional. Parte desses pressupostos ficaram por realizar e nos casos em que foram alcançados, acabaram por ser paulatinamente reduzidos.
Quando se fala no Pão, estamos a falar de condições de vida da população portuguesa. Nos tempos que se seguiram à Revolução foi possível conseguir algumas melhorias, desde logo pela criação do salario mínimo nacional, então de três mil e trezentos escudo, que hoje é a base da grande maioria dos salários praticados. Naquela altura, alguns recebiam como salario pouco mais de mil escudos mensais e muitos nem salario fixo tinham, como era o caso das operarias conserveiras de Olhão.
O movimento sindical acabou por fazer prevalecer a contratação colectiva de trabalho mas passados estes anos, patrões e governos têm tido o cuidado de a destruir, chegando-se ao desplante de, invocando uma crise sanitária, se suspender os direitos sindicais e a aceitar despedimentos ilegais, como no caso dos estivadores do porto de Lisboa.
Foi criado o Serviço Nacional de Saúde que permitiu a todo o Povo português ter acesso a cuidados primários de saúde, mas com os mais diversos argumentos, como a crise financeira, vem sendo destruído, não o dotando dos meios técnicos, humanos e financeiros necessários ao seu normal funcionamento.
O 25 de Abril acabou com a guerra colonial onde morreram muitos jovens que serviram de carne para canhão, mas passados estes anos, assistimos ao envio de militares para teatros de guerra que não são nossos. O principio de Paz pelo qual se lutou foi completamente adulterado pela nova burguesia no Poder.
As Liberdades estão ameaçadas, bastando saber que o Poder, à pala de crise sanitária, pretende utilizar as novas tecnologias para controlar o cidadão sem se saber, ultrapassada que for a crise, quem ficará na posse dos dados. O controlo dos dados dos cidadãos são um atentado à Liberdade.
Quanto a outro grande objectivo da Revolução, a Democracia, está hoje amordaçada, com a imprensa a fazer o jogo do Poder politico, abafando ou ignorando as vozes discordantes. As novas tecnologias trouxeram as redes sociais  e com elas um espaço onde cada um podia emitir a sua opinião, mas até isso se tenta cortar. Sim, ainda se pode falar, mas quem se pronunciar contra o Poder politico será perseguido pelas mais variadas formas.
Um dos grandes objectivos era a Independência Nacional mas como todos sabemos, politicas económicas erradas, como a destruição do tecido produtivo e o elevado endividamento externo, nos colocam cada vez mais na dependência do exterior. Da desejada Independência Nacional passámos à dependência ou mendicidade do exterior.
Porque hoje é o 25 de Abril que nos abriu as portas da esperança por um mundo melhor, devemos comemorar, mas temos a obrigação de lutar pela reconquista de direitos entretanto sonegados sob pena de não fazer sentido tais comemorações. Passados estes anos, o 25 de Abril, voltou ás mãos da mesma classe que antes detinha o Poder. Foram eles os grandes beneficiários finais da Revolução!
Deixai que os políticos façam as sua comemorações no Parlamento mas cabe ao Povo sair à rua e aí demonstrar porque quer o 25 de Abril.
Lutem, se não quiserem ser escravizados!

sexta-feira, 24 de abril de 2020

OLHÃO: DEMOCRACIA E BUFARIA

1 - Decorria a campanha eleitoral para as eleições Europeias quando o presidente da Ambiolhão, da Câmara Municipal de Olhão e  agora também da AMAL, resolveu dar um aumento (e bem) aos assistentes operacionais da empresa municipal, dizendo no entanto que não estava obrigado a fazê-lo.
Aproveitou a deixa e fez eco disso no site da empresa municipal violando os princípios de neutralidade e imparcialidade que as entidades publicas, nas quais se incluem as empresas municipais.
Por tal facto foi denunciado junto da Comissão Nacional de Eleições que elaborou o texto acima, reconhecendo estar em risco os deveres de neutralidade e imparcialidade, uma forma simpática de branquear a actuação da Ambiolhão, ou seja do Pina.
Esta notificação surge num momento em que se comemora a conquista da Liberdade e da Democracia, como resultado do 25 de Abril e vem mostrar a forma como elas são encaradas pelo Poder politico.
No Parecer nº I - CNE/2020/68, ponto nº 30, diz-se que a "violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade consubstancia o crime previsto e punível pelo artigo 129 da Lei 14/79, de 16 de Maio.
Então e sendo assim, porque não manda para o Ministério Publico? 
A forma como o cidadão é tratado pelas instituições do Estado, apelidadas de independentes, não são mais que um meio para enganar o cidadão anonimo, violando elas próprias os deveres de neutralidade e imparcialidade, não dando seguimento às queixas apresentadas.
Por outras palavras, pode dizer-se que esta democracia está amordaçada pelo Estado. Tudo por eles nada contra eles!
2 - Para aqueles que viveram e experienciaram o que foi o regime anterior, com a policia politica a prender pessoas sem terem cometido qualquer outro delito que não o de pensar, e muitas vezes nem isso, sabem que naquele tempo, o regime tinha uma teia de informadores, os chamados bufos que apontavam o dedo àqueles que ousavam pensar de uma forma diferente.
As novas gerações não conheceram isso e como tal não valorizam tanto a liberdade e a democracia. Pensam eles que sempre foi assim, mas estão enganados.
Assim, e agora a propósito do Covid 19, é fácil vê-los a denunciar as pessoas mas são incapazes de denunciar os crimes dos titulares de cargos políticos ou de altos cargos públicos. Estão a pôr-se a jeito para integrarem serviços de informação do Estado, denunciando até as famílias. Não tenhamos duvidas que a pandemia veio trazer para a luz do dia uma nova vaga de bufos.
Se as pessoas se juntam em violação das regras de distanciamento, cabe ás policias fazerem o seu trabalho; se as pessoas não usam as mascaras que deviam não têm de ser denunciadas enquanto o Estado não assegurar o abastecimento do mercado e fornecer mesmo àqueles que não t~em dinheiro para as comprar.
Se querem denunciar, façam-no por exemplo quando a Câmara promove ajuntamentos para distribuir os sacos de comida, sem ter em conta o distanciamento e a utilização de luvas. Quem não tem dinheiro para comer, não tem dinheiro para comprar luvas!
Tal como no passado é preciso acabar com a bufaria. Chega de chibos!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

ALGARVE E AS VISITAS MINISTERIAIS DA PANDEMIA

O Sotavento algarvio foi ontem visitado pelo ministro da administração interna, um tal de Cabrita, na companhia do traste Apolinário e dos presidentes das Câmaras Municipais de Tavira e Olhão.
O objectivo desta visita prende-se com os migrantes que trabalham numa exploração agricola, em que na maioria dos casos, os trabalhadores são precários, contratados através de uma empresa de trabalho temporário e que vivem em condições pouco dignas. A mesma empresa que tem explorações em Tavira e Olhão e é fornecedora de serviços para esta autarquia.
É evidente que o ministro está cagando para as condições de vida de quem trabalha, apenas o preocupando o facto de eles poderem ser um potencial foco de contaminação do Covid 19, como se o perigo não fosse mesmo provocado pelas condições em que vivem.
À semelhança do que aconteceu com os refugiados instalados num hostel de Lisboa em que estavam cento e tal hospedes para pouco mais de trinta quartos, também os migrantes que trabalham na agricultura vivem em barracões, onde se amontoam, utilizando os mesmos instrumentos, respirando o mesmo ar e sem condições algumas. Para isso não há policia, porque os novos escravos é para isso que servem; trabalhar e pagar-lhes o mínimo possível.
Também o ministro do ambiente deveria visitar estas explorações para verificar o destino dado às caldas que utilizam na fertilização da produção, a maioria de frutos vermelhos. Porque na zona de Estiramantens, um vizinho dessa exploração há anos que vem denunciando a possível contaminação dos lençóis freáticos. Um dia, fomos visitar o sitio e a calda corria para a estrada.
Quando a anedota em ministra da agricultura, a mesma que via na pandemia uma grande oportunidade de negocio para onde pretendia enviar a carne de porco, pretende colocar as pessoas que estão em lay off a trabalhar na agricultura não deve saber do que se trata. É que estas explorações são feitas em estufas, com elevadas temperaturas no seu interior e o vapor da fertilização, susceptivel de provocar intoxicações por inalação. Mas como se trata de economia e essa está acima da saúde, também não faz mal.
No fundo, todos eles estão cagando para a saúde do Povo trabalhador, o problema deles é o Covid 19 pode bater-lhes á porta directa ou indirectamente.
Alguem de bom senso acredita que estejam preocupados com estes migrantes? Porque não mandam verificar o que se passa em todos os locais onde existem grandes concentrações de nepaleses?
Já o idiota do costume vem dizer para os migrantes não irem juntos para os supermercados, mas na Bela Olhão, para fazer a distribuição de alimentos, que não são dados pela Câmara, podem estar todos ao molhe e fé em Deus, sem mascaras que não faz mal nenhum. Então se quer ser tão benevolente, e já que as pessoas se não têm dinheiro para a comida também não terão para comprar mascaras, porque não as oferece o município?
Um tretas, este presidente!

