quarta-feira, 4 de setembro de 2019

OLHÃO: CONTRATOS PUBLICOS MUITO ESCUROS!

O Jornal Publico, pela mão de José António Cerejo, trás um excelente artigo em que envolve as câmaras municipais de Vila Real de Santo António e Olhão por causa de alguns contratos pouco públicos, como se pode ver em https://www.publico.pt/2019/09/03/politica/noticia/doze-contratos-vrsa-olhao-1884938.
Claro que nós podíamos acrescentar mais algumas coisas sobre esta matéria, mas não deixaremos de comentar o texto.
Um jornalista de investigação faz o seu trabalho, verificando a natureza dos contratos e questionando as entidades envolvidas. Em principio, na sequência destes contratos, devem ser feitos relatórios sobre o seu estado de execução para confirmação do pagamento a efectuar. E foi isso que o jornalista fez, ao pedir acesso aos processos para consulta, mas no caso da Câmara Municipal de Olhão, que tem por lei a obrigação de responder no prazo de dez dias úteis, passados trinta e sete dias respondeu nada dizendo e menos ainda dando acesso aos processos. Isto é que é uma autarquia muito transparente, tão transparente quanto a agua que sai pelo esgoto do Cais T.
As empresas visadas, foram inicialmente contratadas pela autarquia e sector empresarial local de Vila Real, mas a seguir às eleições autárquicas de 2017 e com a contratação de Luís Gomes, ex-presidente de Vila Real por parte do município de Olhão, também elas se transferiram de armas e bagagens para Olhão. Coincidências?
Claro que não foram apenas essas as transferências. Há mais!
Mas a questão central destas contratações, é a da justificação, da necessidade delas, que deixam muito a desejar. Provavelmente não existem relatórios elaborados, cingindo-se a câmara a pagar porque era esse o objectivo, garantir um determinado rendimento aos amigos do amigo Luís Gomes.
Não é por acaso que o nosso presidente é agora apelidado de Luís Pina, numa clara alusão à promiscuidade entre os dois.
Promiscuidade, teia de amizades e mais. Curiosidades, a ministra do mar, Ana Paula Vitorino, foi professora de Luís Gomes e este de António Miguel Pina. A empresa da ministra, a Transnetwork, também teve direito a um contrato com a autarquia de Vila Real e como todos nós sabemos, ela gosta muito de visitar Olhão e Vila Real, onde encontra sempre uma mesa bem posta se outras coisas mais não houver.
Tudo limpinho, como diria o Jesus!

1 comentário:

Anónimo disse...

Se a teia está legal é o tanto quanto basta aos guardiões da ética.