segunda-feira, 28 de junho de 2021

OLHÃO: O DISCURSO EM TEMPO DE PANDEMIA

 1 - Num dos seus videos, o presidente da câmara vem anunciar em forma de campanha eleitoral, a construção de seiscentos fogos nos próximos anos. Mas não diz tudo porque a ideia é atribuir a ele e ao seu partido o beneficio dessa obra. 
Só que nem todos estão desatentos e percebem como se fazem estas manobras. Na verdade, a tal bazuca europeia contempla a verba de 2.773 milhões de euros para a construção de fogos sejam para venda a custos controlados ou para o arrendamento apoiado. Aquela verba, que tem de ser gasta até 2026, sob pena de terem de devolver o remanescente, divide-se em duas partes, uma de 1.583 milhões afundo perdido e a outra de 1.150 milhões a titulo de empréstimo.
Portanto é a própria UE que determina a construção, cabendo ao Estado português no geral e às autarquias em particular aproveitar o dinheiro disponibilizado. Obviamente o Pina agarrou a oportunidade comas duas mãos, para disfarçar o problema que ele próprio tem promovido.
À pala da modernização, e em nome do turismo, promove a construção de apartamentos de luxo, para segunda habitação, gerando com isso um processo inflacionário dos custos de construção, tornando inacessivel a compra de apartamentos por parte das pessoas de menores recursos. Não é por acaso que o concelho tem quarenta e cinco mil habitantes, sendo certo que cada agregado familiar é composto, em média, por três pessoas, ou dizendo de outra forma, para a população residente seriam necessários quinze mil fogos. Mas existem vinte e seis mil e não chegam, porque metade são para segunda habitação.
Por outro lado, a construção, qualquer que seja ela, dinamiza a economia enquanto duram as obras, mas depois de concluidas, essa economia fica parada. 
2 - Os numeros da pandemia, pelo menos na região têm vindo a subir de forma vertiginosa, com os autarcas a pretenderem que os turistas nacionais e estrangeiros não residentes não sejam contabilizados, quando o que deviam dizer é que a população duplicou, pelo que os 240/100.000, deveriam ser contabilizados como 120/100.000.
Escamotear a presença de turistas nacionais e estrangeiros, como se eles não fossem agentes transmissores do virus é um absurdo.
Mas a presente situação merece ainda uma reflexão mais séria, porque afinal os vacinados não só podem contrair o virus como nesse caso são agentes transmissores.
Sem aligeirar o risco que o virus  representa, a recente campanha de vacinação poderá estar associada ao subir dos numeros de infectados. É que as vacinas, são a introdução de um agente patogénico no organismo e que vai criar uma infecção primaria para que este crie resistências.
Dependendo de cada individuo, as reacções perante uma infecção primária podem levar as pessoas a terem alguns sintomas que uma analise acuse positivo, sem que tal signifique um problema de maior. Este era um dos problemas que devia ter sido acautelado aquando da aprovação das vacinas, mas não foi e que deve agora ser repensado.
O crescendo dos numeros vai levar a curto prazo, o regresso ao confinamento de grande parte da população. Mas será que se justifica?
De qualquer das formas e porque sempre defendemos o distanciamento como a melhor medida, também nos juntamos àqueles que recomendam, ás entidades publicas e privadas que se abstenham de promover qualquer tipo de ajuntamentos e exerçam a devida fiscalização, sob pena de em breve ficarmos trancados em casa.
Vivam sem medo mas mantenham o distanciamento!

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