Embora já tenha alguns dias não deixa de ter menos importância a noticia trazida a lume pelo Região Sul online que pode ser lida em https://regiao-sul.pt/sociedade/maiores-indices-de-pobreza-estao-em-tras-os-montes-e-no-algarve-estudo/608788?swcfpc=1.
Vá lá que não somos nós a dizer mas sim o Gabinete de Estudos do Ministério das Finanças que elaborou o relatório sobre os maiores indices de pobreza, e também de riqueza, do País.
De todas as regiões do País é o Algarve e Trás os Montes onde mais se acentuam as desigualdades. Porque estamos no Algarve, é essencialmente sobre ele que nos debruçamos.
O concelho campeão na quebra de rendimentos é o de Albufeira, quem diria, e isto por causa da sazonalidade do turismo e dos baixos salários praticados.
Ainda que o estudo apresente outras actividades económicas associadas ao turismo como contribuindo para essas desigualdades, não refere outras que para alem da sazonalidade tem outros problemas associados.
Estamos a falar da agricultura, intensiva ou super-intensiva, das monoculturas onde a sazonalidade está resumida ao periodo de colheita e com elevado impacto no consumo de agua e erosão dos solos.
Queixam-se os empresários da falta de trabalhadores mas esquecem-se dos baixos salários que pagam, razão pela qual nenhum europeu, com excepção talvez os de Leste, aceitar trabalhar, já que o que recebem não lhes dá direito a uma vida com o minimo de dignidade.
Estando nós num concelho em que o presidente da autarquia aposta todas as fichas neste sector, quando o que resta do sector produtivo está em decadência, com comparticipação das entidades publicas, será facil perspectivar um futuro sombrio para a população residente, com trabalho no Verão e desemprego no resto do ano.
Miséria em cima de miséria! E ainda há quem defenda este tipo de desenvolvimento, que não tem a minima preocupação social mas somente a ganância do lucro.
Cabe ao Povo de Olhão e de todo o País rejeitar as propostas de desenvolvimento desenhadas pelo poder politico sob pena de condenarem os seus filhos e netos a uma vida de miséria.
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