quarta-feira, 16 de outubro de 2019

OLHÃO: QUAL A QUALIDADE DAS AGUAS RESIDUAIS?

Há muito que não visitávamos o site da Aguas do Algarve, particularmente no capitulo da monitorização da qualidade do efluente despejado pelas ETAR.
Finalmente publicaram as monitorizações feitas nos anos de 2016, 2017 e 2018, ainda que, na nossa modesta opinião, deixem muito a desejar. As duvidas estão relacionadas com o facto de não se mostrar a quantidade de nutrientes, fosforo e azoto, que são descarregados para a Ria para depois se dizer que a sua presença nas aguas da Ria Formosa se devem às escorrências superficiais da agricultura; do mesmo modo que se diz quantas analises aos coliformes fecais estão dentro dos parâmetros definidos sem que se quantifiquem. Tudo isto é possível verificar em https://www.aguasdoalgarve.pt/node/414/.
Faltam a publicação das analises relativas ao ano corrente, mal se compreendendo que as mesmas não sejam publicadas com a regularidade que a lei determina, mas isto faz parte da política do Estado de esconder do cidadão qualquer informação útil que permita a critica do péssimo funcionamento das instituições. É bom não esquecer que a Aguas do Algarve integra o grupo Aguas de Portugal, uma empresa estatal.
Se as pessoas e os partidos ditos de defesa do ambiente se preocupassem mais com estas questões do que saber quem joga a ponta de cigarro para o chão, porque a má qualidade dos efluentes das aguas residuais põe em causa o eco sistema da Ria Formosa, embora a fabulosa Universidade do Algarve e os seus prestimosos cientistas estejam silenciados sobre os crimes cometidos pelas entidades publicas. Talvez porque se dissessem a verdade, não receberiam os fundos públicos para uma investigação séria e que servisse os interesses da população que vive da Ria.
Ainda há muita gente sem espinha dorsal que rasteja perante o poder político, mas é o Povo que temos!
Certo é que a vida na Ria Formosa, e as suas actividades económicas tradicionais, se degradam cada vez mais, com as pessoas a assobiarem para o lado porque não lhes bate directamente à porta. Até quando?
  

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