quarta-feira, 22 de abril de 2020

OLHÃO: QUE NEGOCIO MAIS ESQUISITO OU SUJO

1 - Faz neste verão, três anos que o presidente da câmara municipal de Olhão, em campanha eleitoral que iria dar inicio ao processo de construção de fogos a custos controlados para jovens. Três anos e nada feito!
Mas muita coisa se alterou daí para cá, como por exemplo a delegação de competências da administração central para os municípios em matéria de imobiliário do Estado sem utilização. E nesse caso, está o prédio em frente ao Auditório Municipal que era pertença da Marinha, que não foi concluído e que a autarquia podia, se tivesse vontade politica, recuperar e destina-lo aos potenciais interessados, que não seriam poucos. Mas tudo leva a crer que o interesse é mesmo virar aquilo para construção de luxo, com destino a forasteiros e os jovens de Olhão que esperem até ser reencaminhados para detrás do cerro.  Não pode é a autarquia dizer que não tem condições! Digam antes que não querem!
2 - Sabemos que houve um comprador interessado no espaço traseiro da antiga garagem Restauração, ali ao lado da ex - Funerária Paulo Leitão, cujo acesso se faz por uma rua muito estreita e sinuosa, o que não desmotivava em levar ali a cabo um projecto imobiliário.
O presidente da câmara, aconselhado não se sabe por quem, meteu-se ao barulho e aparece como comprador para instalar um parque de estacionamento onde não caberiam mais de dez carros, o que a concretizar-se. seria um péssimo negocio.
Mas eis, que o presidente e o seu conselheiro, chegaram à conclusão que ficaria melhor fazer um projecto de construção a custos controlados. Mais um, sem ter concretizado o primeiro!
Para tal, nada melhor que desencadear uma acção em Tribunal para exercer o direito de opção, só que o fizeram no tribunal errado, já que não tinha competência para julgar o caso. Nova acção virá e o tempo a passar!
Á primeira vista, a sensação que fica é que há algum anticorpo contra o comprador, impedindo-o de realizar o projecto.
3 - O imóvel que se vê na imagem, foi doado à Santa Casa da Misericordia por dois irmãos na condição de ele se destinar a um fim especifico, pelo que não seria alienável, em principio. Mas na traseira do edifício há um quintal que liga com o espaço da ex- garagem Restauração.
Diga-se que para alem da antiguidade do edifício, foi ali que funcionaram os primeiros Correios de Olhão, estando situado na faixa de protecção da Igreja Matriz, um edifício classificado.
O Pina e o conselheiro concluíram que seria uma optima oportunidade, comprar o edifício para completar o tal projecto de habitação a custos controlados.
Se a Santa Casa, no cumprimento da escritura de doação, está impedida de alienar o imóvel, só será possível adquiri-lo através de expropriação por utilidade publica, que terá de ser fundamentada.
Se alguém pensou   em fazer um negocio da china com aqueles terrenos, desengane-se, a não ser que seja algum negocio muito escuro!
4 - Já temos três hipotéticas situações para a construção a custos controlados e nenhuma anda para a frente. Os jovens que esperem até chegarem à terceira idade e fiquem em casa por caus do corona vírus.
Acontece que a Câmara Municipal de Olhão é proprietária dos terrenos do Loteamento do porto de Recreio, entretanto aprovado. Se a autarquia tem assim tanto interesse em resolver o problema da habitação para os jovens, porque não começa a construir nos lotes a norte do antigo Matadouro Municipal. Ou será que os jovens de Olhão não merecem viver naquela zona? Porque tem aquele espaço de se destinar a segunda habitação quando não há casas para primeira? A CMO é uma autarquia ou uma agencia imobiliária?
5 - Que a Câmara Municipal, pelas pessoas eleitas e seus conselheiros, perseguem de quem não gostam, já sabíamos, mas que chegassem a este ponto é que não!
TENHAM VERGONHA!  

terça-feira, 21 de abril de 2020

OLHÃO: LIXO ZERO OU LIXO SEM?


As imagens reportam o estado das ilhas ecológicas junto ao Auditório Municipal e aos Correios. Faltam ainda os que existem e estão na mesma situação na Rua Almirante Reis. Todos eles à espera da "inauguração", talvez para o dia de Olhão.
Entretanto já se passou um ano desde que começaram a escavacar aquilo; numa primeira fase levaram com os buracos abertos durantes meses a fazerem de piscinas; depois puseram as tampas e mais meses se passaram até colocar os funis; e agora falta quem os inaugure! Talvez venha o Apolinário!
Para uma empresa que aposta no slogan de Lixo Zero, com direito a contratos de consultores e de propagandistas, não parece que estejam muito interessados em manter a cidade limpa. Não muito longe de qualquer destes pontos, estão os antigos contentores que tresandam, apesar de vez em quando serem lavados no local.
Também já deu para perceber que a empresa municipal do lixo, não quer lavar as ruas e menos ainda desinfecta-las, e por isso não importa que na recolha do lixo dos contentores fiquem as ruas cheias de gordura e de lixiviados. Uma cidade limpa? Só na imaginação deles!
Ainda compreendo que não aparem a "relva" que as ruas da cidade veem crescer espontaneamente, graças à rega da chuva. Ainda há quem diga que não espaços verdes em Olhão, quando quase todas as ruas os têm!
Pelos vistos, as consultorias os propagandistas e tudo o mais em que a empresa municipal gasta o dinheiro dos munícipes não resulta. Talvez devam contratar a empresa a que estava ligado o ministro do ambiente, Matos Fernandes!
LIXO SEM...RUMO!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

ALGARVE EM MODO DE COVID 19 FAZEM-SE CONTRATOS ESQUISITOS

Ainda que decorrente de um concurso publico foi publicado parcialmente a contratação de duas empresas pelas Câmaras do designado Algarve Central, pouco central mas foi assim que foi batizado.
Constituem o Algarve Central, as autarquias de Albufeira, Loulé, Faro, Olhão e Tavira. Mais um pouco e acrescentavam Ayamonte!
De notar, que a contratação por parte das Câmaras Municipais de Faro e Tavira ainda não foi publicada.
Estas cinco câmaras, com alguns dias de diferença procederam à contratação de serviços especializados na área de direcção, produção e conteúdos artísticos no âmbito do projecto Promoção Turistica e Eventos Culturais - Algarve Central, pela modica quantia de 64.000,00 euros mais IVA, num total de 320.000,00 euros, por cada autarquia, para um período de 460 dias, pouco mais de quinze meses, o que pode ser confirmado em http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=6494588.
Independente dos números apresentados, parece-nos que esta contratação deveria ter sido suspensa porque no imediato e nos tempos mais próximos, as aglomerações de pessoas devem ser evitados, não se vendo onde, quando e como vão realizar os tais eventos artístico/culturais.
Quando as autarquias vêm mandar o recato social, o "fique em casa",  é completamente despropositado estará a proceder-se à contratação de serviços que vão contra aquilo que vêm propondo. E pior ainda, quando se sabe que a maioria dos eventos desse tipo serão os últimos a regressar à normalidade, ou seja não será para se realizar tão cedo.
Claro que o relógio do tempo está em andamento e os dias vão se passando e sem fazer nada de visível, estas empresas já têm assegurado os trezentos e vinte mil euros. Não se trata de um subsidio, mas que as empresas não ficam mal, lá isso não ficam! É pena, mas estes gajos a mim não me arranjam um contro destes e eu também tenho direito a nada fazer e receber, ou é só para os amigos?
Para alem disso, quem é o destinatário desta promoção turística? Para os residentes não é com certeza, embora alguns possam vir a beneficiar dela.
Pergunta-se, e então porque razão a Câmara Municipal de Olhão suspendeu o Festival de Marisco e depois assina um contrato destes? Queixam-se as autarquias da falta de dinheiro mas depois gastam-no assim. Será que as autarquias têm dinheiro a mais? Ou tornou-se demasiado fácil ir aos bolsos dos munícipes?
Em tempos de Covid 19 e a fazerem-se contratos destes é um bocado esquisito!

domingo, 19 de abril de 2020

OLHÃO: NÃO HÁ DINHEIRO PARA APOIO SOCIAL MAS HÁ PARA ESBANJAR!

