sexta-feira, 30 de março de 2012

ALGARVE: CONTAS MAL EXPLICADAS

Não se podendo abordar o assunto em concreto por estar em segredo de justiça, pode-se dizer que o processo em causa é uma ofensa à maioria da população algarvia. Para alem da forma como são utilizados os dinheiros publicos, é tambem a estrategia que está por traz.
Decorria o ano de 2000 e o engenheiro de má memoria que conduziu o País à bancarrota e à data ministro do ambiente, planeava a privatização do grupo Aguas de Portugal. Como era esperado um certo burburinho em torno da questão o projecto ficou em banho maria à espera de melhor oportunidade.
Com Socrates em primeiro ministro, controlando todo o aparelho de estado, nele incluindo as malfadadas entidades reguladoras, que regulam sempre em prejuizo do mais fraco, a maioria do Povo, surge uma estrategia capaz de abrir caminho à privatização da agua. Bastaria para isso que as autarquias se endividassem de tal forma que as diversas empresas concessionarias da exploração da agua tomassem conta tambem da exploração em baixa. Isto é, no Algarve, a empresa concessionaria e que integra o Grupo Aguas de Portugal, a Aguas do Algarve, permitia o endividamento das autarquias para niveis que entrassem em incumprimento e daí a tomar contas delas era um apice.
Assim em 2008, as autarquias algarvias deviam na totalidade 1.500.000 euros que passou em 2009, curiosamente ano de eleições autarquicas, para 3.800.000 de euros. E porque a divida era pequenota em 2010 passou para cerca de 27.000.000 euros. Simplesmente incobravel.
Um pouco por todo o País a situação repete-se, chegando a divida das autarquias ao Grupo Aguas de Portugal a cerca de 400.000.000 euros, estando aberto o caminho à privatização da agua, elemento essencial e vital para a vida das populações.
Dos grupos economicos interessados na Aguas de Portugal surge em primeiro lugar a Indaqua, cuja empresa mãe é nada menos que a Mota-Engil de Jorge Coelho, como não podia deixar de ser.
A preocupação dos nossos miseraveis governantes é transformar o ambiente num negocio, não o encarando como elemento chave para a saúde e qualidade de vida do Povo e a base do desenvolvimento sustentavel, palavrão utilizado quando se quer fazer crer que estão trabalhando em prol da maioria, mas que na realidade serve apenas os interesses de meia duzia de individuos, os costumeiros nestas negociatas.
O endividamento premeditado e danoso (doloso para as populações), deve ser sancionado com penas criminais por forma a que quem assim procede seja obrigado a abandonar a actividade politica, para alem da respectiva sanção politica.
Por aqui continuaremos atentos, apesar de sermos manisfestamente poucos para tão ardua tarefa, e não deixaremos passar em claro situações destas, desde que as detectemos.
O sentimento de Indignação e Revolta do Povo deve traduzir-se em formas de organização que permitam um combate mais eficaz nesta luta, denunciando publicamente os crimes cometidos, mas tambem levando-os ao conhecimento da Justiça.
INDIGNA-TE! REVOLTA-TE!

2 comentários:

Anónimo disse...

Engraçado como criticam a gestão do governo do "Trocas", mas esquecem-se de analisar a fundo onde e quando começou a gestão danosa e usurpação dos dinheiros públicos.

Campos de Barros disse...

Sobre os verfaeiros crimes praticados por esta personagem,muito já tenho escrito.Quanto à intervenção dos cidadãos,relativamente a tudo em que se consideram injustiçados,ontem mesmo fis uma nota,no facebook,hoje mesmo publicada no blog que mantenho.
Em resumo:assino por baixo.
Continuem a lutar,pelos verdadeiros interesses nacionais e tentando que a forma verbal "servir-se",hoje tão habitual,desapareça politicamente, sendo substituída por "servir".Que até é mais curto e fácil se pronunciar;díficil é executar...
Melhores cumprimentos,


Cap. Campos de Barros