quinta-feira, 13 de outubro de 2022

OLHÃO: VER NA FALTA DE VISÃO DE FUTURO UM PROGRESSO!

 Cada pessoa terá a sua visão e a nós assiste-nos o direito à nossa, razão pela qual discordamos de algumas vozes que veem os avanços do progresso na cidade.

Em primeiro lugar porque entendemos que todo esse progresso teria de trazer bem estar social para todos e não apenas para alguns. A maioria das pessoas sente na pele o agravamento do custo de vida, particularmente nas rendas de casa para além dos bens de primeira necessidade com os custos a subierem por força do aumento de pessoas em determinadas épocas.

Em segundo porque o dito progresso se verifica apenas na frente ribeirinha porque ao mais a cidade parece abandonada, faltando visão para o futuro.

Começamos pelo terminal de autocarros. Para quem passa na zona, chega a ver sete ou oito autocarros estacionados a aguardar hora de saída. Há uns anos atrás a câmara municipal de Olhão teve a oportunidade de encetar contactos com a REFER para instalar no seu espaço aquele terminal. Não o fez mas também hoje estaria desajustado.

É que se os autocarros viessem pela Avenida teriam dificuldade em virar para a estação. Por outro lado, no cruzamento da Rua dos Combatentes com a Rua 18 de Junho, os autocarros para seguirem no sentido norte têm de ir até ao passeio contrário, criando filas de trânsito.

Tanto o edificio do conhecido Peixe e Pão como da antiga Tasca do Tomé estiveram à venda e a câmara podia ou devia ter adquirido aqueles espaços se quer manter o circuito dos autocarros para Faro ou Lisboa. Não o fez como ainda autorizou obras de ampliação na Tasca do Tomé, ou seja se amanhã quiser proceder ao alinhamento definido, vai ter de pagar uma nota preta. Para já afigura-se que nos próximos cinquenta anos a situação será de manter.

Esta é a visão "progressista" da autarquia!

Para o futuro, o terminal terá de ser deslocalizado embora mantendo uma paragem, que é diferente de um terminal, numa zona central onde as pessoas possam embarcar sem os constrangimentos  para a circulação automovel que vemos junto do actual terminal.

Este exemplo é demonstrativo da visão ou da falta dela que a autarquia e o seu presidente têm para a cidade. Se aquilo que se passa ali fosse na frente ribeirinha já teriam tomado uma atitude, mas como são os residentes que se deslocam nos autocarros, é-lhes indiferente. Progresso para o turismo, abandono para quem cá vive!

1 comentário:

Anónimo disse...

Os autocarros e as pessoas em vez de provisório na rua podiam muito bem no mesmo local as instalações da bela olhão para ninguém se molhar á chuva e proteger bem melhor contra o frio, dava um terminal maior que o da Eva em Faro. É só uma ideia