quarta-feira, 24 de abril de 2013

OLHÃO: INTERDITA A APANHA DE BIVALVES

Foi determinada a interdição da apanha de bivalves na zona compreendida entre Faro e Olhão por causa da presença da DSP, uma toxina que provoca a diarreia, tal como se pode ver em http://www.diarionline.pt/noticia.php?refnoticia=135938.
Na noticia pode constatar-se que a presença da DSP se deve ao fitoplancton produtor de toxinas marinhas, algo que há muito vimos denunciando como estando associado ao mau funcionamento das ETAR. Na verdade as ETAR da Ria Formosa, todas mas todas, não procedem à remoção de fosforo, um nutriente que favorece o desenvolvimento do fitoplancton, e se é verdade que nem todo ele é potencialmente toxigeno, parte é, acrescido por aquele proveniente das lagoas de maturação.
Há aqui uma relação causa/efeito que as entidades oficiais tentam branquear contando com a cumplicidade de certos institutos que fazem o jogo do Poder, sob pena de verem parte dos seus quadros serem despedidos. 
No âmbito do programa Polis foram gastos dinheiros públicos para elaborarem estudos como o Projecto Forward e Quasus que mais não fazem do  que branquear a poluição da Ria Formosa, omitindo quando não mentindo para alcançarem os objectivos encomendados.
Quem sofre com isto é a comunidade piscatória que se vê a braços com a redução de rendimentos num momento de crise profunda.
A Câmara Municipal de Olhão que instalou a ETAR Poente de Olhão, a mais poluidora de todas e depois de a ter passado, em 2005, para a Águas do Algarve, lava as mãos como se nada tivesse a ver com o assunto, indiferente ao sofrimento da população que devia defender.
Nos últimos tempos, temos assistido ao triste espectáculo das entidades publicas e judiciais que mesmo, quando confrontadas com o reconhecimento do incumprimento das descargas das ETAR, mandam arquivar as respectivas queixas.
O sentimento de revolta da classe piscatória, vai larvando até que um dia rebenta e depois veremos como se vão comportar os pulhas que têm provocado a fome e miséria do Povo.
A generalidade dos partidos, particularmente os do arco do Poder não se pronunciam perante este crime, porque para eles as pessoas não contam, servindo apenas para fazer numero em actos eleitorais como aquele que se aproxima, mas as pessoas também têm de começar a pensar que afinal são apenas um mero joguete para este tipo de políticos.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

Revoltem-se porra contra as toxinas?

Pató disse...

O que sai das ETARS são aguas tão limpinhas que os vereadores da CMOlhão,e os responsáveis das Aguas do Algarve, até a bebem,por isso é que cada vez que falam só sai merda!
Se calhar também dão agua dessa a beber, a quem manda arquivar os processos contra a poluição na Ria.