sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

BATOTA NA RIA FORMOSA

As entidades publicas envolvidas no ambiente fazem trapaça de toda a maneira e feitio, pensando que e apostando na ignorância das pessoas, conseguem enganar uma população inteira.
A novel Agência Portuguesa do Ambiente ( não será antes da poluição?), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (ou de atraso) Regional, a empresa publica Águas do Algarve mais as câmaras municipais todas comprometidas com os crimes ambientais cometidos e a cometer na Ria Formosa, utilizam todos os expedientes para tentar iludir, enganar, branquear quem se insurge contra eles.
A imagem acima é um extracto das analises publicadas no site da Águas do Algarve e é bem visível que de Setembro de 2011 até Junho de 2012 não foi possível detectar, quantificar, os valores de CQO, segundo diziam devido à forte presença de iões de cloreto, superior a 2.000. Nos meses seguintes, Julho, Agosto e Setembro de 2012 surgem então os valores de CQO, dentro dos valores paramétricos estabelecidos por Lei, só que os iões de cloreto presentes são ainda em valor superior, ultrapassando os 3.000. Se isto não é batota, então o que é?
Os valores de SST, matéria orgânica em suspensão, deveriam situar-se nos 87, mas verifica-se que das 24 analises efectuadas, 15 estão acima desse valor. Na ausência de explicação por parte de quem deveria fornecer todos os esclarecimentos e não o faz, supõe-se que o argumento apresentado será o da utilização de amostras não filtradas para permitir elevar os valores até aos 150. A opacidade da informação e a falta de esclarecimentos é indiciador de mais uma batota. Mas mesmo assim é possível constatar existirem seis analises com valores iguais ou superiores aos tais 150, quando a legislação não permite mais de três. De novo a batota quando a Agência Portuguesa de Poluição omite estes valores e diz estar tudo em conformidade.
A licença de funcionamento das ETAR foi emitida pela CCDR, entidade responsável pelo ambiente, por delegação de competências da então Administração Regional Hidrográfica (ARH), hoje transformada em serviços desconcentrados da APA.
As razões para a cassação das licenças são mais que evidentes, tal o nível e o numero de atentados cometidos contra a Ria Formosa e as suas populações, mas nada disso é feito. O próprio Ministério Publico a quem foi apresentado queixa e que está obrigado à defesa dos direitos difusos e públicos deixa o processo adormecer, talvez pensando vencer os denunciantes pelo cansaço, o que não conseguirá.
Certo é que de acordo com os documentos do IPIMAR de 2001 até agora, a quebra de produção de ameijoas é superior a 30%, representando menos cerca de 2.500 toneladas por ano, ou seja vinte e cinco milhões de euros. Se a isto acrescentarmos a diminuição de produção de outras espécies, podemos dizer que a poluição causa perdas acima dos quarenta milhões de euros por ano, o que obviamente está a levar á falência de produtores e pescadores, suas famílias e toda a actividade económica da zona de intervenção da Ria Formosa.
Um País que vive da batota promovida, habilitada e executada por entidades publicas jamais sairá do atoleiro em que esta corja nos meteu e, ou as pessoas se revoltam contra estes crimes ou serão esmagadas pelo rolo compressor de uma classe dominante que tudo come sem deixar nada para os outros.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

mais uma trapalhada do velho pina
ainda sem pagar metade do subsidio de natal ao funcionaris da acaso.
agora na circular para informar que os funcionarios que tem de decidir se querem receber os subsidios a 100% ou em duodessimos
acaba por obrigar a escolha do metodo de receber a 100% pois diz que se escolherem duodessimos nao garantem que tenham capacidade de pagar os salarios.
logo "obrigaram" na escolha deixando de ser livre a escolha . e ja levando mais de um mes de atraso no pagamento do subsidio de natal de 2012