terça-feira, 2 de junho de 2015

RIA FORMOSA: O CAMALEÃO PINA!

Passado o primeiro impacto e a desmobilização dos moradores das ilhas barreira da Ria Formosa, provocados pelo facto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé ter dado provimento à providência cautelar metida pela Câmara Municipal de Olhão, voltamos ao assunto porque ainda está tudo por resolver.
Cada um terá o seu sentido de solidariedade, apelando à união de todos, embora no caso dos moradores da Ria Formosa, uma boa dose fosse uma solidariedade baseada em interesses pessoais ou de grupo. Felizmente nem todos pensam assim.
Vem isto a propósito da falta de solidariedade com os moradores dos ilhotes, que cometeram o pecado de serem rotulados de "feios, porcos e maus", tal a sua condição económica e social.
António Pina, o camaleão em presidente da câmara municipal de Olhão, sabe que o efeito da providência cautelar que meteu para o núcleo do Farol Nascente, na ilha da Culatra, seria o mesmo se o tivesse feito para os ilhotes, também eles habitat de camaleões. Falta saber as razões que levaram o camaleão olhanense a não fazer semelhante esforço em prol dos moradores dos ilhotes.
Rebuscando nos arquivos, porque a nossa memoria já nos vai falhando, fomos então descobrir o que pensava António Pina a respeito das ilhas e dos ilhotes, como se pode ver a partir do minuto 4:45 do vídeo que se segue:
Quem veio falar em eco-resorts nas ilhas foi precisamente António Pina durante a campanha eleitoral, numa entrevista conduzida por um ilhéu que pelos vistos se esqueceu do que ouviu.
Mas António Pina não se ficou por aí e querendo levar a sua ideia à pratica, contratou um Pardal, feito arquitecto, para que no Relatório de Avaliação da Execução do PDM, fizesse constar a proposta da criação urgente de uma circular, à volta do edificado da Armona e do aterro de uma vasta zona de sapal na Fuzeta, com a desculpa de combate aos mosquitos.
Obviamente que ao proceder ao aterro iria fazê-lo de molde a que os prédios construídos em Domínio Publico Marítimo ficassem de fora da faixa dos cinquenta metros que são as margens de mar.
Então temos António Pina a defender eco-resorts nas ilhas barreira, a construir uma "auto-estrada" na Armona e como grande defensor do ambiente a aterrar uma zona húmida tão ou mais protegida que o próprio camaleão, o autentico.
Compreendemos que as pessoas que têm casa nas ilhas tivessem ficado gratas pela intervenção do camaleão Pina, mas não podemos deixar de registar a falta de solidariedade deste para com os moradores dos ilhotes, para os quais podia ter feito o mesmo, mesmo antes da providência para o Farol, deixando todos descansados.
Quando um politico se regula pela condição social do Povo que o elege e é ele próprio a marginalizar os mais desfavorecidos da sociedade, é preciso muito cuidado com a hipocrisia que destila, ficando-nos a duvida se ele teria a mesma postura, caso não tivesse casa de família no Farol.
Cuidado que isto não é bicho de fiar!

4 comentários:

Anónimo disse...

Como devem pensar toda a ajuda e bem vinda venha do lado que vier mas os ilheus estao alerta e dispostos a ajudar quem precisar foi pena as pessoas dos ilhotes nunca os procurarem como eles o fazem seja a quem for eles procuram ajuda ate fora do pais

Anónimo disse...

O Pina armou-se camaleão por causa da casa dos familiares e dos votos porque pelos concelho de Olhão ele não faz isto só que é protagonismo politico.

Manuel Luís disse...

1ª. O ilhéu, com muito orgulho, tem um nome - Manuel Luís - jornalista há mais de 30 anos, isento, apartidário e impoluto. Poderás, recordando o ditado popular que "caldos de galinha e água benta, ou vice-versa, cada um toma a que quer",mas sempre aji, pessoal e profissionalmente, ao contrário de certa gentalha que tentou a política (o barrete enfiará a quem couber), encostando-se a pequenos partidos da esquerda, mas até desses foi pontapedada(o) pelas portas dos fundos por só saber fazer política rasteira, feita de boatos de mesa de café e esquinas de rua, mais parecendo os tristemente célebres "velhos do restelo", sempre contra tudo e todos, especialmente aqueles que lhes negaram mordomias.
2º e último - espero eu - Ainda não estou decrépito ao ponto de esquecer o que foi dito na minha presença, até porque se quisesse esquecer ou esconder (como parece querer dizer maliciosamente no artigo de opinião) não tinha publicado em página bem conhecida na net, na íntegra, as palavras do autarca, que, como se pode ouvir, nunca defendeu demolições, e só não ouvirá quem for surdo ou, pior, por interesse encapotado que ainda não percebi da parte do autor do artigo contra quem nunca lhe fez mal, por gestos ou acções, (mas vou perceber- aviso desde já!),se quer fazer de surdo. O Ilhéu Jornalista Manuel Luís

Anónimo disse...

Embora as providencias cautelares dos camaleoes seja muito importante porque e pena a sua exterminacao e no farol todos dias São visiveis ha outras providencias cautelares