terça-feira, 19 de julho de 2022

OLHÃO: QUE GRANDE SECA, A DESTES GAJOS!

 O presidente da câmara municipal de Olhão e da AMAL concedeu uma entrevista ao jornal SOL, e que pode ser lida em https://sol.sapo.pt/artigo/776467/o-algarve-vive-do-turismo-e-vai-continuar-a-viver-e-como-se-tivessemos-petroleo-e-nao-o-utilizassemos?fbclid=IwAR370Ekdpj664bWa49NE_ZPUBmZ7xaIjp9Zoa6NStftTrHvhcW4zbZ90sEc, na qual disserta entre outras coisas, sobre a seca na região, como se não bastasse a seca que ele nos dá todos os dias.

Ignorando, ou fingindo ignorar, que a seca não é apenas não é apenas um problema conjuntural mas também estrutural em que o seu partido, enquanto poder, nada tem feito neste campo, talvez com o complexo da ideia para ajudar a resolver o problema ter saído de Carmona Rodrigues e que foi muito consensual.

Curiosamente, aquando da inauguração da nove ETAR Faro/Olhão, o nosso estimado presidente afirmava ir reutilizar as aguas residuais tratadas para a rega dos jardins, jardins que foram construídos com recurso ao fundo ambiental. Como não podia deixar de ser, em lugar da relva e de flores, mandou plantar umas moitas que descaracterizam por completo os jardins.

Aproveita a boleia para atacar a agricultura como sendo o sector que mais agua consome, o que até é verdade, mas também é aquele que nos fornece a alimentação. Outra coisa não era de esperar de alguem que ataca todo o sector produtivo como se de uma praga se tratasse, que o digam os produtores de ameijoa ou da pesca.

Não tem a mais pequena critica em relação ao consumo do turismo, o sector de eleição para o rapaz que o compara à produção petrolifera. É o nosso petroleo! Diz ele.

Não fala porém nas consequências do turismo, ou do excesso dele, no aumento do custo de vida das populações. Esqueceu-se de dizer que é que a industria petrolifera não paga os miseros salários que os industriais do turismo, sendo que serão eles os grandes beneficiários e para quem lhes enche os bolsos, só tem que apertar o cinto.

Quem nos leia, poderá ficar a pensar que estamos contra o turismo, mas não. Estamos contra sim, pela aposta quase exclusiva nesse sector., deixando os demais para um plano que ninguem vislumbra.

Mais, é de tal forma que não se vê na entrevista do rapaz uma unica palavra para os sectores primário e secundario da economia. Talvez que assim seja mais facil recrutar "escravos" para a hotelaria.



Sem comentários: