quinta-feira, 23 de junho de 2022

OLHÃO: MUITA PARRA E POUCA UVA

O papel da comunicação é essencial para o desenvolvimento de qualquer projecto, seja pela positiva ou pela negativa. Os milhões gastos em publicidade nos órgão de comunicação social têm como objectivo aumentar as vendas de bens e serviços pela capacidade daqueles órgãos em influenciar as pessoas.

Desde o inicio dos seus mandatos que o presidente da câmara tem usado e abusado da comunicação para construir uma imagem que não corresponde à realidade, mas que os menos atentos acreditam. Aquilo que vem na comunicação é apresentada como uma verdade sem se fazer o uso do contraditório.

Enquanto o primeiro-ministro encontra algumas dificuldades na aplicação dos dinheiros da "bazuca" europeia, ou seja do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). o nosso presidente não vê qualquer obstaculo e anuncia obras que a serem executadas teriam como financiamento o dito PRR.

É assim que o executivo camarário, pelo menos por parte daqueles que têm pelouros atribuidos, como se pode ver em https://www.algarveprimeiro.com/d/olhao-projeto-de-280-fogos-habitacionais-vai-custar-35-milhoes-de-euros/45298-4 . Se clicarem em cima do link, ele redireciona-os para a noticia que vem acompanhada de video a condizer.

Para as demais obras não há dinheiro por causa da guerra mas para estas haverá? É que por causa da guerra o primeiro-ministro vê dificuldades na aplicação da tal "bazuca", com os portugueses indirectamente a custearem o esforço de uma guerra para a qual não foram tidos nem achados. É preciso ter em conta as mais recentes declarações dos responsaveis pela guerra em que nos envolveram de que ela estava aí para durar.

Por outro lado, ainda que anunciado em vesperas de eleições e agora reforçado, o calendário aponta para o fim das obras nas vésperas do próximo acto eleitoral autárquico. Promover um concurso agora com a incerteza na escassez e e aumento do custo das matérias primas previsiveis como consequência da guerra, é sinal de que vamos ter mais uma obra parada e a precisar de rectificações ao contrato. Será que foi feita essa previsão? Ou será apenas mais uma manobra para dar uma imagem irreal do presidente. Quando é que o cavalheiro se deixa destes filmes?

Ou a guerra é apenas a desculpa para não fazer obras que já foram contratadas? Como se avança para outras obras quando se diz tal desculpa para as que já deviam estar concluidas?

Mas notamos também que pela primeira vez, o presidente vem reconhecer publicamente que um terço da construção dos 54 fogos está embargada, não por causa da guerra mas por causa da forma prepotente como foi elaborado o projecto.

BATAM MAIS PALMAS! 

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