sábado, 24 de abril de 2021

OLHÃO: ESTUDOS QUE SERVEM PARA ATRASAR SOLUÇÕES

 Desde a construção das redes separativas de aguas residuais, com ligações de esgotos domesticos às aguas pluviais, que estes vão parar directamente à ria sem qualquer tratamento.
O actual presidente foi vereador sem pelouro durante o mandato de 2005 a 2009, ano a partir do qual passou a vice-presidente até 2013, assumindo daí para cá a presidência da autarquia. Sem saber do que falava, em Novembro de 2013 anunciou que tinha já tinha 500.000,00 euros para acabar comos esgotos directos. Quase oito anos decorridos, ainda que com algumas melhorias, poucas, continuam as descargas, sem fim à vista, apesar da encomenda de cartografias, feitas a partir das tampas dos colectores, de inspecções com recurso a robots, de estudos e mais estudos, que mais não fazem do que retardar a solução, já que as ligações ditas clandestinas apesar de serem do conhecimento da autarquia, são tantas ou tão poucas que não serão as pequenas intervenções avulso que resolvem o problema. Adiam a solução! 
Como estamos em vesperas de um acto eleitoral e convem apresentar serviço celebra-se mais um contrato, desta vez para a caracterização das redes de aguas pluviais, como se pode ver na imagem seguinte:

Mais setenta mil euros, acrescidos de IVA, que não resolve nada, apenas adia, até que seja conhecido o resultado final, daqui a mais um ano. Quanto é que já foi gasto para continuar tudo na mesma, para não dizer pior?
A zona de produção de bivalves Olhão 3, a tal que está proibida, estende-se ao longo de toda a frente ribeirinha da cidade e é, todos os dias, duas vezes por dia, banhada com os dejectos que saem de colectores de aguas pluviais, dos quais destacamos o que está no topo norte do porto de pesca, ao lado do Cais T, ou dentro do porto de recreio. Esta zona de produção nunca apresentou um nivel de contaminação microbiológica tão elevado como de há dois anos para cá.
Depois de tanto tempo, estudos  e dinheiro gasto, para quando uma solução? Será porque os colectore terminam dentro de agua e não dão no olho? Será porque aquilo que deles saem constitui atracção turistica? Com os milhões gastos em toda a espécie de requalificações de cosmética, para quando a grande requalificação do sistema de saneamento?
Por este andar, daqui a quatro anos, cá estaremos outra vez a chatear com a mesma conversa! 

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