OLHÃO: A EDUCAÇÃO, PAIXÃO OU NEGOCIO?

Nesta altura do campeonato, leia-se ano lectivo, a Câmara Municipal de Olhão, negligenciou todos os procedimentos para a contratação de pessoal, professores e assistentes, por forma a que o ano escolar começasse sem problemas.

Não se pense que é caso virgem na Câmara, bem pelo contrario, é a pratica rotineira de ano para ano, mesmo sendo chefe de gabinete do presidente, um ex-director de um agrupamento escolar. Ele há com cada tacho, neste sindicato de voto!

A verdade é que o ano lectivo está a começar muito mal, com professores e encarregados de educação a protestarem pela forma como a autarquia geriu a situação.

Perguntam-se as razões porque, tendo terminado o ano lectivo anterior com pessoal, agora não se seja capaz de dar inicio às aulas? Na maior parte dos casos, a autarquia utiliza os POCS para garantir um funcionamento escolar de baixo custo, mas que nem assim fez para se assegurar do regular funcionamento das escolas. E porquê?

Já todos sabemos que o Salsicha mor deste reino à beira-mar plantado se puder extermina a escola publica, criando dificuldades de toda a ordem, tal como noutros sectores, para obrigar os encarregados de educação a optarem pela escola privada, financiada com dinheiros públicos, como é o caso do Colégio Bernardete Romeira. E se mesmo assim, a escola continua a funcionar com alguns, resquícios públicos, leia-se financiamento, há a necessidade de substituir pessoal, que deveria pertencer ao quadro, por outro oriundo de empresas estrategicamente criadas para o efeito, mas de baixos salários. de tal forma que não conseguem arranjar professores para colocar.

E se a Câmara Municipal de Olhão não cumpre o calendário lectivo, como todos os anos acontece, caberia à Direcção Regional de Educação uma tomada de posição que obrigasse a autarquia a criar as condições para o bom inicio da escola.

Só que, o director regional de educação foi um parceiro muito chegado, demasiado ligado ao poder local do qual fez parte integrante como mais que muleta do mesmo, o suficiente para não agir, limitando-se a reagir perante o coro de protestos dos pais, dizendo que a regularização da situação está para breve.

E tudo isto porque a Câmara Municipal de Olhão, que rouba milhões aos munícipes de toda a maneira e feitio com a cobrança de taxas e impostos, poupa tostões na manutenção de pessoal durante o mês de Setembro. Puro miserabilismo!

Amanhã há Assembleia Municipal e é uma boa oportunidade para os munícipes questionarem os eleitos, apelidados de seus representantes, sobre o que andam fazendo, que nada funciona nesta autarquia miserável.

REVOLTEM-SE, PORRA!