quarta-feira, 3 de agosto de 2022

OLHÃO: EVENTOS COM ENGENHARIA FINANCEIRA

 Não é de agora que somos contra as empresas municipais, defendendo a sua extinção com municipalização dos serviços. O actual modelo, para além de pouco transparente, contem contornos de engenharia financeira.

A câmara de Olhão criou uma empresa para promover os eventos mas tal actividade redundava sistematicamente em saldos negativos o que levaria ao seu encerramento senão lhe fossem atribuidas outras funções que gerassem receitas capazes de equilibrar as contas.

Foi assim que entregaram a exploração dos parquimetros à Fesnima, a tal empresa de eventos, e mais tarde a habitação social, tudo para alimentar o funcionamento de um elefante branco com o nome de auditório e mais o Festival de Marisco.

Apesar da pandemia o auditório ainda tem funcionado mas o Festival parece ter encerrado a actividade, sendo substituido pela chamada Animação de Verão, onde se confunde o conceito de animação com a apresentação de artistas de craveira pagos a peso de ouro para o bolso dos municipes.

Mas curiosamente, a tal animação de verão que vai custar cerca de cem mil euros à câmara, enquanto o Festival de Piratas, para juntar aos outros que estão no poleiro, corre por uns trocados comparativamente, isto é por dez mil euros, só que a cargo da Fesnima, a empresa de eventos.

Com tanta banda musical que existe na região, e algumas delas com bastante qualidade, a animação, que é disso que se trata, podia ser feita com parta da casa.

Será que é preferivel trazer nomes consagrados quando se podia promover o que de bom existe na região, quando se trata de uma simples animação? É que para alem de uma redução de custos, numa época em que as pessoas passam por dificuldades, dar alguma alegria não faria mal, desde que haja alguma contenção nos gastos.

O Festival Pirata não é da região mas tem custos relativamente baixos e não deixa de constituir uma boa animação. Mais caros são os piratas que existem na autarquia!

2 comentários:

MILITANTES MARXISTAS disse...

É fartar vilanagem!

Anónimo disse...

Metam uma auditoria na cmo em 42 anos de actividade e encontram algo,quando finaças diz que não tem capacidade para tal que feche a repartição por cúmplices e incompetentes.