sábado, 22 de março de 2008

A VIOLENCIA NAS ESCOLAS - 2

O Secretário de Estado da Educação considera ignorância o desconhecimento de que o "Estatuto do Aluno" aprovado em Novembro último, não está em vigor em todas as escolas. Mais, considera ainda, que dizer-se que os alunos podem fazer o que quiserem, que é incentivar à indisciplina. Ora, e não é verdade que podem fazer o que quiserem? Que medidas de fundo foram tomadas? Que faz com que os alunos tenham estes actos de indisciplina? Não é o terem conhecimento de que existe uma certa impunidade? É!!!
Mas, por outro lado, quando vemos uma dirigente da Associação Nacional de Professores proferir as declarações que proferiu para as televisões, não é o mesmo que estar a atirar para cima dos professores um determinado estado de fraqueza por parte da própria classe?
A grandiosa manifestação dos professores, ao contrário do que os governantes pretendem fazer crer, não se prendia só com a avaliação mas, também, com todo o ensino. No entanto, e porque os professores estão divididos, muito divididos, torna-se difícil tomar uma atitude mais drástica. A própria manifestação veio trazer ao de cima algumas fragilidades. Ao parar em frente à sede do P"C"P, aquele minuto foi fatal para a união da classe, porque os professores sem partido ou de outros partidos, que se encontravam na manifestação, só poderiam interpretar, tal situação, como uma manobra para ligar a manifestação àquele partido. Depois, as formas de luta adoptadas a seguir, as bandeiras pretas e as "t-shirts" pretas foi só show off, porque o governo não se sente minimamente atingido com essas formas de luta. Fica só o simbolismo do momento, nada mais. E uma manifestação com 100.ooo professores deveria ter outras consequências, devia atingir o coração do governo. Não o fez e agora temos esta cena macabra da menina. Talvez, que aproveitando esta onda, os professores possam unir-se em torno desta situação e fazer uma séria demonstração de força e procurar mudar este modelo de educação, este modelo de escola e participar efectivamente numa verdadeira reforma do ensino. Provavelmente, muito provavelmente terão de mandar o snr Mário Nogueira às urtigas...

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