terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

OLHÃO: PARA QUE SERVEM AS MAIORIAS?

Depois das eleições, temos um quadro de maiorias nas diversas instituições estatais como na câmara de Olhão, na AMAL ou no governo. Maiorias essas que se tivessem boas intenções quanto aos governados, podiam e deviam agir correctamente.
Acontece que a biodiversidade da Ria Formosa  está ameaçada por uma espécie exotica, infestante, que não serve de abrigo para nenhuma outra e degrada os fundos. Estamos a falar da Caulerpa, que o próprio CCMAR reconhece como sendo exótica, o que se pode ler em https://www.wilder.pt/historias/libertados-60-cavalos-marinhos-na-ria-formosa-no-algarve/.
Ainda que não concordemos com aquilo que é descrito, já que a Caulerpa foi "avistada" em 2010 e não em 2015, já nos dá alguma satisfação na medida em que o CCMAR é um entidade de investigação marinha e a sua posição neste caso pode ser decisiva. Falta é um plano de erradicação da alga!
O Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa não permite a introdução de espécies exóticas na sua area de intervenção. Curiosamente, a lista nacional de espécies exoticas a combater não inclui a Caulerpa.
Cabe aos lideres partidários e à cidadania lutar e propor que seja criado um plano de erradicação. À nova maioria absoluta, se estiver realmente interessada no desenvolvimento da Ria Formosa, mandar elaborar os estudos tendentes ao tal plano de erradicação. Mas cabe também ao presidente da câmara municipal de Olhão, em representação dos seus municipes, os mais afectados pela presença da alga a sua erradicação. E porque o presidente da Câmara é também presidente da AMAL, tem responsabilidades acrescidas nesta matéria. Isto sem descurar o papel que cabe à direcção do Parque Natural e ao ICNF, cujas direcções são afectas ao partido da nova maioria.
Porque a inclusão da Caulerpa na lista nacional de espécies exoticas a combater, é uma competencia do ICNF.
Ter tanta gente a comer à mesa dos cardeais para nada fazer, consumindo recursos económicos que podiam ser alocados para aquilo que efectivamente faz falta, não será a melhor politica.
Não basta ter uma maioria se ela não servir os interesses da maioria das populações. Para isso podem deixar a loja!

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