É em plena crise sanitária que a Ambiolhão resolve proceder à renovação de um contrato que mais não é do que garantir um bom ordenado a um camarada, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/799714.
Cancelados eventos que eram da responsabilidade da Ambiolhão como a Semana do Ambiente e do Bébé, onde poupou milhares de euros, sem abdicar, no mínimo das taxas fixas na factura da agua, sem dar qualquer apoio aos mais carenciados, eis que resolve abrir os cordões à bolsa e "doar" 67.390,00 euros.
É verdade. Depois de um primeiro contrato no valor de 70.800,00 euros, com inicio em Janeiro de 2018 e fim em Janeiro de 2020, por ajuste directo, segue-se um novo por mais 67.390,00 euros, com inicio em Abril do corrente ano, por vinte e três meses, desta vez por consulta prévia mas sem qualquer outro convidado quando a Lei diz que no procedimento de consulta prévia devem ser consultadas no mínimo três entidades.
E qual o objecto deste contrato? Consultoria de gestão! Quem é o feliz contemplado? Um ex-deputado municipal do partido dito socialista, como não podia deixar de ser!
Com o País a entrar numa situação de agravamento das condições de vida da população em geral, fruto do desemprego e da redução da actividade económica, do aproveitamento da declaração do Estado de Emergência para muitas empresas procederem até a despedimentos ilegais. as entidades publicas deveriam ter um cuidado maior na celebração de certos contratos.
Não faz sentido mandarem as pessoas apertar o cinto quando esbanjam o dinheiro que nos sacam através de taxas e mais taxas. Se atentarmos nos contratos de consultoria e outros de teor semelhante, que o grupo Câmara Municipal de Olhão, do qual é parte integrante a Ambiolhão, tem celebrado, bem podiam aliviar o saque fazem ao Povo de Olhão.
Já agora, quando se paga quase cento e quarenta mil euros para uma consultoria que não consegue arranjar uma solução para acabar com os esgotos directos para a Ria, está quase tudo dito.
A politica deve ser feita na base de princípios e valores; quando se faz politica com base na amiguismo, no favorecimento, as pessoas deixam de acreditar nos políticos e na democracia.
Cuidem-se! 

sábado, 18 de abril de 2020

UM GOVERNO DE TRAPALHÕES!

1 - Muitas têm sido as contradições apresentadas nos discursos das responsáveis pela saúde, seja a ministra ou a directora geral de saúde. Não significa isto que não reconheçamos a capacidade técnica da directora, mas a subordinação politica tem destas coisas. Se não concorda só tem que dar o murro na mesa e ir-se embora; o Costa que arranje outra pessoa!
2 - A ministra da cultura avançou para um concerto televisivo, contratando alguns artistas aos quais iria pagar um milhão de euros. Perante a contestação generalizada acabou por dar o dito por não dito, embora tenha de os indemnizar. Será que o concerto era para dar de ganhar aos artistas, em momento de crise, ou antes seria uma forma encapotada de dar um subsidio à estação televisiva que o ia transmitir?
O tempo em televisão tem um preço muito elevado e sendo o Estado, todos nós, a pagar são as entidades emissoras as grandes beneficiarias.
Não lhes basta a intoxicação diária com publicidade onde arrecadam os milhões com que pagam salários pornográficos por programas de merda.
3 - Porque sem querer falamos na publicidade e subsídios, lembramos que o Poder da comunicação social é tão grande que o nosso primeiro ministro faz questão de "comprar" quinze milhões de publicidade nos diversos meios de comunicação. Não, não se trata de um subsidio, mas é o que parece ou sê-lo-á de forma encapotada.
Então e todos os pequenos comerciantes que ficaram de fora de qualquer protecção estatal, sem qualquer apoio ou subsidio não têm direito a nada?
4 - Na área da defesa, as coisas não vão melhor. Agora pretendem, também de forma encapotada, arranjar uma reserva militar, uma espécie de serviço militar obrigatório, para uma eventualidade futura. Não dizem é que no passado se lutou para acabar com a guerra nas ex-colónias e que agora se mandam mercenários para guerras que nada têm a ver connosco. Atenção que os chamados "voluntários" para tais guerras não vão ganhando o salario mínimo nacional como a maioria dos trabalhadores portugueses.
Ou será que, depois da crise sanitária e económica. já se prevê alguma grande  acção militar? Bom seria caso para dizer que se não morrermos do vírus ou da fome, temos a alternativa de morrer numa guerra, que não é nossa!
5 - No campo da agricultura, a titular da pasta, encarou a crise sanitária como uma forma de vender carne de porco para a China. Pensou nos negócios mas não na saúde. Porque não foi ou vai ela para a China? Talvez fizesse mais falta do que aqui!
6 - A chamada União Europeia que não mostrou grandes preocupações e ainda menos solidariedade com a pandemia, vem agora mandar recados que o governo, por falta de originalidade, manda executar. A falta de comunicação que houve antes e durante a pandemia, surge agora para recomendar que o regresso à normalidade deve ser feito com cautelas, e que os eventos com grandes concentrações de massas, como os festivais e concertos devem ser os últimos a regressar, como se pode ver em https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/covid-19-uniao-europeia-recomenda-que-festivais-e-concertos-sejam-os-ultimos-a-regressar. E o Costa ajoelhou!
7 - Depois de ter garantido que não haveria austeridade, mandou o seu braço direito, o ministro da pouca economia, declarar que as despesas do Estado hoje, são os impostos para amanhã. Não diz é qual a dimensão do desastre, nem mesmo depois dos abutres das agencias de notação mandar a divida da banca para o lixo.
E mais uma vez, os portugueses vão pagar as leviandades bancarias, empresariais e governativas.
Seria bom que os portugueses questionassem o governo para que servem as reservas de ouro. É que ainda temos 382,5 toneladas de ouro, o que equivalente a 20.000 milhões de euros.
Como há pouca gente confiável no País, apenas uma parte desse ouro se encontra cá no Complexo do Carregado. O restante está guardado no Banco de Inglaterra, na Reserva Federal Americana e no Banco Internacional de Pagamentos.
Até quando vamos ter de suportar estes bandos parasitários que têm governado o País, mais aqueles que se preparam para se juntar à mesa da gamela ?

sexta-feira, 17 de abril de 2020

OLHÃO: QUE APOIOS PARA A PESCA APEADA?

