sábado, 4 de maio de 2019

OLHÃO: A VARIANTE DA DISCÓRDIA!

Já está em discussão publica da Avaliação de Impacto Ambiental, os traçados da Variante Norte à Estrada Nacional 125.
Na sequência da anterior discussão, foi proferido como decisão um Despacho Desfavorável. Analisando os dois novos traçados verificamos que os pressupostos da primeira versão se mantêm e deles faremos uso no momento de participarmos.
Dos novos traçados podemos dizer que a Solução A aponta para que a Variante passe a Norte do Cemitério novo, poupando o terreno da autarquia que em tempos utilizou como lixeira e que se destinava ao canil/gatil; na intersecção com o traçado da Solução B, flecte para baixo ou Sul, entrando em contradição com o que a Câmara Municipal de Olhão defendia, aproximando-se assim da malha urbana. Para além dessa contradição, ao desviar-se para sul, vai destruir propriedades agricolas activas, das poucas que ainda subsistem.
A desculpa está em que deve atender-se ao menor impacto nas habitações, muitas das quais autorizadas indevidamente pela Câmara Municipal de Olhão, situação que a autarquia não quer reconhecer embora se saiba que nunca antes de 2009 ela tivesse intenção de construir a circular. E esse é o objectivo do traçado da Solução A, não proceder a demolições de algumas construções, mas destruindo propriedades agricolas. A diferença é que se forem feitas demolições, a autarquia estará obrigada a indemnizar os proprietários dos prédios enquanto que para destruir os campos agricolas procederá a expropriações, depois de as considerar de utilidade publica, para pagar uma pechincha e tardiamente, o que poderá levar à falência dos produtores.
Nós não somos contra a Variante mas também não podemos aceitar que a mesma se faça, protegendo os amigos e os erros da autarquia e prejudicando terceiros que nada tiveram com as decisões tomadas pelos nossos autarcas socialistas.
De qualquer das formas, se a autarquia já tivesse cumprido uma velha promessa, a da construção da Rotunda no cruzamento da ex- Nacional 125 com a Rua 18 de Junho, a fluidez do tráfego seria muito maior, apesar de manter uma certa intensidade, sempre inconveniente. Com a Rotunda, certamente que teríamos menos filas de espera.
Por isso entendemos que o traçado a partir do ponto de intersecção das duas soluções apresentadas, no sentido nascente-poente, deve prosseguir pelo traçado da solução B, sob pena de vir a penalizar a produção e produtores agricolas, e nesse sentido nos pronunciaremos.  

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