segunda-feira, 22 de abril de 2019

OLHÃO: ISTO É QUE É TRANSPARÊNCIA!

Como certamente se lembrarão os nossos leitores, em meados de Novembro/Dezembro do ano passado, havia muita contestação por causa das obras na Avenida 5 de Outubro e das suas consequências.
Desde a redução de pessoas a aceder aos Mercados, com a consequente redução de pessoas na Rua do Comércio, o que levou a ACRAL a tomar uma posição publica, mal aceite pela autarquia.
O que não se soube era o resto da tramoia que se cozinhava nas costas dos comerciantes da baixa e que levaria a contestação a aumentar de tom.
A actividade comercial da Rua do Comercio, a viver a balões de oxigénio, vê nos Mercados a âncora que todo o comercio. Mas não só, os serviços públicos compõem o resto, quando os munícipes se deslocam para pagar a factura da agua, como é o caso da Ambiolhão. Só que...
A 24 de Novembro era dado inicio ao processo de obras do novo edifício sede da Ambiolhão, com a assinatura do respectivo contrato para a elaboração do projecto de arquitectura para a remodelação do edifício sito na Avenida 16 de Junho, r/c e 1º andar em Olhão, para as futuras instalações da sede da empresa., contrato este celebrado a 18/12/2018.
Obviamente que naquela altura anunciar a transferência dos serviços para a 16 de Junho, afastando as pessoas da Rua do Comercio não seria o mais recomendável, já que se antevê a alteração do movimento das pessoas venha a ser outro, e que também poderá afectar o comercio nos Mercados em beneficio de uma grande superfície comercial na zona. É que as pessoas, face à distância dos Mercados e tendo  a possibilidade de fazer as suas compras pelo caminho não deixarão de perder a oportunidade.
Tal como a Câmara Municipal de Olhão, o sector empresarial autárquico, presidido pelo mesmo artista, o presidente da câmara, não primam pela transparência. É que apesar de assinar o contrato em Dezembro de 2018, só passados quatro meses, em 17 de Abril de 2019, é que o faz publicar no Portal Base do Governo, numa clara atitude de esconder dos olhanenses e dos comerciantes da baixa, a realidade futura.
Tudo má língua, dirão os defensores do pequeno ditador, mas os factos estão aí e não os podem negar.

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