sábado, 18 de janeiro de 2020

ALGARVE: AS CONTAS E A VISÃO DO PRESIDENTE DA AMAL

Nos últimos dias, António Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão e da Comunidade Intermunicipal do Algarve, tem vindo a exibir-se, agora sob a capa da AMAL, com a comunicação social regional a aparar o jogo, dividindo as entrevistas em varias partes para prolongar a sua propaganda.
Em https://algarveinformativo.blogspot.com/2020/01/antonio-miguel-pina-quer-algarve-todo.html?fbclid=IwAR14BeNBRwUaD8V3t4ME9spGIhT1N-Gdnw5UJbXH59Xn82v1-7mJAV2CFdY, Pina diz pretender todos os algarvios unidos em torno da regionalização, mas deve estar febril, porque nem todos pensam como ele. Pelo menos nós, não!
E não porque o que está em causa é o acesso ao pote dos fundos comunitários sem qualquer controlo, para alem do abuso na criação de mais jobs for the boys.
No entanto aproveita de forma demagógica para dizer que aposta na construção do Hospital Central. O hospital é apenas um espaço onde se tratam doentes e ainda que o actual Hospital de Faro esteja sub-dimensionado, a verdade é que o maior problema á forma como é gerido. Para alem da falta de medicamentos, de toalhas ou pijamas, a falta de pessoal a todos os níveis ( médicos, enfermeiros, auxiliares e outros), a sobrecarga de trabalho a que são submetidos aliada, nalguns casos, a más praticas administrativas, são os ingredientes suficientes para a falta de qualidade dos serviços prestados.
E ninguém melhor do que o Pina para saber isso, ele que aquando da sua passagem como vogal do conselho de administração do hospital, chegou a ser constituído arguido pelas más praticas de gestão. O problema maior é mesmo a gestão, condicionada pelas cativações do duo Centeno-Temido.
O Hospital Central do Algarve deve ser uma reivindicação se for acompanhado da instalação de uma Faculdade de Medicina. É que no tempo que os estudantes levam a tirar o curso e a estagiar, muitos deles criarão raízes na região, contribuindo para a fixação de médicos, algo que não consegue ser feito de outra forma.
Mas não só da regionalização fala o Pina. Vem também o pedido de auditoria às contas da ALGAR como se pode ver em https://www.sulinformacao.pt/2020/01/municipios-pedem-auditoria-as-contas-da-algar/ a empresa exploradora dos resíduos em alta, outrora uma em presa de capitais exclusivamente públicos cuja maioria do capital social foi alienado para a Mota Engil e uma outra empresa espanhola.
Nada temos contra as auditorias de empresa publicas ou semi-publicas, antes pelo contrario, mas vindo de quem vem, é para rir.
Se algum município deveria ser objecto de uma auditoria era precisamente o de Olhão, presidido pelo Pina, tal o amontoado de irregularidades/ilegalidades. Mas o Poder político tem muito que se lhe diga e por isso, quando foi pedida uma auditoria à Câmara Municipal de Olhão, a Inspecção Geral de Finanças, refugiou-se na falta de pessoal para fazer tal auditoria. Não devemos esquecer que, embora o pedido fosse feito à Inspecção Geral, ela foi dirigida a um determinado inspector.
Este Pina não se olha ao espelho!

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