domingo, 27 de maio de 2018

OLHÃO: MODERNIDADE A QUALQUER CUSTO?

Como vem sendo costume, o Pina manda para a comunicação social regional mais uma noticia sobre futuras intervenções na cidade de Olhão. O culto da imagem acima de tudo.
Acontece que nem todas as intervenções, merecem o bater de palmas com que alguns menos conscientes bajulam o Pina, pelos inconvenientes que apresentam.
Segundo a noticia que pode ser vista em http://www.postal.pt/2018/05/os-novos-projectos-requalificacao-inovacao-do-municipio-olhao-fotogaleria/, para alem de obras particulares que não cabe ao município promover mas sim aprovar ou reprovar, cheirando a publicidade duvidosa por parte da edilidade, surgem outras que são da responsabilidade do município. E algumas delas de questionável qualidade, utilidade e legalidade.
De entre elas, destacamos o silo automóvel na Rua Dr. Paula Nogueira, precisamente porque o edifício que faz gaveto com a Rua 18 de Junho está inventariado na Direcção Regional de Cultura. O Edifício Topa, onde hoje está o Arquivo Municipal, aquando da sua construção foi obrigado a recuar tanto na Rua 18 de Junho como na Rua Paula Nogueira para cumprir com o alinhamento previsto para o alargamento daquelas duas ruas. Pela planta constante no artigo, pode ver-se que o silo vai manter o alinhamento actual, violando assim uma regra que foi imposta pela própria autarquia e que vai criar dificuldades futuras no estacionamento naquela rua, a não ser que os munícipes optem pelo estacionamento no silo, a pagar, claro!
A chamada requalificação da Avenida 5 de Outubro também traz outros inconvenientes para os quais o Pina não mostra qualquer sensibilidade. Dotar a 5 de Outubro de um único sentido rodoviário, com a eliminação do estacionamento no lado norte e as consequencias daí resultantes, e sem antes ter assegurado uma alternativa ao escoamento do transito, já sobrecarregado, na Avenida D. João VI, é outro tiro no pé.
Dirá o Pina que já existem dois traçados para a Variante Norte à Avenida D. João VI, mas esquece que, depois de terem autorizado construções em cima do traçado da Variante prevista no Plano Director Municipal, foram também apresentados outros dois traçados, chumbados em sede de avaliação de impacto ambiental, podendo o mesmo vir a acontecer com os dois cenários apresentados recentemente.
Não deixamos de alertar para as negociatas que sempre surgem nestas alturas, quando se escondem dos principais interessados, o traçado da futura variante. É que o conhecimento prévio por parte de algumas pessoas com ligações ao Poder autárquico, podem começar a comprar terrenos ao preço da uva mijona para depois os venderem ao preço do ouro. Essa é a razão para a omissão, caso contrario divulgavam junto da população para que esta se pronunciasse.
Entretanto, tudo o que há de errado e denunciado ao longo de anos se manterá, porque tais obras indispensáveis não promovem a imagem pessoal do presidente, enquanto estas permitem-lhe apresentar uma modernização da cidade, ainda que de duvidosa qualidade e utilidade.
E vamos ver se as coisas ficam por aqui! 

1 comentário:

Anónimo disse...

Quem será o pretenso arquitecto,muito chegado à orla do poder já comprou terrenos e que plantou abacates para receber choruda indemnização para os arrancar e depois ver os terrenos urbanizados?