Na semana passada, fomos brindados, através da comunicação social regional, que o secretario de estado das pescas havia recusado dar qualquer apoio aos viveiristas e mariscadores. Não admira que seja mais papista que o papa!
Enquanto os nossos deputados, todos eles, parecem navegar em piloto automático, os nossos vizinhos espanhois não se fizeram rogados, exigindo da dita União Europeia os apoios necessários para sectores como a apanha de marisco apeado, como se pode ver em http://www.mispeces.com/nav/actualidad/noticias/noticia-detalle/Europa-acepta-incluir-al-marisqueo-a-pie-en-las-ayudas-del-Fondo-a-la-actividad-pesquera-y-acucola/#.Xpl0YMhKjIW.
Nuestros hermanos fizeram aprovar dois tipos de apoios, um a titulo de ajuda e outro pela cessação temporária ou ajuda em caso de cessação completa da actividade, por causa do corona vírus.
Infelizmente temos os governantes que temos, subservientes a uma união que só o é de nome e para alguns fins nem sempre os mais recomendáveis.
Neste momento, as autoridades com função de policia na Ria Formosa, perseguem os viveiristas e mariscadores, impedindo-os de trabalhar, invocando o Estado de Emergência resultante da crise sanitária do Covid 19, sem que quem tome esse tipo de decisões se questionasse como é que os profissionais da aquacultura iriam viver.
Em regra, no seu trabalho, os viveiristas/mariscadores mantêm uma distancia de quarenta a cinquenta metros, quando não mais, uns dos outros mas se percebendo como estão a violar a medida de distanciamento social, sendo esta uma das actividades que se poderia considerar essencial, por se tratar de um género alimentar.
Por outro lado, com os restaurantes fechados, a quebra da facturação é demasiado elevada, sendo que só alguns terão fundo de maneio para se manterem.
Nisto podemos e devemos esclarecer que cabe ao presidente da câmara e presidente da AMAL, enquanto representante de quem o elegeu, em defesa dos seus eleitores, propor ao governo os apoios necessários para os profissionais que vivem destas actividades. E logo ele, que tanto gota de se exibir nas visitas que faz, alimentando a vaidade e promoção politica, mas que não é capaz de criar, ou propor medidas de apoio.
Ele que é um dos grandes responsáveis pela poluição que mata o marisco e que já levou à desclassificação da maior zona de produção de bivalves.
Está de férias? Desconhece o problema? Ou é mais lambe botas do governo?

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Covid-19 - A crise prenunciada



https://www.facebook.com/ContrapoderBr/videos/1468800199946920/UzpfSTI2NjEyMDQxNjgzOTU2MDoyNzgxNTM3NzY4NjMxMTMz/

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quarta-feira, 15 de abril de 2020

OLHÃO: A PANDEMIA E A CRISE ECONÓMICA

1 - A pandemia de Covid 19 não traz apenas uma crise sanitária, sendo consequência de uma grave crise económica e financeira.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou a previsão de uma quebra do PIB nacional de 8% e de desemprego na ordem dos 14%, números que o ministro da economia deu com prováveis. Com uma quebra tão elevada do PIB, em termos percentuais a divida vai aumentar substancialmente, podendo atingir os 150%.
Para alem da quebra do PIB temos a registar o endividamento do País para fazer à crise sanitária e para a recuperação da economia.
Neste contexto, o rácio da divida em função do PIB, poderá remete-la novamente para a condição de lixo e levar a uma intervenção de uma nova troika se o BCE não comprar parte da divida.
Tudo se conjuga para o aumento da austeridade, que nunca deixou de haver, atingindo de forma desigual o Povo português.
Com a carga fiscal em alta e rendimentos baixos muito dificilmente as pessoas vão poder suportar o que aí vem.
Quando a presidente da Comissão Europeia vem dizer que Portugal tem quatro problemas graves para resolver, entre eles a função publica, a saúde, as pensões e a fragilidade do sector financeiro, está a indicar ao governo qual o caminho a seguir, ou seja cortes e mais cortes.
Porque o sector financeiro está fragilizado não pode ser tocado, quando muito o Estado terá de o apoiar ainda mais, não bastando os vinte mil milhões que ainda lá moram, com os otários a pagar.
2 - A maioria das pessoas parece ter uma memória curta e já se esqueceram das gorduras do Estado, a quantidade de Observatórios, Fundações, Institutos e outros organismos que nem dá para perceber qual a sua razão de existir senão servirem de albergue para os detentores do cartão do partido.
Nas reformas douradas e ou milionárias ninguém ousará mexer porque os seus beneficiários fazem parte da elite que tomou conta do País, independente do "clube" em que jogam.
Nas mordomias da classe politica não se mexe porque eles são decisores em causa própria, capazes de se aumentarem a si próprios enquanto tiram rendimentos aos mais carenciados.
Fixar um tecto aos salários públicos e privados e às reformas está fora de questão porque os principais beneficiários estão ligados à classe politica.
Sendo assim, quem vai pagar a crise?
3 - Com o desemprego a aumentar para níveis muito elevados, a acrescentar aos muitos que já existiam debaixo de números martelados, a uma mais que provável quebra da produtividade (quantidade de trabalho num determinado período de tempo), resultante da aplicação dos meios de protecção, tudo se conjuga para uma quebra ainda mais acentuada do rendimento dos portugueses.
O patronato é que não pode deixar de ter os seus lucros, pelo que usará (já está usando) a crise sanitária para despedimentos ilegais, cujo exemplo mais flagrante são os estivadores do porto de Lisboa.
Depois do ensino à distancia, o governo não vai aproveitar a boleia para proceder a despedimentos de professores? Depois do teletrabalho não ficarão muitos em casa com contratos precários? Que futuro para o mundo do trabalho?
4 - Por mais que o nosso primeiro-ministro venha dizer que não vai haver austeridade, ela não deixará de nos ser imposta. Falta saber como vai o Povo reagir!
Isto coloca uma outra questão, que está relacionada com todos aqueles que agora defendem a presença musculada das forças de segurança e de defesa nas ruas para pôr na ordem os infractores ao Estado de Emergência, mas que depois disso vão levar com o bastão policial quando saírem à rua para contestar as medidas a aplicar. Será que nessa altura também vão defender o estado policial?
5 - O Serviço Nacional de Saúde tem sido vitima de anos de desinvestimento em meios técnicos, humanos e financeiros, com salários muito abaixo das responsabilidades que são exigidas aos seus trabalhadores. Não basta chamar-lhes de heróis, dar-lhes umas palmadinhas nas costas, mas dar-lhes condições de trabalho e de vida dignas de quem se esforça para nos dar vida. Outras profissões com menos riscos, são muito melhor remuneradas. Assim não vamos lá e pior será se forem outra vez, vitimas de cortes.
Não estando bem, é o SNS quem nos acode nesta pandemia, mas parece que é necessário mata-lo de vez!
6 - Os reformados vão ver as suas pensões amputadas ou estagnadas? E depois vão viver do quê?
Os trabalhadores deste País têm que pensar em organizar-se já, para que quando começar a surgir o aumento da austeridade dar uma resposta efectiva à crise que aí vem.
O País precisa de uma mudança de outras politicas que não as de austeridade. Retomar o sector produtivo, destruído sob as orientações da UE!
Organizem-se e lutem!  

terça-feira, 14 de abril de 2020

OLHÃO: MASCARA SIM, MASCARA NÃO!

A Direcção Geral de Saúde e a ministra habituaram-nos a que aquilo que hoje é verdade seja mentira amanhã.
No Portal do Governo podia ler-se https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/documento?i=recomendacoes-da-dgs-sobre-coronaviruscovid-19-recommendations-on-coronaviruscovid-19, que não estava indicado o uso de mascaras excepto para as pessoas que tivessem problemas respiratórios (tosse e espirros), suspeitos de infecção por Covid 19 ou pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infecção com o Covid 19. Esta é mais uma daquela contradições a que as nossas entidades responsáveis pela gestão da crise nos habituaram. Num dia diz-se que não é preciso para no outro dizer que afinal faz falta.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e não é por acaso que assim acontece. A primeira questão que se coloca quanto à utilização de mascaras não cirúrgicas, é que elas não protegem o seu portador mas terceiros. Ou seja, eu posso utilizar a mascara mas não estou protegido! E quem me protege a mim?
Não foi por acaso que foi tomada esta decisão tanto a nível interno como externo. A pressão dos agentes económicos sobre os governos, levaram a que estes se decidissem pelo regresso à normalidade porque todos anseiam, mas uma normalidade que vai alimentar a pandemia por mais tempo.
No fundo o que está em causa é o regresso ao trabalho, sem que esteja assegurada devidamente a protecção dos trabalhadores, mas garantindo o património e a carteira do patrão. Diga-se que desde o inicio das restrições que os representantes das grandes empresas logo se apressaram a pedir apoios do Estado mesmo que tenham a sua sede fiscal em paraísos fiscais para onde escondem os lucros. Coitados, estão mesmo necessitados!
Quem não está necessitado é o trabalhador por conta de outrem, entretanto despedido, nalguns casos ilegalmente, ou com salários em atraso, tudo que o governo permitiu.
Qual será a nova contradição?

segunda-feira, 13 de abril de 2020

OLHÃO: PANDEMIA E CARIDADE!

