sábado, 10 de março de 2012

OLHÃO: TRAFICO DE SOLOS E DE INFLUENCIAS



As imagens reportam-se a uma construção em terrenos da Reserva Ecologica Nacional e como tal, zona protegida. Os condicionamentos à construção são muitos o que não impede que apareçam situações como esta, particularmente no concelho de Olhão, marcado pelo consulado de Francisco Leal.
As zonas protegidas têm sido utilizadas para o trafico de influencias e de solos, porquanto aos proprietarios nada ser permitido e depois, seja por influencia do cartão, do amigo, ou do envelope milagroso, tudo se pode fazer. Certo é que, perante a impossibilidade do proprietario poder construir o quer que seja, este vê-se obrigado a vender por tostões aquilo cuja mudança de mãos passará a valer milhões.
Certos sectores da sociedade encaram as zonas protegidas como impeditivas do desenvolvimento, porque a visão que têm desse mesmo desenvolvimento se resumir a numeros, lucros, não tendo em conta o desenvolvimento social e o ambiente, nomeadamente a preservação de valores naturais, paisagisticos, a protecção de zonas de infiltração maxima de aguas, cabeceiras ou linhas de agua, entre outras, hipotecando o futuro das proximas gerações.
Num ano de seca como o presente, situações destas, aliadas à incuria e negligencia
de certos (i)rresponsaveis, que não cuidam de saber do estado dos aquiferos e dos furos de captação como forma de garantir o abastecimento de agua às populações se os niveis das albufeiras continuarem a baixar, constituem um autentico crime. Do que ressalta à vista desarmada, o estado de abandono e desmazelo dos furos da Quinta João de Ourem, Ana Velha, ou os do Brejo, tudo indica que a autarquia de Olhão se demitiu de ter um plano alternativo para assegurar o fornecimento de um bem tão essencial quanto a agua.
Voltando à construção em si, a mesma viola os planos de ordenamento em vigor bem como o Regime Juridico da Reserva Ecologica Nacional, agravado pela obstrução de linhas de agua com betão, numa sucessão de crimes.
Curiosamente, aqueles mercenarios que vivem da elaboração encomendada de projectos de legislação, entendem que para esta canalha a perda de mandato, é uma sanção extremamente gravosa, sendo o crime, uma banalidade às vezes justificavel com um simples parecer sem fundamentação, o que condiciona e muito a qualidade do nosso sistema judicial e da propria democracia.
Contra os crimes praticados pela classe politica; contra a cultura da impunidade politica, deve o Povo mostar a sua INDIGNAÇÃO E REVOLTA. BASTA!

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