quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

RIA FORMOSA E A CONTAMINAÇÃO POR METAIS

Na linha dos textos que temos vindo a publicar sobre a Ria Formosa, trazemos desta vez a leitura dos cientistas JAVISOL acoitados no IPIMAR sobre a contaminação por metais, mas também a nossa versão e como sempre deixamos ao critério dos nossos leitores o juízo sobre a desinformação das entidades publicas.

Os nossos "cientistas" dedicaram-se a comparar épocas distintas, concluindo pelo exemplar funcionamento das ETAR, atribuindo-lhes o mérito da redução das descargas de contaminantes químicos.
Esqueceram estes aprendizes de aldrabões, e alguns são de Olhão e ainda por cima eleitos como se não tivessem culpas no cartório, que por um lado houve uma melhoria acentuada nas tecnologias industriais com impacto na redução observada, mas também no aniquilamento da industria regional.
O encerramento de unidades industriais em larga escala, e não será demais lembrar que Olhão chegou a ter 48 unidades de processamento de pescado, não é tido nem achado nas estatísticas destes mentecaptos. A verdade é que a percentagem de unidades industriais extintas é maior que a redução da contaminação química pelo que quase podíamos dizer que o "exemplar" funcionamento das ETAR é nulo.
Como habitualmente, os nossos "cientistas" rastejantes perante um Poder déspota, produzem relatórios mais poluentes que a poluição que sai das ETAR mas que ajudam a justificar os crimes ambientais praticados contra a Ria Formosa.
Esqueceram-se ou omitiram, talvez por ser inconveniente, a comparação com o período de entrada em funcionamento das ETAR e que remonta a 1997/1998, porque nessa altura já quase não havia industria, resistindo a mesma de hoje. Se fosse avaliada a contaminação química à data da entrada em laboração das ETAR, então sim, podíamos aquilatar do seu desempenho. Para que a comparação de épocas tenha alguma credibilidade é preciso introduzir todas as variantes entretanto ocorridas e que tenham algum tipo de impacto. Não o fazer ou omitir, como parece ser o caso, é branquear mais que a JAVISOL.
Lamentavelmente, foi já em plena crise que o Estado, seja com governação rosa ou laranja, se entreteve a gastar o pouco dinheiro do roubo aos contribuintes nesta panóplia de documentos cujo único efeito é o de enaltecer as qualidades de ETAR que são a ante-câmara da morte anunciada da Ria Formosa.
Os partidos que se alternam no Poder não querem uma discussão seria e profunda sobre a real situação da Ria e muito menos falar da poluição com que matam a vida e condenam o Povo indígena à fome e miséria, uma morte lenta e agoniante.
O palhaço aprendiz de presidente de câmara, também ele um responsável pela situação bem que podia promover um debate onde estivessem representados todos os interessados e entidades com responsabilidades na matéria como Agência Portuguesa de Ambiente, o IPMA (ex IPIMAR) e as Câmaras .REVOLTEM-SE, PORRA!

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