1 - Não há duvida que os nossos políticos têm mais vocação para a promoção da caridade do que procurar soluções no quadro institucional, como se pode ver pela imagem acima. Que o altruísmo destes senhores não se esgotasse no momentâneo e perdurasse.
Já o dissemos varias vezes, em anos que não fazia tanto sentido, a Câmara Municipal de Olhão gastava 140.000,00 euros anuais para a compra de sacos de comida que distribuía pelos mais carenciados, sem nunca ter deixado de organizar os seus habituais eventos, como a Feira do Livro, a Semana da Criança e do Ambiente ou o famosos Festival de Marisco, que no seu conjunto orçavam em cerca de 500.000,00 euros. Ou seja, a Câmara Municipal de Olhão bem que podia, na actual situação, gastar o dobro ou mais, para assegurar que os mais carenciados não passavam fome.
Era isso que os ex e actuais políticos no activo deveriam pressionar a autarquia a fazer, distribuindo os sacos através das IPSS.
2 - Como é do conhecimento geral, os viveiristas e mariscadores estão impedidos de fazer a sua habitual maré que lhes garantia o alimento e sustento. Embora alguns tenham um pé de meia para fazer face a um imprevisto, muitos são aqueles que nada têm.
Nem o facto de estarem impedidos de trabalhar por razões de saúde publica lhes assegura o direito ao fundo de compensação da pesca, quando isso devia ser um direito. Infelizmente, temos um secretario de estado das pescas, e agora também coordenador de combate ao Covid 19, natural de Olhão, que vê o pessoal da pesca com algum desdém.
Há por aí algumas pessoas que dirão que muitos deles não apresentam números, descontos ou facturação, mas que ao mesmo tempo ignoram, ou fingem ignorar, o sistema de exploração a que este pessoal está sujeito. Quando chegam às depuradoras e lhes dizem que não querem o marisco apanhado, mas que se deixarem por metade do preço, o comprador faz o "favor" de comprar. Compram ao preço da agua e vendem ao preço do ouro!
Mas mesmo que assim fosse, o que há mais neste País é economia paralela e também ela ajuda, porque embora não pagando alguns impostos acabam por consumir, fazendo circular o dinheiro.
Que se saiba nenhum deles tem dinheiro em off-shores, enquanto alguns senhores ligados ao Poder politico tem milhões escondidos para fugir ao fisco. Desses ninguém fala!
3 - Sim, há pessoas que neste momento precisam de ajuda, mas de uma ajuda institucional e não de esmolas, de uma caridade que as envergonha e humilha. Deixem-se de merdas e utilizem as suas capacidades de influenciar, para que o Poder politico tome as medidas que deve tomar nesta situação.
Quando a Briza, a quem foi perdoado 125 milhões de impostos, requer do Estado uma indemnização por quebra das receitas de portagens; quando o Estado injecta dezenas de milhares de milhões na banca que todos estamos a pagar; quando os hoteleiros e outros sectores da actividade económica  levaram anos a arrecadar lucros e a distribuir dividendos requerem os apoios do Estado, quem se lembra daqueles que trabalham?
Não há um apoio a quem não trabalha por impedimento decretado. Onde está a protecção social destas pessoas? Do direito à caridade, uma distancia tão curta!

domingo, 12 de abril de 2020

OLHÃO: A PANDEMIA E O APROVEITAMENTO POLITICO

1 - Nunca antes, assistimos aos órgãos de comunicação social a dar tanta voz ou imagem ao presidente da câmara municipal de Olhão e também presidente da AMAL. Será que antes não havia a AMAL? Ou alguém está a ser levado ao colo?
Como se aquilo não bastasse, vemos que o presidente da câmara de Olhão, se rodeou de uma equipa de filmagem para fazer publicidade ou aproveitamento politico de uma situação tão melindrosa quanto a pandemia.
Como se pode ver em https://www.facebook.com/antoniomiguelventurapina/videos/1122993874734160/?t=135, o presidente está a ser entrevistado pela SIC, via Skipe, mas tem a sua própria brigada a filma-lo enquanto é entrevistado. Não lhe bastava a entrevista senão ainda isto. Mas não se fica por aqui.
Também em https://www.facebook.com/cmolhao/videos/940162866453654/?t=61, mais do mesmo. Não se tratam de imagens televisivas mas do aparelho de propaganda da autarquia. 
Ou aqui https://www.facebook.com/ambiolhao/videos/233972317976461/?t=8. Num dia chama-lhes heróis e noutro manda-os às urtigas, dependendo da sua atitude de subserviência.
Que o presidente dê a informação sobre a situação da pandemia no concelho, ou na região enquanto presidente da AMAL, tudo bem, mas usar a pandemia para auto-promoção já é de péssimo mau gosto.
2 - No entanto e na qualidade de presidente da AMAL nada diz sobre a contradição dos números, enquanto outros autarcas do País vêm reclamando e que já originou algumas alterações por parte da ministra Temido ou da Graça da DGS (saúde) que não de segurança. 
O estado está organizado tipo piramide, com três níveis de organismos, o local, regional e nacional, não havendo outra desfasamento para os números senão os da falta de organização ou orientação.
Tomemos como exemplo os resultados eleitorais, primeiro são recolhidos a nível local, são transmitidos a nível regional e daí para o todo nacional. Assim competiria ao delegado de saúde do concelho a transmissão dos números relativos ao concelho, independente do numero de análises mas tendo por base a identificação dos testados, transmitidos para a ARS e daí para a DGS.
Se tudo isto fosse feito através de uma plataforma semelhante à utilizada para as eleições, era possível saber-se a qualquer hora a evolução dos números de infectados, de mortes ou de recuperados sem margem para erros ou contradições. Numa outra parte seriam publicadas os números relativos às analises efectuadas.
3 - 
  Ainda uma palavra sobre a desinfecção das ruas que o presidente teima em não fazer por considerar desnecessário.
Como se vê na imagem acima, o cartaz da autarquia recomenda que se evite tocar em objectos comuns como corrimões. maçanetas, bancos, postes, etc... Mas então não há de tudo isso nos espaços públicos? Não acha o presidente que bancos e postes  e outros elementos deveriam ser desinfectados?
Lembrar ao presidente que comprou uma máquina chamada de Gluton, de muito pouca utilidade mas que tem uma irmã gémea apropriada para a desinfecção de ruas, pulverizando, com baixo consumo de água e de biocida.
Já agora lembrar-lhe que toda a vida se utilizou o cloreto para desinfectar a água da rede e ninguém morreu, sendo que o cloreto é mais agressivo que o hipoclorito de sódio.
4 - Deixe-se de oportunismos demagogos e aja em conformidade com a situação sem fazer alarde disso, porque quem está por bem não publicita o que faz. Isso é puro aproveitamento politico! 

