quinta-feira, 2 de maio de 2019

OLHÃO: VARIANTE EM TONS DE CAMPANHA ELEITORAL!

Segundo o site Participa, aquele em que são feitas as discussões pouco publicas de Avaliação de Impacto Ambiental, começou a 30 de Abril o período de tal discussão. Como vem sendo habito, conseguem ser mais aldrabões do que eu! É que no portal que pode ser consultado em http://participa.pt/consulta.jsp?loadP=2582, indica a data de 30/04 mas os documentos apresentam a data de 1/05, ou seja a discussão foi iniciada antes da documentação estar pronta.
Não é por acaso que em vésperas de um acto eleitoral surge esta discussão. É que o trapalhão cabeça de lista do partido no Poder havia anunciado que este estudo estaria pronto bem mais cedo e que nesta altura já se teria dado inicio ao processo de obras. Há que salvar a imagem do então ministro!
Para aqueles que andam distraídos, devemos dizer que aquilo é tudo menos uma variante; tem apenas uma faixa de rodagem com sete metros de largura, e dois sentidos, um para cada lado, o que significa que, e fazendo fé nos números apresentados, mal comece a funcionar e já estará obsoleta. É que retirar 44% do transito da Nacional 125, é muita fruta para uma simples estrada com uma faixa para cada sentido.
Anunciar que a parte restante da Nacional 125 entalada entre as duas rotundas extremas da Variante passam a estradas municipais, com a autarquia a ter poder de decisão para regular o estacionamento e ordenamento da circulação automóvel, dá vontade de rir. Na verdade, a ex-Nacional 125, entre a rotunda do Macdonalds e a do Monte já está classificada como estrada municipal com a designação de Avenida D. João VI, designação atribuída para permitir, à época, a construção de um centro comercial, que ficou de dar como contrapartida, a cobertura da Rua do Comercio, o que nunca foi feito.
Vamos agora analisar os estudos e se for caso disso não deixaremos de tomar uma posição sobre os traçados, havendo logo à partida uma desconfiança quanto à bondade desta discussão, porque ela devia ter sido precedida de consulta às pessoas que ali têm as suas propriedades por forma a evitar danos maiores.
À primeira vista, um dos cenários aponta para o aproveitamento de 0,9 Km de estradas já existentes, quando a variante vai ter cerca de 6 Km, ou seja o aproveitamento soa a pouco e poderá significar a destruição de alguns terrenos agrícolas em actividade.
A Variante é desejável mas não pode ser feita a qualquer custo, quando se sabe que foi a Câmara Municipal de Olhão que autorizou a edificabilidade em cima do traçado previsto na Planta Síntese do PDM, porque nunca fora sua intenção fazer a Variante. Essa intenção surge apenas no consulado de Sócrates quando este  concessionou a Requalificação da Nacional 125.
O processo está começado mas não concluído e tudo se conjuga para que todo o calendário à sua volta coincida com o das campanhas eleitorais. A forma como se exerce o Poder nesta País é uma vergonha!

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