sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

OLHÃO: OS POMBAIS DA CÂMARA MUNICIPAL

 A maioria das pessoas não tem a percepção da forma como é gerida a nossa autarquia, mas há coisas que nos surpreendem, como a quantidade de "pombais" que deviam ser substituidos por instalações próprias e com menos custos.

Na Rua 18 de Junho custa só 12.401,00 euros anuais fora o que lá gastaram em obras; na Rua do Comercio têm dois, um custa 9.112,00 e o outro 7640,00 euros fora as obras de adaptação; na Rua Miguel Bombarda mais um de 34.200,00 euros e outro de 12.000; na Rua da Lagoa são três, cujas rendas são de 4.269,00, de 11.160,00 e o terceiro de 4.200,00 euros; no Largo Sebastião Martins Mestre são dois, um de 9.600,00 e outro de 5.400,00 euros; na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra mais um de 4.200,00 euros; na Urbanização Horta Vitor Madeira há um de 18.298,00 euros e finalmente na Zona Industrial são varios, um de 6.400,00 outro de 31.000,00 e ainda outro de 27.600,00 euros, todos eles anuais, totalizando um encargo de anual de 197.480,00 euros.

Aqui, por diversas vezes que chamamos a atenção para a necessidade de criar instalações próprias, procurando que os serviços estejam concentrados numa zona para que os municipes não tenham que andar a saltar de "pombal" em "pombal" com a perda de tempo que tal implica. 

Num momento em que somos governados por uma maioria absoluta e com uma autarquia gerida também ela por uma maioria absoluta do mesmo partido do governo, dispondo de terrenos onde podia construir como que uma cidade administrativa, seria possivel estabelecer um protocolo com os diversos ministérios representados na cidade (Finanças, Segurança Social, Cartorios e outros mais, para a construção de instalações de raiz capazes de acolher os respectivos serviços.

Assim não o entende o presidente da câmara que prefere pagar alugueis, dispersando serviços, obrigando os municipes a constantes deslocações e perda de tempo, quando podiam fazer tudo na mesma zona.

Claro que, aparentemente isso não dá votos, mas se for feito um estudo sério sobre o beneficio da concentração de serviços numa determinada zona, para os municipes, talvez o pensamento do presidente mudasse.

Mas enfim é o que temos! Fica-nos ainda a curiosidade de a autarquia ter construido duas zonas industriais, das quais vendeu os lotes para a construção de armazens supostamente para fins industriais e agora seja a autarquia a utiliza-los como armazens, alterando o fim a que se destinavam.

Ficamos à espera da construção das instalações para as oficinas da câmara e da Ambiolhão, uma promessa eleitoral com alguns anos, mas até essas podem mudar os fins a que se destinavam.

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