sábado, 11 de abril de 2020

VIRUA APÓS VIRUS

1 - Como é do conhecimento de todos, em 2011 o nosso País foi alvo de um resgate no montante de 70.000 milhões de euros dos quais 25.000 destinaram-se a resgatar a banca falida. Dos 25.000 milhões de divida da banca, esta só pagou ainda 5.000.
Enquanto o Eurogrupo discute a forma e o montante do endividamento dos Países por causa da Covid 19, a Confederação dos Industriais Portugueses pedia ao governo um subsidio a fundo perdido no valor de 20.000 milhões de euros.
Logo um ex-ministro socialista, Daniel Bessa se apressa a defender cortes nos salários e nas pensões, considerando isso um acto de solidariedade. E eu que julgava que a solidariedade era outra coisa, com os mais ricos a ajudarem os mais pobres. Um confisco de parte dos magros salários e pensões é na verdade um roubo!
Anteontem, a Comissão Europeia apontava outros quatro grandes problemas que Portugal enfrenta para alem do vírus, a saber, salários da função publica, despesas com pensões e saúde e ainda a eterna fragilidade do sector financeiro.
Dito de outra maneira, a presidente alemã da Comissão Europeia, revela um pensamento em linha com Daniel Bessa, apontando para cortes nos salários dos funcionários, nas pensões e também no serviço de saúde, como se pode ver em https://www.dn.pt/edicao-do-dia/09-abr-2020/bruxelas-aponta-para-quatro-grandes-problemas-do-pais-alem-do-virus-12049478.html
Por aqui se percebe a relutância da Alemanha no apoio aos países em dificuldades no combate ao corona vírus. Gastar-se dinheiro com a saúde? Que morram todos, dirão eles.
2 - Internamente, a banca continua falida e prestes a rebentar se o governo, mais uma vez não lhe der a mão. Quando se fala no apoio à economia com a banca a emprestar dinheiro às empresa e às pessoas, estamos a falar de um novo resgate encapotado à banca.
As famílias portuguesa vão perder parte dos seus rendimentos, sejam eles provocados pelo desemprego ou pelos cortes que virão a seguir. Muitas delas vão entrar em incumprimento, podendo provocar uma nova bolha imobiliária, arrastando a banca. Não é por acaso que a banca quer uma garantia do Estado de 90% para tais empréstimos.
Por outro lado, a quebra na produção vai determinar uma quebra no PIB, aumentando em termos percentuais a divida publica, colocando o País à beira de um novo resgate.
Para já é certo que vamos receber mais uns milhares de milhões para alimentar a ganancia de alguns mas diferindo o pagamento para os trabalhadores como de costume.
Que o Povo não acredite em facilidades porque o que aí vem é um vírus tão ruim quanto o actual. Não mata tão rapidamente, mas provoca a morte lenta, pela fome. Organizem-se e preparem-se para a luta!

sexta-feira, 10 de abril de 2020

OLHÃO: QUANTO GASTA A CÂMARA EM PUBLICIDADE?

Nada melhor do que aproveitar a crise do Covid 19 para se fazerem alguns ajustes, já que as pessoas estão distraídas com o vírus e nem se apercebem do que os rodeia.
Assim, a Câmara Municipal de Olhão celebrou um contrato para aquisição de suportes publicitários no montante de  56.500,00 euros, acrescidos de IVA. Isto explica a vaidade do presidente na apresentação das faixas a mandar as pessoas para casa. Será que ele cumpre com a quarentena ou isso é só os outros?
Se a esse valor, acrescentarmos as verbas que eram despendidas com a Feira do Livro e com a Semana do Bebe e do Ambiente, que já se realizam, haveria margem para ajudar as pessoas mais carenciadas, se essa fosse a opção da autarquia. Mas não é! Cagando para as pessoas estão eles.
Por coincidência, a Policia Municipal foi brindada com uma viatura Citroen de 18.459,70 euros mais IVA, mas porque precisa de espaço para a arrumar, gastam-se mais 79.734,00 euros, mais IVA, para remodelação dos espaços que vai receber aquela Policia. 
Enquanto isso, a Ambiolhão faz um comunicado a apelar para que sejam as pessoas a proceder à leitura da agua e posterior envio, com a ameaça chantagista de que se não o fizerem as leituras nas facturas serão realizadas por estimativa. Dirão que é má vontade contra a Ambiolhão mas trata-se de algo bem mais complexo. Primeiro porque não se percebe muito bem porque razão o pessoal que faz a leitura não se desloca para o fazer, já que a grande maioria dos contadores estão no lado de fora das habitações e portanto o contacto com as pessoas é o mínimo e depois porque, à semelhança de outros funcionários da empresa municipal, há os meios de protecção para o fazer.
Os poucos trabalhadores que fazem as leituras poderão ficar desagradados com esta postura mas devem lembrar-se de que se as pessoas forem habituadas ou obrigadas a fazer a entrega da leitura dos seus contadores, os postos de trabalho cessam e os consumidores em nada beneficiarão com isso.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

OLHÃO: AGUA UM BEM ESSENCIAL ESCASSO A SER DESPERDIÇADO!


Com as medidas de reclusão domiciliaria impostas pelo Estado de Emergência desnecessariamente porque o Estado de Calamidade bastava para impor as medidas até agora aplicadas, como o direito de reunião e manifestação, é nas redes sociais que se faz a discussão dos problemas, razão pela qual o Poder politico usa da censura de publicações que não lhe sejam favoráveis.
Uma das medidas que as pessoas de Olhão, particularmente os pequenos comerciantes impedidos de trabalhar e sem quaisquer apoios, pretendiam ver aplicadas era a redução da factura da agua, cheia de taxinhas para alimentar a canalha.
Logo o patriarca do clã Pina veio a terreiro defender o filho, dizendo que não se podia desifetar as ruas de Olhão porque a agua era um bem essencial mas escasso e que era preciso uma certa contenção.
Refira-se que, na composição da factura, estão presentes taxas fixas que nada têm a ver com o consumo, já que os estabelecimentos encerrados não têm consumo de agua e por arrastamento de saneamento ou de resíduos sólidos, mal se percebendo porque carga de agua têm de pagar um serviço que não lhes é prestado. Outros concelhos, face à situação económica das pessoas abdicaram da cobrança da factura da agua, mas em Olhão nem um cêntimo que é perdoado!
O que pai e filho não dizem às pessoas que no concelho de Olhão, há a registar a perda de 40% de agua na rede, porque está podre e com constantes roturas, algumas com meses, como a constante do vídeo acima.
Esta rotura, com meses, situa-se na estrada de ligação a Pechão, no entroncamento para acesso ao Estádio e Pavilhão Municipal. Sendo assim, temos funcionários da autarquia no local para alem do pessoal que trata da parte da jardinagem. Mas mesmo sem os funcionários, desconhecer a situação é revelador do estado de abandono a que os nossos eleitos votaram as infraestruturas desportivas municipais.
Bom, e se têm conhecimento e não resolvem estamos perante o acto criminoso de desperdício de um bem essencial escasso como é a agua, para usar as expressões dos meus amigos Pina.
Este desperdício tem de ser pago por todos nós, fruto da negligência criminosa dos nossos autarcas que nunca mais se resolvem a renovar aa redes de agua e saneamento. É verdade que tem custos elevados, mas também é verdade que uma cidade que está em permanente construção, deverá actualizar as suas infraestruturas por forma a dar resposta adequada às situações. Ninguem diz para se fazer num ano ou num mandato, mas que é preciso tomar uma decisão, calendarizar e promover a obra.
Levamos nesta guerra com a autarquia há mais de dez anos, tempo mais que suficiente para que isto estivesse resolvido e continua tudo na mesma.
A cidade e a Ria agradeciam!

