quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

ALGARVE: OS POLITICOS E OS ENFERMEIROS

Não serão todos os políticos mas são a maioria dos que estão ligados ao arco da governação, que escondem do povo o que pretendem fazer com o nosso Serviço Nacional de Saúde. Mas os trabalhadores daquele serviço podiam e deviam denunciar o que se passa nos seus serviços para que todos tivessem conhecimento do que ali se passa.
Ontem foi denunciada a forma como funciona um Hospital na Madeira, denuncia da responsabilidade de dois médicos a quem devemos fazer a devida vénia pela qualidade da denuncia. No entanto, o foco da reportagem centra-se mais na forma como são tratados os dinheiros públicos e menos nas consequências para os doentes.
Curiosamente, no Algarve, mais concretamente no Hospital do Barlavento, havia uma câmara de descompressão hiperbárica, não só para fazer a descompressão de mergulhadores, mas também porque aplicável a outras doenças. Aconteceu que por pressão de forças ligadas ao PSD, a dita câmara foi parar a um hospital privado e agora o Serviço Nacional de Saúde paga àquele hospital pelos serviços prestados com a máquina que era sua!
Estes episódios vêm mostrar algumas deficiências do Serviço Nacional de Saúde mas são apenas a ponta de um iceberg. Ao que sabemos, faltam medicamentos no Hospital de Faro, como falta a lexivia para lavar o chão. E se mais não sabemos, é porque os técnicos dos hospitais temem represálias da loira Temido, quando ela é que devia temer os seus trabalhadores em luta.
A denuncia da falta de meios, tem sido reportada à entidade responsável pela analise de risco para os doentes mas é do desconhecimento publico e caberia aos técnicos denunciar as condições deficientes em que trabalham. Essa foi a grande pecha na justa greve dos enfermeiros, que não só deveriam ter apresentado as suas reivindicações como liga-las à defesa do Serviço Nacional de Saúde. Mas ainda vão a tempo de o fazer para que todos nós saibamos, por exemplo porque razão existem stocks de medicamentos caros mas não os há de preço baixo ou as ligações a alguns laboratórios farmacêuticos. 
Não o fazer é dar de mão beijada ao selvagem governo a possibilidade de atirar o odioso das greves no Serviço Nacional de Saúde para cima dos trabalhadores.
Se alguém tem duvidas quanto à liquidação do Serviço Nacional de saúde basta ponderar na delegação de competências, entre as quais no campo, para as autarquias. O governo demite-se da sua função na gestão do SNS transferindo-as para as autarquias porque sabe que essas não têm capacidade para as gerir. Aos poucos, o governo da esquerda formal e a cumplicidade de toda a direita, vai matando o SNS!

1 comentário:

Anónimo disse...

Não é necessário ir à bruxa. Governos de esquerda e direita, ambos no fundamental na obediência do Governo Oculto.