terça-feira, 24 de novembro de 2020

OLHÃO: A POLUIÇÃO CONTINUA E OS POLUIDORES CONTINUAM A MENTIR!

 Recuperamos hoje um artigo publicado num jornal on line e que pode ser lido em https://www.sulinformacao.pt/2020/07/__trashed-4/?fbclid=IwAR2gIDROkAzao4yt3yLbxOXKnKpu0505EfO2sckmCpwTymz-BAVON_YbAnA, sobre a poluição na Ria Formosa.
No fundo tal artigo foi uma oportunidade para os principais responsaveis pela poluição na Ria Formosa se limparem da imagem que os aquacultores têm deles.
Senão vejamos, a Ria Formosa foi desclassificada em Novembro de 2013 porque o IPMA não fazia as analises que deveria ter feito e como houve uma queixa dos espanhois junto da UE por terem comprado berbigão com toxinas, foi enviado um Comité Veterinario que constatou a ausência de analises. 
Na sequência disso, em Fevereiro de 2014, por despacho conjunto dos responsaveis pelo IPMA e pelo Ambiente, foi decidido proceder-se à monitorização das fontes de poluição. Por aqui se pode ver que já lá vão seis anos de monitorizações as quais mostram bem o grau de poluição nos pontos de descarga de aguas, supostamente, pluviais. Pelas declarações do responsavel pela APA vão ser precisos mais cem anos para se saber onde, quando e como são feitas aquelas descargas. Uma anedota!
Também o presidente da câmara municipal de Olhão, um mentiroso compulsivo, depois de levar anos a negar a existência de ligações de esgotos à rede de aguas pluviais, lembrou-se agora que eram nas caixas de visita. A câmara já tem o cadastro das redes mas parece ignorar onde estão essas ligações ditas clandestinas mas que foram feitas pela propria autarquia ou com a sua autorização.
Nos idos anos oitenta, nomeadamente entre 1984 e 1992, foram construidas as redes separativas de aguas residuais domesticas e de aguas pluviais, obra a cargo do municipio e com fundos comunitários, e logo nessa fase foram feitas por erro, parte das ditas ligações "clandestinas". Assim, os esgotos na Rua Diogo Mendonça Corte Real, senão todos pelo menos parte deles, foram ligados à rede de aguas pluviais. Que o diga o proprietario do estabelecimento de venda e assistência de sondas e radares do Proença, em que, quando há marés vivas a agua invade as instalações.
Poderão alguns achar normal por causa do desnivel da cota soleira do espaço esquecendo ou omitindo que a rede de esgotos funciona em circuito fechado, não havendo retorno de aguas, enquanto que a rede de aguas pluviais, essa sim, funciona directamente pelo que admite o retorno e a intrusão de agua do mar nos estabelecimentos, mesmo sem chuva!
Aquele edificio foi construido muito antes da construção da rede separativa de saneamento e só por erro da autarquia que nunca foi corrigido e pelos vistos nem tão cedo o será.  
Perante isto, e dada a gravidade das consequências que as descargas de esgotos através da rede de aguas pluviais tem na Ria Formosa, os responsaveis politicos pelas fontes de poluição fingem não saber a origem do problema.
Custa dinheiro sim, mas se a qualidade das aguas fossem boas, a ameijoa podia ficar mais seis meses no viveiro, proporcionando um crescimento que poderia atingir os 25%. Tendo em conta que ameijoa tem comprimento, largura e altura, aquele crescimento dava-lhe quase o dobro do peso e um valor acrescido. 
A Ria Formosa tem cerca de 4.500.000 metros quadrados de area produtiva pelo que o valor da produção de ameijoa podia ascender a mais de noventa milhões de euros de mais valias locais. Uma riqueza sem igual, que vem sendo condenada por estes mentirosos, desejosos de correr com os viveiristas da Ria! Dinheiro que fica na cidade.
O movimento que o dinheiro ganho na Ria nas restantes actividades da cidade, são mais que suficiente para deitar mãos à obra e resolver o problema. Ninguem está a pensar numa obra de um ano ou mandato, mas que é preciso calendarizar e fazer. Discursos de merda, NÃO!

3 comentários:

Atento disse...

Esse canalha devia ser preso.

Atento disse...

Porque razão se deixou de falar que a ostra exótica não pode ser cultivada no Parque Natural da Ria Formosa?

Anónimo disse...

Mas qual poluição? Este terramoto e um mentiroso... Estou a ser irónico claro camarada. Pois para quem nao sabe a zona OLH4 passou a ter classificação C para a ameijoa mas o Pina diz que resolvia os problemas com a ETAR. Olhao tem 5 zonas de producao e 3 delas nao se pode vender ameijoa ai ria cada vez mais formosa. Viva so Pina mas claro a ostra podemos vender na mesma pois so a ameijoa pasdou a C.