terça-feira, 5 de março de 2013

OLHÃO: O PINO DO PINA




O único candidato anunciado à presidência da Câmara Municipal de Olhão, António Pina, na ultima edição do jornal do Sporting Clube Olhanense, dá uma extensa entrevista onde faz o balanço de três anos de péssima gestão da autarquia.
Numa primeira apreciação convém desde já esclarecer que o dito jornal, decididamente entrou na campanha eleitoral a favor de um candidato, caso contrario entrevistaria o presidente e não o seu vice.As habilidades da direcção do jornal, a subserviencia à Câmara Municipal, resultam da politica de chantagem que a autarquia promove junto dos clubes, nomeadamente através da atribuição de subsídios e no caso vertente em torno das publicações pagas. Estará o jornal disposto a ouvir os restantes candidatos, quando estes surgirem, ou o jornal tornou-se no pasquim de serviço ao Partido Socialista e ao Poder autárquico? A direcção do jornal deve ter presente que tem assinantes de todos os quadrantes políticos e que seria de bom tom que desse igualdade de oportunidades a todas as candidaturas.
António Pina fala muito para não dizer nada, pelo menos que interesse à população de Olhão. Dizer que a juventude é a menina dos olhos é demasiado curto, para quem nada fez por ela. Que perspectivas tem a juventude olhanense, quando confrontada com a fala de trabalho? E se é certo que a autarquia não tem de assegurar trabalho para todos ( os camaradas), tem pelo menos a obrigação de promover o desenvolvimento para chegar ao desenvolvimento social. E sobre isso o Pina nada diz nem pode, afinal é um dos culpados da grave crise económica e social que o Povo de Olhão vive.
As imagens foram tiradas muito recentemente num viveiro junto à bóia vermelho no canal principal e portanto com alguma renovação de agua e corrente suficiente para que não se verificasse a morte da ameijoa e do lingueirão como se constata. O viveirista vê quase toda a sua produção morta.
Pininha era ainda bebe quando da chegada dos chamados retornados que viram na Ria Formosa a fonte de alimento e sustento para as suas famílias. Eram aos milhares. Hoje, com tanta restrição, com tantos controlos, a Ria já não consegue ser o sustento de ninguém, a não ser dele próprio, que com o trafico de influencias conseguiu instalar um viveiro junto à Fortaleza, quando a outros não foi autorizado, e mesmo assim de forma clandestina, sem pagar as taxas devidas aos Recursos Hídricos, à semelhança do que acontece com os demais.
A Ria Formosa, na zona de Olhão, produzia pelo menos 80% da ameijoa-boa a nível nacional, a maioria para exportação. Num estudo do IPIMAR de 2001, indicava-se uma produção media de 7.000 toneladas por ano, o equivalente a setenta milhões de euros, o que dinamizava a economia local. Nos dias que correm, quem for viveirista está condenado à falência, tal o impacto da poluição.
Desde da instalação das ETAR, que os viveiristas vêm reclamando, mas a CM Olhão, em 2005, passou a ETAR para a posse das Águas do Algarve daí lavou as mãos, como se nada tivesse a ver com o assunto. Ainda recentemente, este aprendiz de politico, veio vangloriar-se do arquivamento de um processo por causa dos esgotos despejados directamente sem qualquer tratamento. Canalha quanto baste, o Pina faz o pino, mas também já deve saber que sabemos de algumas ligações à rede de águas pluviais com o conhecimento da autarquia. A luta continuará até que sejam apuradas as responsabilidades desta cambada, e por mais entrevistas que dê, não conseguirá apagar a nódoa que tem sido a sua gestão.

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