quarta-feira, 10 de novembro de 2021

OLHÃO: ENTRE A VERDADE E A MENTIRA, FICA A DUVIDA

 Muito pouco se tem falado sobre a Ilha da Armona apesar dos inumeros problemas que se colocam a quem lá tem uma casa.

A obra do saneamento só começa em meados de Fevereiro mas tão ou mais importante, para alguns, será o Plano de Intervenção e Requalificação (PIR), o qual já devia, se é que não está aprovado.

No gabinete do staff presidencial autarquico, têm uma planta com as casas a demolir, sejam elas para uso habitacional ou comercial e aqui começam as duvidas e as suspeições.

A falta de transparencia nos processos leva à suspeição pelo que os fieis seguidores do presidente não se podem queixar das insinuações, já que as mesmas têm origem nas péssimas práticas na gestão de conflitos.

Como facuilmente se aperceberão os nossos leitores a informação é vital, não só para quem queira vender mas também para quem queira comprar. É que se as pessoas souberem previamente quais as casas que vão ser demolidas, certamente que não avançarão para a compra, como também será natural que aqueles cujas casas estão em risco de ser demolidas pretendam vende-las.

Ora, as plantas do PIR são documentos publicos que deveriam estar publicados para que qualquer municipe a eles possa aceder e informar-se da realidade. Não o fazer, é deixar na mão de algum pequeno ditador, mesmo não eleito, o poder negocial.

Porque entre a verdade e a mentira fica a duvida, não podemos afirmar, mas  pelo menos lançar uma duvida que nos fizeram chegar. É que alguem estaria interessado na compra de três casas que supostamente estariam em zona de risco, ou seja para demolir. Para uma delas, o proprietario terá pedido inicialmente duzentos mil euros, mas como o comprador foi informado, apenas ofereceu trinta mil.

Por duzentos ou por trinta, a casa não deixaria de estar em zona de risco e de demolição, a não ser que poderosas forças ocultas permitam que as casas se mantenham de pé e sejam transformadas.

É este tipo de situações que tem de ser combatido e tal só será possivel quando as plantas do PIR, enquanto documentos publicos, forem tornados publicos. Caso contrario, a manter-se a falta de transparencia, é natural que surjam suspeições.

E se tivermos em conta os antecedentes, de algumas pessoas se queixarem de que lhes teria sido pedido cinco mil euros para agilizar o processo de transmissão, mais duvidas e suspeições se levantam.

Não se ficam por aqui os problemas da Ilha da Armona e nos próximos dias voltaremos ao assunto.

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