domingo, 8 de abril de 2012

OLHÃO: QUE MOBILIDADE?


As imagens dão-nos conta de uma construção, digamos clandestina, já que não apresenta o respectivo cartaz com o alvará informando de que obra se trata como está obrigado pelo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, pratica corrente no concelho de Olhão, como forma de manter os cidadãos na ignorância dos atropelos cometidos pela autarquia.
O pior não está na "clandestinidade" da obra mas sim no abuso ali permitido. A construção desenvolve-se em plena Zona Histórica, a tal que ainda há pouco tempo foi objecto de uma apresentação publica para aplicação do REGENERA, mais uma invenção da autarquia para gastar o dinheiro dos munícipes.
Se olharem com atenção à imagem de cima e por baixo da rede, entre o canto da vedação e o contentor do lixo, é visível que o pilar, ao qual falta juntar o reboco e a pedra, foi construído no limite do passeio, não deixando sequer espaço para pôr um pé.
Lembrar-me aqui, de que a arquitecta Ana Frade do Gabinete de Planeamento e Gestão Urbanística mandou reformular um projecto de arquitectura por as platibandas excederem os 50% do passeio, que pensar agora? E já agora, acrescente-se que as platibandas desta construção excedem na totalidade, o passeio.
Por outro lado, a perseguição feita aos comerciantes que, ainda que abusivamente, ocupam o espaço publico não deixando lugar à mobilidade pessoal, mas de forma amovível, como se compreende que a Câmara Municipal de Olhão tenha autorizado esta construção sem se assegurar da existência de um passeio? É que nós sabemos que há gabinetes de arquitectura que conseguem fazer aprovar tudo junto desta autarquia e por isso mesmo era importante a tal placa identificadora da obra.
Em principio e porque a Câmara Municipal de Olhão não dá conhecimento dos processos de urbanismo nem publica as actas das sessões de Câmara, somos levados a pensar que a mesma foi autorizada por despacho do vereador do respectivo pelouro Carlos Martins também ele construtor e pertencente à nova geração de socialistas liderada por António Pina. Se Francisco Leal já está identificado por um conjunto de crimes conexos aos de corrupção, os seus possíveis sucessores parecem querer trilhar o caminho por ele iniciado, cometendo o mesmo tipo de ilegalidades.
A população de Olhão deve estar atenta a estes pormenores e a denunciá-los, quanto mais não seja porque um dia destes acordamos e não temos passeios em Olhão onde os idosos, as gravidas, os carrinhos de bebe ou as cadeiras de deficientes possam circular, misturando-se no alcatrão como se de carros se tratassem.
Até quando vamos ter de suportar tanta tacanhez? Quando é que o Povo de Olhão se Revolta e corre com esta cambada de medíocres?

1 comentário:

José Gonçalves Cravinho disse...

Isso das platibandas salientes,até sucede que elas existem até na Capital do País-Lisboa,contra as quais,por serem tão baixas,os peões qua não prestem atenção, batem lá com a cabeça,como já sucedeu com um familiar meu que foi parar ao Hospital.E àlém disto,há os carros que estacionam em cima dos passeios públicos.
É o salve-se quem puder.