terça-feira, 27 de março de 2018

OLHÃO: DRAGA PERDIDA, DRAGA ACHADA, DRAGA DESTRUÍDA! E OS DESTROÇOS?

                                         (imagem retirada do Correio da Manhã)
Conforme noticia o jornal Correio da Manhã, a draga que esteve "desaparecida" e mais tarde "encontrada", está agora destruída, conforme se pode ler em https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/temporais-destroem-draga-naufragada.
Convém recordar que a draga estava operando numa intervenção do Estado e como tal, certamente que terá seguro, seguro esse que uma vez accionado tem a obrigação de assumir os custos da intervenção de recuperação, que não é o caso, mas de remoção dos destroços. Ou não há seguro?
Naturalmente que a Autoridade Marítima pressiona o armador e este o seguro, mas a verdade é que os destroços por lá se mantêm até nova intervenção.
Tal como se diz na peça jornalística, os destroços constituem um perigo para a navegação e devem removidos o mais depressa possível, mas, e por muito que digam que o combustível e óleo existentes na draga estão controlados, estamos a assistir a uma situação de risco ambiental, pela qual ninguém responde.
A costa da Ria Formosa já tem problemas que baste, relacionados com a poluição, para agora ter mais este que não se sabe quando vai ser resolvido, se é que não vai cair, como habitualmente, no esquecimento.
Curiosamente, os grandes defensores do ambiente marinho preocupados que estão com os resíduos de plástico, e bem, não abrem a boca para se pronunciar sobre este assunto.
A barra da Armona que antes já tinha um problema bastante grave resultante da deposição no seu leito, a titulo provisório mas com nove anos, dos blocos de betão e dos tubos de agua e esgotos, vê ainda que com alguma distância mais este empecilho.
Também não será demais lembrar que a barra da Armona foi desclassificada como tal com a aprovação do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), razão porque as intervenções naquela barra ficam muito a desejar. Aliás, deve dizer-se que todas as intervenções programadas pelo Estado na costa algarvia se saldaram pela negativa, um desperdício de dinheiros públicos, extorquidos ao Povo sob a forma de impostos, mas que serviram momentaneamente certos interesses.
E OS DESTROÇOS, QUANDO SÃO RETIRADOS? 

1 comentário:

Anónimo disse...

Destroços para bibelots a custo zero... Vamos ficar sentados para ver o fim.