sábado, 30 de dezembro de 2017

OLHÃO: EM MARCHA UMA NOVA UN?

Na sequência da assembleia de freguesia do passado dia 27 entendemos não dar por encerrado o assunto porque algumas declarações que foram feitas nos trazem à memória, má memória, a defunta União Nacional.
Vêm os os novos eleitos pelo partido dito socialista apelar à oposição para se tornarem colaboracionistas, isto é ajudar e apoiar o actual Poder autárquico. Esqueceram-se foi de mandar a documentação, como a proposta de orçamento da Junta, para que a oposição se pronunciasse e avançasse algumas propostas. Para isso não precisaram do colaboracionismo oposicionista!
A teoria do pensamento único que subjaz á proposta do Poder executivo da Junta vai no mesmo sentido que a forma de pensar e agir do regime deposto com o 25 de Abril, Os chamados velhos do Restelo eram as figuras proeminentes do anterior regime e não os oposicionistas, como agora o Poder autárquico pretende. Saudosismos, de quem não viveu a época e tem pretensões de ditador.
Quem elaborou o Regime Jurídico das Autarquias Locais, Códigos de Procedimentos Administrativos e demais legislação que incidem sobre as autarquias, foram os partidos do arco da governação, os mesmos que gerem a quase totalidade das autarquias e por isso, eles melhores que ninguém deviam cumprir, executar e fazer executar.
Mal se compreende que, argumentando com inexperiência ou ignorância se queira que a oposição se preste a passar vassalagem aos pequenos ditadores que proliferam nas nossas autarquias.
Os partidos da oposição estão ao abrigo do Estatuto da Oposição e estão lá precisamente para fiscalizar, criticar e defender políticas que podem, e não estão certamente, de acordo com o pensamento dos pequenos ditadores.
Atacar os oposicionistas apenas porque criticam as irregularidades nos procedimentos dos órgãos da Assembleia de respectiva Junta, ao mesmo tempo que os impede do direito de exercer oposição é próprio da ditadura instalada nas autarquias de Olhão.
Basta olhar para um passado recente para ver como funciona este partido dito socialista, sobre o qual ainda há quem acredite na bondade ou generosidade políticas desta seita de trapalhões. A forma como foram impostos os cabeças das listas concorrentes ao anterior acto eleitoral pelo anterior e actual presidente da câmara   são ilustrativos da forma de pensar e estar na política, quero, posso, mando e ou pensam como eu ou serão excomungados.
Que raio de democracia é esta? Ou será que estamos a reviver o surgimento de uma nova União Nacional? 

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