quarta-feira, 8 de abril de 2020

OLHÃO: O COVID 19 E A DESINFECÇÃO DOS ESPAÇOS PUBLICOS

A Câmara Municipal de Olhão deu a conhecer a recomendação da Direcção Geral de Saúde sobre a desinfecção dos espaços públicos e que nos merece alguns comentários.
1 - De acordo com a comunicação da gracinha da DGS, o Regulamento comunitário nº 528/2012 só entrou em vigor a 1 de Setembro de 2013, mas só foi transposto para o direito interno português a 10 de Novembro de 2017, cinco anos depois.
Esta tem sido a prática dos nossos governos ao longo dos anos, protelando a transposição da legislação europeia, de acordo com os seus interesses ocasionais e muitas vezes contrários aos das populações, particularmente no que respeita a matéria ambiental.
2 - Na China, país onde oficialmente começou a pandemia, foram utilizados todas as formas de desinfecção para evitar o contagio pelo vírus, entre elas, a desinfecção dos espaços públicos.
Na China utilizaram até difusores de grandes dimensões para esse trabalho especifico. Claro que tem os seus custos.
3 - Diz a gracinha que "no que concerne a medidas de limpeza e desinfecção de espaços públicos, nomeadamente de ruas, importa referir que, ao momento não existe evidência cientifica quanto à recomendação da utilização de produtos biocidas desinfectantes de superfícies (TP2) para esse efeito".
Podendo não haver evidência cientifica para recomendar a desinfecção das ruas também não há nada a dizer que não se deva fazer.
Mas se há biocidas nocivos, outros há que não, aliás. tal como diz a gracinha, deve a utilizar-se uma utilização criteriosa. Recomenda no entanto a higienização/limpeza dos espaços públicos.
Como resultado disto pode concluir-se que pode ser utilizado um produto, devidamente selecionado, mas que transmita às pessoas um sentimento de protecção.
4 - Perante as criticas, a Câmara de Olhão e o seu presidente logo se apressaram que não era necessário proceder à desinfecção das ruas de Olhão. e outra coisa não era de esperar.
Um concelho que não lava ruas, onde não há higienização das ruas há mais de trinta anos, obviamente que não poderá concordar com a desinfecção.
Parece que estou a ver as brigadas de lavagem das ruas, altas horas da madrugada a fazerem o seu trabalho. Claro que o presidente era um moço pequeno (agora só tem idade e tamanho mas com a mesma mentalidade) e por isso não assistiu a essa operações. Pergunte ao papá!
5 - Para os leitores mais distraídos, não confundam a lavagem/desinfecção dos contentores do lixo com a lavagem/desinfecção das ruas.
Não venham dizer que Olhão está bem porque pode estar muito melhor, uma cidade mais limpa e com baixos custos. De nada serve usar o slogan de lixo zero, quando não se lavam as ruas.
6 - A desinfecção das ruas está a ser feita em muitas das cidades deste País, começando desde logo pela vizinha Faro, para não falar de outras mais distantes.
7 - Uma palavra ainda sobre a gracinha. É que a senhora até pode ser uma excelente técnica, mas está condicionada pelo Poder politico, ao qual deve obediência, mas quando está em causa a saúde dos portugueses não pode cair em tantas contradições com as que tem cometido. A desinfecção das ruas vai ser mais uma e ainda a vamos ouvir dizer que afinal é recomendável!

terça-feira, 7 de abril de 2020

ALGARVE: A TRAPALHADA DOS NUMEROS E A COORDENAÇÃO DO COVID 19

Os números relativos aos infectados, internados ou mortos na região algarvia não batem certo. As informações prestadas deixam muito a desejar e em lugar de contribuir para esclarecer, contribuem antes para lançar o pânico.
Se há algum ponto a realçar neste combate à pandemia, é o extraordinário trabalho feito pelas equipas de saúde e a forma como a maioria do Povo acatou a recomendação do recatamento social e de manter as distancias entre as pessoas. Porque quanto à acção do governo é um desastre, porque mesmo depois de saber do que se passava no ponto de origem, não tomou quaisquer medidas que evitassem que o vírus chegasse a Portugal, procedendo às monitorizações necessárias em todas as fronteiras, fossem elas terrestres, aéreas ou marítimas, ou seja deixaram a porta escancarada para que o vírus viesse de férias para o nosso País.
Exemplo disso, é a taxa de ocupação de hotelaria, que no mês de Março, segundo números que vieram a publico, registou uma quebre na ordem dos 48%. Deste modo, continuámos a receber pessoas de fora do País, sem qualquer controlo, subordinando o grave problema de saúde à salvação de um sector da economia, o Turismo!
A "gripezinha" do Bolsonaro, as declarações do Trump ou do Boris, este hospedado temporariamente num hospital de luxo, onde recebe a assistência que falta à maioria das pessoas, tem nas mais altas esferas do Estado português, alguns apreciadores que ainda não perceberam ou não querem perceber até onde isto nos pode levar.
Porque os números e a restante informação não prestam, nomearam um coordenador para o combate ao Covid 19, como se pode ver em https://jornaldoalgarve.pt/apolinario-coordena-combate-ao-covid-19-no-algarve/, um individuo de nome Apolinário, que se caracterizou por ser o pior secretario de estado das pescas, quando seria recomendável alguém na área da saúde ou de protecção civil. Estamos em crer que se destina a verificar o grau de contaminação do peixe que chega às lotas. Que pobreza de políticos.
Isto quanto temos uma secretaria de estado adjunta e da saúde, natural do Algarve e que em principio ou aparentemente, reunia melhores condições, como é o caso da Jamila, como se pode ver pelo curriculum, em https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/area-de-governo/saude/secretarios-de-estado?i=adjuntadasaude.
Porquê as nomeações dos ditos coordenadores?
Não se tratando de competência técnica, nas áreas de saúde ou de protecção civil, a coordenação só pode ser politica, ou seja, mandam para o terreno quadros políticos, com outro traquejo na arte de manipular a informação e capazes de proferir palavras como aquelas do primeiro ministro que diz que não faltava nada nos hospitais quando os trabalhadores dos estabelecimentos de saúde diziam o contrario. É esse o tipo de discurso e de informação que nos querem dar e é para isso que mandam estes habilidosos.
E se fossem todos à bardamerda?

segunda-feira, 6 de abril de 2020

PORQUE FALTAM OS MEIOS DE PROTECÇÃO EM PORTUGAL?

No texto de ontem fazíamos referência à destruição do aparelho produtivo a mando da UE e em linha com as ideias neoliberais reinantes, e é nessa condição de subserviência a interesses alheios que não temos no nosso País a produção de coisas tão simples como as mascaras.
Pensando bem, as fraldas descartáveis para bebes ou adultos, substituem bem as celebres mascaras, protegendo do vírus a quem elas recorrer. Para alem de absorver as tais gotículas pelas quais se transmite o vírus, tem um isolamento de plástico que evita a contaminação por terceiros. Meditem!
Então e em Portugal não se produzem estas fraldas? Ou melhor, quem detém essa tecnologia não estaria habilitado a produzir em quantidades enormes as bem ditas mascaras?
Claro que tal medida não se aplica apenas às mascaras, mas a todos os outros meios de protecção como as viseiras, luvas ou até os ventiladores, desde que o Estado tivesse manifestado interesse nisso.
A reconversão de algumas linhas de produção de empresas que trabalham com materiais semelhantes permitiria a sua produção, embora a preços mais altos que os praticados pela industria chinesa.
Aquilo que temos de passar a produzir não serão apenas os produtos que vêm da China, mas os que vêm de fora do nosso País e para os quais temos capacidade para produzir, e são muitos.
Só que a ganância de empresários que apenas veem o lucro, leva-os a procurar noutros países o mesmo tipo de produto por um preço mais baixo, conduzindo o produtor português para a falência.
Se olharmos para a UE e pensarmos nas desigualdades fiscais, de custos energéticos e no potencial económico para adquirir maquinaria para grandes produções, obviamente que não conseguiremos produzir. Nos dias que correm, os encargos com a mão de obra já não são os principais, assumindo essa posição os custos energéticos.
A teoria da autorregulação dos mercados só faria sentido se houvesse harmonização dos custos para que tivéssemos uma competitividade sã. Pela forma de funcionamento actual, a chamada competitividade destina-se a fazer baixar os salários, à custa dos quais, os patrões portugueses pretendem tornar-se competitivos.
E mesmo que assim fosse, jamais lograríamos ser competitivos com a China como com outros Países, dotados de equipamentos que não temos.
Portanto o problema situa-se entre a opção por uma economia de mercado ou uma economia planificada com vista à satisfação das necessidades do Povo, com a produção de alguns excedentes para as trocas comerciais, já que nunca conseguiríamos ser totalmente autossuficientes.
Faltam os meios de produção como no futuro vamos assistir a muitas outras carências, porque as politicas desenvolvidas nos últimos quarenta anos nunca revelaram qualquer preocupação com o bem estar do Povo português.
ACORDEM!

