sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ABAIXO O GOVERNO! VIVA A MANIF. DE AMANHÃ

As manifestações convocadas para amanhã são a prova mais evidente do descontentamento popular face às medidas reaccionarias de um governo que apenas vê cifrões.
A redução dos direitos dos trabalhadores, a degradação da economia, a regressão social, os cortes cegos na componente social do Estado como a educação, saúde, segurança social e outros, é motivo mais que suficiente para o descontentamento do Povo, quando da parte do governo não se vê qualquer medida de contenção da despesa que não seja o despedimento de pessoal.
As dezenas de milhões de euros pagos anualmente a escritórios de advogados para elaborar pareceres que a Procuradoria-Geral da Republica faria de borla, não são cortados. Mas mesmo que tal não fosse possível, a administração publica central, regional, local, mais os institutos e outras entidades publicas da administração indirecta do Estado e muitas delas de utilidade e eficácia duvidosa, que já deviam estar extintas, mais o sector empresarial estatal, bem podiam recorrer às universidades publicas para a emissão de  tais pareceres, tornando-se numa forma de financiamento do ensino superior. E se apontamos o dedo aos pareceres jurídicos, todos os outros padecem do mesmo problema, estando a lembrar-me em matéria do ambiente. Este, é apenas um pequeno exemplo do que o Estado deveria fazer se não estivesse mais interessado na satisfação do clientelismo partidário.
A ausência da responsabilização administrativa e criminal das entidades publicas abjudicantes e adjudicatarias privadas em situações de incumprimento contratual. A empresa adjudicataria que ganhou o concurso para a obra de ligação da rede de águas e saneamento básico das ilhas barreira a Olhão, no valor de 60.000.000, apesar de ter abandonado a obra sem a ter concluído, continuou a concorrer e a ganhar concursos públicos. É mais um belo exemplo só possível numa republica de bananas!
Mas e ainda assim o mais odioso disto, é que foram os decisores políticos que tomaram todas as decisões, recusando ouvir as populações interessadas, sem lhes explicar as vantagens e inconvenientes que tais decisões teriam no futuro para as suas vidas. Ninguém de bom senso aceitaria a realização de obras que hipotecasse os seus direitos no futuro.
Da mesma forma, que qualquer um terá dificuldade em perceber porque há-de pagar as dividas dos bancos quando estes levaram anos após anos a anunciar lucros milionários, num esquema montado para servir exclusivamente o sector financeiro. Se a generalidade das empresas e das famílias podem caminhar para a insolvência, porque não pode acontecer o mesmo à banca? Só numa republica das bananas!
As medidas contraditorias apresentadas pelo primeiro ministro e ministro das finanças mostram bem o desnorte do governo. Mas e a chamada oposição?
A gravidade do conjunto das medidas anunciadas e outra já praticadas é tal que se assemelha a um golpe de Estado a que os partidos ditos da oposição e a maioria dos sindicatos não tiveram capacidade de reacção, limitando-se a meras declarações. Se houvesse um golpe de Estado a sério, certamente seriam convocadas reuniões de emergência com vista a acções praticas capazes de fazer recuar os golpistas. Então os trabalhadores deste País podem ficar à espera que os seus "representantes" ainda vão estudar o que fazer? Por exemplo, aquele miserável dirigente da UGT, quando diz não rasgar o "acordo de concertação social" está de que lado? Dos trabalhadores ou do Estado? Que merece ele que não o tratamento dado aos traidores?
A questão é que os partidos ditos da oposição parecem mais preocupados com a repartição do bolo, no tamanho da fatia que lhes cabe do orçamento de Estado, do que nos problemas reais das pessoas, servindo-se delas para tentar uma fatia maior do que a que lhes tem tocado! Isto é miserável!
As manifestações convocadas têm um cariz apartidario e todos devem participar dando ao governo a indicação da revolta latente entre o Povo. Mas devem evoluir para formas mais radicais, como a GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO , até porque da parte do governo se sabe que por maiores que sejam, as manifestações não o demoverá.
LUTA, LUTA, LUTA!

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