terça-feira, 17 de dezembro de 2019

RIA FORMOSA: É DESTA QUE A POLIS SE FINA!

Depois da merda que fizeram de há onze anos a esta parte, a Sociedade Polis da Ria Formosa, vai finalmente finar-se, como se pode ler em https://www.noticiasaominuto.com/pais/1378875/quatro-sociedades-polis-litoral-liquidadas-ate-31-de-dezembro-de-2019 .
A Polis da Ria Formosa não conseguiu alcançar os seus objectivos de requalificação da Ria Formosa, antes pelo contrário, em muitos casos agravou-os. 
Este tipo de Polis é diferente daqueles que eram destinados às cidades, mas foi essencialmente nas abrangidas pela sua área de intervenção que mais trabalharam, embora deixassem muito a desejar. Com excepções feitas ao Parque Ribeirinho em Faro ou à Marginal de Cabanas, onde realizaram algum trabalho, no que á Ria propriamente dita só fizeram merda, começando desde logo pelas demolições de casas.
Fomos e sempre seremos contra qualquer demolição de casas nas ilhas determinadas pelos pressupostos que avançaram. Por mais que alguns levantem a bandeira da reposição da legalidade do Estado, lembramos mais uma vez que na margem terrestre da Ria também há construções em qualquer titulo de utilização e muitas delas sem ter sido feito o reconhecimento da propriedade. Ou seja, todas estas construções foram feitas à margem da Lei, mas só nas ilhas é que se torna necessário repor a legalidade. Num País de políticos trafulhas tudo é possível. A fazer-se justiça todas as que estão em DPM teriam de ser demolidas, mas as que foram feitas na margem terrestre foram licenciadas pelas autarquias que assim seriam chamadas a pagar chorudas indemnizações.
Um Estado a proteger os seus acólitos nas autarquias mas a lixar os simplórios do Povo!
Na requalificação ambiental da Ria só meteram agua embora o fizessem em obediência a superiores interesses públicos e privados, mal se percebendo onde começam uns e acabam os outros.
Destruíram a Península de Cacela, abrindo uma barra no "fundo do saco" fragilizando-a de tal forma que um galgamento oceânico acabou com ela; fizeram uma intervenção na Fuzeta para deslocalizar a barra mas ao mesmo tempo, coincidência, surgiu a caulerpa, uma erva infestante e exótica que está a destruir o fundo da Ria; durante o seu período de vigência, o actual secretario de estado das pescas, à época presidente da câmara municipal de Faro mandou depositar as condutas de agua e saneamento no fundo da barra da Armona, contribuindo para o seu assoreamento e consequentemente aumentar a pressão da vazante na margem interior da ilha da Culatra, aproximando a agua das casas; procederam a dragagens repulsando dragados contaminados nas praias.
Por tudo isto se chega à conclusão que o objectivo central, mas oculto, era a demolição de casas, mas acabou sem conseguir cumprir esse desiderato. Terão de esperar por nova oportunidade para permitirem a construção de eco-resorts nas ilhas.
Que o enterro desta Polis vá para bem longe das populações da Ria Formosa!   

4 comentários:

Anónimo disse...

Para os amigos tudo, para os outros as nossas leis! " G. Máximadamafia"
Finado o seu trajecto a que atleta será transmitido o bastão?

Anónimo disse...

Não é necessário o final de uma etapa para se acabarem flagrantes injustiças. Basta haver um Estado a proteger os seus acólitos trafulhas e corruptos.

Anónimo disse...

Agora fica a APA A comandar as operações, anda Pacheco.

Anónimo disse...

Lá vai aumentar o orçamento e o número de funcionários mal remunerados noutra instituição substituta da acção de como cuidar do ambiente na Ria e arredores!