segunda-feira, 20 de maio de 2019

ALGARVE: SAÚDE OU MORTE?

Durante a semana que findou, foi noticia que estavam suspensas as cirurgias nos hospitais públicos algarvios, o que levou a administração do Centro Hospitalar do Algarve a desculpabilizar-se com o elevado numero de internamentos.
A noticia tem sido objecto dos mais variados comentários mas há pelo meio muitas omissões que convém analisar.
O projecto do Hospital de Faro remonta ao regime anterior e por essa altura não havia o Serviço Nacional de Saúde, mas haviam hospitais concelhios em quase todos os concelhos da região, onde se faziam desde partos a cirurgias passando por um serviço de urgências nem que fosse em regime de chamada. Aos poucos tudo isso foi desaparecendo e as populações foram ficando cada vez mais isoladas e distantes da assistência hospitalar.
Por outro lado o crescimento da população algarvia e o incremento do turismo passaram a trazer á região muito mais pessoas que no pico do verão chegam a triplicar, um crescimento que não foi contemplado. Aliado a isso, com a integração europeia e a livre circulação de pessoas, passamos a assistir a uma nova forma de turismo, o de saúde. São muitos os casos, em que desde cateterismos a outro tipo de intervenções que levam cidadãos estrangeiros a procurar os serviços hospitalares do Algarve, porque lhes sai muito mais barato, e é bom não esquecer que no SNS esse serviço é gratuito,  o que aumenta de forma significativa a procura e a taxa de ocupação dos hospitais públicos.
Será que o dinheiro do turismo não justifica um outro tipo de atitude por parte da governação? Ou apenas serve para disfarçar o crónico défice da balança de transacções?
A conjugação destes factores leva a que os serviços fiquem sem capacidade de resposta. E como se isso não bastasse, as cativações decididas pelo governo central, induzem à falta de investimento e recrutamento de pessoal, tudo em nome do cumprimento das orientações de Bruxelas, mesmo que isso signifique a morte de muitas pessoas, por falta de assistência. Cabe lembrar que ainda não há muito tempo, os enfermeiros fizeram uma greve e logo o governo agitou o espantalho das cirurgias para denegrir a luta daqueles profissionais, mas agora que são as administrações hospitalares, suas serventuarias, a tomar a iniciativa, já está tudo bem.
A classe política utiliza a bandeira dos hospitais como arma de arremesso para a chicana política que não para servir as populações, quando o que está em causa, é a necessidade de um Hospital Central capaz de dar resposta a quem dele necessita.
Devemos também chamar a atenção para as listas de espera, em que muitas vezes são alteradas as datas de entrada nelas para que não se perceba a real dimensão do problema, algo em que a ministra temida parece ser especialista.
Já vai sendo tempo de todos sem excepção e politiquices á parte, darmos as mãos no sentido de obrigar o governo. seja ele qual for, a construir o novo Hospital Central do Algarve!

2 comentários:

Anónimo disse...

entao agora ate se cria fake news para promover as cameras de videovigilancia.
noticia no Postal http://www.postal.pt
Um pouco por todo o lado, os festejos do regresso do título para o Benfica foram comemorados por adeptos e simpatizantes do clube.
Infelizmente, continua a ser recorrente alguns não saberem festejar, mas apenas destruir, vandalizar ou mesmo provocar desacatos.
Na cidade de Olhão, que não foi excepção, não é difícil encontrar algumas imagens de rua que registam atos de vandalismo partilhadas com indignação nas redes sociais.
E são muitas as opiniões que se manifestam a favor da vídeovigilância nas ruas de Olhão como forma de acabar com a sentida e revoltosa impunidade de “gente que não sabe estar”.Um dos vários desabafos, é exemplificativo de gente com má formação, que não se sabe comportar: “Assim como eu, que estava a festejar e algum ‘ranhxxx’ lembrou-se de partir garrafas onde estávamos”. Resultado: um vidro espetou-se na sua perna [ver foto] causando um ferimento profundo. Diz o mesmo que “eu sinceramente, bebo e ando a noite toda, se for preciso, a rir e a divertir-me, [mas] outros dá para fazerem m…… Epá, não bebam, fiquem em casa”.
Ainda referentes aos desabafos de olhanenses, um de muitos do género, afirma que “é triste e infelizmente, enquanto existirem mentalidades desde género, é muito complicado ter algo preservado na nossa santa terrinha. Pode ser que com o sistema de vídeovigilância, essas ‘alminhas’ pensem duas vezes antes de fazer m..…”

Anónimo disse...

Futebol: outro estádio de futebol é muito mais importante.