domingo, 5 de abril de 2020

OS PLANOS DE COSTA/CENTENO PARA O FUTURO

O Primeiro ministro já veio dizer que temos de começar a produzir aquilo que importamos da China, no que foi acompanhado pelo ministro das finanças. Todos eles parecem afectados com as medidas de isolamento social, aparentando estar com os neurónios um bocado falhados.
Aquando da integração europeia, sem qualquer consulta popular e decisão única e exclusiva do governo de então, foi decidido que Portugal, por razões geográfico/climáticas passaria a ser o jardim da Europa. Para isso, deixaríamos de produzir e passaríamos a andar de avental para servir a quem viesse gozar ferias neste canto. Assim condenámos todo o sector primário da economia como a pesca, a agricultura, a extracção mineira e também o sector secundário, desmantelando a industria, apenas resistindo um valor residual.
Sobre isto Costa e Centeno nada dizem!
Como se não bastasse a subserviência à então CEE, o desmoronamento do bloco de Leste, vai dar lugar ao avanço do neoliberalismo, e este por sua vez irá impulsionar o processo de globalização, nos finais do século XX. O objectivo é a redução de custos da mão de obra, da matéria prima e energia, sendo que as duas ultimas estão ligadas à primeira.
A globalização punha como principal ênfase para estimular o desenvolvimento económico a não interferência do Estado na economia. Para isso defendia:
- A privatização de empresas estatais
- A livre circulação de capitais internacionais
- A entrada de multinacionais
- Contra o protecionismo
Obviamente que já todos se aperceberam da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, cada um deles a impor mais barreiras alfandegarias na importação de produtos vindos do outro lado. Não de forma tão descarada, mas sempre foi assim.
Para pôr um pouco de ordem nas relações comerciais internacionais, onde quem mais tem, mais quer, foi criada a Organização Mundial do Comercio em 1995, onde estavam a maioria dos países mas deixando alguns de fora, como foi o caso da China.
Ate que, um avião espião americano resolveu ir espreitar a vida dos chineses e foi abatido, ou melhor obrigado a uma aterragem forçada em solo chinês. Decorria o mês de Abril de 2001, como se pode ver em https://www.publico.pt/2001/04/01/mundo/noticia/aviaoespiao-norteamericano-interceptado-por-cacas-chineses-17271.
Claro que States exigiram a devolução do aparelho, mas os chineses aproveitaram não só para espiolhar os segredos militares dos equipamentos como ameaçaram que só o devolveriam com a entrada na OMC, o que viria a concretizar-se em Dezembro de 2001.
Daí para cá tem sido aquilo que todos sabemos, com lojas e mercadorias chinesas a dar com um pau.
Mal de um País que se prosta de cócoras perante todos os outros. Agora, depois de casa arrombada é que clamam por aquilo que já se previa há muito tempo. Todos os nossos governantes após as eleições democráticas estão comprometidos com a falência do País, já que nunca foram capazes de defender uma politica de independência nacional, de defesa e protecção do sector produtivo português. Que querem agora? Lagrimas de crocodilo! 

sábado, 4 de abril de 2020

OLHÃO: OS APOIOS DA CÂMARA

O presidente da câmara municipal de Olhão, tem utilizado os órgãos de comunicação social para fazer a sua acção de propaganda como se estivéssemos em vésperas das eleições autárquicas, do próximo ano.
Fala muito de apoios sem concretiza-los. No fundo aquilo que está a fazer é adiar o pagamento de algumas facturas, sem quebra de receitas para o município, mas que vai agravar a situação daqueles que já estão mal e vão piorar depois.
Não tem um programa de apoio para os sem abrigo nem para qualquer carenciado, resguardando-se nas instituições de solidariedade social. Da parte da autarquia, não se gasta um cêntimo com esses apoios. Mesmo que o fizesse através das IPSS do concelho, obviamente que teria de comprar os bens a fazer chegar aos carenciados, mas no portal onde são publicados os contratos não se encontra nenhuma compra de tais bens. E que saibamos, não há nenhum reforço de verbas para as IPSS por parte da autarquia.
Tal situação contrasta com a prática da CMO. há uma década atrás em que distribuía capazes a famílias carenciadas como pode ser visto em    https://folhadodomingo.pt/municipio-de-olhao-distribuiu-cabazes-a-familias-carenciadas/. Também nessa altura vivíamos tempos de crise, com a entrada da troika no nosso País, embora a prática da distribuição dos cabazes fosse bastante anterior.
A única coisa que se vê no momento é uma forte campanha de auto promoção da imagem como se as suas medidas tivessem algum impacto. O uso e abuso dos elogios àqueles que estão no terreno, trabalhando, contribuindo para o bem estar da população, mas sem os meios de protecção ao adequados ao combate à pandemia. A valorização dos profissionais faz-se através da remuneração e não de elogios. De que serve aos operadores dos Mercados o elogio, quando o negocio está pela rua da amargura?
Neste momento, há muita gente a passar mal, com tendência para se agravar o panorama. Basta ver que todos aqueles que trabalham na Ria, estão a passar por dificuldades, e não têm apoios de qualquer espécie. Não recebem o subsidio de compensação e como sócios gerentes não têm direito aos dinheiros do play off; os que não têm qualquer área concessionada não têm apoio nenhum, com muitos deles a passar fome.
Não tem a autarquia a responsabilidade, nesta hora tão difícil para as pessoas, de as ajudar?
Claro que o presidente apenas está preocupado com as obras publicas que pretendia fazer, mas como resultado da pandemia está a adivinhar a quebra de receitas do IMT, um imposto que até nem tem razão de existir, apelando mesmo para que seja permitido o aumento do endividamento das autarquias, como se não fossem os munícipes mais tarde a pagar.
Essa é a razão porque falando em ajudar, o Pina não faz mais do que adiar pagamentos para mais tarde, empurrando o problema para a frente com a barriga. E as pessoas como ficam?

sexta-feira, 3 de abril de 2020

QUE ESTADO DE EMERGÊNCIA É ESTE?

O Estado de Emergência foi prolongado por mais quinze dias, com algumas alterações que assumem particular importância para os trabalhadores e quem os representa.
Se já antes tinham decidido anular o direito à greve, desta vez, vão mais longe, impedindo as associações sindicais de participarem na elaboração da legislação laboral. Mas os representantes dos patrões podem !
Sendo assim, estão criadas as condições para decretar medidas que restringem os direitos laborais dos trabalhadores. Bem poderão dizer que será apenas enquanto durar a crise, crise que será mais prolongada do que dizem, alterando as previsões sucessivamente.
O patronato não vai deixar de aproveitar a oportunidade alegando as quebras de facturação para impor a redução dos salários, dos horários de trabalho com a respectiva perda de parte do vencimento, e tal como tem vindo a acontecer, os despedimentos.
Noutros países os despedimentos foram proibidos, mas o governo diz uma coisa e faz outra permitindo que eles continuem, embora diga que não! E nalguns casos, até com recurso a expedientes como falências artificiais, de que são exemplo os despedimentos dos estivadores do porto de Lisboa.
Com os direitos de reunião e manifestação proibidos, os trabalhadores vão sofrer muito na ressaca da crise sanitária. Fome e miséria é o que os espera no pós Covid 19.
Claro que a declaração do Estado de Emergência, a pretexto do combate ao Covid 19, e que podia ser declarado como Estado de Calamidade permitindo a tomada das mesmas medidas decididas até agora, o que visa no fundo é impedir que as pessoas com falta de dinheiro saiam à rua para protestar.
Mas isso é inevitável, podendo apenas ser diferido, para utilizar a expressão agora em voga. mas que as pessoas vão sair e protestar, disso não duvidem que vão.
Da parte do Poder tentam fazer passar a mensagem de que este não o momento para fazer politica, esquecendo que são as condições de saúde e de vida de quem trabalha que estão em jogo. Toda a critica permite a correcção ou a melhoria de situações anómalas detectadas.
Não devemos esquecer de modo algum, que durante os últimos dez anos, levámos a pagar os desvairios da banca que mesmo assim se presta mais uma vez, em tempos de crise profunda, para arrecadar mais uns milhões aos portugueses, recebendo do BCE dinheiro com juros negativos e que quer cobrar com margens de cerca de 3%, apesar de ter a garantia do Estado.
A solidariedade apenas é exigida a quem mais dificuldades enfrenta mas quanto aos que têm vivido à custa do saque dos magros rendimentos dos trabalhadores, esses é continuar a pilhagem.
Que raio de Estado de Emergência é este que tira a quem trabalha para enriquecer ainda mais a parasitagem deste País?