segunda-feira, 7 de julho de 2014

OLHÃO: SAÚDE, DOENTE

Foi noticia, esta semana, na comunicação social regional, o estado da saúde no concelho, com o registo de falta de médicos e enfermeiros e não só.
O Centro de Saúde de Olhão tem extensões em Moncarapacho, Fuzeta e Pechão e apesar do seu mau estado, a Câmara Municipal de Olhão, não abre a boca sobre a matéria como se não fosse o órgão que deveria representar todos os olhanenses.
Só em Olhão, faltam três médicos, dois enfermeiros e um assistente operacional, para não falar do resto do concelho.
No meio disto, a sala de internamento que fora entregue à gestão da ACASO está fechada aos ratos; a extensão de Pechão funciona nas instalações da Junta de Freguesia que como é óbvio não reúne as devidas condições, embora desenrasque; o sistema informático do centro, não raras as vezes vai-se abaixo, resultando que as receitas passadas à mão pelos médicos, sejam depois recusadas pelas farmácias com todos os inconvenientes daí decorrentes para os utentes.
A contínua degradação das condições de acesso e utilização do Serviço Nacional de Saúde é uma das condicionantes para  o seu desmantelamento.
Todo o serviço de saúde no concelho está doente e só não o vê o presidente da Câmara, que embora não dependa de si, enquanto representante do Povo tem uma palavra a dizer junto das entidades que tutelam a matéria.
A construção do centro de saúde de Olhão foi um dos primeiros casos com indícios de crimes conexos aos de corrupção, com a empresa construtora a ter num magistrado do Ministério Publico, um dos seus principais sócios. As deficiências encontradas na construção desde o inicio e apesar das sucessivas intervenções, nunca foram sanadas, tendo infiltrações sempre que chove.
É assim, o nosso País, a nossa Região e o nosso Concelho, como não podia deixar de ser, havendo dinheiro para submarinos e outras merdices sem utilidade à vista, mas naquilo que é essencial para as populações nem vê-lo.
Dias 8 e 9 deste mês, os médicos vão fazer greve nacional que não tem apenas a ver com os cortes nos seus vencimentos mas também contra o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, com o encerramento de valências, e até mesmo de alguns hospitais. Os médicos devem ligar a sua luta, à luta mais vasta e geral de todo o Povo contra as politicas de austeridade com que massacram o Povo, desculpando-se com a provocada e criada por eles, explicando os porquês da sua luta.

3 comentários:

L.Pedra. disse...

O moço pina, e o pirolito andam mais preocupados com quem vão nomear na nova empresa municipal.

Lulu disse...

O Pina, sendo eleito nas eleições é o representante do povo de Olhão e devia ser o principal mobilizador das pessoas de Olhão na defesa dos seus interesses. Não o faz com a saúde e não o faz com a educação.
Não basta os ataques que o governo faz contra estes dois bens prioritários da população, como ainda temos aqueles que deveriam representar o povo de Olhão a fazer que não vêem nada. Vemos outras autarquias defenderem os seus municipes, mas a nossa Câmara não o faz. Não faz o Pina nem o faz qualquer um dos outros vereadores que lá estão. Não lhes interessa! O que lhes interessa são as manobras financeiras que permitem enganar mais, roubar mais, ATIRAR AREIA PARA OS OLHOS dos incautos que ainda vão nas suas conversas.
Os médicos fizeram greve! Fizeram muito bem! Não sei é do que é que os outros sectores da sociedade estão à espera para se pôr ao seu lado! O que é que andam a fazer os enfermeiros? Não estão na mesma situação? Não trabalham no mesmo local? O que é que andam a fazer os professores? Estão à espera de levar mais no lombo e estão à espera de passarem para as competências da Câmara? De que é que estão à espera os doentes? Acham que estão bem servidos? De que estão à espera os pescadores, os funcionários das finanças, os auxiliares de educação e os auxiliares de saúde? O que é que esta gente está toda à espera? Não deviamos estar todos no mesmo barco?
Sempre ouvi dizer que a união faz a força! O que é que nos falta aprender?

Anónimo disse...

Os médicos fizeram greve somente no publico. O privado funcionou em pleno. Porque será?