terça-feira, 8 de outubro de 2019

OLHÃO: E O GRANDE VENCEDOR É A ABSTENÇÃO!

Com algum atraso mas que mesmo assim merece algum reparo, é o balanço das eleições legislativas em que o grande vencedor é a ABSTENÇÃO.
Para que as pessoas passassem a ter direto a votar morreu muita gente, facto que seria suficiente para que aqueles que reclamam uma vida melhor se deslocassem às assembleias de voto e cumprissem o seu dever cívico. Não o fizeram por alguma razão, o que não os desculpabiliza.
A elevada abstenção é um grito de descontentamento de uma parte significativa da população com a partidocracia instalada e a forma de funcionamento de todo o sistema. As pessoas não acreditam nas instituições, não acreditam nestes políticos, não acreditam na justiça, veem a saúde cada vez mais destruída, as reformas de miséria, salários de miséria, no fundo a degradação das condições de vida do Povo explorado e trabalhador. 
Á chantagem do partido no governo em torno da estabilidade política, com os partidos à sua direita incapazes de se redimir das políticas de empobrecimento do Povo, ao apoio de partidos ditos de esquerda, que aprovaram orçamentos sem se assegurarem do cumprimento dos mesmos, e com o presidente da republica a falar nas dificuldades que se adivinham para a próxima legislatura, quem votou fê-lo de forma condicionada.
Por um lado o descrédito e por outro o medo da mudança ditaram os resultados que agora se verificam.
A chantagem vai continuar com o Costa a pretender que os partidos da geringonça mantenham o seu apoio na forma de abstenção, abdicando dos seus programas para satisfazer os do partido da governança, ou seja prosseguir as políticas dos últimos quatro anos.
Atribuir ao governo de Passos Coelho a responsabilidade dos cortes quando este governo fez a mesma coisa de forma diferente, procedendo a cativações que inviabilizaram o investimento em sectores tão vitais como a saúde ou em infraestruturas, aumentando a carga fiscal na forma de impostos indirectos com os quais penalizou os que menos recursos têm, tudo ajudou à festa.
Pela nossa parte, nem que fiquemos sozinhos a falar para o deserto, continuaremos a defender o que sempre defendemos, um trabalho com direitos, uma Serviço Nacional de Saúde em condições, um salário mínimo mais elevado, reforma mínima equivalente ao Salário Mínimo Nacional.
Outras terão outras opções, procurando fazer dos trabalhadores, escravos sem direitos.
A luta continua!

1 comentário:

Anónimo disse...

Abstenção, a forma mais cómoda, fácil e fiável de votar no NÃO a um regime merdoso dominado por pelas diferentes famílias da MAFIA.